sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Em dia de festa (ou solenidade) da Natividade da Virgem Santa Maria

O dia 8 de setembro é assinalado pela Festa da Natividade da Virgem Santa Maria, da descendência de Abraão, nascida da tribo de Judá, da linhagem régia de David, da qual nasceu o Filho de Deus, feito homem por virtude do Espírito Santo, para libertar os homens da antiga escravidão do pecado. Na Congregação dos Missionários do Verbo Divino, a Natividade da Virgem Santa Maria é solenidade e assinala o aniversário da fundação do Instituto. E, em Lamego, celebra-se o nascimento da Virgem Santa Maria sob a invocação de Nossa senhora dos Remédios, com a categoria de solenidade por se tratar da padroeira principal da Cidade.
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A Congregação dos Missionários do Verbo Divino
Nasceu a 8 de Setembro de 1875, em Steyl, Holanda, fundada pelo padre alemão Arnaldo Janssen. Na verdade, no século XIX, foi-se desenvolvendo na Europa uma consciência muito viva da responsabilidade missionária. E Janssen assumiu-se como o paladino vivo da nova sensibilidade, procurando, por todos os meios ao alcance, despertar os cristãos coevos para esta realidade. Para tanto, entendia que era urgente a fundação dum seminário específico para a formação de futuros missionários. Consultou colegas sacerdotes, bateu à porta de vários bispos e, sentindo que o Espírito o levava por aí, fundou ele próprio esse seminário, no dia 8 de Setembro de 1875, nas margens do rio Mosa, não na Alemanha, por causa do anticlericalismo de Bismark, mas do outro lado da fronteira, na pequena aldeia de Steyl, em território holandês.
Foi nesse primitivo seminário, uma velha hospedaria abandonada, que nasceram e cresceram os primeiros Missionários do Verbo Divino, hoje espalhados pelo mundo. No sermão da Eucaristia de inauguração, o fundador falou e rezou com a humildade dos apóstolos:
“Só Deus sabe se deste início resultará alguma coisa... A pequenez deste começo não nos deve desalentar. Também a árvore mais imponente é, ao princípio, uma pequena semente e o gigante mais forte um débil menino chorão. Estamos conscientes de que com aquilo de que atualmente dispomos não nos será possível cumprir a nossa missão, mas esperamos que o bom Deus nos conceda quanto necessitamos. Que o Senhor faça connosco o que lhe aprouver. Se desta casa resultar algo de bom, agradecê-lo-emos à graça de Deus; se fracassar, bateremos humildemente no peito e reconheceremos que não fomos dignos da sua graça.” (cf http://www.verbodivino.pt/carisma.html).
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Nossa Senhora dos Remédios de Lamego

Sobre ela, escreveu o Reitor do Santuário no n,º 224 do semanário Ecclesia, de 28 de julho, uma interessante nótula sob o título “Um rosto em que se reveem todos os rostos”, de que ressaltam alguns aspetos antropológicos e espirituais:

Há uma espécie de simbiose entre o interior do país e o interior da pessoa. (…). É como se, no interior do país, a pessoa se sentisse reencontrada com o interior de si própria. Ao enfrentar os 925 degraus que o conduzem da cidade até Nossa Senhora dos Remédios, o peregrino sobe aquela longa e alta escadaria com a ânsia de encontrar a promessa de salvação ou a esperança. São muitos os rostos que se reveem naquele rosto. (…). É para aqueles olhos que todos os olhos (muitos deles lacrimosos) se voltam.”.
Depois, salienta algumas informações:
“Esta imagem de Nossa Senhora dos Remédios (1904) foi executada na mesma oficina em que foi esculpida a primeira imagem de Nossa Senhora de Fátima (1920): na Casa Fânzeres, de Braga. Depois da Capela de Santo Estêvão (de 1361) e da primeira Capela de Nossa Senhora dos Remédios (de 1565), o atual Santuário começou a ser construído em 1750. A inauguração aconteceu a 22 de Julho de 1761, mas esta obra só foi dada por finalizada em setembro de 1905, com a conclusão da segunda torre.”.
Por fim, com mais uma informação, vem um ato ilocutório expressivo:
“Juntamente com o Escadório (edificado entre 1777 e 1966) e o Parque Florestal (iniciado em 1898), o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios constitui um todo harmonioso que deslumbra os olhos e tonifica o espírito!”.
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A vocação de Maria
O site da paróquia de São João da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil transcreve um artigo da revista This is our faith sob o título “Maria Mãe de Deus”, que se sintetiza.
Questionando a turbulência que, por vezes, surge a respeito de Maria, por alguns pensarem que o culto à Mãe de Deus afasta do culto a Deus, esclarece que é errado confundir as coisas. Com efeito, só a Deus se presta o culto de adoração. E a devoção a Maria tem o seu lugar proeminente enquanto encaminha para Deus e de Deus para os homens.
Maria era rapariga aparentemente comum, campesina da parte mais pobre da Palestina. Porém, foi predestinada e escolhida para algo extraordinário, ser a mãe de Deus Filho.
A vinda do Filho de Deus à terra foi preparada paulatinamente ao longo dos séculos através de pessoas e acontecimentos. Entre as pessoas escolhidas por Deus para cooperarem no Seu projeto de salvação, há uma, a quem foi confiada uma missão única: Maria, a vocacionada para Mãe do Salvador e, por consequência, a cumulada de todas as graças necessárias ao cumprimento dessa missão de glória a Deus e serviço à humanidade. O nascimento de Maria foi, pois, motivo de esperança para o mundo inteiro: pré-anunciava já o de Jesus e encaminhava o mundo para o grande Natal de Deus e do homem. Era a aurora da salvação a despontar. Como reza a Liturgia bizantina, “Ela vem ao mundo e com Ela o mundo é renovado. Ela nasce e a Igreja reveste-se da sua beleza”. Com toda a verdade, dizemos: “De Deus Pai para Maria e “por Maria a Jesus”.
Felicitando a Mãe do Salvador, em dia do Seu aniversário natalício, é conveniente que peçamos a graça de, à Sua semelhança, colaborarmos, generosamente, na salvação do mundo.
A dita revista insere um poema de Mary Coleridge, que fala de Maria de modo simples, mas genuíno. Aqui se lê sem omissão ou alteração do brasileirismo, que lhe dá graça e naturalidade:

Mãe de Deus! Não foste uma dama,
Mas mulher comum da terra ordinária.
‘Nossa Senhora’ de todas senhoras, nós agora te chamamos,
Mas Cristo de modo algum em berço de luxo nasceu:
Um homem comum da terra ordinária, Ele era.
Nunca uma dama Deus escolheu,
Mas simplesmente uma mulher de baixa estirpe,
Tão humilde que não pudesse recusar
O carpinteiro da Galileia:
E plena filha do povo ela foi”.

Se ficamos muito sentimentalistas a respeito de Maria, acabamos por esquecer a razão da sua importância. O que dela sabemos é-nos fornecido quase só por Lucas, que é muito claro ao colocar Maria a representar o povo humilde de Israel, os desclassificados, os perdedores, as vítimas. As palavras de Maria no evangelho de Lucas são claramente citações de passagens do Antigo Testamento a respeito dos pobres. Maria é a voz deles, a voz dos que não têm voz, mas a quem Deus ouviu. Ao ficar esclarecida, pelo anjo, de que dará à luz o Salvador, pois a Deus nada é impossível, disponibilizou-se como serva do Senhor para o serviço da vontade do Alto em conformidade com a sua Palavra (cf Lc 1,26-38). E o cântico do Magnificat (cf Lc 1,46-55), que entoou ao ouvir a saudação de Isabel é o hino à misericórdia divina, sempre replicado nas catedrais e igrejas, não conseguindo as pessoas e os povos deixar de meditar no conteúdo revolucionário das suas palavras:
“Deus dispersará os soberbos pelo intento de seus corações, Maria entoa. Ele deporá do trono os poderosos e exaltará os humildes. Encherá os famintos de bens e aos ricos despedirá vazios.”.
Maria é, pois, o símbolo do cuidado de Deus com os pobres e das Suas promessas de justiça.
Também Mateus nos fala de Maria para atestar junto de José que nela se cumpriria a promessa messiânica do nascimento do Salvador (cf Mt 1,18-25). E João testemunha a sua solicitude nas bodas de Caná ante a iminência da falta de vinho e a mensageira da vontade do Filho: “Fazei o que Ele disser” (cf Jo 2,3.5) – bem como o testamento de Jesus no Calvário em que a constitui mãe do discípulo amado, a antonomásia de todos nós, os discípulos amados de Jesus (cf Jo 2,3.5).
Deve, entretanto, ter-se em conta que Maria não representa apenas os pobres economicamente, mas também os socialmente rejeitados. Do ponto de vista do mundo de hoje, Maria era mãe solteira e Jesus filho ilegítimo – o que ainda hoje é motivo de estigmatização, discriminação e rejeição. Contudo, apesar do sofrimento que a conceção virginal do menino lhe trouxe, Maria submeteu-se à vontade de Deus e atendeu à sua vocação com um firme “sim” (cf Lc 1,26-38) e o Céu encarregou-se de mobilizar José para a participação no plano de Deus (cf Mt 1,18-25).
Desde logo, Jesus e Maria foram marcados por uma luta que enfrentariam juntos; e isso foi apenas parte do sofrimento que ela teve de passar por causa dele. Quando Maria levou Jesus ao templo, o velho Simeão profetizou que Jesus seria a luz dos gentios, mas sinal de contradição, em que se revelariam os intentos de muitos (cf Lc 2,29-35). E, voltando-se para Maria, disse:
Quanto a ti, uma espada também trespassará tua própria alma” (Lc 2,35).
De vez em quando, os Evangelhos mostram cenas rápidas de Maria no encalço de Jesus, tentando entendê-Lo, “guardando essas coisas em seu coração”(Lc 2,19.51), até ao dia em que tudo ficou esclarecido. A profecia de Simeão cumpriu-se na sexta-feira da Paixão, quando o Evangelho diz que ela e João ficaram ao pé da cruz tendo fugido todos os restantes. E as últimas palavras de Jesus a João, o discípulo amado, foram: “Eis aí tua mãe”; e a Maria: “Eis aí teu filho” (Jo 19,26-27). E, tendo ficado junto a Ele até ao fim, Maria participou da alegria da Sua ressurreição. A referência final que temos de Maria na Escritura ocorre quando ela, reunida em oração com os doze discípulos, aguarda o Pentecostes do Espírito Santo (cf At 1,14).
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O culto de veneração especial a Maria
Mercê da sua proximidade singular com Jesus, lembramo-nos de Maria com tanta frequência na Igreja, em festas, orações, quadros, estátuas e nos templos que lhe são dedicados. O importante em Maria e em todos os santos é que não são só figuras históricas, mas estão vivos e connosco também hoje. Ao dizermos “creio na Comunhão dos Santos” (no Credo), declaramos a nossa união fraterna com todo o povo de Cristo, estejam seus membros do lado de cá ou do lado de lá do túmulo. Termos quadros e estátuas na Igreja ajuda a lembrar que eles estão cá, embora não os possamos ver. É análogo ao uso fotografias de familiares e amigos para nos lembrarmos deles. Os santos são nossos amigos. Temos “amigos aqui na terra e no celeste lar”. Depois do Pai Nosso, a mais conhecida oração da Cristandade é a “Ave Maria”, com as palavras de Gabriel e de Isabel, ditas a Maria no Evangelho de Lucas, seguidas do apelo a que ore por nós:
Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito o fruto de vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, orai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte.
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De Mãe de Cristo a Mãe da Igreja
Maria é favorita entre os santos, pois está muito próxima de Cristo. E esta proximidade consiste:
Em Lhe ter dado a carne, O ter carregado, amamentado, lavado, alimentado, vestido, ensinado e segurado morto em seus braços.
O Evangelho deixa claro que devemos honrá-la, por exemplo, quando Isabel diz: 
“Tu és a bendita entre todas as mulheres. Porque me está sendo dada a honra de que venha a mim a mãe do meu Senhor?” (Lc 1,42-43).
E, quando Jesus na cruz entregou Maria como mãe do apóstolo amado, a Igreja sempre entendeu que isso significava que Ele a estava a entregar como a mãe de todos seus amados discípulos, mãe dos cristãos e mãe da Igreja. Ela, mãe do Cristo-cabeça do corpo que é a Igreja, não podia deixar de ser a mãe dos membros deste corpo. A Igreja é uma família. E o que é uma família sem a mãe? Razão tinha o Papa Francisco quando clamou em Fátima, a 13 de maio deste ano: “Temos mãe, temos Mãe!”. Eis porque dizemos a “Ave, Maria”, com a “Santa Maria”, e a honramos e lhe pedimos que ore por nós: não por ser alguma deusa, mas porque foi considerada a mais humilde entre os humildes e, obedecendo à vontade de Deus, carregou o Seu Filho neste mundo, participou do Seu sofrimento mais do que ninguém e, por isso, agora participa na Sua glória. Eis porque ela própria predisse que todas as gerações a chamariam de bem-aventurada (cf Lc 1,48), e assim sempre o será.
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Maria Mãe de Cristo a Maria Mãe de Deus
O título “Mãe de Deus”, dado a Maria, pode causar alguma perplexidade. Só há um modo de se tornar membro da raça humana, que é ter nascido de mulher. Por isso, Paulo faz a Maria uma referência implícita, mas forte, a encaminhar-nos da filiação de mulher para a filiação divina:
“Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei, para resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: “Abbá! – Pai!”. Deste modo, já não és escravo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro, por graça de Deus.” (Gl 4,4-7).
Deus que nos criou queria estar bem no coração da Sua criação e quis tornar-Se humano. Deus tornou-se homem na pessoa de Jesus Cristo e Maria foi Sua mãe. Em Jesus Cristo, Deus tornou-Se homem. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiramente humano. Ele é o único mediador entre Deus e nós. Traz os céus à terra e leva os homens e mulheres até Deus. Maria, sendo a mãe de Jesus Cristo, é chamada portadora de Deus” e “morada da Palavra.
Durante os 5 primeiro séculos da Igreja, não havia grandes teorias sobre como Jesus Cristo era tanto Deus como homem. Enquanto uns Lhe enfatizavam a divindade, outros estavam mais apostados na Sua humanidade. Finalmente, veio o Concílio de Éfeso, em 431, que dirimiu a questão declarando Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Por conseguinte e como corolário, afirmou que Maria não só é Mãe de Cristo, mas também Mãe de Deus. Se dissermos que Maria não é Mãe de Deus, então Jesus Cristo não é Deus e nós não estamos salvos. O título diz, na verdade, mais sobre Jesus Cristo do que sobre Maria, mas não deixa de acentuar o papel de Maria. Maria, portanto, é verdadeiramente a Mãe de Deus se duas condições estiverem cumpridas: ela é realmente a mãe de Jesus e Jesus é realmente Deus.
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Da Liturgia das Horas da Natividade de Maria

O Ofício de Leituras toma um texto dos Sermões de Santo André de Creta, bispo (Sermão 1: PG 97, 806-810) (Sec. VIII), com a epígrafe: “O que era antigo passou. Tudo se renova.”.
Diz-nos que Cristo, fim e perfeição da lei, nos passa da escravidão da lei para a liberdade do espírito. Como supremo legislador, cumpriu plenamente a missão, transformando em espírito a letra e recapitulando tudo em Si. A lei, vivificada pela graça, foi posta ao serviço desta, formando com ela composição harmoniosa e perfeita. Cada uma conserva as suas caraterísticas sem alteração ou confusão; mas o que na lei era penoso e servil tornou-se, por transformação divina, fonte de suavidade e liberdade, e, como diz o Apóstolo, já não somos escravos do mundo, nem oprimidos pelo jugo da letra da lei. 
O mistério de Deus que Se faz homem e a divinização do homem assumida pelo Verbo representam o compêndio perfeito dos benefícios de Cristo em nosso favor e o aniquilamento da vã presunção da natureza humana. Mas convinha que a esplendorosa e surpreendente vinda de Deus aos homens fosse precedida duma alegria especial que nos preparasse para o dom grandioso e admirável da salvação. Eis o significado da festa que celebramos, porque o nascimento da Mãe de Deus é o princípio dos bens prometidos, que terá o termo e conclusão na predestinada união do Verbo com a carne. Nasce a Virgem Maria, que será amamentada e crescerá, preparando-se para ser a Mãe de Deus, Rei de todos os séculos. Deste nascimento nos vem um duplo benefício: eleva-nos ao conhecimento da verdade; e liberta-nos duma vida escravizada à lei. A luz dissipa as trevas e a graça liberta-nos da escravidão da lei. É uma solenidade de confins entre o Antigo e o Novo Testamento: a verdade substitui símbolos e figuras; e a nova aliança substitui a antiga. 
Cantem e exultem, por isso, todas as criaturas e participem condignamente na alegria deste dia. Juntem-se em celebração festiva céus e terra, tudo o que há no mundo e acima do mundo. Hoje é o dia em que o Criador do universo edificou o seu templo, o dia em que a criatura prepara nova e digna morada para o seu Criador.
O invitatório sublinha a direção da festa de Maria para o mistério de Cristo:
“Celebrando o nascimento da Virgem Santa Maria, adoremos o seu Filho, Jesus Cristo, o Senhor”.
O antifonário do Próprio acentua a linhagem e a glória de Maria, a sua condição humilde social e economicamente, a iluminação da Igreja e do mundo e a orientação para Cristo. Assim:
Em Laudes, Ant. 1 – Hoje é o nascimento da gloriosa Virgem Maria, descendente de Abraão, da tribo de Judá, da nobre família de David. Ant. 2 – O nascimento da Santíssima Virgem Maria iluminou o mundo inteiro – geração gloriosa, raiz santa, bendito o seu fruto! Ant. 3 – Celebremos com alegria o nascimento da Virgem Santa Maria, para que interceda por nós diante de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Na hora intermédia, Tércia – Hoje é o nascimento da Virgem Santa Maria, cuja vida gloriosa ilumina toda a Igreja. Sexta – Descendente de família real, Maria resplandece gloriosa. De todo o coração Lhe pedimos que nos ajude com suas preces. Noa – Cantemos de todo o coração a glória de Cristo, nesta festa de Maria, excelsa Mãe de Deus.
Em Vésperas, Ant. 1 – Da raiz de Jessé nasceu a Virgem Maria, que mereceu ser a Mãe do Filho de Deus. Ant. 2 – Hoje é o nascimento da Virgem Santa Maria. Deus olhou para a sua beleza e exaltou a sua humildade. Ant. 3 - Bendita e venerável sois, ó Virgem Maria, Santa Mãe de Deus; intercedei ao Senhor por nós, que celebramos o vosso nascimento.
Nos cânticos evangélicos, O vosso nascimento, ó Virgem Mãe de Deus, anunciou a alegria ao mundo inteiro: de Vós nasceu o Sol de justiça, Cristo, nosso Deus, que destruiu a maldição e nos trouxe a bênção, e, triunfando sobre a morte, nos deu a vida eterna (Benedictus). Celebremos o santo nascimento da gloriosa Virgem Maria. O Senhor olhou para a sua humildade; e pela anunciação do Anjo, Ela concebeu o Redentor do Mundo. (Magnificat).
O hinário sustenta a sua condição discreta e o seu caráter de “promessa de Deus” (Laudes), bem como a sua conceição imaculada e a sua maternidade divina (Vésperas).
E a oração coleta da Missa (que se reza na Liturgia das Horas) leva-nos a pedir a Deus “o dom da graça celeste” e que torne, em nós, “a festa do nascimento” da Virgem Maria, cuja maternidade divina foi o princípio da nossa salvação”, em aumento da unidade e da paz.
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Quando Deus vos escolheu / Para nos dardes Jesus, “Foi a alegria do Céu / Que encheu o mundo de luz” (do Hino de Vésperas).

2017.09.08 – Louro de Carvalho

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