segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Em festa com o centenário das aparições de Fátima

O slogan referenciado em epígrafe é o tema duma iniciativa do Jornal de Notícias para o ano de 2017, sugerindo aos crentes a vivência diária com Maria, com a oferta grátis da agenda e do calendário oficiais das comemorações do Centenário das Aparições de Fátima.
A “agenda 2017” foi distribuída no dia 10 de dezembro e o calendário de parede foi distribuído hoje, dia 11. Destinam-se a ajudar, com pensamentos e orações, a inspirar os dias do crente e a ajudá-lo a não se esquecer dos acontecimentos mais importantes de 2017, de que se destaca a esperada visita do Papa Francisco a Portugal, mais concretamente a Fátima. 
Em paralelo, o JN dá voz a outra iniciativa da Tissot, disponibilizada através da Boutique dos Relógios, dirigida aos colecionadores – a produção dum relógio, o Tissot Fátima, uma edição numerada e limitada a 5013 unidades e subordinada ao título temático “É tempo de celebrar Fátima”. É um  Relógio em PVD rosa, com gravação especial no verso da caixa.
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Porém, atentemos nos dois objetos que constituem a oferta do JN, que pôde ser adquirida com a compra do jornal.
O calendário é encimado pela designação do ano: 2017. O centro ostenta a imagem de Nossa Senhora dos Rosário, coroada, com o terço pendente das mãos, os pés sobre duas rosas cruzadas a abranger toda a base da imagem. A seguir, vem o convite do Papa Francisco:
“Peçamos à Virgem Maria que nos ensine a viver a nossa Fé nas ações de cada dia, e a dar mais espaço para o Senhor”.
Totalmente ao fundo, vem o selo circular com o logótipo do centenário com a inscrição do tema em circunferência: Em festa com o centenário das aparições de Fátima.
Os quadros com os meses e dias da semana e do mês estão distribuídos simetricamente pelos dois lados do poster a ladear os motivos da coluna central, acabados de indicar.
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A agenda 2017 pretende ser, como se lê na capa, um subsídio para “Um ano de Fé com pensamentos e orações”. Na capa interior, tem o espaço para a identificação do possuidor da agenda. Abre com a oração do Papa João Paulo II à “Virgem Maria, humilde ilha do Altíssimo…”. Depois, a agenda dedica a cada mês duas páginas (da esquerda para a direita) – com um pensamento inspirador e o espaço “lembrar” para inserir ações pertinentes – entremeadas por duas páginas também da esquerda para a direita: à esquerda, com a miniatura do calendário do mês, lugar para registo de aniversários, menção dos dias especiais de celebração de efemérides, espaço para programação de atividades de lazer (com família e amigos) e estabelecimento de prioridades até três; e, à direita, uma oração ou, no caso de dezembro, a frase sentenciosa do Papa João Paulo II, para o calendário terminar em torno da palavra “futuro”, com que começou:
“O futuro da humanidade está nas mãos daqueles que são capazes de transmitir às gerações do amanhã razões de vida e de esperança”.
Assim, registam-se os diversos pensamentos inspiradores em cada mês:
Para janeiro: “O futuro começa agora, não amanhã” – Papa João Paulo II.
Para fevereiro: “Um cristão nunca pode estar triste porque encontrou Cristo, que deu a vida por ele” – Papa Bento XVI.
Para março: “Acreditar na Família é construir o futuro” – Papa João Paulo II.
Para abril: “Sempre que possível, dê um sorriso a um estranho na rua. Pode ser o único gesto de amor que ele verá no dia” – Papa Francisco.
Para maio: “Maria é Aquela que acreditou e, do seu seio, correram rios de água viva, que vêm regar a História dos homens” – Papa Bento XVI.
Para junho: “Às vezes, sabemos o que devemos fazer, mas falta-nos a coragem. Aprendamos de Maria a capacidade de decidir fiando-nos de Deus” – Papa Francisco.
Para julho: “A lógica da mudança impele-nos para o sucesso, o domínio, o dinheiro. A lógica de Deus, para a humildade, o serviço e o amor” – Papa Francisco.
Para agosto: “Quem reza nunca perde a esperança, mesmo quando se encontra em situações difíceis e até humanamente desesperadas” – Papa Bento XVI.
Para setembro: “Ninguém se salva sozinho. A dimensão comunitária é essencial na vida cristã.” – Papa Francisco.
Para outubro: “A fidelidade ao homem exige a fidelidade à verdade, a única que é garantia de liberdade… e da possibilidade dum desenvolvimento humano integral” – Papa Bento XVI.
Para novembro: “Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: hoje realizei um gesto de amor pelos outros!” – Papa Francisco.
Para dezembro: “Oremos pela paz e procuremos construí-la, começando pela nossa casa” – Papa Francisco.
As orações para cada mês são:
Em janeiro, “Bem-aventurada Virgem de Fátima…”, do Papa Francisco – Ato de Consagração a Nossa Senhora de Fátima no final da Missa por ocasião da Jornada Mariana (Praça de São Pedro, a 13 de outubro de 2013.
Em fevereiro, “Nossa Senhora da Vida, ó Maria, Aurora do Mundo Novo…”, do Papa João Paulo II a Nossa Senhora pela vida.
Em março, “Maria, Mãe de Jesus, ensina-me a amar Jesus…”, de Santa Teresa de Calcutá.
Em abril, “Meus Deus eu creio…”, do Anjo de Portugal em Fátima (antes das aparições de Maria em Fátima, em 1917, ocorreram três aparições do Anjo da Paz em 1916).
Em maio, “Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima…”, oração a Nossa senhora de Fátima, de autor não especificado.
Em junho, “Mãe e Amiga, ó Maria…”, oração de confidência a Maria, de autor não especificado.
Em julho, “Salve, Rainha…”, saudação tradicional a Nossa Senhora, atribuída ao monge Hermano Contrato, que a terá composto em 1050, e completada por Bernardo de Claraval cerca de um século depois.
Em agosto, “Ave, Maria, cheia de graça…”, a saudação angélica, continuada por Isabel e pela piedade cristã, que a Liturgia assumiu.
Em setembro, “Ó Virgem Imaculada, nós vos consagramos hoje…”, oração de consagração da família a Nossa Senhora, seguida da recitação de três ave-marias e a invocação “Ó Maria, concebida sem pecado…”.
Em outubro, “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo…”, oração trinitária, eucarística e reparadora, do Anjo de Portugal em Fátima.
Em novembro, “Que o teu coração triunfante…”, um pedido orante ao Coração bondoso de Maria, de autor não especificado.
Como dias especiais, a “agenda 2017” seleciona:
De janeiro, o Dia de Ano Novo, a 1; o Dia de Reis, a 6; o Dia Internacional do “Obrigado”, a 11; o Dia Internacional do Riso, a 18; e o Dia Mundial da Religião, a21.
De fevereiro, o Dia de São Valentim, a 14; e o Dia de Carnaval, a 28.
De março, o Dia Internacional da Mulher, a 8; o Dia do Pai, a 19; o Dia Internacional da Felicidade, a 20; e a Evocação das Aparições do Anjo, a 21 (Fátima).
De abril, o Dia do Beijo, a 13; a Sexta-feira Santa, a 14; a Páscoa, a 16; e o Dia da Liberdade, a 25.
De maio, o Dia do Trabalhador, a 1; o Dia da Mãe, a 7; a 1.ª Aparição de Nossa Senhora de Fátima, a 13; o Dia Internacional da Família, a 15; e o Dia da Visitação de Nossa Senhora, a 31.
De junho, o Dia Mundial da Criança, a 1; o Dia de Portugal, a 10; a 2.ª Aparição de Nossa Senhora de Fátima e Dia de Santo António, a 13; o Dia de São João (Batista), a 24; e o Dia de São Pedro (e de São Paulo) e Dia do Papa, a 29.
De julho, Dia da Alegria, a 1; a 3.ª Aparição de Nossa Senhora de Fátima, a 13; Dia dos Avós, a 26; e Dia Internacional da Amizade, a 30.
De agosto, Dia de Nossa Senhora da Assunção, a 15; e a 4.ª Aparição de Nossa Senhora de Fátima, a 19, mas celebrada a 13.
De setembro, Dia Internacional da Caridade, a 5; a 5.ª Aparição de Nossa Senhora de Fátima, a 13; e Dia Internacional da Paz e da Gratidão, a 21.
De outubro, o Dia da Implantação da República, a 5; o Dia Mundial do Sorriso, a 7; e a 6.ª Aparição de Nossa Senhora de Fátima, a 13.
De novembro, Dia de Todos os Santos, a 1; Dia da Bondade, a 13; e Dia Internacional da Tolerância, a 16.
De dezembro, Dia da Restauração da Independência, a 1; Dia da Imaculada Conceição, a 8; Dia Internacional dos Direitos Humanos, a 10; Dia da Solidariedade, a 20; e Dia de Natal, a 25.
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Trata-se de instrumentos de orientação de vida e de reflexão com predominância do elemento religioso, mas com chamada à atenção para valores universalmente reconhecidos. Nem todo o bem é exclusivo do sagrado.
No limitado espaço, que tem de ser preenchido com base em opções temáticas e discursivas, penso que se conseguiu um equilíbrio de motivos. Todavia, pessoalmente gostaria de que houvesse também um ou outro pensamento de Paulo VI e/ou de João XXIII, ambos papas de viragem na perspetiva eclesial e na atenção aos anseios do mundo.
Porém, o mais importante é que a iniciativa não se reduza a mais um evento editorial como qualquer outro, mas seja útil à fé dos crentes, à paz das consciências e à convivência social.

2016.12.11 – Louro de Carvalho

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