Mal o Ministro das Finanças apontou a folga
para aumento salarial aos trabalhadores da administração pública, veio o FMI (Fundo
Monetário Internacional) alertar para
o perigo do desacerto das contas públicas, o que levou o Primeiro-Ministro a
considerar a protelação da matéria.
Assim, face ao aumento previsto das despesas com os funcionários públicos e ao histórico de congelamentos, a 17 do passado mês de
maio, o FMI alertava o Governo para o
aumento das despesas com funcionários públicos, recomendava a revisão das
carreiras, de modo a estabilizar a evolução desses gastos e deixava aviso sobre
as pensões. O objetivo é assegurar uma evolução estável desses gastos. E a instituição liderada por Lagarde explicava:
“Como foi notado pelo Conselho das Finanças
Públicas, as projeção oficiais mais recentes do Governo para os gastos com
salários nos próximos anos são significativamente superiores às projetadas no
último ano, o que implica pressão adicional sobre as contas públicas”.
Sublinhando os termos da solução para a questão difícil
das progressões das carreiras”, o FMI punha em causa está o diploma que
“mitiga” os efeitos do congelamento nas carreiras especiais e que prevê a recuperação de apenas 70% do módulo padrão.
Recorde-se o caso dos professores (suscitou maior polémica e deu
azo a uma crise política), em que se
procede só à recuperação de 2 anos, 9 meses e 18 dias (dos 9 anos,
4 meses e 2 dias congelados), pois o
módulo-padrão na carreira docente é de 4 anos. O diploma foi objeto de
apreciação parlamentar, tendo estado em cima da mesa a recuperação
integral do tempo. Ante este cenário, Costa declarou que se
demitiria, se a lei avançasse, já que poria em causa as contas. A
direita recuou e fez um ultimato às demais bancadas dizendo só
aprovar a contabilização, se fossem aprovadas salvaguardas financeiras, o que a
esquerda não cedeu e travou tal pretensão. Assim, o PSD e o CDS mudaram o
sentido do voto, inviabilizando a recuperação integral. A crise política
terminou, mas o FMI advertiu que a ameaça à estabilidade das
contas não está afastada. De facto, só com a recuperação de 70% do
módulo padrão, os gastos com o pessoal devem aumentar significativamente nos
próximos anos.
Face a este cenário e ao histórico de congelamentos (os 9 anos
referidos dizem respeito a dois períodos de congelamento), a instituição de Christine
Lagarde recomenda a “revisão alargada” da composição e das regras do emprego
público, justificando:
“Os ciclos de paragem e início das
progressões desde 2005 foram disruptivos para o Governo e para os funcionários
públicos e levantam questões sobre a sustentabilidade desse regime face
às flutuações económicas”.
E o FMI alerta quanto ao sistema de pensões, frisando que
beneficiaria de ajustamentos que amenizassem o acréscimo das
despesas previsto face ao envelhecimento demográfico e atenuassem a
desigualdade entre pensionistas, que é “mais alta do que a média europeia”.
De acordo com um estudo publicado em abril pela FFMS (Fundação
Francisco Manuel dos Santos), face ao envelhecimento populacional, entre 2020 e 2045, o
número de pensionistas deverá crescer muito, passando de 2,7 milhões para 3,3
milhões. A partir de 2040, um terço da população estará a receber
pensão de velhice, o que põe grande pressão na Segurança Social. Ora, apesar do
reforço esperado do lado das receitas, a Segurança Social passará
a défice no final da próxima década, sendo que um crescimento (ligeiro) das contribuições não bastará para compensar a
subida da despesa com pensões no Regime Previdencial de Segurança Social, que
deverá começar a registar défices crónicos a partir de 2027. E o FMI deixava nota positiva para o esforço de priorização do
investimento público em áreas centrais como a saúde, mas aconselhava à
subida da idade da reforma em 3 anos para adiar o desequilíbrio das contas.
***
Agora o FMI insiste em recomendar que Portugal
reavalie as reformas levadas a cabo nos últimos anos no sistema de pensões, de
modo a promover a igualdade de rendimentos na velhice e controlar a despesa,
aduzindo que o nosso sistema de pensões é
“dispendioso” quando
comparado com os padrões dos demais países e “faz pouco para corrigir
as desigualdades de rendimentos na velhice”. Assim, no relatório ora
divulgado, observa:
“O sistema público de pensões português foi
alvo de múltiplas mudanças importantes de modo a reforçar a sua
sustentabilidade, incluindo a subida da idade legal da reforma e a indexação à
esperança média de vida, bem como a redução dos benefícios para os novos
pensionistas desde 2007. Contudo, o sistema mantém-se
dispendioso, generoso em comparação com os padrões da OCDE e faz pouco para
corrigir a desigualdade de rendimentos na velhice.”.
Face a este cenário, o organismo recomenda a reavaliação dos
resultados das reformas recentes, de modo a identificar soluções focadas nas
pensões mais elevadas, de modo a promover a igualdade entre pensionistas
e monitorizar de forma apertada a despesa do sistema, sugerindo, por exemplo, a
redução das taxas de formação das pensões mais elevadas de modo a convergir
gradualmente com as taxas de substituição da UE. Entende que as últimas reformas
mitigam os custos orçamentais do envelhecimento demográfico, mas considera a necessidade dum esforço extra no futuro. Admite
que a redução da penalização associada à antecipação da
reforma para as carreiras muito longas (excessivamente pesada e injusta) terá um
“impacto orçamental mínimo”. E aconselha a aposta nos PPR (Planos Poupança Reforma) e noutros esquemas privados de pensões (a
subdesenvolvidos na nossa economia), que aliviem
a pressão sobre o sistema público – aposta que resultaria no reforço das
poupanças das famílias, necessário para “mitigar o impacto adverso das
tendências demográficas” atuais.
O FMI, preocupado com a reduzida taxa
de poupança em Portugal (3,8 %), apela a opções
políticas mais específicas para aumentar a poupança das famílias, destacando a
necessidade de mais incentivos fiscais aos planos de pensões privados. Na
secção dedicada à poupança do relatório para Portugal no âmbito do artigo IV, o
organismo frisa que Portugal tem uma taxa de poupança inferior à média da Europa
e avança com alguns motivos. Salienta que a poupança das famílias (em percentagem
do PIB e em rendimento disponível) tem estado em tendência
decrescente ao longo das últimas duas décadas e que “é baixa face aos padrões
europeus (3,1% do PIB em 2018). E julga o reforço da poupança
necessário a médio prazo, sob pena de serem criados “desequilíbrios externos”. Quanto aos motivos, aponta o baixo rendimento
disponível, a fraca riqueza financeira, o elevado
rácio de pessoas com mais idade, os gastos governamentais elevados com as
pensões e a proteção social e o facto de muitos
portugueses terem casa própria como os principais ingredientes que contribuem
para essa situação. Mas há mais fatores a pesar: baixo nível
educacional, taxa de fertilidade reduzida e baixa cobertura de pensões privadas.
Ora, a
continuação do desenvolvimento de regimes privados de pensões pode ajudar a
reforçar e diversificar as fontes de rendimento na reforma para além do sistema
público de pensões.
Tratando-se
de problemas sem solução rápida ou fácil (em intervenção política), o FMI observa:
“As
opções políticas mais específicas para
aumentar a poupança das famílias incluem medidas para promover planos ocupacionais e pessoais privados,
incluindo algumas mudanças na tributação, e desenvolver incentivos para trabalhar após os 65 anos de idade”.
Uma
das lacunas identificadas é no âmbito dos esquemas
privados de pensões que são pequenos, têm baixa penetração e fraca
portabilidade além-fronteiras, sendo que estes “podem
desempenhar um papel importante na diversificação do rendimento na reforma e na
mobilização de poupança”. Assim, o Fundo apela à ação do Governo para fomentar
a aposta nesses instrumentos de fomento da poupança, avisando que “baixos incentivos fiscais às contribuições para os esquemas
privados de pensões não encorajam as poupanças para a reforma.
Neste contexto, reitera algo do que disse em maio: o reforço dos incentivos fiscais.
E, aconselhando a passar “lentamente” dum regime de impostos para
empregados em que as contribuições e benefícios são taxados e
o rendimento do investimento é isento, para um regime totalmente isento, algo comum à
maioria dos países europeus, diz que “as autoridades devem considerar um aumento
dos incentivos fiscais de forma a encorajar poupanças para a reforma”.
***
Governo e FMI alinham na antecipação dum desequilíbrio de 0,2% nas contas públicas este
ano, mas em 2020, o Governo espera um excedente de 0,3% enquanto o Fundo
se fica por 0,1%.
A organização de Bretton Woods vê o crescimento português em rota descendente: Dos 2,1% de
2017, a economia arrefecerá até aos 1,5% de progressão do PIB, em 2020
– previsões mais pessimistas que as do Executivo que antecipa uma
desaceleração do PIB para 1,9% este ano e no próximo. E antecipa uma quebra de 2,9% na evolução do investimento, entre 2019 e 2020
– descida quase equivalente à subida antecipada para este ano – de 4,5% para
7%.
Em termos de défice, Governo e FMI alinham na antecipação de um
desequilíbrio de 0,2% nas contas públicas este ano, mas em 2020, o Governo espera um excedente de 0,3%, enquanto o Fundo se fica
por 0,1%. E, na dívida, o cenário é
o mesmo. Para o FMI é 1%, mais pessimista que o Governo para 2020 (FMI espera
116% do PIB; o Governo 115,2%). Mas, ao
nível do desemprego, a situação é inversa. Costa espera que o desemprego
desça para 6,3% em 2020, já o FMI é mais otimista e aponta para 5,7%. O
Governo espera ter uma taxa de 5,6% em 2022.
O ECO on line organizou um
quadro-síntese com os valores (%) do FMI para três anos:
|
2018
|
2019
|
2020
|
|
2018
|
2019
|
2020
|
PIB
|
2,1
|
1,7
|
1,5
|
Emprego
|
2,3
|
1,4
|
1
|
Consumo privado
|
2,6
|
2,1
|
1,6
|
Desemprego
|
7
|
6,2
|
5,7
|
Investimento (FBCF)
|
4,5
|
7
|
4,1
|
Inflação
|
1,2
|
1,1
|
1,5
|
Exportações
|
3,7
|
4,1
|
4,1
|
Saldo orçamental
|
-0,5
|
-0,2
|
0,1
|
Importações
|
4,9
|
6
|
4,6
|
Dívida pública
|
121,5
|
118,8
|
116
|
Valor nominal do PIB (em mil milhões
de euros):
|
201,6
|
208,2
|
215
|
***
Por sua vez, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico)
quer a
subida do IVA. Na verdade, o grupo das economias avançadas
liderado por Angel Gurría renovou agora a receita para o crescimento dos
países. Para Portugal, a prioridade deve estar nas reformas dos impostos
através da revisão das taxas preferenciais e isenções de IVA e de um peso maior
dos impostos sobre imóveis e outros bens no bolo das receitas fiscais, pois “melhorar
a eficiência do sistema fiscal deve ser uma prioridade-chave, dada a
necessidade de reduzir o stock de
dívida pública”. Mas estas reformas devem assegurar que o sistema fiscal não
perde progressividade.
O IVA que fica por cobrar representou mais de metade
da despesa fiscal de 2018, de 13,1 mil milhões de euros. A OCDE defende que é
preciso subir o IVA e reduzir o valor de que o Estado abdica em impostos. Já em
fevereiro deste ano, o secretário-geral da OCDE vinha a Portugal a dizer que o
IVA mais reduzido na restauração não estava a ter efeito na melhoria do emprego
e favorecia antes apenas as famílias com mais rendimentos.
E, além deste recado na área dos impostos, há o atinente
aos incentivos
fiscais à investigação e desenvolvimento, rubrica com peso importante
na despesa fiscal em IRC (111 milhões de euros no ano passado). O SIFIDE (Sistema
de Incentivos Fiscais em Investigação e Desenvolvimento Empresarial) permite abater à coleta até 1,5
milhões de euros e adiar o gozo do benefício em até 8 anos quando os
rendimentos das empresas sejam insuficientes para tributação. Mas a OCDE
entende que deve deixar de haver prazo de validade para usufruir deste crédito
do fisco ou mesmo “reembolso em dinheiro de benefícios fiscais de I&D que
não foram usados”. Por isso, na inovação e de modo a melhorar a colaboração
entre empresas e academia, a organização recomenda incentivos na carreira dos
investigadores universitários que favoreçam o trabalho com os privados. Com
efeito, as baixas qualificações da mão-de-obra e o endividamento elevado das
empresas são dois dos principais obstáculos ao crescimento económico em Portugal,
onde a desigualdade é elevada e a produtividade baixa. Quanto ao 1.º obstáculo,
o relatório da OCDE defende mais apoio
aos estudantes em risco de reprovação ou de abandono escolar, mais formação
para professores e diretores de escolas e incentivos para os docentes mais
experientes se fixarem em escolas de piores resultados, bem como a consolidação
das vertentes do ensino profissional e técnico num único sistema. Quanto ao
endividamento, pede meios extrajudiciais para facilitar insolvências e que
alguns ativos de indivíduos altamente endividados possam ficar livres do
processo em que os tribunais ordenam a venda de bens para resposta aos
credores. Por outro lado, olha para formas de aumentar a competitividade
noutros setores além da indústria. A ideia é que o reforço de competitividade
baixe preços à produção e anime a produtividade e as exportações. Para tanto,
propõe menos barreiras de regulação nas
ordens profissionais, novas concessões portuárias e redução dos apoios à
produção de energia.
***
O FMI
sugere ao Governo que avance este ano com mais esforços de consolidação orçamental,
numa rota a aprofundar em 2020 com o objetivo de abrir espaço a, duma
assentada, prosseguir com a redução do
peso da dívida pública, aumentar o investimento público e criar margens para
lidar com eventuais choques que surjam a médio prazo. De acordo com o
relatório, um “esforço adicional” nas contas ajudaria a economia a reforçar a
“resiliência”, pois intensificaria o ritmo de
redução do peso da dívida pública, criando espaço para, caso seja necessário,
acomodar no Orçamento do Estado algum impacto adverso que surja
no futuro, levando a que o défice nominal cresça (mas abaixo do ritmo de redução do peso
da dívida). Vinca o
FMI:
“Na
eventualidade de uma inversão da trajetória económica de sentido descendente,
uma posição orçamental neutra, que permita aumentar o défice nominal, seria a
resposta apropriada desde que o rácio da dívida pública persista em trajetória
de redução”.
Segundo
o Fundo (sediado
em Washington), esta seria a melhor forma de ter a economia preparada para lidar com pressões relacionadas com o
envelhecimento da população, mas também com os impactos económicos das várias
tensões geopolíticas e outros eventos. O Fundo
avalia, em dois mil milhões de euros, os cortes necessários para este
reforço da resiliência económica do país, ao apontar para o esforço adicional
de um ponto percentual do PIB no saldo primário estrutural. Seria através deste
esforço que o Governo poderia “reduzir a ainda elevada dívida pública mais
rapidamente” e “criar espaço para políticas públicas” contracíclicas, caso
sejam necessárias. Mas este reforço de resiliência terá também de
vir de outras rubricas: mais
investimento público e “revisão
alargada” dos gastos com a função
pública.
A análise do FMI à economia portuguesa
sublinha:
“O investimento público mantém-se bem abaixo dos níveis pré-crise e
das médias da União Europeia e vai ter de aumentar para
apoiar o crescimento potencial”.
Em
abril último, o Governo cortou a meta de investimento público para 2019 em
471 milhões de euros, passando da promessa de 4,85 mil milhões, feita no OE
2019 (Orçamento do Estado
para 2019), para 4,38
mil milhões no PE (Programa
de Estabilidade). Assim,
além da intensificação dos níveis de investimento público, dum maior esforço de
consolidação orçamental e de redução da dívida pública, o FMI entende que chegou a hora de Portugal avançar com um levantamento exaustivo ao “nível,
composição e regras” do emprego
público, única forma de “lançar as bases para um melhor
controlo da trajetória da despesa corrente”.
***
Para o FMI, “apesar do
compromisso” do Executivo para “reduzir o emprego público”, a “pressão” com a
fatura dos salários no Estado está a aumentar.
Na
verdade, a garantia que o Governo deixou ao Fundo – para
assegurar o cumprimento das metas definidas no PE, que aponta para um défice de
0,2% este ano e um excedente de 0,3% em 2020 – é a “moderação na fatura
com salários da Função Pública”. Desde junho que o Primeiro-Ministro
vem a prometer aumentar os funcionários públicos se vencer as legislativas. Não
tem dito que tipo de aumento, mas ao FMI revelou que será moderado.
Em
entrevista ao Expresso, a 15 de
junho, o Primeiro-Ministro prometeu mais funcionários públicos e a ganhar mais,
disse ver margem para voltar à normalidade da “atualização anual
dos vencimentos” na Função Pública e admitiu abrir concursos para contratar
mais funcionários públicos para fazer face à degradação dos serviços públicos.
E reiterou tais asserções em entrevista, esta semana, à revista Visão, voltando a dar pistas sobre eventuais aumentos
na função pública, visando os trabalhadores com salários mais altos, sobretudo
na Saúde, pois, como disse, “o Estado tem de olhar para as condições
remuneratórias dos seus quadros superiores de outra forma, no futuro” (após o aumento dos salários mais
baixos), no atinente aos
quadros intermédios e superiores, ou seja, o Estado vai ter de rever a sua política
remuneratória, sob pena de ser incapaz de “conseguir contratar e reter os
quadros mais qualificados”.
Estas
declarações foram feitas após a visita dos técnicos do Fundo a Portugal em
maio, na sequência da qual divulgaram um comunicado de imprensa onde traçavam
as linhas gerais da sua avaliação e atualizavam as previsões para Portugal. O
Executivo, nas conversas que manteve com os técnicos, explicou que o excedente
de 0,3% do PIB dará “uma almofada para os
choques temporários e manter a dívida numa firme trajetória descendente”.
Para o Governo, chegará aos 115,2% em 2020, mas para o Fundo ficará em 116%. E,
segundo o Executivo, “isto será obtido pela continuação de ganhos de eficiência
decorrentes da revisão de despesa, descida dos juros da dívida e moderação da
fatura com salários da Função Pública”.
Na
avaliação do FMI a “pressão” com a fatura dos salários no Estado está a
aumentar, pois, “apesar do compromisso para reduzir o emprego público no
Orçamento de 2018, cresceu mais de 2%, refletindo parcialmente as necessidades
crescentes da passagem para as 35 horas”.
Enfim,
o país e o seu Governo (Que
Governo resistirá melhor?)
continuarão a mover-se entre a pressão interna de reposição de direitos com
vista à melhoria das condições de vida e as malhas que o FMI e a OCDE tecem para
pressionar a redução drástica da dívida. Não há reformas estruturais que os
contentem. A fisga está apontada para o emprego público, a anatematizar, e para
a subida do IVA, imposto cego que afeta ricos e pobres, sendo que estes são
quem mais tampão tem de pôr na boca. E o povo vai-se contorcendo por não haver
dinheiro para as suas necessidades, mas havendo-o para acudir aos “pobres”
bancos. Contra isso, FMI e OCDE, com apoio de algumas pseudociências humanas e
sociais, deixam funcionar o BCE e a Comissão Europeia. Misera sorte, estranha condição! (Camões).
2019.07.12 – Louro de
Carvalho
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