A 1.ª leitura da Liturgia da Palavra do 25.º domingo do Tempo Comum no Ano C é uma passagem
do livro do profeta Amós (Am 8,4-7) que denuncia
os comerciantes sem escrúpulos, preocupados em ampliar cada vez mais as suas
riquezas, que pensam em explorar a miséria e o sofrimento dos pobres. E Amós
avisa que Deus não está do lado de quem, pela obsessão do lucro, escraviza os
irmãos. Ou seja, a exploração e a injustiça não passam em claro aos olhos de
Deus.
Dada a pertinência do livro hoje e porque tem réplicas
atualizadas no 3.º Evangelho e na Carta de Tiago, propõe-se uma reflexão sobre
a intenção e o conteúdo do Livro de Amós.
***
O
Profeta
Amós
pertence ao conjunto do chamado “livro
dos doze”, expressão usada para referir os doze profetas menores da Bíblia
Hebraica. Vem a seguir Joel (que vem depois de Oseias) e antes de Abdias. O Seu nome é
único no Antigo Testamento (AT): 'āmos. E ocorre 7 vezes (1,1;
7,8.10.11.12.14; 8,2).
Não deve ser confundido com o Amós ('āmôs), pai do profeta Isaías (2Rs
19,2.20). A
identificação com o Leão – metáfora que aponta para a ferocidade da palavra que
exige mudança irrevogável – aparece mais de uma vez no livro (1,1;
3,4.8.12; 5,19) e parece
indicar ora a palavra de Deus, ora a palavra do profeta.
Era natural
de Técua, localidade situada no deserto do reino de Judá, a 8 km a sudeste de
Belém. Em 1,1 diz-se que era pastor e, em 7,14 reafirma-se esta profissão e
afirma-se que também cultivava sicómoros. O mister de pastor faz dele um homem
pobre e alegadamente sem cultura. Mas o livro mostra que conhece bem a
geografia e certos acontecimentos dos países vizinhos, a História sagrada do
seu povo e toda a problemática social, política e religiosa de Israel.
Economicamente,
não deveria ser um assalariado; provavelmente guardava os rebanhos e cultivava
os terrenos que eram propriedade sua. Não era um profeta convencional e
profissional; não tinha qualquer relação com a profecia e com os grupos
proféticos. Não narrando o livro diretamente a sua vocação, faz-lhe referência em
7,14-15. O Senhor enviou-o a profetizar Israel, isto é, ao Reino do Norte, não se
sabe quando, mas foi em tempos do rei Jeroboão II (século VIII
a. C.), quando o rei de Judá era Juzias, provavelmente
entre os anos 760-750 a.C. Chamado por Deus, deixa a sua terra e parte para o reino
vizinho para gritar à classe dirigente a sua denúncia profética. A rudeza de
discurso, aliada à integridade e afoiteza da fé, traz algo do ambiente duro do
deserto e contrasta com a indolência e o luxo da sociedade israelita da época. Deve ter pregado em várias localidades do reino do
Norte até chocar com a oposição dos dirigentes em Betel (7,10-13), nomeadamente Amacias, o que lhe dificultou o
exercício da ação profética.
***
A
época
Após a
divisão dos dois reinos, a seguir à morte de Salomão, o reino do Norte viveu
períodos de grande instabilidade, sujeito aos constantes ataques dos reinos
arameus do Norte, às lutas internas e à consequente perda de territórios e
influência. A situação alterou-se no início do século VIII: quando a Assíria
começou a expandir-se, atacou Damasco, o que permitiu a Israel recuperar alguns
territórios e reorganizar-se internamente.
Governava
então em Israel Joás e, logo a seguir, Jeroboão II, seu filho, em cujo reinado
houve um certo progresso social e económico e tranquilidade política: as conquistas de
Jeroboão II alargaram consideravelmente os limites do reino e permitiram a
entrada de tributos dos povos vencidos; a população
aumentou; os recursos agrícolas cresceram; o comércio e a indústria (sobretudo a mineira e a têxtil) desenvolveram-se
significativamente; as construções
da burguesia urbana atingiram um luxo e magnificência até então desconhecidos (os palácios eram luxuosos). Amós dá-nos conta deste progresso.
No entanto, a
melhoria económica tem o seu reverso da medalha. A prosperidade e o bem-estar das
classes favorecidas contrastam com a miséria das classes baixas. O sistema de
distribuição estava nas mãos de comerciantes sem escrúpulos que, aproveitando o
bem-estar económico, especulavam com os preços, diminuíam as medidas e falseavam
as balanças. Com o aumento dos preços dos bens essenciais, as famílias de
menores recursos endividavam-se e acabavam por se ver espoliadas das suas
terras em favor dos grandes latifundiários. O pequeno proprietário via-se sufocado pelos interesses dos poderosos. A classe
dirigente, rica e poderosa, dominava os tribunais e subornava os juízes,
impedindo que o tribunal fizesse justiça aos mais pobres e defendesse os
direitos dos menos poderosos. Acentuava-se
a divisão entre ricos e pobres e a ambição dos ricos não conhecia fronteiras:
geravam-se injustiças sociais gritantes e os pobres ficavam à mercê dos que
detinham o poder. Empréstimos com juros, hipotecas, serviço como escravo,
falsificação dos pesos e das medidas no comércio, corrupção nos tribunais, luxo
desmedido dos ricos...
Tudo isto
continua, com as mesmas ou com novas modalidade, no nosso século XXI com a
contrafação na produção, desvio da distribuição de produtos essenciais, tráfico
de influências, especulação financeira e imobiliária e esmagamento dos
trabalhadores com baixíssimos salários e aumento do custo de vida. E Amós, que
denunciava todas estas situações, teria muito que fazer hoje entre nós.
Com a
decomposição social, vem a corrupção religiosa: santuários pagãos, falsidade do
culto (tanto se
adorava o Senhor como outras divindades; praticava-se o culto para encobrir as
injustiças sociais), falsa
segurança e complexo de superioridade por pertencer ao povo escolhido. É nesta
situação de prosperidade económica e política, de injustiças e desigualdades
sociais, de paganismo e corrupção religiosa que atua o profeta. O objeto da palavra do profeta
são as injustiças sociais.
O livro
O livro
de Amós desenvolve-se em 9 capítulos e o modo como o livro se organiza reflete
um longo processo de composição. Não obstante, uma análise mais profunda deixa
aparecer a vastidão do problema. São muitos os modos dos estudiosos para
dividir o livro. Pela sua relevância, apresentam-se duas. A divisão em quatro
partes; e a divisão em três secções.
A
divisão em quatro partes
Depois do
título (1,1) e de um breve prólogo (1,2), o livro de Amós divide-se em quatro partes:
I. Oráculos contra sete
nações vizinhas de Israel e contra Judá e Israel (1,3-2,16).
II. Oráculos contra Israel (3,1-6,14). Nesta
parte encontram-se as principais críticas de Amós à corrupção social e
religiosa e o anúncio do castigo (3,13-15; 5,1-3.16-20; 6,8-14).
III. Castigos divinos (7,1-9,10). São cinco
visões, das quais as primeiras quatro começam com a mesma fórmula e a quinta é
diferente. No meio das visões encontra-se a narração da expulsão de Amós do
santuário de Betel (7,10-17) e outros
oráculos (8,1-14; 9,7-10).
IV. Esperança messiânica como oráculo de salvação (9,11-15):
“Virão dias em que o lavrador seguirá de
perto o ceifeiro e o que pisa os cachos seguirá o semeador. Os montes
destilarão mosto; todas as colinas se derreterão. Restaurarei o meu povo de Israel.
Hão de reconstruir e habitar as cidades devastadas. Plantarão vinhas e beberão
do seu vinho, cultivarão pomares e comerão dos seus frutos. Hei de plantá-los
na sua terra e nunca mais serão arrancados da terra que lhes dei!”.
No livro
predomina o tom poético, excetuando o v. 1 do cap. 1, todo o cap. 7 e os três
primeiros versículos do cap. 8. Lê-lo como poema e ter alma de poeta ajudam à
sua interpretação.
O tema
dominante do livro de Amós, segundo alguns, é a denúncia o castigo. Nas duas
primeiras visões vê-se que o profeta intercede e pede perdão pelo povo; mas, nas
outras três, já não há remédio e que a catástrofe é iminente. No entanto, dá a
solução e aponta a esperança.
Segundo
Amós, são contrários ao plano de Deus na História o luxo e a ostentação da
riqueza, a exploração dos pobres e dos oprimidos, a fraude e todo o tipo de
injustiças sociais, o culto sem o necessário compromisso ético, o sincretismo
religioso e as falsas seguranças apoiadas na eleição de Israel. E, como Deus não
tolera estes abusos, a única forma de fazer o povo sentir estes males é o
castigo por meio da invasão militar. Ora, dizer isto em tempos de Jeroboão II,
numa época de prosperidade económica, pareceria obra de louco. Porém, décadas
mais tarde (em 722), as tropas assírias conquistam a
Samaria e o Reino de Israel desapareceu do mapa.
Amós não se
limita a anunciar o castigo; explica porque é que ele vai acontecer, e aponta a
única saída possível: buscar o Senhor para viver (vd 5,6); buscar o bem e não o mal (vd 5,14). Lutar por uma sociedade mais justa é, para o
profeta, o meio de escapar do castigo. E é notável a sua descrição do Dia do Senhor, apresentado como um dia
de trevas e de calamidade, mesmo para o povo eleito (8,8-14) – parecido com Joel e diferente de Abdias (este anuncia
o triunfo de Israel). Os
evangelistas e, com eles, a Igreja Apostólica interpretam o martírio de Cristo,
o Eleito de Deus, à luz destes textos de Amós (Mt 27,45-46; Mc 15,33-41; Lc
23,44-49; Jo 19,36-37).
Na
perspetiva das três secções
Secção A (1,3-2,16). Parece que um dos principais
critérios para tal afirmação parte da observação de que uma fórmula é repetida
nesses textos: 1,3.6.9.11.13; 2,1.4.6 – “Assim falou o Senhor”. Assim, em
hebraico, kōh 'āmar Yhwh (assim falou YHWH) 'āl she lōshāh pîshe 'ēy (por
três pecados de) w e
'al ’ar e bā'āh (por quatro).
Secção B (3,1-6,14). Os autores observam que os
oráculos são bem marcados com a presença do verbo ouvir, em hebraico a raiz
shāma‘: Ouvi esta palavra que YHWH falou
contra vós, filhos de Israel (3,1). Ouvi esta palavra, vacas de Basã (4,1). Ouvi esta palavra que eu sentencio sobre vós, como lamento, casa de
Israel (5,1).
Com a expressão “vacas de Basã” o profeta refere ironicamente as mulheres de
Samaria que não se preocupam com os pobres. Ainda nesta secção, é notável o uso
da interjeição “ai” que se constitui, em exegese bíblica,
como indicativo de um género literário de condenação ou juízo. Encontra-se em
5,18 e 6,1.
Secção C (7,1-9,15). Apresenta 5 relatos de visões
do profeta (7,1-3; 7,4-6; 7,6-9; 8,1-3 e 9,1-4) e a promessa de restauração
final (9,11-15).
Como se
vê, a diferença na divisão do livro fica-se aqui pela junção de duas partes da
anterior divisão na secção C. O importante é que no livro de Amós as distancias
se encurtam.
No livro
fica bem patente a preocupação social do profeta. A situação dos habitantes de
Israel no século VIII a.C. acusa uma despreocupação com os pobres e isso é
motivo da condenação desencadeada pelo profeta. Note-se que a divisão do livro
não funciona apenas como motivo literário: é uma espécie de funil a atingir os
destinatários da mensagem de castigo.
Cabe
agora ver as particularidades de cada uma destas secções. Com efeito, de um
lado, há um grande número de géneros literários no livro: notas biográficas,
oráculos contra nações vizinhas de Israel e oráculos contra o próprio Israel,
lamentos e convites ao arrependimento, relatos de visões, mensagens de
esperança e algumas passagens que parecem ser fragmentos de hinos. Por outro
lado, uma série de termos e expressões marcam mudanças de tonalidade e obrigam
a perceber novas formas e novos modos de expressão da palavra do profeta.
Na secção A, a primeira informação, no v. 1,
parece funcionar como um título geral do livro, pois menciona os dois elementos
principais: palavras e visão. Traz algumas referências pessoais e informações
sobre Amós. São comuns entre os profetas notas como essa (vg.:
Os 1,1; Is 1,1 e Jr 1,1).
Nesta secção, fica patente a preocupação principal do profeta com os crimes
cometidos pelas nações vizinhas de Israel e pelo próprio Israel. A lista referente
aos crimes e castigos faz desfilar aos nossos olhos a índole beligerante das
palavras de Amós contra tais crimes cometidos contra a pessoa humana. Há
exceção apenas para Judá (2,4-5) cujo crime é não ter seguido a lei (Torah) de YHWH. Todavia, há coerência
na palavra de Amós, visto que seguir a lei é, sobretudo, resgatar a importância
e o valor do ser humano.
Surge
nestas linhas uma curiosa numerologia bíblica: pode ser identificada nos
oráculos contra as nações (2,6-8) uma lista de 7 transgressões, bem como 7 anúncios
de castigo (2,14-16).
Há 7 anúncios de acusação e 7 de castigo. E os oráculos dirigidos às 7 nações
sugerem o clímax (7+1) para a oitava nação, isto é,
Israel. Estes oráculos contra as nações parecem refletir os “famosos textos
egípcios de execração, onde se quebravam vasos que traziam a inscrição dos
nomes dos inimigos”, o que denota a origem cultual dos oráculos.
A Secção B
mostra um
conjunto de oráculos contra Israel com palavras muito duras. É de anotar que o
processo de afunilamento começa a ficar visível na obra, dado que a última
nação citada, na secção anterior, foi Israel. Nesta altura, o profeta denuncia
a corrupção do ambiente social e a do culto. Nota-se, numa extremidade do texto,
a marcação com o verbo ouvir (3,1; 4,1; 5,1) e, na outra, com a interjeição “ai” (5,18; 6,1). O centro (5,1-17) pode ser identificado como elo
entre as ditas extremidades. Assim, o destaque de 3,1-4,13 é o mandato de ouvir
a palavra do Senhor. A parte intermediária é, assim, o ponto central e
culminante da secção.
O profeta
olha em perspetiva negativa todas as ações de Israel: é Israel que pratica a
violência e a opressão (3,9-10); e é traçada com palavras excessivamente hostis (3,14-15;
4,4-5) a corrupção
cultual. Israel vira suas costas ao convite de volta e arrependimento (4,6-11), o que leva a um ato final do
julgamento terrivelmente ameaçador: “Portanto,
prepara-te para encontrar teu Deus, Israel” (4,12). É ameaça àqueles que odeiam a
justiça e a sinceridade (5,10).
A secção C é marcada pelo ciclo das 5
visões, que aparecem, respetivamente, em 7,1-3 (sobre os
gafanhotos); 7,4-6 (sobre
o fogo); 7,7-9 (sobre
o fio de prumo);
8,1-3 (sobre
o cesto de frutos maduros);
e 9,1-4 (destruição
do santuário). Uma
das principais questões desta parte da obra é a busca de resposta para a
dimensão e alcance do juízo presente nas 5 visões, mais terrível na última. E a
hipótese é a de que pode ser encontrado, nos textos que antecedem o relato
visionário (7,1-8,14),
o motivo ou motivos para o juízo anunciado em 9,1-4. Seriam motivos ligados
exatamente ao descuido com o pobre e à prática da injustiça social e cultual.
Nesta
secção encontra-se o confronto, com narrativa em 3.ª pessoa, entre o profeta e
o sacerdote Amacias, sacerdote de Betel (7,10-17). É, como se viu, a segunda nota
biográfica do livro (a primeira em 1,1-2), que se impõe com grande
importância. Um ponto de destaque na neste texto é o seu posicionamento entre a
3.ª visão e a 4.ª, posicionamento que gera perguntas pelo facto de se tratar de
um texto narrativo que interrompe a série de visões desta secção. Parece
pertencer ao conjunto geral do livro face aos muitos pontos de contacto com o
material à sua volta no ciclo das visões.
Após as
4 primeiras visões, vêm alguns oráculos (8,4-14), aos quais se segue a 5.ª visão
(9,1-4). Em 9,5-6, temos uma doxologia,
um fragmento de hino, que se harmoniza com 4,13 e 5,8-9. Vêm, em 9,7-10, palavras
de juízo. E o último texto do livro (9,11-15) apresenta fortes traços de
redação muito posterior ao tempo de Amós cuja análise tem sido tema de debate.
***
Concluindo
A destruição
vertical de Israel, ou seja, a que parte das forças diretivas do povo, induz a
desestruturação do poder social. O contexto histórico de tranquilidade e
expansão de Israel no século VIII a. C. pode lançar luzes importantes. A
religiosidade do povo e a certeza do olhar favorável de Deus (4,4;
5,5.21-23) deixa
transparecer que tudo está correto. Todavia esse bem-estar e pretensa paz têm
as suas raízes na injustiça social: a indiferença à situação de pobreza e a
provocação do seu aumento, com a ausência de perspetiva moral e ética da parte
do poder.
Amós
dirige-se, em 8,4-14, a um grupo de difícil identificação. Porém, nota-se que
esse grupo é distinto daquela categoria que abrange os indigentes, pobres e
fracos. E esta observação induz que muitos pontos têm de ser levados em conta
tendo em vista a perspetiva social que não privilegiava os pobres da terra. A
apropriação ilícita e o acúmulo de bens merecem ataque decidido e ferrenho por parte
do profeta. Certamente que a opressão ao pobre constitui o ponto central da
pregação condenatória de Amós.
Os
comerciantes lamentam-se por terem que esperar a passagem do sábado e das
festas porque perdem dinheiro (8,5), que poderia ser ganho com a exploração. Em lugar
do culto a Deus, o que está em jogo é o enriquecimento ilícito às custas dos
pequenos. Mais uma vez se observa a ligação do culto com a exploração social. E
há uma particular acusação contra os que compram e necessitados com prata e o pobre
com um par de sandálias (8,6).
Já se havia condenado os que vendem o justo (2,6). Parece tratar-se de um
comércio de escravos e, se a interpretação é procedente, é significativo que
uma das possibilidades de fuga, na 5.ª visão, seja o cativeiro (shebî). Para lá são levados os
prisioneiros que perdem, como os escravos, os seus direitos. Deus não tolera a
exploração humana que chega ao ponto do comércio de vidas, ao engano de
incautos e indefesos, à repressão de opostos.
O livro
aponta para o desenvolvimento e condenação da injustiça, injustiça que alastra
gerando a miséria e a morte, enquanto se erguem cânticos de festa no santuário.
A palavra profética procura pôr termo a esta estrutura de pecado e exploração
que, como uma cárie, corrói o povo. Isso não está tão distante do século XXI,
pelo contrário, parece até refleti-lo com luzes ainda mais brilhantes. E os
profetas de agora – não tão frequentes como é desejável – ou não são ouvidos ou
são escarnecidos. E, em muitos lugares, são torturados e mortos, às vezes até
por quem se diz amigo de Cristo, cujo sacrifício parece teimar em não chegar,
por culpa dos homens, a todas as pessoas, lugares e tempos.
(cf 25.º Domingo do Tempo Comum
– Ano C, https://www.dehonianos.org/portal/25o-domingo-do-tempo-comum-ano-c0/; Altamir Celio
de Andrade, A Estrutura Literária do
Livro de Amós,
http://www.ufjf.br/darandina/files/2011/08/O-le%C3%A3o-que-vem-do-sul-literatura-pol%C3%ADtica-e-sociedade-no-livro-de-Am%C3%B3s.pdf;
Bíblia Sagrada, Difusora Bíblica,
Lisboa/Fátima: 2018)
2019.09.22 –
Louro de Carvalho
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