O Conselho da Europa
adverte que, embora Portugal tenha feito muitos progressos na luta contra o racismo e a
homofobia, desde
o último relatório (de 2013), a extrema-direita
se infiltrou na PSP e que há políticos com opiniões xenófobas, pelo que há ainda há muito trabalho a fazer
no discurso e na prática, principalmente na integração da comunidade cigana e das
comunidades negras.
É esta uma das conclusões do Relatório
contra o Racismo e a Intolerância elaborado por um grupo criado pela ECRI (Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância), uma instância do Conselho da
Europa, mas independente, e publicado na manhã de hoje, dia 2 de outubro, em
Estrasburgo.
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Alguns dados do relatório
A pretexto
da atuação de elementos da PSP (Polícia de Segurança Pública) da esquadra de Alfragide na Cova da Moura, um bairro
da Amadora, em fevereiro de 2015, que levou 18 agentes a julgamento por
alegadamente terem agredido seis civis, o relatório adianta que a polícia em Portugal estará infiltrada por elementos que
simpatizam com discursos de ódio, racistas e homofóbicos. E, apesar da sua
cautela ao falarem sobre estes temas, não fazendo (em regra) comentários homofóbicos ou transfóbicos, alguns políticos, como o antigo
candidato do PSD às eleições autárquicas em Loures, André Ventura, dão mostras
de terem opiniões xenófobas, sendo as minorias ciganas e negras as mais
atingidas pelo discurso racista em Portugal, as que menos resultados escolares
obtêm e as que têm mais dificuldades no acesso ao mercado de trabalho.
Embora elogiem a prática portuguesa no atinente aos direitos humanos, os
relatores, que trabalharam com base em
fontes documentais e visitas que efetuaram a Portugal, recordam que o
país assinou, em 2017, o protocolo da Convenção
Europeia dos Direitos do Homem, que inclui uma proibição global da
discriminação, e centram muito a atenção na referida atuação da PSP com seus agentes acusados de “tortura, rapto, calúnia e ofensas corporais
motivados por ódio e discriminação contra seis vítimas negras”, acrescentando
que a IGAI (Inspeção Geral da Administração
Interna), neste caso, “não tomou medidas imediatas”. E sustentam que deveria
existir em Portugal um “órgão independente da polícia” para investigar as
acusações de abuso e de racismo das forças de segurança e que esse órgão
poderia ser o Provedor de Justiça.
Ora, em primeiro lugar, a ECRI deveria esperar
pelo desfecho do julgamento dos agentes da PSP; depois, deveria saber que a
IGAI é um corpo independente.
Em relação à comunidade cigana, a ECRI aponta que a situação das crianças “é
profundamente preocupante”, já que 90% delas abandonam a escola cedo (não raro entre os 10 e 12 anos de idade). Mais: apenas trabalham
52% dos homens e 18% das mulheres desta etnia; 17% dos ciganos vivem sem água
corrente; e 25% não têm sanita ou casa de banho na habitação. No concernente
aos adultos afrodescendentes, ressalta que, entre eles, o desemprego é elevado
e muitos estão expostos à pobreza e exclusão social, pois apenas obtêm trabalho
pouco qualificado. E, em matéria de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero), a ECRI aponta a falta de dados sobre as suas
condições de vida e uma legislação antidiscriminação que as proteja.
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O documento, que dá conta da situação no país no respeitante a atitudes
racistas e de intolerância até março de 2018, começa por ser elogioso para
Portugal, destacando: não haver muitos registos oficiais de violência contra “pessoas
ciganas e negras”; a descida da taxa de desemprego das pessoas nascidas fora da
UE de 23,2% em 2013 para 14,8% em 2016”; e o facto de a grande maioria da
população portuguesa pensar “que as pessoas LGBT devem ter os mesmos direitos
que os heterossexuais”, sendo que “os currículos escolares deviam cobrir este
tópico”. Refere
a nítida melhoria dos resultados escolares dos alunos com origem na migração; a
drástica diminuição da taxa de abandono escolar precoce; e o empenho das
autoridades em legalizar a situação dos alunos e seus pais que não têm
autorizações de residência. E sublinha a
adoção em 2013 de uma Estratégia Nacional
para a Integração das Comunidades Ciganas, “que contém objetivos claros e ambiciosos”, além de que “um número
considerável de mediadores ciganos foram recrutados e 30 jovens ciganos
obtiveram bolsas de estudo”.
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Porém, a par do elogio, vem a censura à prática negativa, com destaque para
alguns discursos de políticos. Neste
particular, a ECRI, apesar de notar “com satisfação que, em Portugal, os
políticos e outras figuras públicas não fazem (em geral) comentários racistas,
homofóbicos ou transfóbicos”, salienta o discurso de ódio e o racismo presentes
no discurso público e dirigido em particular à minoria nacional cigana e aos
negros, referindo, em especial o seguinte:
“O deputado do Partido Social Democrata
(PSD) Duarte Marques, em maio de 2015, no contexto de medidas de austeridade,
citou comentários racistas dirigidos a migrantes e negros proferidos por
um professor da Faculdade de Economia do Porto, Pedro Cosme Vieira. No
dia 16 de junho de 2017, o Membro do Parlamento Europeu do Partido Socialista
(MPE) Manuel dos Santos incorreu em atitudes ‘anticiganistas’ num tweet no qual insultava uma outra MPE.”.
Outros casos de políticos mencionados no texto incidem nas declarações do
candidato do PSD à Câmara Municipal de Loures nas eleições autárquicas de 2017,
André Ventura, em que este fez afirmações sobre a comunidade cigana, e nas do
antigo presidente do PSD e ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que em
agosto de 2017 disse que não queria “qualquer um” a viver em Portugal,
referindo-se a uma proposta de alterações à lei da imigração.
São ainda evocados dois casos que aconteceram no Alentejo:
“Em março de 2017, graffiti ameaçando
os ciganos de morte foram pintados com spray em Moura.
Na Cabeça Gorda, distrito de Beja, o presidente da junta de freguesia recusou a
autorização para o funeral de um cigano em julho de 2017.”.
O relatório lança o temor de grupos nacionalistas de extrema-direita
e neonazis possam estar a conquistar espaço em Portugal ao referir:
“O Partido Nacional Renovador pode ter
obtido apenas 0,5% dos votos nas últimas eleições parlamentares, mas há
diversos pequenos grupos que propagam ativamente o discurso de ódio e
intimidação. Em novembro de 2016, a polícia prendeu 20 pessoas por incitamento
ao ódio e também por tentativa de homicídio e roubo à mão armada, que se
presume serem do grupo ‘Hammerskin’, acusado de proclamar a superioridade da
raça branca e de querer expulsar todas as minorias do país.”.
E regista que membros de grupos nacionalistas
extremistas perturbaram o decorrer duma manifestação da SOS Racismo [outubro de 2017] e “os agentes da
polícia que estavam presentes não intervieram”; não há estatísticas do número de incidentes de
discurso de ódio na Internet, embora a sociedade civil tenha informado a ECRI
da existência de centenas de mensagens de ódio, sobretudo nos fóruns dos grupos
de extrema-direita na Internet a atingir especialmente os ciganos, os negros, os
muçulmanos e as pessoas LGBT; e que “apenas alguns dos media filtram os comentários antes da
publicação nos seus sites e rejeitam os que contêm discurso de
ódio”. E, temendo uma escalada racista e de
intolerância, a ECRI diz-se preocupada com a ausência de estatísticas oficiais
fiáveis sobre crimes de ódio violentos e lembra dados da ILGA referentes a 2016
(dois casos de violência física, 11 casos de agressão e um de danos a um
veículo). Recorda o sucedido na
discoteca Urban Beach (Lisboa),
que foi encerrada por 6 meses, uma vez conhecidas imagens de seguranças a “esmurrar
e pontapear violentamente uma pessoa negra na cabeça e corpo”, tendo sido presos
3 dos presumíveis atacantes. Antes, tinham sido apresentadas 38 outras queixas
na PSP no decurso de 2017, muitas delas acusando a discoteca de racismo. Esta descrição termina com a evocação do episódio que envolveu o
ex-campeão olímpico do triplo salto, Nelson Évora, (falou, em 2014, numa rede social, da recusa de
entrada na Urban Beach por haver demasiados pretos no grupo”).
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Recomendações, algumas das quais polémicas
A ECRI deixa cerca de uma vintena de recomendações, algumas das quais são no âmbito legislativo, nomeadamente a
criminalização explícita da expressão pública duma ideologia racista e a
incorporação dos motivos de língua e nacionalidade nas disposições do Código
Penal destinadas a combater o racismo. Referem-se as seguintes:
- Quanto a campanhas informativas, as autoridades (em
particular o Alto Comissariado para as
Migrações - ACM) devem promover campanhas de informação para
proporcionar aos grupos expostos ao discurso de ódio e à discriminação
informação sobre os direitos e recursos contidos na legislação e sobre as
autoridades que podem contactar, e para reforçar a capacidade desses grupos no
exercício dos seus direitos.
- No atinente à intervenção junto das polícias, cabe às autoridades introduzir no seio dos serviços de polícia uma
política de tolerância zero para com o racismo e a homofobia, a constituir uma
forte tónica na formação inicial e contínua dos agentes da polícia; e aos serviços
de polícia cabe intensificar o diálogo e a cooperação com os grupos expostos ao
racismo e intolerância.
- Na área da educação, devem os
decisores incentivar um aumento ainda maior da taxa de escolarização das
crianças com origem na migração no ensino pré-escolar e reforçar as medidas
para as apoiar na escola, especialmente em estabelecimentos com elevado número
de alunos migrantes, devendo ainda assegurar que todas as crianças ciganas cumpram rigorosamente a
escolaridade obrigatória até aos 18 anos de idade.
- Em termos da habitação, compete às
autoridades agilizar a execução dos seus planos para realojar pessoas com
origem na migração que ainda vivem em bairros degradados ou em habitações sem
condições mínimas.
- Devem igualmente as autoridades
desenvolver, aplicar e reforçar medidas que visem fomentar a compreensão e o
respeito pelas pessoas LGBT, particularmente nas escolas, o que passará pela
inclusão da orientação sexual e da identidade de género como tópicos
obrigatórios nos currículos escolares, já que, segundo a ECRI, “o público
português é muito aberto a questões LGBT”.
- Defende ainda a ECRI que a discriminação racial no exercício de um cargo público
ou de uma profissão dever ser tipificada como crime, considerando tratar-se de
uma lacuna importante na legislação nacional. Nesse sentido, critica o facto
de a discriminação no exercício de um cargo político ou de uma profissão ainda
não ter sido considerada uma infração penal, mas apenas administrativa,
defendendo, por isso, que passe a ser considerado crime na legislação
portuguesa.
Para a ERCI, trata-se de uma “lacuna importante na proteção contra o
racismo e a intolerância”, pelo que a “aplicação desta recomendação é
particularmente importante”.
E, nesse aspeto, tem razão,
porquanto a legislação mais recente, nomeadamente a Lei n.º 93/2017, de 23 de agosto – que estabelece
o regime jurídico da prevenção, da proibição e do combate à discriminação, em
razão da origem racial e étnica, cor, nacionalidade, ascendência e território
de origem – não contém nenhuma norma criminalizante, mas apenas normas atinentes
a indemnizações e coimas por contraordenação, ao passo que, se a discriminação constituísse
crime, a moldura penal exprimir-se-ia em multa e prisão. No entanto, a lei
parece equilibrada, pois, de contrário, não faltariam processos-crime abusivos
e vazios de sentido, devendo aplicar-se, quando for o caso de atentado à integridade
física, o Código Penal.
- Por outro lado, a ECRI defende que a legislação deveria prever a
suspensão do financiamento público de partidos políticos e outras organizações
que promovam o racismo, “assim como a possibilidade de dissolução de tais
organizações”. Na verdade, embora os
partidos políticos fascistas sejam proibidos, a lei do financiamento público
dos partidos “não contém uma disposição que retire o financiamento aos partidos
que promovam o racismo”.
- Para a ECRI, Portugal deve repensar o ensino da História nas escolas e,
em particular, a história das ex-colónias, levando em conta “o papel desempenhado por Portugal no
desenvolvimento e abolição da escravatura e a discriminação e violência
cometidas contra os povos indígenas nas ex-colónias”, durante os
Descobrimentos. Efetivamente, o relatório desafia a
que se questione a “narrativa da descoberta do novo mundo”, nomeadamente a
história e contributo dos afrodescendentes, assim como dos ciganos, para a
sociedade portuguesa. Para tal, as autoridades deveriam melhorar os manuais
escolares seguindo estas linhas de orientação e prosseguir e reforçar as
medidas para sensibilizar a sociedade no seu todo para o racismo.
- Assim, a ECRI recomenda que as “autoridades
portuguesas reforcem a educação para os direitos humanos e a sensibilização
relativamente ao racismo e à
discriminação e desenvolvam o ensino da história de uma forma que englobe o
papel desempenhado por Portugal no desenvolvimento e abolição da escravatura e
a discriminação e violência cometidas contra os povos indígenas nas ex-colónias”. Evocando o exemplo do ACM, que
criou um kit para “ajudar as crianças a discutir a cor da pele”
e que lançou um “projeto-piloto sobre a discriminação racial em 200 escolas”,
os relatores evocam a declaração do Presidente da República numa visita à ilha
Gorée, no Senegal, onde afirmou que “as autoridades políticas de Portugal
tinham reconhecido a injustiça da escravatura quando a tinham abolido em parte
do seu território em 1761”.
- A ECRI também defende que a Comissão para a
Igualdade e contra a Discriminação Racial, a funcionar junto do ACM, deve ser
inteiramente independente.
- Propõe que os polícias portugueses tenham câmaras nos
uniformes de forma a “responsabilizar os agentes e impedir novos abusos”.
- Sublinha também a necessidade de existir um desenvolvimento de “programas
para a prevenção da criminalidade, especialmente para os jovens”.
- E, defendendo a existência dum órgão independente para investigar
alegações de abuso e racismo levados a cabo pelas forças de segurança, a ECRI
defende uma “mudança de atitude para conduzir, de forma proativa e eficaz,
investigações internas a qualquer conduta alegadamente racista, homofóbica ou
transfóbica de agentes da polícia e parar de relativizar a violência grave
contas as pessoas negras e os ciganos”. E aconselha a polícia a mudar a abordagem nos bairros considerados
difíceis, devendo ser intensificados os mecanismos da prevenção e do
policiamento de proximidade a fim de se reconstruir a relação de confiança com
as comunidades que “têm sofrido a brutalidade policial e a ameaça permanente da
mesma”.
***
Reações pertinentes da PSP e da IGAI
Visada de forma dura pelo relatório, a PSP respondeu a algumas das questões
levantadas, tendo as suas considerações sido publicadas na parte final do
documento. Os responsáveis da PSP dizem-se “indignados e
surpreendidos” com o que vem escrito em muitas das cerca de 60 páginas, pois a
ECRI ignorou o trabalho que a polícia tem efetuado nos últimos cinco anos com
organizações não governamentais. Acusam os relatores de misturarem dados
dos anos 90 do século passado com referências atuais, focando-se só nas
situações ocorridas na Cova da Moura e uma no Bairro Alto, e de não relevarem o
trabalho que se faz junto das escolas nem o protocolo assinado em julho de
2016 com o ACM intitulado: “Juntos por
Todos”. E lembram que o uso de expressões como “brutalidade policial” é julgamento moral inadequado, pois, até
haver decisão transitada em julgado, há a presunção de inocência.
Por seu turno, em declarações à agência Lusa,
Margarida Blasco repudiou as acusações da ECRI, classificando como
manifestamente infundada a insinuação de que a IGAI é tolerante com práticas
racistas. Com efeito, como garantiu, “a IGAI propugna
a tolerância zero para a prática de qualquer abuso ou qualquer discriminação
com base em qualquer fator”. A
inspetora-geral reage assim, pela reposição da verdade, às críticas e
recomendações que a ECRI faz a Portugal no âmbito do trabalho de análise e
controlo da realidade de cada Estado-membro em matéria de racismo e intolerância. E diz que a ECRI incorre num erro
ao afirmar que, apesar de os factos terem ocorrido em fevereiro, a IGAI só
atuou em julho, o que não é verdade, como aponta:
“Os factos ocorreram em 5 de fevereiro de
2015 e imediatamente a IGAI abriu um inquérito. Desse inquérito, em julho,
foram abertos nove processos disciplinares, que correram os seus termos e em
que sete foram arquivados por falta de prova e em que dois foram propostas
sanções disciplinares.”.
A responsável da IGAI lembrou que o caso está em fase de julgamento, que,
até decisão transitada em julgado, há a presunção de inocência e que o relatório
da ECRI faz acusações “manifestamente infundadas”; diz com toda a convicção que
a nossa polícia não é racista, apesar de admitir alguma exceção, mas que “não
se pode tomar um caso ou outro pelo todo”; e garante:
“Temos uma malha muito fina que nos permite
dizer que não entendemos que quer a PSP, GNR ou SEF tenham conduta
predominantemente xenófoba e racista”.
Sustentou que “o relatório é injusto porque não é objetivo” e frisou que a
IGAI é intransigente na aplicação de sanções disciplinares em todos os casos
que “possam expressar alguma má conduta e transparecer alguma questão que tenha
a ver com racismo ou xenofobia”. E, para demonstrar
como as acusações da ECRI são injustas, lembrou que, quando o CPT (Comité Europeu para a Prevenção da Tortura), outro organismo do Conselho da Europa,
visitou Portugal, em 2016, salientou os aspetos positivos da atuação da IGAI,
nomeadamente no que diz respeito aos factos ocorridos no bairro da Cova da
Moura. Assim, criticando a ECRI por ter ignorado esses factos, apontou:
“Há aqui erros grosseiros no relatório da
ECRI e que contrastam com o relatório da CPT, que analisou também os relatórios
relativos ao caso de Alfragide”.
E, relativamente à criação de um mecanismo independente que investigue
todas as alegações de abuso e comportamentos racistas por parte da polícia,
Margarida Blasco discorda e contrapõe com as recomendações do CPT, declarando:
“O Comité da Tortura do Conselho da Europa
formulou recomendações, mas no sentido do reforço dos poderes da IGAI e das
suas competências. Não se compreende agora a sugestão da ECRI no sentido da
criação de uma entidade independente porque essa entidade já existe e é a IGAI.”.
***
Concluindo
Enfim, um relatório polémico, com erros grosseiros e eivado de contradições
e generalizações, elege Portugal como um país racista do lado das autoridades, ao
menos por omissão, e tolerante do lado da opinião pública (Incrível!). Giro, não? Até quer impor-nos o que devemos ensinar em História! E que
dirá de outros países bem piores? Mas vale a pena lê-lo, pois há muito a fazer
em prol da igualdade.
2018.10.02 – Louro
de Carvalho
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