O Evangelho do 16.º domingo
do Tempo comum no Ano C (Lc 10,38-42) situa-nos na caminhada de
Jesus com os discípulos para
Jerusalém (9,51-19,27), onde vai viver
os últimos acontecimentos da Sua passagem pela terra. Durante o percurso, alojou-se
em casa de amigos e pessoas bem conhecidas. Desta feita, visita a casa das discípulas Marta e Maria, que viviam
em Betânia com o irmão Lázaro (cf Jo 11).
O episódio da perícopa em referência integra uma estrutura quiástica com a anterior (Lc 10, 25-37): Palavra de Deus sobre a caridade (amor a Deus
e ao próximo); prática
espelhada na parábola do samaritano; relato da preocupação de Marta para com o
próximo; e Palavra de Cristo sobre a necessidade primária da fé para o cristão.
Quer dizer que a prática cristã só tem sentido se estiver ensanduichada pela fé
e pelo amor, que se quer não interesseiro, lúcido, afetivo e efetivo.
O nome “Marta”, sendo a forma feminina de “marêh” (senhor) significa “senhora”; e Maria aqui não é a de
Magdala, mas a que se identifica no 4.º Evangelho (Jo 1,1ss;
12,1-11), pois a descrição destas irmãs
assim o leva a inferir. A evocação da viagem, do caminho (en dè tô
poreúesthai autoús) neste
episódio é de caráter estilístico, pois, do ponto de vista lucano, Jesus ainda
não está em Betânia, onde residem as duas irmãs. Marta andava muito atarefada,
pois era provável que no encalço de Jesus chegassem mais hóspedes. “Só é
necessária uma coisa” – reza o
texto atual, o que não é concorde com a tradição manuscrita: Só umas poucas coisas são necessárias, mas
certamente só uma, referem alguns manuscritos, enquanto outros rezam Só umas poucas coisas são necessárias (os mais
antigos) e outros, Só uma coisa é necessária. Enquanto a segunda versão manuscrita
parece indicar que são precisas apenas algumas coisas sobre a mesa para comer, pois
estamos no contexto dum banquete, a terceira aponta para a necessidade de algo
mais espiritual, sendo que a primeira congraça as duas hipóteses de insinuação.
Marta, que recebe Jesus, preocupa-se em acolhê-lo e
oferecer-lhe uma generosa hospitalidade, enquanto Maria, sentada aos pés do Senhor, na posição e atitude de
discípula (8,35; At 22,3), o escutava.
Marta, envolvida pelas ocupações quotidianas, reclama com o Mestre, mas é
advertida afetuosamente: “Marta, Marta! Tu ocupas-te com
muitas coisas, porém uma só é necessária. Maria, ao escutar a
palavra, manifesta em Jesus, escolhe a melhor parte que
não lhe será tirada. A escolha do único necessário que é Cristo,
Amor e Verdade do Pai, assegura o bom êxito do serviço, da diakonia cristã. Aos pés do Senhor, Maria aprende
a escuta e ação em consonância com o projeto de vida e salvação. E revela-se aqui
o caminho do discipulado caraterizado pela fidelidade à palavra: Felizes os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática (11,28). Alicerçadas na Palavra, contemplação e ação
tornam-se dimensões complementares ao serviço do Reino. O encontro com a Palavra
torna fecundo o serviço generoso e compassivo ao próximo. Sem a disposição para
escutar o Mestre, corre-se o risco de escolher a parte menos boa, arriscando o
desvio do caminho do Reino de Deus.
Marta aparece
como dona de casa diligente, ativa, preocupada em bem receber os hóspedes. Sente
que nem tudo será perfeito, que precisa de ajuda. Intervém junto de Jesus
enquanto Ele fala, pedindo que mande Maria a ajudá-la. Mostra-se agastada por
lhe parecer, talvez injusto, que todo o trabalho recaia sobre ela e que Maria
seja dispensada dele.
A resposta de
Jesus é bastante misteriosa: Marta, Marta
andas inquieta e agitada. Uma só coisa é necessária … Maria escolheu a melhor
parte que não lhe será tirada. Jesus censura a inquietação e a agitação de
Marta, que faz muitas coisas ao mesmo tempo; a preocupação de bem receber o seu
hóspede domina tudo o resto, quando o importante já não é receber bem o Senhor,
mas fazer com que a receção seja um êxito. Marta, invadida pelas preocupações
acaba por inverter o valor e a importância das coisas. O zelo tinha-a levado
longe de mais: o que era acessório tomara o lugar do essencial.
Há, no texto, um
pormenor relevante, o da “posição” de Maria: “sentada aos pés de Jesus”. É a
posição típica do discípulo diante do mestre (cf
Lc 8,35; At 22,3). É situação surpreendente num contexto sociológico em que
as mulheres tinham um estatuto de subalternidade e viam limitados alguns
direitos religiosos e sociais; por isso, nenhum “rabbi” da época se dignava
aceitar uma mulher no grupo dos discípulos que se sentavam aos seus pés para
escutar as suas lições. Lucas (que procura dizer
que Jesus veio libertar e salvar os que eram oprimidos e escravizados,
nomeadamente as mulheres) mostra, neste episódio, que Jesus não faz qualquer
discriminação: o facto decisivo para ser seu discípulo é estar disposto a
escutar a sua Palavra.
Não raro, o episódio
foi lido em chave de oposição entre ação e contemplação; no entanto, não é isso
que está em causa. Lucas não está, nesta catequese, a explicar que a vida contemplativa
é superior à vida ativa; está é a dizer que a escuta da Palavra de Jesus é o
mais importante para a vida do crente, pois é o ponto de partida da caminhada
da fé. Isto não significa que “fazer coisas”, “servir os irmãos” não seja
importante; mas significa que tudo deve partir da escuta da Palavra, pois é essa
escuta que nos projeta para os outros e nos faz perceber o que Deus espera de
nós. Assim, a experiência de Marta é preciosa, pois é um aviso salutar para
nós, que não devemos confundir os fins com os meios nem pôr estes acima
daqueles. Um único fim é importante: servir o Senhor e não servirmo-nos do dele
para as nossas ambições ou desejos pessoais. O próprio serviço do Senhor pode
contribuir para isso se não estivermos atentos.
Quantas vezes,
até quando nos empenhamos nas obras de apostolado (catequese, liturgia, pastoral social, pastoral familiar,
acolhimento, etc.) não nos procuramos mais a nós próprios, ao nosso êxito
pessoal do que propriamente a servir os outros ou a Deus!
***
A 1.ª leitura (Gn 18,1-10a) apresenta o acolhimento de Abraão e Sara aos três
visitantes, que manifestam a salvação de Deus. A hospitalidade, oferecida pelos
pais da fé, é recompensada pela promessa de um filho, o maior desejo de Abraão.
Os capítulos 12-36 do Génesis são textos sem grande
unidade e sem caráter de documento histórico ou de reportagem jornalística.
Estamos ante uma mistura de “mitos de origem” (narravam a chegada dum “fundador” a
um determinado local e a tomada de posse daquela terra), de “lendas cultuais” (relatavam
como um deus qualquer apareceu em determinado local a um desses “fundadores” e
como esse lugar se tornou um local de culto) e de relatos onde se expressa a realidade da vida nómada durante o 2.º
milénio antes de Cristo. Na origem do texto em referência estará uma antiga
“lenda cultual” que narrava como três figuras divinas terão aparecido a um
cananeu anónimo junto do carvalho de Mambré (perto de Hebron), como o cananeu os acolhera na sua tenda e como fora
recompensado com um filho pelos deuses (Mambré era um santuário cananeu, já
no terceiro milénio a.C., antes de Abraão aí ter chegado). Mais tarde, quando Abraão ali se estabeleceu, a lenda
cananeia foi-lhe aplicada e ele passou a ser o herói desse encontro com as
figuras divinas.
No séc. X a.C. (reinado de Salomão), os autores jahwistas recuperaram essa velha lenda
para apresentarem a sua catequese. No estado atual do texto, a personagem
central é Abraão, a figura que os catequistas jahwistas apresentam aos
israelitas da época de Salomão, como um modelo de vida e de fé.
Abraão está “sentado à entrada da tenda, na hora de
maior calor do dia”. De súbito, aparecem três homens diante de Abraão, que os convida
a entrar, não se limitando a trazer-lhes água para lavar os pés, mas improvisando
um banquete com pão recém-cozido, um vitelo “tenro e bom” do rebanho, manteiga
e leite. Depois, fica de pé junto deles, na atitude do servo vigilante para que
nada falte aos convidados: é a lendária hospitalidade nómada no seu melhor. Abraão
surge como o modelo do homem íntegro, humano, bondoso, misericordioso, atento a
quem passa e disposto a repartir com ele, de forma gratuita, o que tem de
melhor.
Terminada a refeição, é anunciada a Abraão a próxima
realização dos seus mais profundos anseios: a chegada dum filho, o herdeiro da
sua casa, o continuador da sua descendência. Aparentemente, o dom do filho é a
resposta de Deus à ação de Abraão: o autor jahwista quer dizer-nos que Deus não
deixa passar em claro, mas recompensa uma tal atitude de bondade, de gratuitidade, de amor.
Complementarmente, fica espelhada a atitude do
verdadeiro crente face a Deus. Ao longo do relato – sem que fique expresso se
Abraão tem ou não consciência de que está diante de Deus – transparece a serena
submissão, o respeito, a confiança total (num desenvolvimento em que Sara ri
diante da “promessa”, mas Abraão conserva um silêncio digno, sem manifestar
qualquer dúvida): tais são
as atitudes que o crente é convidado a assumir diante deste Deus que vem ao
encontro do homem.
Atente-se, também, na sugestiva imagem de um Deus que irrompe repentinamente na
vida do homem, que aceita entrar na sua tenda e sentar-Se à sua mesa,
constituindo-Se em comunidade com ele. Por detrás desta imagem, está o
significado do comer em conjunto: criar comunhão, estabelecer laços de família,
partilhar vida. O jahwista apresenta, assim, um Deus dialogante, que estabelece
laços familiares com o homem, com quem deseja estabelecer uma história de amor
e de comunhão. O jahwista aproveitou a velha “lenda cultual” e a figura
inspirativa de Abraão para apresentar aos homens do seu tempo o modelo do
crente: ele é aquele a quem Deus vem visitar, que o acolhe na sua casa e na sua
vida de forma exemplar, que põe tudo quanto possui nas mãos de Deus e que
manifesta, com este comportamento, a sua bondade, humanidade, confiança e fé;
ele é aquele que partilha o que tem com quem passa e cumpre em grau extremo o
sagrado dever da hospitalidade. A realização dos anseios mais profundos do
homem é a recompensa de Deus para quem age como Abraão.
***
A atitude de hospitalidade perpassa por toda a
celebração litúrgica. Deus acolhe-nos, nós acolhemos Deus. A iniciativa é
sempre d´Ele que nos ama primeiro. A hospitalidade implica também estar à mesa:
Ele está à nossa porta e bate é preciso ouvir a sua voz e abrir, assim cearemos
juntos (antífona da
comunhão; cf Ap 3,20). Não é
comer por comer, mas a partilha da mesa implica em nossa vida partilhar do
mesmo destino de Jesus Cristo e para isto é necessário que Ele nos ajude a
despojarmos do velho homem e para uma vida nova (oração pós-comunhão).
Para
fomentar um ambiente agradável entre as pessoas é indispensável o cultivo dos
bons hábitos, chamados vulgarmente virtudes humanas. Entre muitas outras,
encontra-se a virtude da hospitalidade, que nos aparece com grande relevo na
Sagrada Escritura e é ainda em muitos lugares tida em grande conta. No entanto,
podemos perguntar até que ponto ela é possível nos nossos ambientes. As pessoas
debatem-se com magros rendimentos, territórios destruídos pelas catástrofes (naturais e humanas), falta de tempo, habitações reduzidas,
condicionamentos dos horários de trabalho e séria ameaça à segurança que
aconselha a não receber em casa pessoas estranhas. Ademais, parece que é menos
necessária hoje a hospitalidade. As pessoas deslocam-se rapidamente dum lugar
para o outro, não tendo necessidade de se hospedarem fora de casa.
Não obstante,
a hospitalidade, como todas as virtudes, é de todos os tempos. O importante é
configurá-la aos tempos em que vivemos, encontrar formas novas de a viver.
Abraão, que
recebeu três misteriosas personagens no seu acampamento, quando estava à porta
da tenda, por causa do calor sufocante que se fazia sentir, surge como modelo da
hospitalidade.
Uma virtude humana indispensável. “Abraão
estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do dia. Ergueu os olhos e
viu três homens de pé diante dele. Logo que os viu, deixou a entrada da tenda e
correu ao seu encontro.”. Abraão levanta-se prontamente, logo que se dá
conta da presença os três personagens. Esta prontidão deixa-nos entrever que estava
já habituado a fazê-lo. A hospitalidade, virtude humana que consiste em acolher
bem os outros, acolhê-los e partilhar a vida com eles, traz consigo um grande
número de virtudes-satélites.
Entre estas,
contam-se a cordialidade e a simpatia.
Abraão não espera que lhe venham ao encontro e peçam algo de que necessitam.
Aproxima-se pressuroso, manifestando a sua alegria em recebê-los. Com efeito, é
preciso que as pessoas sintam a nossa alegria em recebê-las.
Outra
virtude conexa com a hospitalidade é o espírito
de sacrifício. Era a hora mais quente do dia. Numa situação destas, somos
tentados a pensar só em nós procurando evitar a temperatura incómoda, desejando
que ninguém nos incomode e nos deixem em paz. Ora, sem esta dimensão do sacrifício,
as pessoas tornam-se ilhas fechadas e isoladas, tornando impraticável a
convivência humana. E o Senhor bate-nos à porta em horas incómodas,
misteriosamente presente nos nossos irmãos.
Depois é
necessária a abertura do coração.
Mais do que abrir a porta de casa ou a bolsa, a hospitalidade consiste em abrir
as portas do coração, em encontrar tempo e paciência para escutar e aceitar a
partilha de problemas, dores ou preocupações. Abraão nem sequer tem casa para
receber, porque vive ainda em nomadismo. Mas nós, hoje temos muitas
oportunidades de praticar esta virtude. O isolamento, sobretudo dos mais idosos
e doentes que são forçados a permanecer em casa é realidade gritante; muitas
pessoas sentem-se asfixiadas pelos problemas da vida e vão até ao desespero.
Precisam de quem as oiça. Fomenta-se o voluntariado e as obras de apostolado
que oferecem ajuda e são uma forma preciosa de viver em solidariedade, porque
trabalham sem qualquer recompensa e apoiam-se num compromisso de continuidade.
Acolher com generosidade. “Mandarei
vir água, para que possais lavar os pés e descansar debaixo desta árvore. Vou
buscar um bocado de pão, para restaurardes as forças antes de continuardes o
vosso caminho, […].”. Abraão segue os costumes do seu tempo. Ofereceu aos
misteriosos visitantes água para lavar os pés da poeira dos caminhos e o melhor
que tinha nos seus rebanhos e na tenda para lhes preparar uma refeição.
No
acolhimento é preciso situar-se bem entre dois extremos: esbanjamento, que tem como origem a tentação da vaidade, de
aparentar um luxo que não existe, o que pode acontecer também com o tempo,
ocupando espaço que pertence à oração, ao trabalho profissional, aos deveres de
estado, etc.; e mesquinhez, que
denuncia um coração tacanho, que leva a fazer o menos possível para receber
alguém, não estando o problema tanto no que se dá, mas no modo como se dá. A
falta de tempo, de disponibilidade, para acolher, pode ser uma máscara para
encobrir o egoísmo. Para nos defendermos desta tentação, pensemos em que
gastamos o tempo. Talvez houvesse outras coisas menos importantes que poderiam
ter cedido o seu lugar a um acolhimento. É generosidade acolher com um rosto
sereno quando temos muito que fazer e o tempo é reduzido e quando estamos em
más condições de saúde ou cansados ou temos coisas urgentes à nossa espera.
Deus (e Jesus, a sua melhor imagem) recompensa a hospitalidade. “Depois eles disseram-lhe:
‘Onde está Sara, tua esposa?’. Abraão respondeu: ‘Está ali na tenda’. E um
deles disse: “Passarei novamente pela tua casa daqui a um ano e então Sara tua
esposa terá um filho’.”. Esta promessa aparece diretamente relacionada com
o gesto de hospitalidade que Abraão tivera para com eles. Também a viúva de
Sarepta ofereceu o último punhado de farinha e as últimas gotas de azeite para
que se fabricasse o pão com que Elias matasse a fome, e nunca mais o alimento
lhe faltou, até que acabou a seca naquela terra, pois Deus nunca se deixa
vencer em generosidade e recompensa sempre a hospitalidade feita por amor
d’Ele.
A primeira
recompensa que Deus nos oferece pela hospitalidade é uma grande paz e alegria interiores. É o que deve ter sentido Abraão e
Sara, depois deste acolhimento caloroso. É alegria de ver o outro feliz, e ter
vencido o egoísmo, fazendo algo que talvez nos custasse. Depois, o coração de quem pratica esta virtude
dilata-se, cresce na sua capacidade de amar e de vencer o egoísmo que nos fecha
em nós mesmos.
A
hospitalidade é uma das obras de misericórdia e merece recompensa eterna. No Evangelho do juízo final, Jesus faz consistir
o julgamento apenas sobre a caridade que se exprime por estas obras. “Vinde,
benditos de Meu Pai…!” (Mt 25,31-46).
E o
Evangelho mostra à saciedade o valor da hospitalidade, que merece a recompensa
eterna e já neste mundo a recompensa a cem por um. Jesus lava os pés aos
discípulos e quer que eles façam o mesmo aos outros, aceita a unção duma
pecadora, tal com aceitou o convite do fariseu para um banquete (Lc 7,37-50), como aceitou a unção de Maria de Betânia (Jo 12,1-11).
***
A
hospitalidade pratica-se entre famílias com relações de amizade, que se
encontram em almoços, jantares, passeios em comum e, mesmo, acolhendo-se na
casa uns dos outros.
Quando as
viagens eram longas e penosas, esta espécie de hospitalidade era mais
necessária. A mãe de São João Bosco e os pais de São João Maria Vianney
recebiam em sua casa viajantes, pobres e desertores dos exércitos,
ofereciam-lhes comida e dormida. Hoje, porém, por causa dos exigentes horários
de trabalho, habituações reduzidas ao mínimo indispensável, e até por causa da
falta de segurança crescente, fica desmotivada esta espécie de hospitalidade. Ademais,
parece que agora é menos necessária, por as viagens serem rápidas, e não se
dispõe de tempo. Mas há formas de hospitalidade e de acolhimento muito
necessárias no nosso tempo.
Hoje a
hospitalidade concretiza-se em encontrar tempo e disposição para os outros:
visitando idosos e doentes que passam o dia sós ou em lares perdidos no anonimato,
embora identificados; disponibilizando-se para ouvir os que sofrem e iluminar o
seu sofrimento e debilidades à luz da fé com a ternura do coração magnânimo; e acolhendo
quem nos surge no caminho a abrir o seu coração e receber uma palavra amiga que
lhe possa orientar a vida.
2019.07.21 –
Louro de Carvalho
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