É a revelação
do Bispo de Hiroxima Dom Alexis Mitsuru Shirahama, que presidiu, em Fátima, à
Peregrinação Internacional Aniversária de 12 13 de outubro, evocando a última
Aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, na qual a Virgem pediu que se fizesse
ali uma capela em sua honra e se rezasse “o Terço todos os dias” para que não
se continuasse a ofender mais o coração de Deus, como consta do relato da vidente
Lúcia de Jesus nas suas memórias.
Inscreveram-se
nesta Peregrinação de outubro, que evoca também o Milagre do Sol, registado no
dia 13 de outubro de 1917, um sábado, 96 grupos (Portugal, África do Sul, Alemanha, Argentina, Bélgica,
Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos da América, Filipinas,
França, Haiti, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Malta, Polónia, Quénia, Reino
Unido, Roménia, Senegal, Suíça e Taiwan).
***
A entrevista do Presidente das celebrações da Peregrinação
Na manhã do
dia 12, Alexis Mitsuru Shirahama afirmou que a Mensagem de Fátima é “um
programa atual” para a promoção da paz no mundo. Neste sentido, declarou à Sala
de Imprensa:
“Nossa Senhora apareceu em Portugal com uma mensagem para o mundo;
Portugal enquanto país tem responsabilidades acrescidas para difundir esta
Mensagem e ajudar a tornar o mundo no lugar de paz”.
No âmbito da
responsabilidade de Portugal na difusão da Mensagem,
referiu que “os cristãos portugueses têm
de se empenhar muito em dá-la a conhecer ao mundo porque ela é uma verdadeira
proposta de paz” e revelou que a “Mensagem
de Fátima é o nosso programa para alcançarmos a paz e a promovermos”, pelo
que se sentem “muito ligados a Fátima” e todos os dias rezam pela paz na
catedral de Hiroxima. Embora no Japão os perto de 500 mil cristãos sejam
minoria, Fátima é muito conhecida entre eles, frisando o prelado que é “muito
considerada e vivida pelos cristãos japoneses” a mensagem da necessidade de
oração para a conversão dos pecadores e pela paz, sobretudo em Hiroxima e em
Nagasaki, cidades que experimentaram a brutalidade da bomba atómica durante a
II Guerra Mundial e os efeitos da destruição de pessoas e da natureza. Na
verdade, como assegurou, “a bomba nuclear
destruiu a natureza e as pessoas...foi uma experiência terrível”, pelo que
“rezamos para que não se repita”.
Mitsuru
Shirahama, que lidera um grupo de 58 peregrinos japoneses que participaram nas
celebrações da Peregrinação e a quem desperta um grande interesse “a conexão forte existente entre o tema da
Paz e a Mensagem de Fátima”, vincou:
“Sentimos de uma forma muito forte o significado da paz e a necessidade
da paz. Por isso rezamos muito por ela, lá e cá. Foi por isso que viemos:
rezar para que não haja mais bombas
atómicas.”.
Na
entrevista concedida à Sala de Imprensa do Santuário, o Bispo lembrou que os
japoneses nem sempre conseguiram viver a sua fé de forma aberta, o que deixou
marcas, e disse:
“Somos tímidos e pouco expansivos ao contrário dos Europeus. Mas somos
muito espirituais e muito marianos porque acreditamos no colo materno de Nossa
Senhora de Fátima.”.
E, saudando
os avanços no aprofundamento das relações entre Santa Sé e China, referiu como
a Igreja católica japonesa procura influenciar os jovens consciencializando-os
do valor da paz:
“Para nós católicos é muito difícil de influenciar os políticos, mas
podemos rezar e, através da formação e dos que nos contactam, explicar e
educar para a paz de forma a que possam, tal como nós, desejar e comprometer-se
com a paz. Sempre que um homem tiver Deus no Coração estará em paz. Se todos
tivermos Deus no Coração, então viveremos a paz. E, para termos Deus no coração,
precisamos de rezar, de rezar muito. Foi isso que Nossa Senhora pediu. É isso
que nós católicos fazemos no Japão, especialmente em Hiroxima, nas nossas
escolas, nos nossos jardins de infância, nas bibliotecas.”.
O Bispo de
Hiroxima ofereceu a Nossa Senhora dois livros onde estão anotados os mais de
103 mil terços rezados pelos fiéis da sua diocese durante a comemoração do
Centenário das Aparições, que também foi vivido “com grande intensidade” na
Catedral, com várias celebrações marianas. Os livros integraram o cortejo de apresentação
dos dons na missa de hoje, dia 13, e foram depositados pelo prelado aos pés de
Nossa Senhora no final da Missa.
***
***A
saudação inicial a Nossa Senhora
A Peregrinação de outubro, cujo
tema é “Fátima como bênção de paz sobre o mundo”, arrancou com a saudação
inicial a Nossa Senhora em que se formulou um pedido de oração pela “unidade da Igreja em torno do Santo Padre”
secundado por milhares de fiéis reunidos em torno da Capelinha das Aparições. O
Cardeal Dom António Marto convidou os peregrinos a rezar pela “unidade da Igreja em volta do Santo Padre,
pelo Sínodo dos Bispos sobre os jovens e pela paz no mundo, em
especial no Médio Oriente”. E, neste sentido, frisou:
“A
peregrinação a Fátima é o momento privilegiado para o encontro com a Mãe de
ternura e misericórdia que a todos acolhe e por todos intercede”.
O Bispo de
Leiria-Fátima, que já tinha estado na Conferência de Imprensa, juntamente com o
Bispo de Hiroxima e com o Reitor do Santuário, acentuou que a peregrinação a
Fátima “não é uma viagem turística”
mas “um caminho interior em relação à
parte mais profunda de cada um até ao fundo do seu coração e do seu pecado”,
“uma experiência espiritual de oração e
uma viagem santa”.
***
A
conferência de Imprensa
Na conferência de imprensa enquadradora da Peregrinação
Internacional Aniversária de outubro, Dom António Augusto dos Santos Marto evocou
os conflitos mundiais, demonstrou o seu apoio aos que lutam contra a corrupção,
apontou Hiroxima, no ataque nuclear que sofreu, como
cidade-símbolo do “poder destruidor do
homem” e classificou a Mensagem de Fátima como uma “bênção de paz sobre o mundo” – destaques que o bispo de Hiroxima
confirmou ao transmitir a devoção na sua diocese por Nossa Senhora.
O Cardeal português denunciou
ainda o “ataque ignóbil” que está a ser perpetrado contra o Papa e demonstrou
solidariedade para com o Papa Francisco.
Ao acolher o
Presidente desta Peregrinação, Sua Eminência começou por evidenciar o lugar de
Hiroxima e Nagasáqui na história recente do mundo, recordando o bombardeamento
nuclear de que aquelas cidades nipónicas foram alvo, em 1945, durante a II
Grande Guerra Mundial.
A partir duma
citação do Papa Francisco, o prelado fatimita evocou este “trágico
acontecimento” que “suscita horror e repulsa” e se “tornou símbolo do desmedido
do poder destruidor do homem, quando faz mau uso dos progressos da ciência e da
técnica, constituindo uma advertência perene à humanidade a fim de que repudie
a guerra para sempre, eliminando as armas de destruição maciça”. Com base nesta
memória histórica, António Marto lembrou o apelo permanente à paz presente na
Mensagem de Fátima, nomeadamente com as suas referências aos dois grandes
conflitos mundiais. E, insistindo no tema da Peregrinação “Fátima como bênção de paz sobre o mundo”, disse:
“Neste
contexto, assinalamos os 100 anos do fim da I Grande Guerra Mundial, que é
explicitamente referida na Aparição de outubro de 1917”.
O Bispo
de Leiria-Fátima manifestou, em seu nome e no do Santuário, a “comunhão e
solidariedade com o Papa Francisco”, naquele que é “um momento difícil da
Igreja”, afirmando o empenho em cumprir o apelo que o Santo Padre fez para a
oração do Rosário diário durante o mês de outubro, pela unidade da Igreja.
Afirmou esta disponibilidade ao denunciar a “ameaça” que pende sobre a Igreja
como “um ataque ignóbil contra o Papa” e “uma montagem política sem fundamento
real”.
Por outro
lado, felicitou o sucesso das conversações entre a Santa Sé e a República
Popular da China, fazendo notar a coincidência de este êxito ter acontecido
após a presença dum prelado chinês em Fátima, Dom John Tong, Bispo emérito de
Hong Kong, na Peregrinação de maio.
Ainda sobre o
continente asiático, o Cardeal mostrou-se feliz pelos passos que estão a ser
dados “em ordem a encontrar uma situação
de paz na península coreana”, manifestando a sua surpresa pelo convite do Presidente
norte coreano para que o Santo Padre visite aquele país.
António Marto
aproveitou a oportunidade para anunciar que a Peregrinação Internacional
Aniversária de Outubro, em 2019, será presidida pelo cardeal sul-coreano Dom
Andrew Yeom Soo-jung, que também é administrador apostólico de Pyongyang,
capital da Coreia do Norte.
O prelado do
Lis deixou também uma referência ao Sínodo dos bispos dedicado aos jovens, que
está a decorrer em Roma, elogiando o caminho que tem sido feito, e sublinhou a
preocupação que foi expressa pelos seus participantes em relação aos “populismos e totalitarismos camuflados, que
podem comprometer o futuro das novas gerações”, tendo ainda felicitado o
caminho da “pedagogia de amor ao próximo”
que foi apontada.
Neste
domínio, Dom António Marto manifestou o seu apoio “a todos os que lutam, sem medo, nem condescendência, contra a corrupção”.
E, recordando que a conversão e a purificação fazem parte da Mensagem de
Fátima, disse:
“Merecem
apoio todos os que lutam contra a corrupção e a deslealdade, na política e nos
negócios; contra a batota e a violência, no desporto; e contra a hipocrisia e a
indiferença na própria Igreja”.
Por fim,
salientou o gesto de fé materializado no “ramo espiritual” de mais de 100 mil
terços rezados pelos fiéis de Hiroxima durante o ano do Centenário das
Aparições, que o Bispo daquela diocese traz agora materializado num registo
arquivado em dois volumes para oferecer a Nossa Senhora de Fátima.
Na sua
intervenção, Dom Alexis Mitsuru Shirahama, agradeceu ao Cardeal Dom António
Marto o convite para presidir à Peregrinação de outubro e deu público testemunho
da devoção dos fiéis de Hiroxima a Nossa Senhora de Fátima, declarando:
“Agradeço
este convite para vir rezar pela paz mundial. Nesta minha primeira vinda a
Fátima, com 58 sacerdotes e fiéis da diocese de Hiroxima, trago o registo dos
103 mil terços rezados pelos fiéis do meu episcopado, onde celebrámos, no ano
passado, o Centenário das Aparições, em oração pela paz no mundo sob uma
réplica da Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima que fizemos e que ficou
entronizada na Catedral de Hiroxima, que também é memorial da paz mundial.
Acreditamos que Nossa Senhora deu à nossa diocese a missão de rezar em comunhão
com Leiria-Fátima pela paz mundial.”.
Por seu turno, o Reitor do Santuário, Padre Carlos Cabecinhas,
apresentou as três mais recentes publicações do Santuário de Fátima, a saber: “As crianças – Profetas de Fátima”, em
que o biblista italiano Franco Manzi apresenta uma leitura teológica da
Mensagem de Fátima, partindo da perspetiva dos Videntes; “Segredo: liturgia de palavra, silêncio e testemunho”, de vários
autores, com diferentes abordagens para dar chaves de leitura sobre o Segredo e
a Mensagem de Fátima; e “Sob os braços da
azinheira”, onde o poeta e ensaísta Ruy Ventura apresenta várias leituras do
acontecimento de Fátima. Depois, em jeito de balanço, fez uma breve
referência ao ano pastoral que se vive no Santuário, sob o tema “Dar graças pelo dom de Fátima”, destacando,
a partir de dados parciais, que o número de peregrinos se mantém igual ou
“ligeiramente acima” relativamente a anos anteriores ao do Centenário. E, ao
apontar o foco para o tema do próximo ano “Dar
graças por peregrinar em Igreja”, durante o qual o centenário da construção
da Capelinha das Aparições e o centenário da morte de São Francisco Marto
estarão no centro das atenções, referiu:
“A
nossa preocupação continua a ser o acolhimento dos peregrinos, procurando que
aqueles que visitam este lugar possam fazer, aqui, uma forte experiência
espiritual. Continuamos a procurar recorrer a linguagens diversas, como as da
arte, para comunicar a Mensagem de Fátima.”.
E, ainda nesta
conferência de Imprensa, Dom António Marto anunciou que o Santuário de Fátima
se vai “associar espiritualmente” à canonização do “saudoso” Papa Paulo VI, que
será feito santo juntamente com o bispo salvadorenho Dom Óscar Romero, este
domingo, em Roma. O prelado, evocando a relação de Paulo VI com Fátima, na sua
visita à Cova da Iria em 1967, pelo cinquentenário das Aparições, vincou:
“O
Papa Paulo VI foi quem deu rumo ao Concílio Vaticano II, ao indicar o caminho
do diálogo na relação da Igreja com o mundo moderno. Também em Fátima, a sua
homilia foi sobre a unidade da Igreja e a paz do mundo.”.
***
A
noite do dia 12 ficou marcada pelo apelo à paz
Na noite do dia 12, o Recinto de Oração do Santuário encheu-se de peregrinos,
provenientes dos 5 continentes, que vieram à Cova da Iria para participar na
Peregrinação que evoca os 101 anos da última Aparição de Nossa Senhora aos
Pastorinhos. A celebração ficou marcada pelo apelo à paz mundial, a começar
pelo presidente da celebração, que justificou a sua vinda a Fátima com o desejo
de rezar pela paz no mundo aos pés de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
Concelebraram
a Missa de Vigília o Cardeal Dom António Marto, Bispo de Leiria-Fátima, ainda
13 bispos, entre os quais D. Rino Passigato, núncio apostólico em Portugal, e
173 sacerdotes. E participaram nas celebrações da noite, na Cova da Iria,
vários reitores de universidades católicas de fora da Europa, nomeadamente da
Austrália, Macau e Japão.
Na homilia da
Missa da Vigília, logo após a Procissão das Velas, Dom Alexis Mitsuru
Shirahama, deu graças pelo dom de Fátima e apontou Maria como caminho para a
misericórdia de Deus e como cooperante na edificação de uma Igreja viva
geradora da paz mundial.
A partir duma
citação da 1.ª leitura, o prelado sublinhou a comunhão como eixo da vida
eclesial e, numa alusão às velas que iluminavam o Recinto, apresentou a luz
como “graça da fé em Jesus Cristo” e
o Rosário como “amparo da Santíssima
Virgem Maria”. E precisou:
“A
Igreja não é apenas um mero edifício, mas é o ‘Povo de Deus’, que recebeu a Sua
misericórdia. O Espírito Santo, que está connosco desde o nosso batismo, é a
mão de Deus que opera na Virgem Maria e também em nós. A Santíssima Virgem
coopera com o Espírito Santo na construção do Povo de Deus, por isso, A
invocamos como Mãe de Deus e Mãe da Igreja.”.
Ao finalizar
a homilia, deu graças pelo dom de Fátima e apontou a “Mãe da Igreja” e a luz da
fé como caminho para a edificação do povo de Deus, com vista à paz mundial. E
concluiu:
“Ela
apareceu neste lugar para nos mostrar a misericórdia de Deus! Caminhemos
todos à luz da fé, com a ajuda da Mãe da Igreja, para construir o povo de Deus
e para trazer a paz para o mundo”.
A
Peregrinação prosseguiu com a procissão do silêncio e uma vigília de oração,
pela noite dentro. Hoje dia 13, depois do Rosário às 9 horas, foi celebrada, às
10 horas, a Missa da Peregrinação Internacional Aniversária que evoca a última
Aparição em que a Senhora apelou, através dos três Pastorinhos, à oração diária
do Rosário pela conversão dos pecadores.
***
Na celebração do dia 13
Dom Alexis Mitsuru Shirahama, Presidente da celebração
da Missa de encerramento da Peregrinação sustentou que a “arrogância do homem”
é o “maior inimigo no mundo de hoje”. Efetivamente, na homilia
da celebração em que participaram nesta celebração 96 grupos de 25 países, um
cardeal, 13 bispos e mais de duas centenas e meia de sacerdotes, Dom Alexis Mitsuru
Shirahama evocou Hiroxima e Nagasáqui, no Japão, como exemplo da “destruição
incrível” de que o homem é capaz.
O Bispo de
Hiroxima, afirmando que a arrogância do homem é o maior inimigo da paz, vincou:
“O
Homem consegue destruir o mundo inteiro e a natureza com a sua arrogância.
Acredito que a arrogância do homem é o maior inimigo no mundo de hoje.”.
O prelado japonês recordou a visita de São João Paulo II a Hiroxima, a
25 de fevereiro de 1981, onde disse que “duas
cidades japonesas, Hiroxima e Nagasáqui, são as únicas cidades do mundo que
tiveram a desventura de ser um memorial de como o homem é capaz de uma
destruição incrível”. Foram estas duas cidades japonesas palco de
acontecimentos trágicos que não pouparam vidas de muitos inocentes, pelo que
foram recordadas neste dia em que se celebra o Coração Imaculado de Maria no
santuário onde Nossa Senhora pediu pela paz.
O prelado
lembrou estas duas cidades que na II Guerra Mundial “tiveram a desventura de
ser um memorial de como o homem é capaz de uma destruição incrível” e
interpelou os peregrinos sobre a forma como podem combater este “inimigo” para
que esta tragédia não se repita. E, questionando “como podemos cortar a cabeça
deste inimigo”, o Bispo apontou que é necessário um verdadeiro trabalho pela
paz, que só se consegue se ela estiver no coração dos homens e, para isso, é
preciso “confiança em Deus”.
No termo da sua homilia e recorrendo ao Evangelho
deste dia, o Bispo de Hiroxima apresentou Jesus como “um bom modelo de
esperança em Deus” e,
falando de Nossa Senhora, precisou:
“O
Imaculado Coração de Maria ensina-nos, também, hoje, a esperar em Deus, esperar
em Jesus Cristo, Filho unigénito de Deus, para cortar a cabeça do nosso inimigo
que é a arrogância do Homem”.
***
No fim
da celebração, Dom
António Marto afirmou a união com o povo japonês e pediu comunhão com o Papa. Deixou uma palavra de parabéns aos peregrinos
presentes “pelo testemunho de fé e amor filial
a Nossa Senhora”, agradeceu a presença do Bispo de Hiroxima, no Japão, que
presidiu a esta peregrinação aniversária, e disse:
“Hiroxima evoca-nos os horrores mais
terríveis da guerra, a primeira guerra nuclear, com as armas atómicas a fazerem
centenas de milhares de vítimas, mas convoca-nos e desperta-nos também para a
paz, confiando este dom ao coração imaculado de Maria”.
O prelado prosseguiu pedindo “particular comunhão” com
o Santo Padre, que “pediu a recitação do terço neste mês de outubro pela
purificação e unidade da Igreja em volta do Papa” e rezou com a multidão “uma Ave-maria pelo Papa
Francisco e suas intenções”. Não descurou a saudação aos doentes
e, depois, aos mais pequenos, deixando o recado para que os pais, mães e avós
levassem esta saudação carinhosa para as crianças da família. E recordou a visão
que os pastorinhos tiveram em outubro no fim da aparição, “Jesus a abençoar o mundo” – para reiterar a índole de bênção da
Mensagem e do Santuário para o mundo inteiro.
Saudou ao novo bispo de Macau, presente pela primeira
vez em Fátima, para a comemoração dos 50 anos da Universidade Católica
Portuguesa (UCP), pedindo-lhe
que levasse “um abraço para Macau, que
seja tão grande como de Fátima a Macau”. E saudou a UCP na pessoa da sua
reitora, ali presente, e pediu a “bênção
para esta universidade e sua missão”.
***
Enfim, bênção e
paz, aquilo de que o mundo mais precisa e cujo germe se pode encontrar no
Santuário a sós na intimidade com o divino e na comunhão fraterna em assembleia
celebrativa!
2018.10.13 – Louro de
Carvalho
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