O
slogan referenciado em epígrafe é o
tema duma iniciativa do Jornal de Notícias para o ano de 2017, sugerindo aos
crentes a vivência diária com Maria, com a oferta grátis da agenda e do calendário oficiais das
comemorações do Centenário das Aparições de Fátima.
A “agenda 2017” foi distribuída no dia 10 de
dezembro e o calendário de parede foi distribuído hoje, dia 11. Destinam-se a
ajudar, com pensamentos e orações, a inspirar os dias do crente e a ajudá-lo a
não se esquecer dos acontecimentos mais importantes de 2017, de que se destaca
a esperada visita do Papa Francisco a Portugal, mais concretamente a Fátima.
Em paralelo, o JN
dá voz a outra iniciativa da Tissot, disponibilizada através da Boutique dos Relógios, dirigida aos
colecionadores – a produção dum relógio, o Tissot Fátima, uma edição numerada
e limitada a 5013 unidades e subordinada ao título temático “É tempo de celebrar Fátima”. É um
Relógio em PVD rosa, com gravação especial no verso da caixa.
***
Porém,
atentemos nos dois objetos que constituem a oferta do JN, que pôde ser
adquirida com a compra do jornal.
O
calendário é encimado pela designação do ano: 2017. O centro ostenta a imagem de Nossa Senhora dos Rosário,
coroada, com o terço pendente das mãos, os pés sobre duas rosas cruzadas a
abranger toda a base da imagem. A seguir, vem o convite do Papa Francisco:
“Peçamos à Virgem Maria que nos
ensine a viver a nossa Fé nas ações de cada dia, e a dar mais espaço para o
Senhor”.
Totalmente
ao fundo, vem o selo circular com o logótipo do centenário com a inscrição do
tema em circunferência: Em festa com o centenário das aparições de
Fátima.
Os
quadros com os meses e dias da semana e do mês estão distribuídos
simetricamente pelos dois lados do poster
a ladear os motivos da coluna central, acabados de indicar.
***
A
agenda 2017 pretende ser, como se lê na capa, um subsídio para “Um ano de Fé
com pensamentos e orações”. Na capa interior, tem o espaço para a identificação
do possuidor da agenda. Abre com a oração do Papa João Paulo II à “Virgem
Maria, humilde ilha do Altíssimo…”. Depois, a agenda dedica a cada mês duas
páginas (da
esquerda para a direita)
– com um pensamento inspirador e o espaço “lembrar” para inserir ações
pertinentes – entremeadas por duas páginas também da esquerda para a direita: à
esquerda, com a miniatura do calendário do mês, lugar para registo de
aniversários, menção dos dias especiais de celebração de efemérides, espaço
para programação de atividades de lazer (com família e amigos) e estabelecimento de
prioridades até três; e, à direita, uma oração ou, no caso de dezembro, a frase
sentenciosa do Papa João Paulo II, para o calendário terminar em torno da
palavra “futuro”, com que começou:
“O futuro da humanidade está nas
mãos daqueles que são capazes de transmitir às gerações do amanhã razões de
vida e de esperança”.
Assim,
registam-se os diversos pensamentos inspiradores em cada mês:
Para
janeiro: “O futuro começa agora, não amanhã” – Papa João Paulo II.
Para
fevereiro: “Um cristão nunca pode estar triste porque encontrou Cristo, que deu
a vida por ele” – Papa Bento XVI.
Para
março: “Acreditar na Família é construir o futuro” – Papa João Paulo II.
Para
abril: “Sempre que possível, dê um sorriso a um estranho na rua. Pode ser o
único gesto de amor que ele verá no dia” – Papa Francisco.
Para
maio: “Maria é Aquela que acreditou e, do seu seio, correram rios de água viva,
que vêm regar a História dos homens” – Papa Bento XVI.
Para
junho: “Às vezes, sabemos o que devemos fazer, mas falta-nos a coragem.
Aprendamos de Maria a capacidade de decidir fiando-nos de Deus” – Papa
Francisco.
Para
julho: “A lógica da mudança impele-nos para o sucesso, o domínio, o dinheiro. A
lógica de Deus, para a humildade, o serviço e o amor” – Papa Francisco.
Para
agosto: “Quem reza nunca perde a esperança, mesmo quando se encontra em
situações difíceis e até humanamente desesperadas” – Papa Bento XVI.
Para
setembro: “Ninguém se salva sozinho. A dimensão comunitária é essencial na vida
cristã.” – Papa Francisco.
Para
outubro: “A fidelidade ao homem exige a fidelidade à verdade, a única que é
garantia de liberdade… e da possibilidade dum desenvolvimento humano integral” –
Papa Bento XVI.
Para
novembro: “Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: hoje realizei um gesto de amor pelos outros!”
– Papa Francisco.
Para
dezembro: “Oremos pela paz e procuremos construí-la, começando pela nossa casa”
– Papa Francisco.
As
orações para cada mês são:
Em
janeiro, “Bem-aventurada Virgem de Fátima…”, do Papa Francisco – Ato de
Consagração a Nossa Senhora de Fátima no final da Missa por ocasião da Jornada
Mariana (Praça de São Pedro, a 13 de outubro de 2013.
Em
fevereiro, “Nossa Senhora da Vida, ó Maria, Aurora do Mundo Novo…”, do Papa
João Paulo II a Nossa Senhora pela vida.
Em
março, “Maria, Mãe de Jesus, ensina-me a amar Jesus…”, de Santa Teresa de
Calcutá.
Em
abril, “Meus Deus eu creio…”, do Anjo de Portugal em Fátima (antes
das aparições de Maria em Fátima, em 1917, ocorreram três aparições do Anjo da
Paz em 1916).
Em
maio, “Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima…”, oração a Nossa senhora de
Fátima, de autor não especificado.
Em
junho, “Mãe e Amiga, ó Maria…”, oração de confidência a Maria, de autor não
especificado.
Em
julho, “Salve, Rainha…”, saudação tradicional a Nossa Senhora, atribuída ao
monge Hermano Contrato, que a terá composto em 1050, e completada por Bernardo
de Claraval cerca de um século depois.
Em
agosto, “Ave, Maria, cheia de graça…”, a saudação angélica, continuada por
Isabel e pela piedade cristã, que a Liturgia assumiu.
Em
setembro, “Ó Virgem Imaculada, nós vos consagramos hoje…”, oração de
consagração da família a Nossa Senhora, seguida da recitação de três ave-marias
e a invocação “Ó Maria, concebida sem pecado…”.
Em
outubro, “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo…”, oração
trinitária, eucarística e reparadora, do Anjo de Portugal em Fátima.
Em
novembro, “Que o teu coração triunfante…”, um pedido orante ao Coração bondoso
de Maria, de autor não especificado.
Como
dias especiais, a “agenda 2017” seleciona:
De
janeiro, o Dia de Ano Novo, a 1; o Dia de Reis, a 6; o Dia Internacional do “Obrigado”,
a 11; o Dia Internacional do Riso, a 18; e o Dia Mundial da Religião, a21.
De
fevereiro, o Dia de São Valentim, a 14; e o Dia de Carnaval, a 28.
De
março, o Dia Internacional da Mulher, a 8; o Dia do Pai, a 19; o Dia
Internacional da Felicidade, a 20; e a Evocação das Aparições do Anjo, a 21 (Fátima).
De
abril, o Dia do Beijo, a 13; a Sexta-feira Santa, a 14; a Páscoa, a 16; e o Dia
da Liberdade, a 25.
De
maio, o Dia do Trabalhador, a 1; o Dia da Mãe, a 7; a 1.ª Aparição de Nossa
Senhora de Fátima, a 13; o Dia Internacional da Família, a 15; e o Dia da
Visitação de Nossa Senhora, a 31.
De
junho, o Dia Mundial da Criança, a 1; o Dia de Portugal, a 10; a 2.ª Aparição
de Nossa Senhora de Fátima e Dia de Santo António, a 13; o Dia de São João (Batista), a 24; e o Dia de São Pedro (e
de São Paulo) e Dia
do Papa, a 29.
De
julho, Dia da Alegria, a 1; a 3.ª Aparição de Nossa Senhora de Fátima, a 13;
Dia dos Avós, a 26; e Dia Internacional da Amizade, a 30.
De
agosto, Dia de Nossa Senhora da Assunção, a 15; e a 4.ª Aparição de Nossa
Senhora de Fátima, a 19, mas celebrada a 13.
De
setembro, Dia Internacional da Caridade, a 5; a 5.ª Aparição de Nossa Senhora
de Fátima, a 13; e Dia Internacional da Paz e da Gratidão, a 21.
De
outubro, o Dia da Implantação da República, a 5; o Dia Mundial do Sorriso, a 7;
e a 6.ª Aparição de Nossa Senhora de Fátima, a 13.
De
novembro, Dia de Todos os Santos, a 1; Dia da Bondade, a 13; e Dia
Internacional da Tolerância, a 16.
De
dezembro, Dia da Restauração da Independência, a 1; Dia da Imaculada Conceição,
a 8; Dia Internacional dos Direitos Humanos, a 10; Dia da Solidariedade, a 20;
e Dia de Natal, a 25.
***
Trata-se
de instrumentos de orientação de vida e de reflexão com predominância do
elemento religioso, mas com chamada à atenção para valores universalmente reconhecidos.
Nem todo o bem é exclusivo do sagrado.
No
limitado espaço, que tem de ser preenchido com base em opções temáticas e
discursivas, penso que se conseguiu um equilíbrio de motivos. Todavia, pessoalmente
gostaria de que houvesse também um ou outro pensamento de Paulo VI e/ou de João
XXIII, ambos papas de viragem na perspetiva eclesial e na atenção aos anseios
do mundo.
Porém,
o mais importante é que a iniciativa não se reduza a mais um evento editorial
como qualquer outro, mas seja útil à fé dos crentes, à paz das consciências e à
convivência social.
2016.12.11 – Louro de Carvalho
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