sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A propósito dum método de leitura no Ensino Básico


Traz o DN on line, a 13 de agosto, uma reportagem-entrevista com Raul da Silva Mendes, “um antigo professor do ensino primário”, agora o 1.º Ciclo do Ensino Básico, a relatar a sua história de ensino com especial atenção às crianças com dificuldades de aprendizagem no tempo em que as crianças que não sabiam ler nem escrever eram postas na fila dos burros”.  
Diz que até desenvolveu um método para ensinar os miúdos mais “complicados” a ler e escrever. E ainda hoje anda com um bloco onde aponta as suas investigações que gostava de ver aplicadas sobretudo no ensino dos imigrantes.
O seu método de ensino Do Número à Palavra (associa cada letra a um número, A=1 etc., o que permite aos alunos associarem letras até formarem palavras, das mais simples à mais complexas).
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Nasceu em Évora a 24 de agosto de 1940. Ali fez o curso na Escola de Magistério Primário (que chamava a universidade do povo, frequentada pela classe pobre ou mesmo média que não podia ir para uma das três universidades) – a “solução para quem não podia ir para as três universidades que havia, Lisboa, Porto e Coimbra” – mas foi no Montijo, onde vive, que cumpriu quase toda a sua carreira e onde vê reconhecido o mérito do seu trabalho.
E desfia memórias – das aulas de Marcelo Caetano na Faculdade de Direito, das exigências de Salazar e das dificuldades de aprendizagem dos alunos – que vão sempre dar aos alunos que ajudou. Diz que teve dois alunos chineses que eram muito bons, mas que só concluíram o atual 9.º ano – grandes amigos, que tiveram um restaurante onde deixou de ir almoçar porque não pagava. Mas ainda hoje tem uma mágoa: o não ser aproveitado como devia ser o livro de Vergílio Ferreira Vagão J, de 1944, que lhe serviu de guia e que chegou a ser censurado em 1971 e em que o tema central é as diferenças entre estratos sociais. Foca a ação do professor na escola e na aldeia, a influência social e política do professor e na melhoria das condições sociais da população. Entra em contradição com o então Ministro da Educação Nacional Carneiro Pacheco (1936-1940), que entendia que as crianças aos 7 anos tinham um cérebro tão plasticável, que todas as ideias que lhes incutissem lá ficavam, sobretudo as de pátria, amor a Portugal, amor ao Estado, dentro da trilogia Deus, pátria, família. E Vergílio Ferreira sustentava que as crianças têm um cérebro que faz lembrar a cera, simplesmente têm outros sulcos que lhes tinham sido transmitidos ao nascer. Essa contradição levou a que o livro fosse censurado. Depois, foi reeditado pela Bertrand na pequena abertura, em 1971, com Marcelo Caetano.
A estratégia passou por fazer um curso médio de professor, pois, dantes, para se ser professor do ensino primário bastava a o 5.º ano, o atual nono. Fez, a seguir, o antigo 7.º ano, na alínea D, para frequentar o curso de Direito. Só que o programa jurídico não tinha nada que ver com o programa pedagógico. Pôs de lado o Direito, que frequentou um ano, tendo Marcelo Caetano como professor de Introdução ao Estudo do Direito e Direito Administrativo. Com a desistência do curso, começou a dedicar-se aos alunos e a observar melhor a sala de aula, o meio familiar e as influências que tinha na escola.
Foi morar para Carcavelos e deu aulas em Manique (do Estoril). Cedo passou para o Montijo.
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Diz ter ficado alarmado com a quantidade de crianças que não conseguiam fazer a 1.ª classe (num tempo em que o aluno podia ficar retido na 1.ª classe) porque não sabiam ler nem escrever. Eram postas sistematicamente numa fila a que os coleguinhas chamavam a “fila dos burros”. Mas o professor, no primeiro ano em que começou a ensinar crianças da 1.ª classe, percebeu que elas, nas operações e no cálculo, eram absolutamente normais e até tinham ideias interessantes na Educação Visual. E questionou-se se as crianças com dificuldades na aprendizagem da leitura preferem o número, se “na sua vida prática ao contarem as caricas, ao contarem as pedrinhas adquirem essas noções” e se “gostam de ligar a vida, a brincadeira, ao estudo, à prática”.
A pari, surgiu a questão: “Porque é que eles ao entrarem no domínio da língua portuguesa, na iniciação da leitura, se desinteressavam, mas depois nos domínios da matemática eram paralelos aos outros”? E pensou no que aconteceria se fizesse a simbiose do número com a palavra. E, no ano letivo de 1985-86, introduziu na classe, a par da turma “normal”, 5 alunos que já tinham vários anos de repetência e eram totalmente analfabetos. Selecionava as 6 palavras da língua portuguesa que se escrevem apenas com uma letra: u, o, ã, a, é, i. E foram estas as primeiras letras que começaram a conhecer. Ora, enquanto nos anos anteriores lhes davam logo de início palavras e sílabas, este professor fazia textos só com palavras com uma letra, pondo-os a dialogar: “É o i? É o. É o u?”. O diálogo motivou-os e diziam que já sabiam ler. Era a noção de que a leitura estava muito ligada ao número. Depois, vinham palavras com duas letras e assim por diante. Quando se chegou às palavras com 3 letras já se podiam fazer inúmeras variantes. Com efeito, antes de iniciar a fase da leitura, o aluno, tem de dominar o alfabeto, então construiu tabelas com o alfabeto numeradas por baixo: A -1; B - 2; C – 3, etc.
Esta lógica do número e do fonema (diferente do que se ensina) possibilita iniciar jogos com dinâmica. Assim, para buscar letras que possam formar a palavra pai, iam ver os números a que correspondia cada letra. Concluindo, a ligação do número ao fonema ia ao encontro do problema de que a criança gosta mais das coisas concretas, do número. E o professor obteve resultados sobretudo na resposta das crianças, que diziam: “Eu já não sou maluco, eu já sei ler”.
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Depois das crianças, os adultos... Fez um curso de especialização no ensino de adultos. Com efeito, apercebeu-se das novas exigências: por exemplo, para ter a carta de condução era obrigatório ter a 4.ª classe, por determinação de Salazar. Ora, havia imensas pessoas com negócios que precisavam das carrinhas e então surgiram muitos alunos a frequentar os cursos de adultos. Então surgiram problemas curiosos. Como, por exemplo, o gerente de um balcão do Banque Franco-Portugais, que tinha o curso de Economia tirado no estrangeiro, teve de fazer a 4.ª classe; e os frades capuchinhos tiveram de a fazer para poderem guiar os tratores e só falavam espanhol. Depois surgiram problemas dramáticos: na Base Aérea do Montijo, os soldados só podiam sair da base se fossem o braço-direito dos pais, por exemplo, na agricultura, quando fizessem a 4.ª classe. Agora, vinha o dilema do professor primário: se reprovasse um aluno, ele não saía; se o passasse sem ele saber, tinha problemas de consciência. 
Isto constituiu uma longa aprendizagem, porque eles, ao escreverem – sobretudo os agricultores –, tinham tanta força na mão que, entre a caneta e o papel, rasgavam o papel. Enquanto o professor, se fosse cavar a terra, não conseguia fazer um sulco, na aula o agricultor estava com força a mais.
E, como professor tem de ser um ator, tem, em todas as circunstâncias, que se adaptar e saber motivar, pois com um aluno desmotivado não há aprendizagem.
Para ter sucesso, apresentava palavras com uma letra, com duas e dizia: cá está um texto. A novidade consistia em produzia um texto significativo juntando os três vetores fundamentais e universais: o movimento, a música e o drama. Todo o texto no ensino básico que não for passível de dramatização não é texto – diz Raul Mendes.
Tinha de ser um diálogo muito estimulante, senão eles desistiam. Por exemplo, teve um pequeno grupo de 6 pescadores do Montijo em que a sala de aulas era a sala da casa de um deles. Um era o pai da artista que fez as ondas do mar nos relvados, a Fernanda Fragateiro. E ele dizia: “A minha filha faz para lá uns desenhos”. Ia a casa deles, falava com eles sobre a pesca, as suas dificuldades. Acabou por se integrar no meio piscatório do Montijo. Era sempre muito difícil estimulá-los, queriam o mais fácil, o desistir.
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Depois, falou da formação dos professores. E disse que o problema é que se diluiu a especialização. O ensino (sobretudo da escrita e da língua) leva muito tempo, o professor tem de observar, pois a escola é um laboratório. Ora, hoje os candidatos a professor estudam muitas disciplinas e ficam preparados de maneira igual. Não há especialização e perde-se o fundamental: o aluno pode sair do ensino básico a saber ler, escrever e contar e, sobretudo, saber descodificar mensagens. E “um aluno que saia iletrado da escola terá sempre dificuldades enormes em sobreviver”.
A isto obvia o seu método de ensino. Diz o professor que sempre teve “um ensino muito dinâmico”. E exemplifica com os dois chineses, já referidos, sendo que os outros diziam que “eles têm os olhos em bico” e não foi fácil integrá-los na sala de aula. Dizia aos coleguinhas que eram meninos com outras valências, outros costumes, que até nos contariam, quando soubessem ler e escrever, histórias do seu país, sobretudo dos jogos. Foram sempre excelentes no cálculo, na matemática. Eram ótimos alunos, era bom que continuassem a estudar. Até disse aos pais que os filhos deviam ir para um curso de Gestão, sobretudo dominando o chinês e o português, mas chegaram ao 9.º ano e pararam.
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Sobre a condição do professor como ator, discorre (os políticos deviam pensar nisto e ser consequentes):
O ato de ensinar, a sala de aula, exige muito do professor. Ele não pode ir para casa pousar a caneta. Exige todo um planeamento para o dia seguinte. São 5 horas que passa como um ator. Tive um professor que antes de entrar na sala de aula chegava ao pé do cabide e, apesar de não usar chapéu, fazia o gesto de o tirar e colocar lá. Os miúdos diziam-lhe: ‘Porque está a tirar o chapéu, enganou-se, não tem chapéu?’. E ele respondia: ‘Estou a pôr aqui as preocupações’. Ou seja, a sala de aula tem de ser de uma concentração absoluta do professor para os alunos. E tem de preparar a lição porque tem de saber que tem de fazer este jogo, a seguir tem de preparar a aula, a seguir eles já estão muito cansados, têm de ir um bocadinho ao recreio se o tempo o permitir. Quando fui trabalhar, a empregada dizia: ‘Julgava que o senhor não estava lá [na sala de aula]’ – porque estava habituada a ouvir os professores a gritar. Comigo não era assim, pois cada aluno sabia o que tinha de fazer’.”.
E, quanto à condição de fingidor, diz:
A sala de aula é um palco e um palco muito importante. Sabe, também dialoguei muito com os pais e isso foi uma inovação perigosa. Antes do 25 de Abril, reuniões só as autorizadas. E essas eram poucas.”.
No atinente à boa relação com os alunos e à ligação do ensino à vida , conta: 
A ligação da vida à escola foi sempre a minha preocupação. Nos 3.º e 4.º anos destinava os primeiros 10 minutos de aula para que eles me fizessem uma pergunta. Um dia fiquei de boca aberta quando um me perguntou: ‘Professor, o que é investigar? Estão sempre a falar na televisão em investigar.’. Obrigou-me a fazer a ligação à vida. Eu era muito amigo de um agricultor e aproveitava as histórias dele para a escola. Um dia disse-me: ‘Ó professor, este ano foi um desastre para as ervilhas. Veja lá se consegue acompanhar a minha ideia: eu costumava guardar as sementes das ervilhas em frascos de vidro e este ano coloquei em caixas de plástico. Será que isso está ligado?’. Peguei neste problema e investiguei. Tínhamos de arranjar uma amostra com frascos e caixas, registar tudo e depois ver na produção. Isto é que é investigar. Investigar não é responder sim ou não.”.
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Na situação de aposentado, continuam as ideias e a valorização pelo saber. Entende que deve ser feita uma análise às escolas que fecham. Por não haver alunos, fecham-se escolas e pergunta-se para que passam a servir estes equipamentos. E defende que deveriam ser polos culturais, locais de encontro. Refere que o problema surgiu já no tempo de Salazar. O pai de Caetano, que foi governador-geral de Moçambique e Subsecretário de Estado da Educação, queria o aproveitamento das escolas como polos culturais de aldeia. Por exemplo, levar lá um rancho folclórico. Mas Salazar discordava, pois remetia isso para a Casa do Povo, onde era suposto fazer-se política.
Quando se aproximou do fim da carreira e com mais tempo livre, matriculou-se, aos 54 anos, na Escola Superior de Educação João de Deus, que julgava o polo por excelência da formação de professores. Esteve lá dois anos. Mas o seu método era mais virado para a recuperação de crianças – não congraçava muito com o método deles –, mas um dos professores quis ser seu orientador de tese. Serviu-se dessa escola para apresentar este método, que lá está na biblioteca das teses sob o título “Do Número à Palavra”, que nunca teve, nem terá, divulgação por colidir com o método João de Deus.
Depois fez o mestrado e o doutoramento sobre “A formação de professores em Portugal antes e depois do 25 de Abril – que mudanças”, para o que ouviu 34 professores que tinham exercido uns, antes dessa data, e outros, depois. As diferenças que encontrou neles estão mais na idade que na formação profissional. Os mais antigos estavam muito afetos à trilogia Deus, pátria, família, ao passo que os mais novos aderiram melhor ao 25 de Abril. Mas, como refere, “sempre houve quem furasse o sistema”. Assim, Raul Mendes “não admitia que numa classe houvesse a fila dos burros e a dos outros”, sendo que a única divisão era os que viam melhor e os que viam pior, como entre os que ouviam melhor e ou que ouviam pior.
E ainda hoje mantém a ligação ao estudo pensando sobretudo nos imigrantes que têm dificuldades no português e procura conciliar o que é este método com pessoas com estrato social normal. Enviou o seu método de ensino a uma editora que, passados 15 dias, respondeu que a parte editorial estava esgotada. Não explicaram, mas ele sabe que no ensino há um milhão de alunos e com problemas são 10%, pelo que a edição não é rentável. Ademais, o livro seria caro porque é todo baseado em gravuras.
Para fechar o ciclo, pretendia ver esta obra continuada e aplicada pelo menos no sentido de experiência para ver se as crianças se desenvolvem e aprendem.
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Essa grande atenção ao número na ordem da metodologia faz-me lembrar o número na filosofia. E vem à tona Pitágoras de Samos (570/495 a.C.), para quem o número é o princípio de todas as coisas. Foi uma das personalidades mais fascinantes da filosofia antiga. Nasceu na Ilha de Samos e lá viveu até se indispor com o tirano Polícrates. Mudou-se para Crotona, colónia grega situada na Itália, e lá ajudou a redigir uma Constituição.
Fundou uma comunidade filosófico-religiosa (onde se cultivava o ideal de uma vida de contemplação, voltada para o conhecimento, a busca da verdade e a realização espiritual), os pitagóricos, que atingiu enorme poder político e que foi destruída em função de intrigas motivadas pelo descontentamento de alguns com a sua influência. Este modo de vida apresenta grandes semelhanças com o orfismo, pois os pitagóricos acreditavam na imortalidade e transmigração da alma (metempsicose); cultivavam as práticas ascéticas purificadoras, como a abstenção de comer carne e de matar animais; cultivavam as ciências (matemática e astronomia) e também a música. Entretanto, o estudo dessas áreas não constituía um fim, mas um meio para a purificação da alma e sua libertação.
O primeiro pitagórico a publicar uma obra foi Filolau, já no tempo de Sócrates. O pitagorismo marcou a transferência da atividade filosófica praticada primeiro na Jónia, para as colónias gregas da Itália. A sua doutrina também se diferencia profundamente da dos milesianos, pois Pitágoras manteve a busca do princípio (arché), ou elemento primordial, para explicar o surgimento dos seres, mas não o identificou com um elemento da natureza (fogo, terra, água e ar). Segundo a tradição pitagórica, o princípio de todos os seres é o número.
Os pitagóricos escolheram o número como princípio porque, ao dedicarem-se ao estudo da aritmética e geometria, começaram a perceber que o comportamento regular de determinados fenómenos pode ser interpretado em termos numéricos ou quantitativos. Como exemplo, temos as medições que realizamos dos ciclos da natureza: o ano, as estações, os dias e muitos outros ciclos dos fenómenos vitais.
Essas e outras regularidades presentes na natureza só são explicáveis e inteligíveis, segundo os pitagóricos, se admitirmos que expressam o que pertence ao princípio de todas as coisas: o número. A visão do universo como um cosmos (ou seja, como um conjunto harmonioso dotado de ritmo, ordem, regularidade e proporção) foi uma das contribuições mais importantes dos pitagóricos.
Os números eram representados geometricamente e, enquanto concebidos desta maneira, eram dotados de extensão. Explicar o surgimento das coisas a partir dos números, dentro desta perspetiva, tornou-se perfeitamente plausível, pois todas as coisas, como os números, também só existem enquanto dotadas de extensão. O número um é identificado com o ponto, o dois com a linha, o três com a superfície e o quatro com o sólido. Tentaram estabelecer uma relação entre as figuras dos sólidos geométricos e os quatro elementos, conforme segue: “Terra – cubo; Fogo – pirâmide; Ar – octaedro; Água – icosaedro”.
Filolau identificou ainda os conceitos de limitado e ilimitado aos números ímpares e pares, respetivamente. Como o limitado e o ilimitado não existem separadamente, os números são a síntese dos dois, sendo que nos pares predomina o ilimitado e nos ímpares o limitado. Como todos os seres são a expressão de um número, em cada um deles o limitado e o ilimitado estão misturados. Se o ilimitado existisse sozinho, não haveria nenhum ser na natureza e a própria multiplicidade e individualidade dos seres seria impossível. A pari, o limite também não pode existir sozinho, pois é o limitador de algo que a princípio não possuía por si mesmo tal limite.
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É interessante verificar como o pitagorismo pode influenciar um método de ensino-aprendizagem, tal como o socratismo pela arte da ironia e da maiêutica; e como é importante hoje a física quântica.   
2019.08.16 – Louro de Carvalho

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