domingo, 31 de dezembro de 2017

Quero um ano de 2018

Que não traga:
- Mais casos de políticos que usufruam de benefícios pessoais de empresas com cujos negócios podem ter de interferir em razão do cargo que ocupam – caso da Galp e outras.
- Casos de contratos por força dos quais o Estado fica fragilizado em caso de situação problemática, mercê da promiscuidade entre o público e o privado – tipo PPP, Swap, Siresp.  
- Mais casos de legionella em hospitais públicos ou privados ou em quaisquer câmaras de refrigeração, bem como outras doenças letais.
- Incêndios florestais – sobretudo com perda de vidas humanas e de animais – provocados por mão humana, pelo capricho da natureza ou pela negligência das pessoas, serviços e empresas, bem como incêndios em habitações ou unidades comerciais e industriais.
- Mortes na estrada por acidente de viação, nos campos por acidentes com máquinas agrícolas, ou nas fábricas por acidentes com máquinas industriais e em casa ou em oficinas de pirotecnia por explosão.
- Assaltos a residências, a pessoas nas ruas, a carrinhas de valores, a empresas, a serviços de associações e do Estado.
- Casos de violência doméstica, crime passional e crime organizado.
- Violação, abuso sexual de menores e pedofilia.
- Afirmações insultuosas inseridas em declarações políticas ou em sentenças e acórdãos judiciais.
- Furto de material de guerra ou de paióis das forças armadas ou dos armazéns policiais.
- Situações como as que ocorreram com a “Raríssimas” ou aquela em que os partidos surpreenderam a opinião pública legislando em proveito próprio sem a devida contenção e a exigível transparência.
- Fraudes com prejuízos para o Estado, empresas, famílias e pessoas.
- “Planos de reestruturação” de empresas e serviços cuja concretização se limita a colocar na rua pessoal, a encerrar lojas, agências ou balcões e a aumentar tarifas e comissões.  
- Eternização de processos judiciais com a suspeição de que a justiça não funciona, fazendo sofrer as vítimas ou desrespeitando os direitos dos arguidos.
- Manutenção de criminosos à solta, com o perigo para a defesa e segurança dos cidadãos e dos bens.
- Investimento dos 200 milhões da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na Caixa Económica Montepio Geral.
- Mediocridade na escola e no sistema educativo.
- Insuficiência no sistema nacional de saúde e aproveitamento da saúde para negócio.
- Problemas laborais tidos como insolúveis, emprego precário e baixos salários.
- Incómodo às pessoas e às famílias da parte dos Call Centers.
- Guerra Estados Unidos – Coreia do Norte.  
- Prossecução dos projetos Trump.
- Manutenção da situação na Ucrânia.
- Braço de ferro entre a Catalunha e Madrid.
***
Mas que traga:
- Crescimento da economia nacional com reflexo na vida das pessoas, na saúde das empresas e na vitalidade do Estado.
- Criação de mais e melhor emprego – com estabilidade, salário condigno, perspetiva de carreira e articulação da vida profissional com a vida pessoal e familiar.
- Diminuição significativa da dívida pública.
- Maior entendimento e interação na União Europeia.
- Sanidade e pujança da vida política, associativa e desportiva.
- Êxito na organização do Eurofestival.
- Êxito para Mário Centeno na coordenação do Eurogrupo.
- Êxito para António Guterres na resolução das grandes questões internacionais e na reforma das Nações Unidas.
- Seriedade na vida parlamentar e judiciária e na ação governativa.
- Saúde e honestidade no desporto, crescimento na atividade cultural e no desenvolvimento artístico.
- Harmonização das relações intergeracionais.
- Reforço da garantia da defesa e segurança das pessoas e bens, através da boa organização da proteção civil, do empenho das forças de segurança e da disponibilidade das forças armadas.
- Melhoria na vida escolar e no sistema educativo de modo que as crianças, adolescentes e jovens usufruam de verdadeira educação integral.
- Melhoria do sistema de saúde de modo que se reduzam as listas de espera para consulta, exames e intervenção cirúrgica – na perspetiva do serviço, que não do negócio.
- Coerência da vida com os valores éticos e religiosos, contra a vivência de fachada.
- Reconhecimento do valor das religiões para o diálogo social e para a promoção da luta pelas grandes causas.
- Êxito para os Sínodo dos Bispos sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
- Respeito pela opinião de cada um e pelo direito à livre expressão, reunião e associação – contra o uniformismo de ação e o pensamento único.
- Promoção da vida humana em todas as circunstâncias.
- Verdadeiro e aprofundado debate sobre todas as questões ditas fraturantes.
***
Enfim, a todos os colegas, amigos e amigas desejo um novo ano com muita vida, muita saúde, muita satisfação pessoal, familiar, profissional e social. E que Santa Maria Mãe de Deus, sob cuja égide a Igreja Católica coloca o início do ano, acompanhe todos os nossos passos ao encontro de Cristo presente nos irmãos.
E não esqueçamos que ainda é Natal, que não pode ser em vão!

2017.12.31 – Louro de Carvalho

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