quinta-feira, 2 de novembro de 2017

A oração litúrgica e popular pelos defuntos

No dia 2 de novembro de cada ano a Igreja faz a Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos como contraponto à Solenidade de Todos os Santos – ambas faces da mesma moeda: os irmãos que partiram. Se, no dia 1, se destaca o louvor de Deus nos seus santos, a geração dos que O procuram ou dos que O seguiram na justiça e na caridade e agora O contemplam rosto a rosto, bem como a intercessão deles por nós junto do Pai, no dia 2, está em causa a memória dos que partiram, rezando-se por eles independentemente de eles ainda precisarem ou não das nossas preces. Nos dois momentos está em evidência a comunhão santa e santificadora com e da Igreja que milita nesta peregrinação terrestre. É, pois, nosso piedoso dever orar por todos os que nos precedem na fé e na partida, sendo chamados para o encontro definitivo e eterno com o Deus Uno e Trino. Com efeito, segundo nos ensina o livro da Sabedoria:
Os justos vivem para sempre, recebem do Senhor a sua recompensa, cuida deles o Altíssimo; e receberão a magnífica coroa real, e das mãos do Senhor, o diadema da beleza” (Sb 5,15-16).
E o Catecismo da Igreja Católica (CIC) também ensina:
Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após a sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do Céu” (CIC n.º 1030).
O Papa, na audiência geral do dia 18 de outubro de 2017, quis estabelecer uma relação entre a esperança e a morte, explicitando:
Hoje eu gostaria de fazer uma relação entre a esperança cristã e a realidade da morte, uma realidade que a nossa civilização moderna tende cada vez mais a cancelar. Assim, quando chega a morte de alguém que nos é querido ou a nossa própria morte, encontramo-nos despreparados”.
Citou o trecho do Evangelho de João, quando a Marta, que chora pela morte de Lázaro, seu irmão, Jesus assegura: “Teu irmão ressuscitará, pois quem crê em Mim: mesmo que tenha morrido, viverá”, pois “Eu sou a ressurreição e a vida” [não a morte]. “Crês nisto?”. E Francisco recordou que Jesus lança este repto a cada um de nós, sempre que a morte nos baralha os afetos e dilacera a teia da vida. Com a morte, a nossa existência toca o ápice, tendo diante de si a vertente da fé ou o precipício do nada. E o desafio de Jesus é que mantenhamos a fé e reforcemos a esperança no ardor da caridade sem limites. Na verdade,
Na glória do céu, os bem-aventurados continuam a cumprir com alegria a vontade de Deus, em relação aos outros homens e a toda a criação. Eles já reinam com Cristo. Com Ele ‘reinarão pelos séculos dos séculos’.” (Ap 22,5). (CIC,1029).
Comentando a ressurreição da filha de Jairo, o Papa Francisco falou assim:
Todos somos pequeninos e indefesos diante do mistério da morte. Contudo, que graça, se naquele momento guardarmos no coração a pequena chama da fé! Jesus guiar-nos-á pela mão, assim como guiou pela mão a filha de Jairo, e repetirá mais uma vez: ‘Talitá kum’, ‘Menina, levanta-te!’ (Mc 5,41). Di-lo-á a nós, a cada um de nós: ‘Levanta-te, ressurge!’.”.
E, convidando cada um a fechar os olhos e a pensar no momento da morte, desafiou:
“Cada um de nós pense na própria morte e imagine aquele momento que acontecerá, quando Jesus nos pegar na mão e nos disser: ‘Vem, vem comigo, levanta-te’. Terminará ali a esperança e será a realidade, a realidade da vida. Refleti bem: o próprio Jesus virá ter com cada um de nós e pegar-nos-á pela mão, com a sua ternura, a sua mansidão, o seu amor. E cada um repita no seu coração a palavra de Jesus: ‘Levanta-te, vem. Levanta-te, vem. Levanta-te, ressurge!’.”.
E concluiu:
Esta é a nossa esperança diante da morte. Para quem crê, é uma porta que se abre de par em par; para quem duvida é uma brecha de luz que filtra por uma porta que não se fechou completamente. Mas será para todos nós uma graça, quando esta luz, do encontro com Jesus, nos iluminar.
Não podemos deixar de aliar a este dia de oração o exercício da esperança ditado pela fé. Cristo, de facto, abate o muro da morte, n’Ele habita toda a plenitude de Deus, que é vida e vida eterna. Por isso a morte não teve poder sobre Ele. E a ressurreição de Lázaro é sinal do seu pleno domínio sobre a morte física que diante de Deus é como um sono (cf Jo 11,11).
Mas há outra morte. O Arcebispo Emérito de Juiz de Fora, Dom Eurico dos Santos Veloso em seu artigo de hoje, dia 2 de novembro, na Rádio Vaticano, explica:
Numa sociedade líquida como a nossa, que busca o efémero e o prazer, há outra morte, que custou a Cristo a luta mais difícil, o próprio preço da cruz: a morte espiritual, o pecado, que ameaça arruinar a vida de cada homem. Para vencer esta morte Cristo morreu e a sua Ressurreição não é o retorno à vida precedente, mas a abertura de uma nova realidade, uma ‘nova terra’, finalmente unida novamente com o céu de Deus.
E refere que Santo Agostinho disse algo que serve de grande consolo, ao interpretar a passagem dos Salmos “busca o seu rosto sempre”, assegurando que “isto se aplica para toda a eternidade”, pois “Deus é tão grande que nunca terminamos a nossa busca”. E Santos Veloso avança:
A Igreja, como Mãe e Mestra, não promete aos homens e mulheres, em nome da fé cristã, uma vida de êxito assegurado nesta terra. Não haverá, assim, uma utopia, pois a nossa vida terrena estará sempre marcada pela Cruz. Ao mesmo tempo, pela receção do Batismo e da Eucaristia, o processo da ressurreição já começou de algum modo.” (cf CIC, 1000).
Seguindo São Tomás de Aquino, assegura:
Na ressurreição, a alma informará o corpo tão profundamente, que nele ficarão refletidas as suas qualidades morais e espirituais. Neste sentido, a ressurreição final, que terá lugar com a vinda de Jesus Cristo na glória, tornará possível o juízo definitivo de vivos e defuntos.”.
E explica:
A ressurreição final é um dogma de fé que exclui as teorias da reencarnação, segundo as quais a alma humana, depois da morte, emigra para outro corpo, repetidas vezes se for preciso, até ficar definitivamente purificada. A esse respeito, o Concílio Vaticano II falou do único curso da nossa vida, pois está estabelecido que os homens morram uma só vez (Heb 9,27).”.
Para ilustrar a razão por que rezamos pelos defuntos, costumamos citar o 2.º Livro dos Macabeus (2Mac 12,43-46), que assim conclui:
É, pois, santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados”.
Diz o Arcebispo que vem sendo citado:
Cremos que estão vivos. Cremos que a fé em Cristo os salvou. Não esquecemos, porém, que muitas fragilidades humanas talvez impeçam a sua imediata acolhida na visão beatífica. E por eles oferecemos preces e sacrifícios, especialmente no Dia de Finados, para que, quanto antes, lhes resplandeça a luz da bem-aventurança.”.
E recomenda
Ao participarmos na Missa dos Fiéis Defuntos, nas Igrejas e cemitérios, lembremo-nos de lucrar as indulgências plenárias em favor dos fiéis defuntos. Não nos vamos nos esquecer de levar velas e flores para os nossos defuntos. Velas acesas, no cemitério, e flores, embelezando as sepulturas, querem lembrar-nos, por um lado, a alegria do céu e, por outro, o carinho e a saudade sentidos pelas pessoas falecidas, além da própria realidade passageira de nossa existência terrena.”.
***
À luz do princípio lex orandi, lex credendi, passo a um pequeno levantamento textual das referências aos defuntos na parte central da Missa, a Oração Eucarística (ou: Anáfora) e o prefácio, segundo os formulários disponibilizados pelo Ordo Missae do Missal Romano.  
Começando pelos prefácios, o levantamento incide nos cinco prefácios dos defuntos em que a morte redentora de Cristo é a razão de ser da nossa ressurreição para a Vida Eterna, assimilados já não à terra, mas ao ser e querer de Deus.
O PREFÁCIO DOS DEFUNTOS I tem como tema central “A esperança da ressurreição em Cristo”. Nele se diz, falando do desfazer da morada terrena para a aquisição da morada eterna:
N’Ele [Cristo, Nosso Senhor] brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição; e, se a certeza da morte nos entristece, conforta-nos a promessa da imortalidade. Para os que creem em Vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma; e, desfeita a morada deste exílio terrestre, adquirimos no céu uma habitação eterna.”.
No PREFÁCIO DOS DEFUNTOS II, a ideia em torno da qual gravita a oração prefacial é “Cristo morreu pela nossa vida”. Assim, sublinhando a oferta da vida de Cristo por nós:
Tomando sobre Si a nossa morte, Ele [Cristo, Nosso Senhor] livrou-nos da morte eterna; oferecendo por nós a sua vida, abriu-nos as portas da vida imortal.”.
O PREFÁCIO DOS DEFUNTOS III exalta “Cristo, salvação e vida”:
Ele [Cristo, nosso Senhor] é a salvação do mundo, a vida dos homens e a ressurreição dos mortos”.
No PREFÁCIO DOS DEFUNTOS IV a ideia central é o trânsito “da vida terrena à vida celeste”. Nele se louva o Pai, porque se, pelo pecado nos assimilamos à terra, pela morte de Cristo acordamos para a vida:
A vossa vontade nos chama à vida, a vossa providência nos governa e se, por vossa ordem, em castigo do pecado, voltamos à terra donde fomos tirados, pela morte redentora do vosso Filho o vosso poder nos desperta para tomar parte na ressurreição gloriosa”.
O PREFÁCIO DOS DEFUNTOS V frisa “a nossa ressurreição por meio da morte de Cristo”, pois, se a morte é condição do homem, o desígnio divino catapulta-nos para a Vida Eterna:
A morte é herança comum de todos os homens; mas, por dom maravilhoso da vossa bondade, Cristo, com a sua vitória, nos redime da morte e nos chama a tomar parte na sua vida gloriosa”.
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O Cânone Romano ou ORAÇÃO EUCARÍSTICA I apresenta, alguns passos depois da Consagração, uma perícopa de “Comemoração dos Defuntos”, o antigo memento defunctorum, simétrica da “Comemoração dos Vivos”, o antigo memento vivorum, antes da Consagração, ainda antes da Comemoração dos Santos. Na “Comemoração dos Defuntos”, o celebrante (ou um dos concelebrantes na concelebração) diz (prescindo das indicações das rubricas):
Lembrai-vos, Senhor, dos vossos servos e servas N. e N., que partiram antes de nós marcados com o sinal da fé e agora dormem o sono da paz”.
E, depois do conveniente silêncio, continua com uma breve, mas explícita referência à parusia:
Concedei-lhes, Senhor, a eles e a todos os que descansam em Cristo, o lugar da consolação, da luz e da paz. [Por Cristo, nosso Senhor (referência à parusia). Ámen.].”.
Na ORAÇÃO EUCARÍSTICA II, a prece é como segue, articulada com a situação da parusia:
Lembrai-Vos também dos [outros] nossos irmãos, que adormeceram na esperança da ressurreição, e de todos aqueles que na vossa misericórdia partiram deste mundo: admiti-os na luz da vossa presença” (Comemoração dos defuntos).
Tende misericórdia de nós, Senhor, e dai-nos a graça de participar na vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de Deus, São José, seu esposo, os bem-aventurados Apóstolos e todos os Santos que desde o princípio do mundo viveram na vossa amizade, para cantarmos os vossos louvores, por Jesus Cristo, vosso Filho” (situação da parusia).
Porém, antes destes dois segmentos oracionais, nas missas de defuntos pode dizer-se:
Lembrai-Vos do vosso servo [da vossa serva] N., a quem [hoje] chamastes para Vós: configurado [a] com Cristo na morte, com Cristo tome parte na ressurreição”.
A ORAÇÃO EUCARÍSTICA III faz tratamento similar da ORAÇÃO EUCARÍSTICA II. Assim, reza-se:
Lembrai-Vos dos nossos irmãos defuntos e de todos os que morreram na vossa amizade. Acolhei-os com bondade no vosso reino (Comemoração dos defuntos), onde também nós esperamos ser recebidos, para vivermos com eles eternamente na vossa glória, por Jesus Cristo, nosso Senhor (situação da parusia). Por Ele concedeis ao mundo todos os bens”.
Porém, nas missas de defuntos pode, em vez da formulação anterior, dizer-se esta mais expandida, mais solene e mais bela:
Lembrai-Vos do vosso servo [da vossa serva] N., que [hoje] chamastes para Vós: configurado [a / os / as] com Cristo na morte, com Cristo tome[m] parte na ressurreição, quando Ele vier ressuscitar os mortos e transformar o nosso corpo mortal à imagem do seu Corpo glorioso. Lembrai-Vos também dos nossos irmãos defuntos e de todos os que morreram na vossa amizade. Acolhei-os com bondade no vosso reino (Comemoração dos defuntos), onde também nós esperamos ser recebidos, para vivermos com eles eternamente na vossa glória, quando enxugardes todas as lágrimas dos nossos olhos; e, vendo-Vos tal como sois, Senhor nosso Deus, seremos para sempre semelhantes a Vós e cantaremos sem fim os vossos louvores, por Jesus Cristo, nosso Senhor (situação da parusia). Por Ele concedeis ao mundo todos os bens”.
Na ORAÇÃO EUCARÍSTICA IV, faz-se tratamento similar das Orações Eucarísticas II e III, mas sem formulário próprio para as missas de defuntos:
Lembrai-Vos também dos nossos irmãos que adormeceram na paz de Cristo e de todos os defuntos cuja fé só Vós conhecestes (Comemoração dos defuntos). E a todos nós, vossos filhos, concedei, Pai de misericórdia, a graça de alcançarmos a herança do Céu, com a Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, São José, seu esposo, os Apóstolos e todos os Santos, para que, no vosso reino, com a criação inteira liberta do pecado e da morte, cantemos eternamente a vossa glória, por Jesus Cristo, nosso Senhor (situação da parusia). Por Ele concedeis ao mundo todos os bens”.
A ORAÇÃO EUCARÍSTICA V, apesar das variantes (quatro) conforme as diversas intenções, mantém uniforme a parte referente à Comemoração dos Defuntos e à situação da Parusia
Lembrai-Vos dos nossos irmãos [N. e N.] que morreram na paz de Cristo e de todos os defuntos, cuja fé só Vós conhecestes: admiti-os a contemplar a luz do vosso rosto e dai-lhes a plenitude da vida na ressurreição (Comemoração dos defuntos). E também a nós, ao terminarmos a nossa peregrinação sobre a terra, recebei-nos na vossa morada eterna, onde viveremos sempre convosco e, com a bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, com os Apóstolos e os Mártires [com São N. o santo do dia ou o padroeiro] e em comunhão com todos os Santos, Vos louvaremos e glorificaremos, por Jesus Cristo, vosso Filho (situação da parusia).”.
Na ORAÇÃO EUCARÍSTICA DA RECONCILIAÇÃO – I, a formulação é a seguinte:
Conservai-nos unidos uns aos outros de alma e coração com o Papa N. e o nosso Bispo N.. Ajudai-nos todos a preparar a vinda do vosso reino até comparecermos diante de Vós, santos entre os Santos na morada celeste (situação da parusia), com a bem-aventurada Virgem Maria e os Apóstolos, (São N.) e os nossos irmãos defuntos que recomendamos à vossa misericórdia (Comemoração dos defuntos), para que, na nova criação, finalmente libertos da corrupção da morte, possamos cantar sem fim o hino da ação de graças de Cristo, vosso Filho, eternamente vivo e glorioso (situação da parusia).”.
Na ORAÇÃO EUCARÍSTICA DA RECONCILIAÇÃO – II, a formulação é a seguinte:
Lembrai-Vos dos nossos irmãos que adormeceram em Cristo e de todos os defuntos, cuja fé só Vós conhecestes (Comemoração dos defuntos). Vós que nos reunistes à vossa mesa para participarmos no pão da vida e no cálice da salvação, congregai um dia na unidade perfeita os homens de todos os povos e línguas com a Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, os Apóstolos e todos os Santos, para que, no banquete da nova Jerusalém, gozem eternamente a plenitude da paz (situação da parusia).”.
Na ORAÇÃO EUCARÍSTICA PARA AS MISSAS COM CRIANÇAS – I, a referência aos defuntos está inserida no contexto de outras referências, nomeadamente aos mais próximos e aos habitantes do mundo inteiro, seguindo-se-lhe ainda um outro segmento antes da doxologia:
Vós não Vos esqueceis de ninguém: por isso Vos pedimos por todos aqueles de quem mais gostamos: o Santo Padre N., o nosso Bispo N., os nossos pais, irmãos e amigos, e por aqueles que já partiram deste mundo em paz. Lembrai-Vos de todos os que sofrem e andam tristes. Lembrai-Vos da grande família dos cristãos e dos homens de todo o mundo.”.
Na ORAÇÃO EUCARÍSTICA PARA AS MISSAS COM CRIANÇAS – II, a referência aos defuntos está inserida no contexto de outras referências, nomeadamente aos mais próximos e comporta uma alusão discreta à situação da parusia (recebei-os com amor na vossa glória”):
Lembrai-Vos de todos aqueles de quem mais gostamos: os nossos pais, irmãos e amigos; e também daqueles de quem não gostamos tanto. Lembrai-Vos dos que já partiram deste mundo (N.N.) e recebei-os com amor na vossa glória.”.
Na ORAÇÃO EUCARÍSTICA PARA AS MISSAS COM CRIANÇAS – III, não há referência explícita aos defuntos, mas leve insinuação na situação da parusia, aqui largamente expandida:
Um dia Ele virá na sua glória e o seu reino não terá fim. Então já não haverá ninguém triste, nem doente, nem infeliz. Então não haverá pecado nem morte. Dai-nos também a graça de um dia estarmos junto de Vós, com a Virgem Maria, Mãe de Deus, e com os Santos do Céu, para vivermos convosco para sempre.”.
***
Obviamente, a caraterização dos defuntos (fé, configuração com Cristo, partidos deste mundo, fiéis) e a oração que por se faz decorrem da crença na imortalidade da alma e na ressurreição corporal e estão conexas com a esperança nos últimos tempos (sem lágrimas, contemplação de Deus e companhia dos anjos e santos). E os testemunhos evidenciados na liturgia Eucarística não são menos poderosos que os cemitérios e outros monumentos funerários, memoriais, lápides, cruzes, fotos, velas, flores… Isto sem considerar as Missas dos Defuntos, a Liturgia das Horas, todos os textos bíblicos, a Teologia da Escatologia (os novíssimos), os catecismos e compêndios (nomeadamente o CIC e o CCIC), os tratados e manuais, o Direito Canónico, as devoções populares puras…

2017.11.02 – Louro de Carvalho

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