Foi inaugurada, em Sevilha, com a presença dos Reis de Espanha, Felipe e Letizia, a
exposição indicada em epígrafe, através da qual o Arquivo Geral das Índias de
Sevilha mostra, pela primeira vez, os principais documentos e crónicas que
permitiram o estudo da primeira volta ao mundo efetuada há 500 anos, uma longa viagem.
E esta exibição aporta uma nova forma de ver e sentir a proeza que começou na
Península Ibérica e mudou a forma de entender o mundo.
Financiada
pela Unicaja e organizada pela Ação Cultural Espanhola e pelo Ministério da
Cultura e Desporto, a propósito do V centenário da 1.ª circum-navegação de Fernão
de Magalhães/Juan Sebastián Elcano, ficará no Arquivo Geral das Índias até 23 de
fevereiro e viajará, depois, para o Museu São Telmo de São Sebastião. E há
planos para fazer uma exposição em conjunto com Portugal, mas, segundo os
comissários, “ainda é só uma ideia”.
A mostra
exibe documentos reunidos que permitem acompanhar os 245 homens que iniciaram
há 5 séculos a maior aventura marítima de todos os tempos. São 106 peças a
compor a mostra que tem também apoio nos suportes audiovisuais e que, no caso
dos documentos, quase na sua totalidade originais – testemunhos dos
protagonistas, crónicas, apontamentos... – todo o conjunto ordenado
cronologicamente dá uma visão completa desta proeza.
Os documentos
pertencem a distintas instituições de outros países europeus, entre eles
Portugal, que contribui com a carta de Maximiliano Transilvano e com a crónica
da viagem de António Pigafetta, guardada na Biblioteca da Universidade de
Coimbra. Do Arquivo Nacional da Torre do Tombo veio a carta do capitão António
de Brito a Dom João III de Portugal, a relação de um piloto genovês, as
instruções dadas a João de Cartagena e a Real Cédula a Magalhães.
E Antonio
Fernández, historiador e um dos três comissários da exposição, referindo que “a
colaboração com as entidades portuguesas tem sido perfeita, só temos palavras
de agradecimento”, assegura:
“Não há um herói único e os protagonistas, de diferentes nacionalidades,
devem partilhar a glória da proeza”.
A mostra, além
de contar um acontecimento-chave da História, evidencia o lado humano dos
navegantes e homenageia o “espírito explorador do homem e a sua atitude frente
ao desconhecido”. Um português, Fernão de Magalhães, desenhou o projeto,
mas seria um espanhol, Juan Sebastián Elcano, a completar uma viagem que durou
três anos e que, em todo o seu conjunto, foi uma epopeia humana. A este
respeito, Braulio Vázquez, também comissário da mostra e para quem é importante
destacar que “só no momento em que a expedição esteve unida logrou continuar em
frente”, sublinha que, através desta mostra, “queremos mostrar a verdade do que
aconteceu, o lado mais escuro e o mais luminoso”.
A versão
portuguesa do Tratado de Tordesilhas, guardada no Arquivo Geral de Sevilha, é o
arranque da exposição que estará aberta até 23 de fevereiro. E Guillermo Morán,
o terceiro comissário, afirma:
“Desenhamos com os testemunhos mais significativas os documentos
vertebrais da exposição”.
***
As
especiarias foram o motor da viagem quando as Molucas (ou Ilhas das Especiarias) causaram um conflito diplomático entre Portugal e
Castela. Lembram os comissários que, de facto, Castela tem mais poder económico
que Portugal e capta o talento de Magalhães que apresenta o seu projeto na
Corte espanhola e se impõe aos outros pela sua competência e revela “o sonho de
chegar ao Oriente pelo Ocidente”. Convicto de que as Molucas estavam na parte
espanhola, Magalhães convence Carlos I (Carlos V de Áustria) e encontra o financiamento para a expedição. Como se
lê nas Capitulações de Carlos V com
Fernão de Magalhães e Rui Faleiro sobre a viagem às Molucas, “o rei advertiu-o muito para não entrar no
território português”. E o comissário Guillermo Morán diz que este conjunto
de documentos, que detalham todos os preparativos da viagem, a burocracia do
momento, “é o que permitiu organizar um projeto desta dimensão e, por isso, o
império do ultramar espanhol foi o maior e o mais duradouro” (diz ele).
O percurso
pela exposição dá a conhecer muitos detalhes de uma viagem longa, difícil e com
a tripulação dividida. Lembra Braulio Vázquez:
“Magalhães praticou muito o secretismo e causou muitos problemas, teve
muitos adversários. Foi um grande marinheiro e homem de ação, mas não foi bom
como gestor de recursos humanos. Teve muitos dos homens contra ele.”.
O motim
contra Magalhães, a passagem pelo estreito que tem o seu nome e a sua morte nas
Filipinas são momentos de destaque na mostra, que dá detalhes do regresso da
nau Vitória com Sebastián Elcano como capitão que completou a primeira
circum-navegação. Os comissários, indicando que Pigafetta não dedica uma
palavra a Elcano, ele era protegido de Magalhães, entendem que a sua narrativa “é
uma fonte incompleta”, embora tenha sido o seu texto que teve uma grande
divulgação mundial. Antonio Fernández sublinha em Magalhães a liderança:
“Com as ideias claras, sabia o que queria, não desistiu e acreditou no
seu projeto. Grande navegador com poucos amigos.”.
Entre os
amigos não estava Juan Sebastián Elcano, que ficou do outro lado durante o
motim. Mas na passagem pelo estreito que viria a ser de Magalhães não se
tiveram em conta os factos passados e essa união foi determinante para cumprir
o objetivo.
***
Entre os
documentos mais conhecidos encontra-se a carta de Maximiliano Transilvano, o
secretário de Carlos I, “que permitiu que a notícia da primeira volta ao mundo
fosse conhecida em todo lado”. E há outros mais desconhecidos, mas com
informação que tem sido essencial no mundo náutico como a Rota de Francisco
Albo, “piloto da nau Vitória”, cujas anotações “são essenciais para perceber
como é o mundo hoje”, como sublinha Braulio Vázquez. A carta de González de
Espinosa, da nau Trindade, tem a sua própria história: escrita na Índia para
pedir ajuda ao Rei, entrou por contrabando por Portugal e chegou ao seu
destinatário.
No balanço
final desta aventura, chegaram a terra 18 homens acompanhados de dois nativos e,
posteriormente, outros 13 homens que tinham sido feitos prisioneiros. Com 5% de
rentabilidade económica da viagem, “o custo humano foi terrível”, segundo
Morán, mas teve “uma grande dimensão intelectual, científica, heroica e
tecnológica” e “foi o trunfo do Renascimento”.
A imagem da
Virgem da Vitória, quase no fim da mostra, lembra o último capítulo da longa
viagem. Os navegadores, um dia depois do regresso à terra, foram em procissão,
descalços e com velas, até à Virgem da Vitória, no bairro de Triana, “porque,
quando estavam à beira da morte, se tinham encomendado a ela”.
***
Gianluca
Barbera, jornalista italiano, inventa como narrador um Elcano velho, um
companheiro de Pigafetta, e conta a seu modo a epopeia de Magalhães, que diz
ser um drama shakespeariano. O DN
entrevistou-o em Lisboa, em março, já a pensar no 10 de agosto, o dia em que
fez 500 anos o início da viagem a partir de Sevilha. Na verdade, o jornalista
esteve então em Lisboa a convite do Instituto Italiano de Cultura e deu uma
palestra no auditório do Museu da Farmácia.
Agora a
efeméride, a primeira de muitas da epopeia que durou três anos, serve de
pretexto à publicação e, entretanto, saiu a edição portuguesa de “Magalhães” (Editorial
Presença).
A 10 de
agosto de 2019, fez 500 anos que partiram de Sevilha as 5 carracas da
expedição de Magalhães ao serviço de Espanha. Entre as muitas biografias do
navegador publicadas, a maior parte de historiadores, destaca-se agora a versão
romanceada, de Gianluca Barbera, italiano como Antonio Pigafetta que escreveu o
relato da viagem financiada por Carlos V e que terminou com a circum-navegação
pelo espanhol Juan Sebastián de Elcano.
Tem havido polémica entre portugueses e espanhóis, sobretudo nos jornais,
a propósito da celebração dos 500 anos da viagem. Espanha sustenta que a
expedição foi 100% espanhola, paga por Carlos V, enquanto Portugal relembra que
sem o génio do navegador nada teria sido possível e que este era português. Sobre
isto, o italiano diz que é uma
polémica um pouco como a existente em torno da nacionalidade de Cristóvão
Colombo.
No
respeitante a Magalhães, refere ter lido a “História Concisa de Portugal”, de José Hermano Saraiva, que não
menciona Magalhães. E diz que, apesar de se tratar de uma história concisa,
Magalhães foi um grande português, e a viagem foi um grande feito de um
português.
Revelando
que ia editar o seu livro em Portugal, na Presença, e que notava interesse no
Brasil, pela Autêntica, mas que não via interesse da parte de editoras
espanholas, diz que escreveu sobre Magalhães, mas que este continua um
mistério, “não a nível da nacionalidade, mas como pessoa”. E, depois de muito
ter investigado, chega à conclusão de que “Magalhães é uma daquelas figuras que
pertencem a todos, como acontece, por exemplo, com Leonardo Da Vinci, que acaba
por ser muito mais do que um italiano”, é “património da humanidade”. E
explicita:
“São, pois, personagens que transcendem a sua nacionalidade. Magalhães é
património da humanidade. Um português património da humanidade.”.
Curiosamente
assegura que, “se perguntarmos hoje a um jovem de 20 anos em Itália de que país
era Magalhães, irá responder que era italiano”, porque, segundo o uso da época,
“o nome foi latinizado” e, depois “italianizado” em Magellano, “o que faz que
muitas personagens pareçam italianas para quem estudou menos os assuntos”.
Obviamente, “uma pessoa mais culta sabe
que foi português, mas também que a expedição foi financiada inteiramente pelo
rei de Espanha e por armadores espanhóis e que não foi investido um tostão que
fosse de Portugal”.
Questionado pelo facto de ser um italiano a escrever sobre Magalhães, mas
não escrever sobre Colombo ou Vespúcio, grandes marinheiros italianos, embora
ao serviço de outros países, disse:
“Quando quis escrever um romance que contasse a grande epopeia das
descobertas geográficas do século XVI, pensei em construí-lo em redor de uma
figura imaginária, que fosse um misto de Colombo, Vespúcio, Caboto, etc. Mas,
quando me envolvi na história de Magalhães, disse que isto era puro
Shakespeare, uma tragédia perfeita. Com a morte do herói. Magalhães é melhor
do que qualquer herói imaginário.”.
Quanto ao facto de, além da liderança de Magalhães, os principais
cartógrafos serem portugueses e se dizer que a Espanha pagou a expedição, mas
que a comissão científica era portuguesa, o autor explica:
“Na época, tanto Portugal como Espanha faziam grande segredo de tudo o
que iam descobrindo sobre os mares. Os navegadores que regressavam com
informações preciosas do resto do mundo eram levados a confiar ao arquivo régio
esses documentos. Mas Magalhães, que, além de muito ter navegado ao serviço de
Portugal, também teve acesso aos arquivos portugueses, consegue ser contratado
pelo rei de Espanha por causa desse saber.”.
O essencial
de Magalhães era conhecer a existência duma passagem pelo novo continente, uma
passagem que estaria entre os paralelos 40 e 50, mas que, “na realidade”,
estava ainda mais a sul”. Por outro lado, dizia ter encontrado tal informação em
documentos portugueses, o que o tornou credível para Carlos V, que chegou a temer
que se tratasse dum espião. E o livro,
que é um romance histórico, retrata Magalhães como um herói, alguém que tem,
não só o conhecimento científico e técnico, mas também “a coragem de liderar
aquela tripulação multinacional e muitas vezes rebelde na travessia do estreito
de Magalhães e, depois, a travessia do oceano Pacífico, que é por ele batizado”.
Sobre isso,
o romancista afirma categoricamente que “o mérito da expedição é 100% de
Magalhães”. Embora o financiamento seja de Espanha, “não só todo o projeto é de
Magalhães” como “os espanhóis a bordo fizeram tudo para lhe pôr obstáculos,
para o fazer falhar”. Com efeito, os três capitães espanhóis, da Concepcion,
da San Antonio e da Victoria, Gaspar de Quesada,
Juan de Cartagena e Luiz de Mendonza, fazem-lhe guerra desde o início (outro navio
com capitão espanhol, a Santiago, de Juan Serrano, naufraga na Patagónia). E assegura Barbera:
“Estão lá para vigiá-lo, porque o rei confiou nele, mas na corte houve
conselheiros que sugeriram que o português ficasse sob vigilância porque havia
muito dinheiro espanhol envolvido. É sobretudo Cartagena que tem esse papel de
vigilante, como inspetor real, e tanto que em certo momento os dois homens
disputam quem manda mais. E, se é evidente que quem manda é o almirante, o
comandante da armada, na Trinidad, Cartagena exige um poder quase
igual e o confronto tornou-se inevitável, com Magalhães a ter uma vitória
absoluta.”.
Porém, Magalhães
“mostra-se mais inteligente do que o outro, mas não só”, “mostra também que tem
um objetivo, sabe o que quer, enquanto os outros estão ali por estar, sem
convicção”. Por isso, o mérito é “todo da enorme força de vontade de Magalhães”
e o livro diz que “Magalhães é um homem
preso a um sonho, uma obsessão, que ao longo da viagem não escuta ninguém, não
discute com ninguém”, pelo que “também
há tripulantes que temem que o almirante não saiba para onde vai e se revoltam
ou desertam”.
Tratando-se de um homem tão inteligente, que morre nas Filipinas, “numa
guerra que lhe é alheia, mas em que faz questão de intervir, em apoio de
aliados que mal conhece”, “é vítima de um excesso de confiança, agora que já
cruzou o Pacífico e está a chegar próximo das ilhas das especiarias, as
Molucas”. E Barbera afirma taxativamente que “morre
por exclusiva culpa sua” e explica o que decorre da sua personalidade e
do que entende como sua missão:
“É o único momento em que Magalhães põe de lado a prudência. Até então
tinha-se revelado um calculista, um homem prudentíssimo, ousado, mas prudente.
Antes de fazer qualquer coisa, estuda-a a fundo, calcula as possíveis
consequências dessas ações. É um homem corajoso, não um temerário. O que é que
acontece nas Filipinas? Pela primeira vez, naquele arquipélago que batiza como
ilhas de São Lázaro e só mais tarde serão rebatizadas em honra do futuro Filipe
II, este navegador profundamente católico convence-se de que Deus está ao
seu lado na viagem, de que está a ajudá-lo.”.
E há outros
motivos para o excesso de confiança: a experiência anterior de disparar armas
de fogo e pôr grandes massas de indígenas; e a ideia generalizada de que os
outros povos tinham um temor reverencial aos europeus, vistos como divindades
ou semideuses. Porém, como diz Barbera, os habitantes das Filipinas eram
diferentes, já conheciam, por exemplo, os árabes, pelo que “não podiam ser
confundidos com os indígenas da Patagónia”. Este “foi o primeiro erro de
Magalhães, desvalorizar o inimigo” e “o segundo foi não calcular bem a
distância a que os navios tiveram de fundear por causa da maré baixa”. E o
jornalista romancista explica:
“Ficaram muito longe da costa, sem capacidade de bombardear a praia para
proteger a fuga dos europeus. O rei da ilha de Cebu segue-o com 1500
guerreiros, e deveria intervir em seu auxílio, mas não o faz. É Magalhães que
recusa a ajuda, para poder exibir o poder de fogo europeu. E chega a Mactan,
pequena ilha junto a Cebu, sem ter também grandes informações. É a única vez em
que passa de corajoso a temerário, até fanático. Deixou-se convencer de que era
invencível.”.
Acabando por ser Elcano a assumir a liderança e a trazer o que resta da
tripulação para a Europa a bordo da Victoria em 1522, o
romance viola um pouco a história imaginando
um velho Elcano a fazer a narrativa. O romancista, observando que dele se sabe
pouco, considera que, ao chegar, se apropria um pouco do mérito de Magalhães e,
para justificar as suas opções, tinha de desacreditar o português. Fora um dos
amotinados, poupado por Magalhães por necessidade de gente para continuar a
navegação. Os fugitivos da San Antonio no estreito de Magalhães,
quando souberam que o almirante morreu, ficaram aliviados por Elcano ser um dos
seus.
A narrativa romanceada dá Elcano a trair Magalhães por três vezes: a primeira, no motim; a segunda, quando Magalhães cai
ferido e Elcano só pensa em salvar a pele; e a terceira, quando chega a Espanha
e tenta ficar com todos os méritos. E Barbera desenvolve:
“Recebe títulos e recompensas. Passa a ser o descobridor e
circum-navegador do globo. E lança acusações de traição e de violência gratuita
sobre Magalhães. Mas o seu destino fora da ficção estava traçado, não chegou a
velho. Quando volta a seguir o rumo do Pacífico, poucos anos depois, morre.
Morre no Pacífico. É a sua némesis. A vingança que acaba por chegar, a punição
pela mentira.”.
Obviamente que Elcano puxa das suas credenciais de mérito: controlou os
marinheiros num momento de desespero; e determinou a rota de regresso por mares
controlados por Portugal, mas contra as ordens de Carlos V, que não queria
provocar Dom Manuel I, pois tinha de ser assim: era uma rota bem mais
conhecida.
Ora, para ajudar a esclarecer a verdade da expedição, é vital o relato de
Pigafetta, que “está
por sua conta, dá a volta ao mundo e escreve tudo o que se passa”. E Barbera
vinca:
“É o grande defensor da verdade histórica. Para Pigafetta, Elcano não
existe. No que escreve dá pouca atenção aos aspetos políticos, mas mesmo assim
afirma que os capitães espanhóis faziam guerra em permanência a Magalhães só por
este ser português. A personagem central de toda a relação de Pigafetta é
Magalhães. E, quando este morre, escreve que morreu quem os guiava. O relato de
Pigafetta é entregue a Carlos V e desaparece.”.
A corte
espanhola fez desaparecer o relato entregue por Pigafetta, pois “não tinha interesse em que se soubesse o que se passou”;
e, em vez de promover a imagem de um português, quiseram fazer crer que
foi Elcano a figura-chave. O relato
conhecido resulta do facto de o cronista, quando regressou à Itália, ter
contado a história e ter sido desafiado a reescrevê-la.
***
Enfim,
Magalhães é o herói inquestionável. A viagem era muito longa. Não sei se se
poderá dizer que era bom marinheiro e grande homem de ação, mas mau gestor de
recursos humanos, como diz Braulio Vázquez. Penso que era difícil de liderar uma
expedição tão eclética e com tanto tempo nos mares, mas sobretudo com tanto
antagonista nas tripulações. Por outro lado, os grandes homens cometem erros
táticos e não deixam de ser grandes. Excessivamente confiante e insuficiente no
cálculo da distância a que os navios tiveram de fundear por causa da maré baixa,
Magalhães não deixa de ser o homem grande, um dos grandes marcos da época com
reflexo indelével no devir histórico.
2019.09.12 – Louro de Carvalho
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