sábado, 21 de abril de 2018

Memória litúrgica de Santo Anselmo de Aosta, de Bec ou de Cantuária


Hoje, dia 21 de abril, celebra-se a memória litúrgica de Santo Anselmo. Celebram-na a Igreja católica, a maior parte da Comunhão Anglicana e algumas correntes do luteranismo.
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O Santo
A sua canonização foi solicitada por Tomás Becket em 1163 e terá acontecido formalmente em 1170, antes da morte do proponente. Porém, nenhum registo sobreviveu, apesar de, a partir daí, Anselmo ter sido incluído no rol dos santos em Cantuária e outros lugares. Alguns sustentam que a canonização de Anselmo só terá sido feita em 1494 pelo Papa Alexandre VI. Clemente XI proclamou-o Doutor da Igreja em 1720. E, em 1909, a 21 de abril, 800 anos depois da sua morte, São Pio X publicou a encíclica “Communium Rerum”, a elogiar Anselmo, a sua carreira eclesiástica e a suas obras. O seu símbolo hagiográfico é um navio a representar a independência espiritual da Igreja. Eleito Arcebispo de Cantuária e primaz da Inglaterra durante o reinado de Guilherme II da Inglaterra, foi exilado por duas vezes, entre 1097 e 1100 e novamente entre 1105 e 1107 por Henrique I pela controvérsia das investiduras, o mais importante conflito entre a Igreja e os Estados medievais
Anselmo de Cantuária, conhecido também como Anselmo de Aosta em razão da cidade natal e Anselmo de Bec pela localização do seu mosteiro, foi monge beneditino, filósofo e Arcebispo de Cantuária  (Canterbery) entre 1093 e 1109. Considerado o fundador da Escolástica e pai da ciência teológica no Ocidente, com uma enorme obra escrita, exerceu enorme influência na teologia ocidental e tornou-se famoso pelo argumento ontológico para demonstrar a existência de Deus e pela visão da satisfação sobre a teoria da expiação.

Dados biográficos
Nasceu em Aosta, no Reino de Arles, por volta de 1033, de família muito rica e com fortes relações com a poderosa Casa de Saboia. Seu pai, Gundulfo, era lombardo de nascimento; e sua mãe, Ermemberga, descrita como prudente e virtuosa, proveio duma antiga família burgúndia.
Aos 15 anos, Anselmo desejava ingressar num mosteiro, mas o pai (com quem se relacionava mal) não lho consentiu, pelo que foi recusado pelo abade. Sobreveio ao desapontamento uma doença de ordem psicossomática. Depois da recuperação, desistiu do estudo passando a viver sem preocupações; neste período, morreu-lhe a mãe. Aos 23 anos, Anselmo saiu de casa (um conde queria instalá-lo na nobreza contra o seu desejo), cruzou os Alpes e viajou pela Borgonha e pela França (passando por Lyon, Cluny e Avranches). Atraído pela fama do conterrâneo Lanfranco, prior da beneditina Abadia de Sainte-Marie du Bec-Hellouin, chegou à Normandia em 1059. No ano seguinte, depois dalgum tempo em Avranches, entrou finalmente para a Abadia como noviço, aos 27 anos, submetendo-se à “Regra de São Bento”, evento de que resultaria a reformulação de todo o seu pensamento na década seguinte.
Nomeado Lanfranco abade de Caen, em 1063, Anselmo foi eleito prior em Bec, cargo que manteve por 15 anos antes de se tornar abade após da morte de Herluin, fundador da abadia, em 1078. Foi consagrado abade a 22 de fevereiro de 1079 pelo Bispo de Êvreux, o que foi acelerado porque, ao tempo, a Arquidiocese de Ruão (de que Bec era sufragânea) estava vaga. Se Anselmo fosse consagrado pelo Arcebispo de Ruão, teria sido pressionado a jurar obediência, o que comprometeria a independência de Bec. Com Anselmo, Bec tornou-se o principal centro de ensino na Europa, atraindo estudantes de toda a França, Itália e outras regiões. Foi durante esta época que escreveu as primeiras obras filosóficas, “Monológio” (1076) e “Proslógio” (1077/78). Seguiram-se “Os Diálogos sobre a Verdade”, “Livre Arbítrio” e “A Queda do Diabo”. Neste tempo, também lutou pela independência da Abadia tanto dos poderes seculares como do Arcebispo. E, depois, teve que lutar ainda contra Roberto de Beuamont, conde de Leicester.
Visitava a Inglaterra para supervisionar as propriedades da Abadia lá e visitar Lanfranco que, a partir de 1070, havia sido nomeado Arcebispo de Cantuária, de quem era considerado o sucessor natural. Porém, com a morte dele, em 1089, Guilherme II da Inglaterra tomou as propriedades e as rendas da Sé e não nomeou um novo arcebispo. Em 1092, a convite de Hugo de Avranches, 1.º conde de Chester, Anselmo cruzou o Canal da Mancha. Na Inglaterra, envolveu-se em assuntos da Abadia durante quase 4 meses e foi proibido de voltar a Bec pelo rei. Guilherme ficou doente de forma súbita em Alveston, no ano seguinte e, movido pelo desejo de compensar por seus atos pecaminosos que acreditava serem a causa de sua doença, permitiu que Anselmo fosse nomeado para a Sé de Cantuária a 6 de março de 1093. Entretanto, Anselmo recusou o posto alegando estar velho e doente. Porém, a 24 de agosto, apresentou a Guilherme as condições de aceitação do cargo: devolver as terras da Sé que tomara, aceitar a preeminência dos conselhos espirituais de Anselmo e reconhecer Urbano II como Papa (e não Clemente III, o antipapa). As recusas de Anselmo ajudaram a melhorar a sua posição na barganha enquanto eram discutidos os termos com o rei, relutante em aceitar as condições impostas. Guilherme cederia apenas à primeira. Alguns dias depois, Guilherme tentou voltar atrás mesmo nisso e suspendeu a investidura de Anselmo, mas, pressionado pela população, foi obrigado a prosseguir com a nomeação. No fim, Anselmo e Guilherme concordaram que a devolução das terras de Cantuária seria a única condição aceite. Finalmente os Bispos ingleses colocaram-lhe nas mãos o báculo e levaram-no para igreja para ser investido. Anselmo prestou homenagem a Guilherme e, em 25 de setembro de 1093, recebeu de volta as terras de sua nova Sé. Foi entronizado no mesmo dia depois de receber a dispensa de obrigações na Normandia. Por fim, foi consagrado Arcebispo de Cantuária a 4 de dezembro.
Discute-se se a relutância de Anselmo em assumir a Sé teria sido sincera. Estudiosos como Southern defendem que a sua preferência teria sido permanecer em Bec. Porém, a relutância em aceitar postos importantes era costume medieval. Vaughn afirma que Anselmo não poderia ter expressado um desejo pela posição sem correr o risco de ser visto como carreirista ambicioso. E Anselmo terá percebido a situação política e os objetivos de Guilherme e agiu no exato momento que lhe daria a melhor condição de negociar pelos interesses da sua futura sé e do movimento reformista. Além disso, a vida de eremita era uma opção que Anselmo considerava antes de aceitar o conselho do Arcebispo de Ruão e entrar para o mosteiro. William Kent acreditava não haver razão para suspeitar da sinceridade de Anselmo. Atraído pela vida contemplativa, não tinha atração alguma por este tipo de cargo mesmo em períodos de paz e, assim, teria ainda menos em tempos conturbados, pois bem sabia o que o esperava na função.
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Combateu pelas reformas da Igreja e pelos interesses de Cantuária. A sua visão sobre a Igreja era de uma Igreja universal, com a sua autoridade interna própria, capaz de conter a visão do controlo régio sobre o Estado e sobre a Igreja. Por isso, Anselmo é descrito ora como monge contemplativo ora como homem politicamente comprometido e fortemente determinado a defender os privilégios da Sé de Cantuária. Um dos primeiros conflitos com Guilherme irrompeu no primeiro mês. O rei queria combater o irmão mais velho, Roberto II Curthose, duque da Normandia, e precisava de dinheiro. Anselmo (entre os nobres de quem se esperava ajuda) ofereceu £500, mas Guilherme exigia mais. Um grupo de bispos convenceu Guilherme a aceitar a quantia original e foram ter com Anselmo, que afirmou ter doado o dinheiro aos pobres.
As leis da Igreja determinavam que o Metropolita não fosse consagrado sem antes receber o pálio das mãos do Papa. Anselmo, portanto, insistiu em ir a Roma para receber o seu, mas Guilherme não autorizou. O antipapa Clemente III lutava contra Urbano II, reconhecido pela França e pela Normandia. Guilherme não seria partidário de Clemente, mas desejava fortalecer os próprios interesses pondo-se na posição de decidir entre os dois rivais. Assim, quando Anselmo pediu permissão para ir ver o Papa, o rei afirmou que ninguém na Inglaterra deveria reconhecer nenhum dos dois papas antes de o rei se decidir. Em 25 de fevereiro de 1095, os bispos e nobres da Inglaterra realizaram um concílio no castelo de Rockingham para discutir o tema, tendo os bispos alinhado pelo rei, a ponto de lhe recomendarem que depusesse Anselmo, enquanto os nobres escolheram a posição de Anselmo e a conferência terminou num impasse.
Guilherme enviou mensageiros em segredo a Roma para convencerem Urbano a enviar um legado (Gualtério de Albano) ao rei levando consigo o pálio arcebispal e imediatamente deram início às negociações secretas. Guilherme concordou em reconhecer Urbano como Papa e assegurou para si o direito de autorizar que membros do clero recebessem cartas papais e lhes obedecessem. Gualtério, negociando em nome de Urbano, concedeu que Urbano não enviaria legados à Inglaterra sem que fossem antes convidados pelo rei. O maior desejo de Guilherme era que Anselmo fosse deposto e outro recebesse o pálio, ao que Gualtério respondeu que “...há boas razões para que se espere um bom resultado de acordo com os desejos do rei. Guilherme reconheceu Urbano, mas Gualtério recusou depor Anselmo. Enfurecido, Guilherme tentou extorquir dinheiro de Anselmo em troca do pálio, mas sem sucesso. Depois, tentou entregar-lhe o pálio pessoalmente, o que também não foi permitido. Finalmente, o rei cedeu e Anselmo recebeu o pálio no altar de Cantuária em 10 de junho de 1095.
Nos dois anos seguintes, não houve disputa aberta entre Anselmo e Guilherme. Porém, o rei bloqueou todos os esforços do Arcebispo nas suas reformas. A tensão finalmente explodiu em 1097, quando Guilherme esmagou uma revolta galesa. Acusou Anselmo de lhe ter fornecido um número insuficiente de cavaleiros para a campanha e tentou multá-lo. Anselmo decidiu seguir para Roma para se aconselhar com o Papa, pois Guilherme recusava cumprir a promessa de ajudar na reforma da Igreja, mas o rei não permitiu. As negociações terminaram com Guilherme a declarar que, se Anselmo partisse, tomaria de volta a Sé de Cantuária e jamais o receberia de volta como Arcebispo. Por outro lado, se Anselmo ficasse, seria multado e teria que jurar que jamais apelaria novamente a Roma: “Anselmo recebeu a opções de se exilar ou de se submeter completamente”. Anselmo abandonou a Inglaterra, só retornando depois de o rei ter sido assassinado. Após um período de boas relações com o filho de Guilherme, Henrique I, foi exilado, pois não aceitava que o rei investisse os prelados com a insígnia espiritual. Mas os seus últimos anos foram de paz no cargo.
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No IX Centenário da sua morte
Na carta que Bento XVI enviou ao Cardeal Giacomo Biffi, Arcebispo emérito de Bolonha (Itália) e Enviado Especial do Papa às celebrações do IX Centenário da morte de Santo Anselmo, destaca a importância deste Doutor da Igreja como exemplo da síntese entre a fé e a razão.
Na mensagem, o Papa assinalava, em 2009 que a figura de Santo Anselmo “conserva uma grande atualidade e um forte atrativo” e “a sua luz continua a brilhar em toda a Igreja, sobretudo onde se cultiva o amor pela verdade da fé e o prazer de a aprofundar através da razão”. Por isso, aquele aniversário era uma oportunidade única para “renovar a memória duma das figuras mais luminosas da tradição da Igreja e da história do pensamento ocidental europeu”. Dizia o Papa:
A exemplar experiência monástica de Anselmo, o seu método original para recolocar o mistério cristão, a sua subtil doutrina teológica e filosófica, os seus ensinamentos sobre o valor inviolável da consciência e sobre a liberdade como adesão responsável à verdade e ao bem, a sua apaixonada obra de pastor de almas, numa entrega com todas as suas forças à promoção da liberdade da Igreja, nunca deixaram de suscitar no passado um vivo interesse que a recordação da sua morte está a incentivar de diversas formas e em vários locais”.
Como pensador, “o santo queria alcançar a visão dos nexos lógicos intrínsecos ao mistério e perceber a clareza da verdade, evidenciando a razão necessária que subjaz no mistério.”
A importância que Santo Anselmo dá à Lectio Divina, eixo central da vida beneditina, é evidente no seu livro “Prologus orationum sive meditationum”, que escreveu para estimular os leitores “ao amor e ao temor de Deus”. Retomando as palavras de Santo Anselmo, Bento XVI recordava que a Palavra de Deus “não se deve ler no meio do ruído e confusão, mas num ambiente tranquilo, nem a correr, velozmente, mas sim pouco a pouco e com intensa meditação”. Nos seus escritos – afirmava o Papa alemão – “não há qualquer separação entre erudição e devoção, entre teologia e mística, quando procura compreender os mistérios da fé”. A sua obra mais conhecida – o “Proslogion” – é, como as “Confissões”, de Santo Agostinho, ao mesmo tempo oração e desejo de contemplar o rosto de Deus. 
Referindo-se a uma outra obra – “Cur Deus homo” – o Santo Padre lembrava que, segundo Santo Anselmo, a razão chega a contemplar a beleza da verdade na busca mais alta da fé: “Se não crerdes, não compreendereis”. Quanto mais se recorre ao intelecto – escreve o Santo – tanto mais uma pessoa se aproxima de tudo aquilo a que os homens aspiram.
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A existência de Deus
Santo Anselmo propôs a prova da existência de Deus pela razão. Foi ele o criador do argumento ontológico para a existência de Deus. Defendia que a razão humana tinha capacidade para investigar os mistérios divinos, propondo que se temos a ideia de um ser perfeito, a perfeição absoluta tem de existir, assim como o ser perfeito. Dizia ele:
Não quero compreender para crer, mas crer para compreender, pois bem sei que sem a fé eu não compreenderia nada de nada”.
Monológio, escrito em 1077, inclui uma defesa da existência de Deus, mas também muitas discussões sobre os atributos divinos e a sua economia, além de algumas sobre a mente humana. A obra começa assim:
Se alguém não sabe, seja por que não ouviu ou por que não acredita, que há uma natureza, suprema sobre todas as coisas existentes, que sozinha é autossuficiente em sua felicidade eterna, que através da sua bondade omnipotente concede e faz com que todas as coisas existam ou tenham algum tipo de bem-estar, e uma grande quantidade de outras coisas que devemos acreditar sobre Deus ou sua criação, penso que este devia pelo menos convencer-se da maior parte destas coisas pela simples razão se for moderadamente inteligente”.
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A expiação
A visão da satisfação na teoria da expiação foi formulada por Anselmo em seu obra Cur Deus Homo? (Porque é que Deus se fez Homem?).  Tentou ali explicar a necessidade racional do mistério cristão da expiação. O ponto central do argumento é que o ser humano pode compensar pelo pecado contra Deus, mas sendo a compensação impossível para um ser humano individual, ela só podia ser feita por Deus. Um ato assim só seria possível a Jesus Cristo, o Filho, que é tanto Deus como homem. A expiação é obtida pela morte de Cristo, que tem valor infinito. Em última instância, nesta interpretação, a justiça e a misericórdia divina em sentido mais amplo mostram-se completamente compatíveis.
De acordo com esta visão, o pecado seria um débito frente à justiça divina que precisa ser pago de alguma forma. Assim, nenhum pecado, segundo pode ser perdoado sem a devida satisfação. Porém, o débito incorreto é algo muito maior que um ser humano é capaz de pagar. Todo o serviço que uma pessoa pode oferecer a Deus já está alienado por conta de outros débitos para com Deus. A única forma pela qual se pode dar a satisfação – para que o homem se livre dos seus pecados – seria pela vinda dum Redentor que fosse homem e Deus e que teria que ser livre de todo pecado e, portanto, não ter nenhum débito incorrido. A sua morte seria então maior do que todos os pecados incorridos pela humanidade e corresponderia a uma superabundante “satisfação” à justiça divina.
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Um trecho do “Proslógion”

Que eu Vos conheça e Vos ame, para encontrar em Vós a minha alegria 
Encontraste, minha alma, o que buscavas? Buscavas a Deus e verificaste que Ele está acima de todas as coisas e nada melhor que Ele se pode pensar; que Ele é a vida, a luz, a sabedoria, a bondade, a eterna felicidade e a feliz eternidade; e que Ele é tudo isto em toda a parte e sempre. Senhor meu Deus, meu Criador e Redentor, dizei à minha alma, sedenta de Vós, que outra coisa sois além do que viu, para que veja claramente o que deseja. Ela esforça-se por ver sempre mais, mas além do que já viu nada vê senão trevas. Melhor: não vê trevas, porque em Vós não há trevas; mas vê que nada mais pode ver por causa das trevas que há em si mesma. 
Essa é verdadeiramente, Senhor, a luz inacessível em que habitais, e nessa luz ninguém pode entrar para ver-Vos claramente tal como sois. Eu não vejo essa luz, porque é excessiva para mim; e, no entanto, tudo o que vejo, é por meio dela que o vejo: como a nossa vista humana que, pela sua fraqueza, só pode ver por meio da luz do sol e contudo não pode olhar diretamente para o sol. 
(…)
Peço-Vos, meu Deus: fazei que eu Vos conheça e Vos ame, para encontrar em Vós a minha alegria. E se não o posso alcançar plenamente nesta vida, que ao menos me vá aproximando, dia após dia, dessa plenitude; cresça agora em mim o conhecimento de Vós, para que chegue um dia ao conhecimento perfeito; cresça agora em mim o amor por Vós, até que chegue um dia à plenitude do amor; seja agora a minha alegria grande em esperança, para que um dia seja plena mediante a posse da realidade. 
Senhor, por meio do vosso Filho nos mandais, ou melhor, aconselhais a pedir, e prometeis que obteremos, para que a nossa alegria seja completa. Por isso Vos peço, Senhor, o que aconselhais por meio do nosso Admirável Conselheiro: possa eu receber o que em vossa fidelidade prometeis, para que a minha alegria seja completa. Deus fiel, eu Vo-lo peço: fazei que o receba, para que a minha alegria seja completa. 
Entretanto, nisto medite o meu espírito e fale a minha língua; isto ame o meu coração e proclame a minha boca. Dessa felicidade prometida tenha fome a minha alma e sede a minha carne. Todo o meu ser a deseje, até que chegue a entrar na alegria do meu Senhor, que é Deus trino e uno, Deus bendito por todos os séculos. Amen.
(Cap. 14.16.26: Opera omnia, ed. Schmitt, Seccovii, 1938, 1, 111-113.121-122) (Sec. XI), in Liturgia das Horas
2018.04.21 – Louro de Carvalho

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