domingo, 4 de março de 2018

Da Aliança baseada na lei sinaítica para o íntimo do Santuário, Cristo


No 3.º domingo da Quaresma (Ano B), a Liturgia destaca a constante preocupação de Deus em levar os homens ao encontro da vida nova. Nesta ótica, da Palavra de Deus que nos é proposta surgem diversas sugestões de conversão e de renovação.
Na 1.ª leitura (Ex 20,1-17), Deus oferece-nos um quadro de 10 indicações (“decálogo”) para balizar a nossa caminhada. São indicações configuradoras do compromisso do povo para com Deus e que recebem como contrapartida a garantia de que Deus protege o povo eleito. É a aliança firmada no Sinai sobre o sangue do cordeiro ou do cabrito e cujos ditames dizem respeito às duas vertentes fundamentais da existência: a relação com Deus e a relação com os irmãos.
Na 2.ª leitura (1Cor 1,22-25), Paulo sugere-nos a adesão à lógica de Deus. Com efeito, a salvação, a vida plena, a felicidade sem fim não reside na lógica de espetáculo, poder, autoridade, riqueza, importância, prestígio, fama, mas na lógica da cruz, ou seja, no amor total, no dom da vida até às últimas consequências, no serviço simples e humilde aos irmãos.
No Evangelho (Jo 2,3-25), Jesus apresenta-Se como o Novo Templo, o santuário (em grego, naós) onde Deus Se revela aos homens e lhes oferece o seu amor e convida-nos a olhar para Si e a descobrir no seu “Evangelho” a proposta de vida nova que Deus nos quer apresentar.
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A Aliança Sinaítica: a Lei – compromisso do povo e proteção de Deus
O texto não dá suficientes dados para identificar o monte da Aliança. “Sinai” designa uma península triangulariforme, com cerca de 420 km de extensão na direção norte/sul, entre o Mediterrâneo e o Mar Vermelho. A norte, o Sinai tem uma faixa arenosa de 25 km de largura; mas à medida que se desce, o território fica mais acidentado, com montanhas que chegam a atingir 2400m de altura. A península é um deserto árido, com pequenos oásis. As comunicações são difíceis. Nesta enorme extensão, é difícil situar o “monte da Aliança”. Porém, uma tradição cristã tardia (séc. IV d. C.) identifica o “monte” com o Gebel Musah ou Horeb (o “Monte de Moisés”), com 2244m de altitude, situado a sul. Embora esta identificação do “monte da Aliança” levante problemas, o Gebel Musah é lugar de peregrinação para judeus e cristãos.
A Aliança é apresentada pelos catequistas de Israel numa estrutura literária muito semelhante aos formulários jurídicos conhecidos no mundo antigo para apresentar os acordos políticos entre partes, nomeadamente um “senhor” e o “vassalo”. Depois de recordar ao “vassalo” a sua ação, a sua generosidade, os seus benefícios, o senhor apresentava as cláusulas da aliança ou pacto, isto é, a lista das obrigações que o “vassalo” assumia para com o seu “senhor”.
Das “cláusulas da Aliança” do Sinai, sobressai um bloco especial com as dez obrigações fundamentais que Israel assume ante do seu Deus: os “dez mandamentos” ou as “dez palavras” (decálogo). Aí está, verdadeiramente, o “coração” da Aliança e se define o caminho que Israel deve percorrer para ser o Povo de Deus.
É uma lista irregular, com mandamentos enunciados com brevidade e secura, sem qualquer justificação (“não matarás”; não roubarás”) e outros mais desenvolvidos com uma explicação (cf Ex 20,4.17), uma motivação (cf Ex 20,7) ou uma promessa (cf Ex 20,12). Ora Deus fala em 1.ª pessoa (cf Ex 20,2.5-6), ora se fala de Deus em 3.ª pessoa (cf Ex 20,7.11.12). Dois preceitos são formulados positivamente (cf Ex 20,8: “lembra-te”; 20,12: “honra”); os outros são formulados negativamente (“não matarás”; “não roubarás”). Estas irregularidades mostram que o decálogo foi sofrendo, por motivos pastorais e catequéticos, retoques, acrescentos, comentários, modificações (Assim é que em Dt 5,1-33 a formulação é diferente). É provável que Moisés tenha certa relação com estas leis que estão no centro da Aliança, mas o texto, na forma atual, não vem de Moisés. E, embora esta lista lembre listas de proibições encontradas na Babilónia e no Egito, ocupa um lugar à parte no conjunto dos formulários legais dos povos do Crescente Fértil pela sobriedade e equilíbrio.
Os primeiros preceitos têm a ver com a relação que Israel estabelece com Deus (vv. 3-11). Dois são de inquestionável originalidade – o que obriga Israel a não ter outro Deus, outro Senhor, outra referência; e o que proíbe construir imagens de Deus –, pois não têm paralelo nas religiões antigas conhecidas. A questão essencial é: Jahwéh é a referência fundamental da vida do Povo, o centro em torno do qual se constrói e mantém a existência de Israel. Nada nem ninguém deve ocupar, no coração do Povo, o lugar que pertence só a Deus. É preciso reconhecer que só Nele está a vida e a salvação; é preciso reconhecer a absoluta transcendência de Jahwéh – que não pode ser reproduzida em qualquer criatura feita pelo homem – e não se prostrar ante obras criadas pela mão do homem; é preciso reconhecer que não se deve manipular Deus e usá-lo em apoio de projetos e interesses meramente humanos; é preciso reconhecer que só o Senhor é o dono do tempo e é preciso reservar tempo e espaço para o encontro e o louvor do Senhor.
Os outros preceitos, dizendo respeito às relações comunitárias, procuram incutir o respeito absoluto pelo próximo – a sua vida, os seus direitos na comunidade, os seus bens. São “a magna carta da liberdade, da justiça, do respeito pela pessoa e pela sua dignidade”. Cada membro da comunidade deve reconhecer a sua dependência dos outros e aceitar a sua pertença a uma família e a uma cultura; deve ser defendida a família e respeitadas as relações familiares; deve-se respeito absoluto quer aos bens, quer à própria liberdade dos outros membros da comunidade; deve-se respeitar o bom nome e a fama do irmão; exige-se o respeito pelos “bens básicos” que asseguram ao irmão a subsistência; e exige-se evitar que o coração dos membros da comunidade do Povo de Deus seja dominado pela cobiça e pelos instintos egoístas.
A razão por que Deus apresentou estas propostas a Israel e lhe recomendou esta via encontra-se na primeira afirmação do Decálogo: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egito, da casa da servidão” (v. 2). De facto, o Deus libertador está interessado em que Israel se liberte definitivamente da escravidão e se torne um Povo livre e feliz. E os preceitos são um contributo de Deus para isso. Os mandamentos, que nascem do amor de Jahwéh a Israel, pretendem ajudar Israel a deixar a escravidão do egoísmo, da autossuficiência, da injustiça, do comodismo, das paixões, da cobiça, de exploração. Procuram indicar ao Povo o caminho para ser feliz, que desembocará no encontro final dirigido pelo Messias.
Por tudo isto, o salmista canta:
A lei do SENHOR é perfeita, reconforta a alma; as ordens do SENHOR são firmes, dão sabedoria aos simples. Os preceitos do SENHOR são retos, alegram o coração; os seus preceitos são claros, iluminam os olhos.” (Sl 19,8-9).
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A lógica de Deus versus lógica humana
Na sua segunda viagem missionária, Paulo chegou a Corinto, depois de atravessar boa parte da Grécia, e ficou por lá cerca 18 meses (anos 50-52). Em resultado da pregação apostólica, nasceu aquela comunidade cristã, que, de forma geral, era viva e fervorosa, mas que estava exposta aos perigos dum ambiente corrupto. Era uma comunidade forte e vigorosa, mas mergulhava as suas raízes em terreno adverso. Em Corinto, veem-se as dificuldades da fé cristã em inserir-se num ambiente hostil, marcado por uma cultura pagã, dita esclarecida, e por um conjunto de valores que estão em contradição com a mensagem evangélica. Um dos problemas da comunidade de Corinto era a identificação da experiência cristã com uma escola de sabedoria: os cristãos de Corinto – na linha do que sucedia nas várias escolas de filosofia que infestavam a cidade – viam várias figuras proeminentes do cristianismo como mestres duma doutrina e aderiam a essas figuras, esperando achar uma proposta filosófica credível, que os levasse ao pleno da sabedoria e da realização humana. Ao saber disto, Paulo ficou preocupado: esta linha de ação punha em causa o essencial da fé. Por isso, o Apóstolo esforça-se por demonstrar aos coríntios que entre os cristãos não há senão um mestre, Jesus Cristo e que a experiência cristã não é a busca de uma filosofia coerente, brilhante, elegante, que conduza à sabedoria, entendida à maneira grega. Quem procura na mensagem cristã um sistema lógico, coerente, imbatível à luz da lógica humana, não percebeu o essencial da mensagem cristã, da “loucura da cruz”.
Judeus e gregos buscam seguranças. Os judeus querem milagres que garantam a veracidade da mensagem; os gregos procuram as palavras certas, a coerência do discurso, a lógica dos argumentos. Porém, Jesus não Se apresentou como um Deus espetacular, a exibir o poder e as qualidades divinas através de gestos pomposos, estrondosos e milagrosos, nem Se apresentou como o “mestre” iluminado de uma filosofia capaz de se impor pelo brilho das suas premissas e pela sua lógica inatacável. A essência da mensagem cristã está na “loucura da cruz”, na lógica ilógica de Deus que veio ao encontro da humanidade, que fez da sua vida um dom de amor e que aceitou uma morte maldita para ensinar aos homens que a verdadeira vida é a que se coloca integralmente ao serviço dos irmãos, até à morte. Assim, a via cristã não é a busca de sabedoria humana, mas a adesão a Cristo crucificado – o do amor e do dom da vida. Nele manifesta-se de forma humanamente desconcertante, mas plena e definitiva, a força salvadora de Deus.
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Cristo, o Novo Templo
O episódio evangélico desta dominga aparece na “secção introdutória” do Evangelho de João (cf Jo 1,19-3,36), onde se mostra quem é Jesus e as grandes linhas programáticas do seu ministério.
A cena ocorre no majestoso Templo de Jerusalém, edificado por Herodes para mostrar a sua boa disposição para com o culto a Jahwéh e obter a benevolência dos judeus. A sua construção iniciou-se em 19 a.C. e ficou praticamente pronta no ano 9 d.C. (embora os trabalhos só tivessem sido dados por concluídos em 63 d.C.). Na verdade, em 27 d.C., o Templo estava a ser construído há 46 anos e ainda não estava terminado, como o observaram os dirigentes judeus a Jesus (cf Jo 2,20).
João situa a cena nos dias que antecedem a Páscoa, época em que as multidões se concentravam em Jerusalém para a celebração da festa principal. Jerusalém, que normalmente teria à volta de 55.000 habitantes, chegava a albergar cerca de 150.000 peregrinos nesta altura. Chegava gente de toda a região da Palestina, mas também de todos os pontos do Império Romano, alguns deles provavelmente para fazerem a sua única peregrinação à Cidade Santa. Todos precisavam de adquirir um cordeiro para a ceia pascal, todos compravam ovelhas, bois ou pombas para oferecerem em holocausto no altar do Senhor.
No Templo sacrificavam-se cerca de 18.000 cordeiros, destinados à celebração pascal. Por isso, o comércio conexo com o Templo ganhava enorme incremento. Três semanas antes da Páscoa, começava a emissão de licenças para a instalação dos postos comerciais à volta do Templo. O dinheiro assim arrecadado revertia para o sumo-sacerdote (naquele tempo Anás e depois Caifás). E havia tendas de venda que eram pertença direta da família do sumo-sacerdote. Vendiam-se os animais para os sacrifícios e vários outros produtos destinados à liturgia do Templo. Havia também as tendas dos cambistas que trocavam as moedas romanas correntes por moedas judaicas (os tributos dos fiéis para o Templo eram pagos em moeda judaica, por não ser permitido que moedas com a efígie de imperadores pagãos conspurcassem o tesouro do Templo). Este comércio constituía uma mais-valia para a cidade e sustentava a nobreza sacerdotal, o clero e os empregados do Templo.
Não se trata, como se poderia pensar, de uma feira como as que se encontram ainda hoje nas imediações das igrejas e santuários, mas do comércio que garantia as vítimas para o sacrifício: bois, para ricos; ovelhas, para remediados; e pombas ou rolas, para pobres. E é óbvio que os animais não eram vendidos no coração do Templo. Mesmo assim, com aquela bagunça toda, muitas pessoas não conseguiam entrar no Templo para orar.
Os profetas criticaram, por diversas vezes, o culto sacrificial que Israel oferecia a Deus, considerando-o um conjunto de ritos estéreis, vazios e sem significado, porque não eram expressão verdadeira de amor a Jahwéh; denunciaram mesmo a relação do culto com a injustiça e a exploração dos pobres. As reflexões proféticas tinham consolidado a ideia de que a chegada dos tempos messiânicos implicava a purificação e a moralização do culto. Zacarias liga o “dia do Senhor” (o dia em que Deus intervirá na história e construirá um mundo novo, através do Messias) com a purificação do culto e a eliminação dos comerciantes que estão “no Templo do Senhor do universo” (Zc 14,21).
O gesto relatado pelo Evangelho deve entender-se neste enquadramento. Quando Jesus pega no chicote de cordas, expulsa do Templo os vendedores de ovelhas e de bois, manda retirar dali as pombas (não as destruiu por serem o símbolo dos pobres), deita por terra os trocos dos banqueiros e derruba as mesas dos cambistas (vv. 14-16), revela-Se como “o messias” e anuncia que chegaram os novos tempos, os tempos messiânicos. Todavia, Jesus vai bem mais longe que os profetas veterotestamentários. Ao expulsar do Templo também as ovelhas e os bois que serviam para os ritos sacrificiais que Israel oferecia a Jahwéh (João é o único dos evangelistas a referir este pormenor), Jesus não propõe apenas uma reforma, mas a abolição do próprio culto. O culto prestado a Deus no Templo de Jerusalém era algo sem sentido: ao transformar a casa de Deus num mercado, os líderes tinham suprimido a presença de Deus. E, além disso, o culto celebrado no Templo era nefasto: em nome de Deus, o culto criava exploração, miséria, injustiça e, por isso, em vez de potenciar a relação do homem com Deus, afastava o homem de Deus. Jesus, com a autoridade que Lhe vem do Pai, diz “basta” à mentira com a qual Deus pactua: “não façais da casa de meu Pai casa de comércio” (v. 16).
Os líderes perguntaram indignados pelas credenciais de Jesus e pela sua legitimidade de querer abolir o culto oficial prestado a Jahwéh. A resposta de Jesus é, à primeira vista, estranha “destruí este Templo e Eu o reconstruirei em três dias” (v. 19). E, considerada absurda, será usada mais tarde no Sinédrio como acusação contra ele. Ora, servindo-se da figura literária do “mal-entendido” (faz-se uma afirmação; os interlocutores entendem-na de forma errada; e aparece a explicação final, que dá o significado exato da afirmação), João, atento ao gesto de Jesus, esclarece que Jesus não Se referia ao Templo de pedra em que Israel celebrava os ritos litúrgicos (v. 20), mas a um outro “Templo” que é o próprio Jesus (“Jesus, porém, falava do Templo do seu corpo” – v. 21). Este desafio lançado por Jesus como sinal da sua ação constitui uma ofensa para os defensores da continuidade. Porém, os discípulos compreenderam este sinal, que não é um sinal de poder, mas um sinal profético. O evangelista joga com a ambiguidade do verbo grego eghéiro, que significa tanto “levantar”, “erguer”, como “ressuscitar”. Ao indicar a sua ressurreição, Jesus afirma que iria transformar o velho templo de pedras num novo que revelaria a sua divindade. O templo identifica-se com o seu corpo; é o sinal de Jonas de que Jesus fala, segundo os evangelistas.
São de registar palavras diferentes para Jesus, que entra no Templo de pedras (em grego, “hierós”), espaço sagrado (Foi este que demorou 46 anos a construir); para Casa do Pai (em grego, “oíkos toû patrós mou”), o espaço onde estão os filhos, as pessoas livres em diálogo, sintonia, em família (Deveria ser para levar as pessoas a entrar nesta), estando eles a fazer desta casa lugar de comércio e exploração; e para o Templo que desafiou a destruir e que iria reconstruir em três dias: o “Naós” (em grego), o santuário, o lugar mais íntimo do templo onde se colocava o deus (pagão) ou a Arca da Aliança, entre os israelitas. Assim se percebe como Jesus desafia os líderes que O questionaram a suprimir o Templo que é Ele próprio, mas deixa claro que, três dias depois, o Templo estará outra vez erigido no meio dos homens. Jesus alude à sua ressurreição. A prova de que Jesus tem autoridade para “proceder deste modo” é que os líderes não hão de conseguir suprimi-lo. A ressurreição garante que Jesus vem de Deus e que a sua atuação tem o selo de garantia de Deus. No entanto, o mais importante é que Jesus Se apresenta como o “novo Templo”, no qual, pelo qual e com o qual se adorará o Pai em espírito e verdade (Jo 23.24). O Templo representava, no universo religioso judaico, a morada de Deus, o lugar onde Deus Se revelava e onde Se tornava presente no meio do seu Povo. Jesus é, agora, o lugar onde Deus habita, onde Se encontra com os homens e onde Se manifesta ao mundo. É através de Jesus que o Pai oferece aos homens o seu amor e a sua vida. O que a Lei não lograva fazer – estabelecer relação entre Deus e os homens – é Jesus que, a partir de agora, o faz. A Lei serviu de pedagogo para Jesus. Por isso, cessa ante Ele nos aspetos em que lhe seja contrária (Gl 3,19-29), mas mantém-se e reforça-se em todos os aspetos em que propõe o amor a Deus com toda a alma e forças, acima de tudo, e ao próximo como a nós mesmos (Mc 12,28-34).
Todo o verdadeiro culto deixará, assim, de estar ligado ao templo de Jerusalém para se deslocar para a pessoa de Jesus, verdadeiro Templo em que se realiza realmente o encontro de Deus e o homem. Por outro lado, ficamos a saber que Deus prefere mil vezes habitar no coração humano, templo do Espírito Santo por direito, a ficar enclausurado num templo de pedra,
A parte final da perícopa – que serve de introdução ao diálogo com Nicodemos (cf Jo 3,1-36) – manifesta a liberdade de Jesus e o seu conhecimento profundo do coração humano. Não O prendem entusiasmos momentâneos de quem, movido pelas suas ações grandiosas, adere a Ele, mas está longe de captar a sua mensagem.
Para crer em Jesus, não basta aceitá-lo como se fosse um Messias nos moldes tradicionais, isto é, um chefe que exerce função nacionalista através do poder e domínio. Crer em Jesus é, antes, aceitá-Lo como o Messias que realiza o projeto de Deus e que dá a própria vida, rompendo as muralhas de separação entre os homens e rejeitando qualquer adesão que instrumentalize a sua ação em favor de interesses de grupo.
2018.03.04 – Louro de Carvalho

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