quarta-feira, 13 de setembro de 2017

A viagem do Papa à Colômbia (6-11 de setembro) – em jeito de balanço

Normalmente, o diálogo cortesmente travado entre o Papa e os jornalistas, no voo de regresso a Roma, constitui uma espécie de balanço da respetiva viagem apostólica e oportunidade para a abordagem de questões laterais, mas pertinentes. E a viagem à Colômbia não foge à regra.
Assim, Greg Burke, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, começou desde logo por dizer:
“Várias vezes o Santo Padre agradeceu às pessoas pelas coisas que lhe ensinaram; também nós aprendemos muitas coisas nestas culturas de encontro e lhe agradecemos por isso. A Colômbia em particular, com o seu passado recente – e não apenas recente – ofereceu-nos alguns testemunhos muito fortes, testemunhos comoventes de perdão e reconciliação. Mas deu-nos também uma contínua lição de alegria e esperança, duas palavras que o Santo Padre usou muito nesta viagem.”
A isto Francisco replicou:
Verdadeiramente fiquei emocionado com a alegria, a ternura, a juventude, a nobreza do povo colombiano. De verdade, um povo nobre, que não tem medo de se expressar como sente, não tem medo de sentir e de mostrar o que sente. […]. E agradeço pelo testemunho de alegria, de esperança e de paciência no sofrimento deste povo.”.
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Depois, surgiram as perguntas dos jornalistas. O primeiro foi César Moreno, que interpelou o Papa pelo facto de ter visitado “um país dividido”, quanto ao processo de paz”, entre os que o aceitam e os que o não aceitam e perguntou “quais os passos a dar para aproximar as partes divididas, para se deixar de lado este ódio”, ou seja, se Francisco pudesse voltar àquele país daqui a uns anos, “como pensa encontrar, como gostaria de ver a Colômbia”.
E o Pontífice anuiu dizendo que gostaria de que “o lema fosse ‘Demos o segundo passo’, pelo menos isto”. Pensando nos 54 anos de guerrilha, reconheceu que neles se acumula muito ódio, muita alma doente. E a doença não é uma culpa; chega. E explicou:
“Vieram estas guerrilhas que verdadeiramente fizeram – seja a guerrilha, seja os paramilitares, seja os de lá, seja tantas vezes a corrupção no país – fizeram pecados feios, que provocaram esta doença do ódio... Mas já se deram passos que permitem esperar passos nas negociações; o último deles é o cessar-fogo do ELN: muito lhes agradeço.”.
Mas o Papa viu mais:
“É a vontade de avançar neste processo, que não se circunscreve às negociações que se estão a fazer e se devem fazer. É uma vontade espontânea, e aqui está a força do povo. Tenho esperança nisto. O povo quer respirar, mas devemos ajudá-lo; ajudá-lo com a proximidade, a oração e sobretudo a compreensão pela dor tamanha que há dentro de tantas pessoas.”.
José Mojica falou da “violência por causa da guerra, do conflito armado e também do narcotráfico”, mas sobretudo dos estragos da corrupção na política, “tão prejudiciais como a própria guerra”. E perguntou “que fazer perante este flagelo” da corrupção, sempre existente, mas agora mais visível por via do conflito armado.
Bergoglio respondeu que se trata duma questão que muitas vezes colocou a si próprio. E pôs-se-lhe, quando houve, na província de Catamarca, na Argentina, um caso de molestação, abuso, violação duma menina, com a implicação de pessoas muito ligadas aos poderes políticos e económicos da província. E um artigo de Frigerio, publicado então em “La Nación”, levou-o a escrever um pequeno livro “Pecado e Corrupção”. E confessou:
“Todos somos pecadores... sempre; e sabemos que o Senhor está perto de nós, que não Se cansa de perdoar. A diferença está nisto: Deus nunca Se cansa de perdoar, mas o pecador às vezes enche-se de coragem e pede perdão. O problema é que o corrupto cansa-se de pedir perdão e esquece como se pede perdão. Aqui está a gravidade do problema: é um estado de insensibilidade perante os valores, perante a destruição, a exploração das pessoas. Não é capaz de pedir perdão. É como uma condenação; por isso, é muito difícil ajudar um corrupto, muito difícil. Mas Deus pode fazê-lo. Eu rezo por isso.”
Depois, Hernan Reyes, baseado na afirmação de Francisco de que “não bastou um diálogo entre duas partes, mas foi necessário incorporar mais atores”, perguntou se “é possível aplicar este modelo colombiano noutros conflitos do mundo”.
O Pontífice argentino deu pistas, que passam pela reiteração do que disse na homilia do dia 10:
“Integrar envolver outras pessoas... Ainda hoje, na homilia, falei disto, inspirando-me na passagem do Evangelho. Integrar outras pessoas: não é a primeira vez. Em muitos conflitos, foram envolvidos outros sujeitos. É uma forma de avançar, uma forma sapiencial, política... É a sabedoria de pedir ajuda. A isto quis aludir hoje, na homilia (mais do que homilia, era uma mensagem): creio que estes recursos técnico-políticos ajudam.”.
E, sendo útil a ajuda das instâncias internacionais, ela não dispensa a ação do povo. Pelo que ponderou:
“Às vezes, requer-se a intervenção da ONU para sair da crise; mas um processo de paz só avança quando o assume o povo. Se o povo não o assume, poder-se-á avançar um pouco, chegar-se-á a qualquer compromisso... Foi isto que procurei fazer sentir nesta visita: o protagonista da pacificação, ou é o povo ou então ficar-se-á pelo caminho. Mas, quando um povo faz seu o processo, é capaz de o fazer bem. Eu diria, esta é a estrada melhor.”.
Elena Pinardi começou por lembrar o acidente que sofreu no papamóvel, perguntando como se sentia, ao que Francisco referiu que se inclinara um pouco para saudar algumas crianças e que não vira o vidro. A seguir, veio a questão dos três furacões com muitas vítimas mortais, abandono de casas e o espectro da destruição, sendo que “os cientistas pensam que o aquecimento dos oceanos seja um fator que contribui para tornar as tempestades e os furacões sazonais mais intensos”. E pretende-se questionar a responsabilidade moral dos líderes políticos que não cooperam para o controlo das emissões dos gases de efeito estufa, por negarem que “a alteração climática se fique a dever também ao homem”.
O Papa advertiu que “quem nega isto deve ir ter com os cientistas e perguntar-lhes”, pois eles “falam muito claramente”. E contou:
“No outro dia, quando saiu a notícia daquele navio – russo, acho eu – que foi da Noruega até ao Japão ou Taipei passando pelo Polo Norte, sem recorrer ao quebra-gelo […], ficou claro, bem claro que, agora, se pode passar através do Polo Norte. Pois bem! Quando saiu aquela notícia, duma universidade – não me lembro donde – saiu outra que dizia: ‘Temos só três anos para voltar atrás, senão as consequências serão terríveis’. Eu não sei se é verdade serem ‘três anos’ ou não; mas que, se não voltarmos atrás, afundamos, isto é verdade. A alteração climática: veem-se os efeitos e os cientistas indicam claramente o caminho a seguir.”.
Porém, assegura que a responsabilidade é de “todos nós” – “pequenina, uns; outros, maior –, ao aceitar, dar a opinião ou tomar decisões. Por isso, sustentou:
“E devemos tomá-la seriamente em consideração. Acho que é algo sobre o qual não se pode brincar, é muito sério. A senhora pergunta-me: Qual é a responsabilidade moral? Cada um tem a sua. Os próprios políticos têm a deles. Cada um tem a própria responsabilidade, segundo a resposta que dá.”.
Quanto ao pressentimento de alguns de que, com esses eventos atmosféricos, nos aproximamos do apocalipse, Bergoglio, diz não saber, mas insiste:
O que digo é: Primeiro, cada um tem a sua própria responsabilidade moral. Segundo: se alguém está duvidoso acerca da verdade disto, pergunte aos cientistas. Estes são claríssimos. Não se trata de opiniões no ar; são claríssimos. E, depois, decida. E a história julgará as decisões.”.
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A seguir, Francisco foi questionado por Enzo Romeo sobre a necessidade de fazer a paz com a criação, respeitar o meio ambiente como condição necessária para que se possa criar uma paz social estável – como disse na Colômbia. E o jornalista frisou efeitos das mudanças climáticas na Itália, com vários mortos em Livorno, ao que o Papa assentiu, acrescentando os três meses e meio de seca que antecederam o episódio, com muitos danos em Roma. Por isso, o jornalista interrogou neste sentido: Se estamos todos envolvidos nesta situação porque tarda tanto uma tomada de consciência, sobretudo da parte dos Governos, que aparecem tão diligentes noutras áreas (mas sempre relacionadas com armamentos) como se vê na crise da Coreia?
O Pontífice escorou a resposta na asserção bíblica veterotestamentária da estupidez e teimosia do homem e disse, estabelecendo as aberrantes diferenças entre o homem e alguns animais, piores do lado do homem:
“O único animal da criação que enfia a perna no mesmo buraco é o homem. O cavalo e os outros, não! Não o fazem. É o orgulho, a presunção de dizer: ‘Mas não! Não será assim...’. E depois há o deus Carteira, não é? E não apenas com a criação… tantas coisas, tantas decisões, tantas contradições e algumas delas dependem do dinheiro.”.
Pondo o dedo nas desigualdades, confessou:
“Hoje, em Cartagena! Eu comecei por uma parte, digamos, pobre de Cartagena. Pobre. Existe a outra parte, a parte turística, luxo e luxo desmedido moralmente, digamos. Mas aqueles que lá vão… será que não se apercebem disto? Será que os analistas sociopolíticos não se dão conta?”.  
E, pegando no lado parcial e parcelar da visão humana, disse:
“Quando não se quer ver, não se vê. Olha-se apenas para um lado. Quanto à Coreia do Norte, não sei... Digo a verdade! Eu verdadeiramente não compreendo. De verdade, não compreendo aquele mundo da geopolítica; é demais para mim. Mas, por aquilo que vejo, creio que lá existe uma luta de interesses que me escapa; verdadeiramente, não consigo explicar... Entretanto, o outro aspeto é importante: não se toma consciência. Pensa em Cartagena, hoje. Mas isto é injusto, e será possível tomar consciência?”.
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Valentina Alazraki levantou a problemática da juventude confrontando o discurso papal com a situação no mundo e pediu uma oração pelas vítimas das recentes catástrofes naturais:
“Todas as vezes que encontra os jovens, em qualquer parte do mundo, sempre lhes diz: ‘Não deixeis que vos roubem a esperança, não deixeis que vos roubem a alegria e o futuro’. Infelizmente, nos Estados Unidos, foi abolida a lei dos Dreamers, dos sonhadores: fala-se de 800.000 jovens, muitíssimos mexicanos, colombianos e de tantos outros países. O Santo Padre não acha que eles, com a abolição desta lei, perdem a alegria, a esperança, o futuro? E, […] se o Santo Padre pudesse dedicar uma pequena oração, uns breves momentos a todas as vítimas do terramoto no México e do furacão Irma.
Ao que Francisco retorquiu:
“Perdem certamente. […] Ouvi falar desta lei; não pude ler os artigos nem como se toma a decisão. Não a conheço bem, mas, antes de mais nada, separar os jovens da família não dá bom resultado para os jovens nem para a família. Penso que esta lei não vem do Parlamento, mas do executivo; se assim for, mas não tenho a certeza, há esperança de que se repense um pouco sobre ela. Porque eu ouvi falar o Presidente dos Estados Unidos: apresenta-se como um homem pró-vida e, se ele é um bom pró-vida, compreende que a família é o berço da vida e deve-se defender a sua unidade.”.
E, refletindo sobre a situação dos jovens desorientados e sem esperança, discorreu:
“Quando os jovens se sentem explorados, como em muitos casos, acabam por se sentir sem esperança. E quem a roubou? A droga, as outras dependências, o suicídio... O suicídio juvenil é muito elevado, e acontece quando são separados das raízes. É muito importante o relacionamento de um jovem com as suas raízes. Os jovens desenraizados, hoje, pedem ajuda: querem reencontrar as raízes. Por isso, insisto tanto no diálogo entre jovens e idosos, de certo modo passando por cima dos pais. Que dialoguem com os pais, mas os idosos [são importantes], porque neles estão as raízes; e encontram-se um pouco mais afastadas, para evitar os conflitos que podem ter com as raízes mais próximas, como as dos pais. Mas os jovens, hoje, precisam de reencontrar as raízes. Tudo o que for contra as raízes rouba-lhes a esperança.”.
À possibilidade de poderem ser deportados dos Estados Unidos, Francisco reconheceu:
“Perdem uma raiz... Isto é um problema. Mas, sobre tal lei, verdadeiramente não me quero pronunciar, porque não a li e não gosto de falar do que não estudei antes. Mudando de tema, Valentina é mexicana e o México sofreu muito e, com esta última coisa, peço a todos, por solidariedade com a ‘decana’ (temos o outro ‘decano’ ali), uma oração pela sua pátria.”.
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Fausto Gasparroni expõe a temática da migração, mais em concreto sobre o facto de a Igreja italiana ter recentemente exprimido “uma espécie de compreensão pela nova política do governo que pretende restringir no caso das partidas da Líbia e, portanto, dos desembarques”. E, aludindo a um encontro entre o Papa e o Presidente do Conselho, Gentiloni, quis saber se nele se falou deste tema e, sobretudo, o que pensa o Sua Santidade concretamente desta política de restrição das partidas, considerando que os migrantes que permanecem na Líbia “vivem em condições desumanas, em condições muito, mas muito precárias”.
Francisco começou por responder sobre o encontro, sobre a ação da Itália e da Grécia, dizendo:
“Primeiro: o encontro com o ministro Gentiloni foi um encontro pessoal, e não sobre este assunto. Deu-se antes deste problema, que surgiu algumas semanas depois, quase um mês depois. O encontro foi antes do problema. Segundo: sinto o dever de gratidão para com a Itália e a Grécia, porque abriram o coração aos migrantes. Mas não basta abrir o coração. O problema dos migrantes é, antes de mais nada, coração aberto, sempre. É também um mandamento de Deus que ordenou recebê-los ‘porque também foste escravo, migrante no Egito’ (cf Lv 19, 33-34): isto é o que diz a Bíblia. Mas um governo deve gerir este problema com a virtude própria do governante, isto é, a prudência.”.
E em relação ao significado da prudência como virtude própria do governante, explicitou:
“Que significa isto? Primeiro: quantos lugares tenho? Segundo: não apenas recebê-los, mas integrá-los. Integrá-los. Eu vi exemplos belíssimos – aqui, na Itália – de integração.”.
 E, colocando a eficácia da solução numa tetralogia exemplar – coração sempre aberto, prudência, integração e proximidade humanitária – relatou dois exemplos:
“Quando fui à Universidade Roma III, houve quatro alunos que puseram questões; uma, a última que fez a pergunta, eu fixava-a dizendo para comigo: ‘Mas esta cara, eu conheço-a!’. Era uma jovem que, menos de um ano antes, viera de Lesbos comigo no avião: ela aprendeu a língua e, dado que estudava Biologia na sua pátria, pediu a equiparação e continuou. Aprendeu a língua: isto chama-se integrar. Noutro voo […], falei sobre a política de integração da Suécia como um modelo, mas prudentemente a Suécia também disse: ‘O número é este; mais não posso’, porque existe o perigo da não integração.”.
Depois, alertou para um problema humanitário: A humanidade está ciente destes campos de concentração? Há os exploradores. Parece que o governo italiano estará “a fazer tudo o possível em prol dos trabalhos humanitários, para resolver até o problema que não pode assumir...”.
E quis falar dum problema que se aplica sobretudo à África:
“No nosso inconsciente coletivo, há um lema, um princípio: ‘A África deve ser explorada’. Hoje, em Cartagena, vimos um exemplo de exploração, humana, naquele caso [dos escravos]. E, sobre isto, um Chefe de governo disse uma estupenda verdade. ‘Quanto àqueles que fogem da guerra, é um problema aparte; mas, para muitos que fogem da fome, façamos investimentos lá, para que cresçam’. Mas, no inconsciente coletivo, reina isto: muitos países desenvolvidos sempre que vão para a África, é para explorar. Devemos inverter isto: a África é amiga e deve ser ajudada a crescer.”.
Francisco ainda queria falar das guerras, que mereciam um tratamento específico, mas o diretor da Sala de Imprensa anunciou que tinham de terminar devido à turbulência da aeronave, dando apenas lugar a uma pergunta de Xavier Le Normand sobre a Venezuela :
“Hoje, depois do Angelus, Vossa Santidade falou da Venezuela. Pediu que se rejeitasse qualquer tipo de violência na vida política. Na quinta-feira, depois da Missa em Bogotá, saudara 5 bispos venezuelanos. Todos sabemos que a Santa Sé esteve e ainda está muito empenhada em prol do diálogo naquele país. Já lá vão meses que o Santo Padre pede o fim de todas as violências. Mas o Presidente Maduro, por um lado, tem palavras muito violentas contra os Bispos e por outro, diz que está com o Papa Francisco. Não seria possível ter palavras mais fortes e talvez mais claras?”.
Ao que o Papa replicou:
“O que diz o Presidente Maduro, explique-o ele! Eu não sei o que ele tem na sua mente. Mas a Santa Sé fez tanto: naquele grupo de trabalho dos 4 ex-presidentes, enviou lá um Núncio de 1.º grau; depois falou: falou com pessoas, falou publicamente. Muitas vezes, no Angelus, falei da situação, procurando sempre uma saída e ajudando, oferecendo ajuda para sair do impasse. […] E o mais doloroso é o problema humanitário: tantas pessoas que fogem ou sofrem! Um problema humanitário que devemos ajudar a resolver em todos os sentidos. Acho que as Nações Unidas se devem fazer sentir também lá, para ajudar...”.
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Por fim, o Papa Francisco agradeceu o trabalho dos jornalistas. E, mais uma vez, agradeceu o exemplo do povo colombiano. E terminou com uma imagem, a que o impressionou mais nos colombianos: nas quatro cidades, havia a multidão na estrada, saudando. E confessou:
“Aquilo que mais me impressionou foi ver os pais, as mães que erguiam os seus filhos para fazê-los ver ao Papa e para que o Papa lhes desse a bênção. Como que dizendo: ‘Este é o meu tesouro, esta a minha esperança, este é o meu futuro. Nisto eu acredito’. Isto impressionou-me. A ternura. Os olhos daqueles pais e daquelas mães. Era belíssimo, belíssimo! Isto é um símbolo, símbolo de esperança e de futuro. Um povo que é capaz de fazer filhos e, depois, mostrá-los, fazê-los ver assim como que dizendo este é o meu tesouro, é um povo que tem esperança e tem futuro.”.
***
Foi uma jornada em prol da paz e reconciliação de um povo com história e com futuro, que deve tomar em suas mãos o seu destino de paz e progresso, e foi um exercício de atenção ao mundo, com seus problemas, e de apelo à mudança de mentalidades, de atitudes e de comportamentos – da parte de todos e de cada um. E o Papa quer a Igreja vivamente empenhada nesta ingente tarefa.

2017.09.12 – Louro de Carvalho

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