Em tempos
e em consonância com a UE (União
Europeia), Portugal tinha definido a sua rede de alta velocidade e a opção por um
moderno aeroporto internacional em vez do da Portela, agora do General Humberto
Delgado. Para o efeito, dispunha do apoio, ainda que limitado, da UE e da Banca
portuguesa. mas, por causa da crise ou em concomitância com ela, os banqueiros
confessaram-se sem acesso ao dinheiro e alguns políticos – que integravam o
Governo do ora mal fadado José Sócrates (vg: Luís Campos Cunha, que se exprimia contra em vários artigos de opinião) ou
integraram antes os de António Guterres, Duração Barroso (Manuela Ferreira Leite, definiu 5 vias TGV, mas
Barroso garantia que enquanto houvesse uma criança com fome, não haveria novo
aeroporto) e Santana Lopes – manifestavam-se contra os então apelidados de
megaprojetos.
Agora, como que por golpe de magia, alegadamente melhorou a situação
política e financeira. E
um conjunto de 39 empresários, gestores, académicos e investigadores –
liderados pelo empresário Henrique Neto e pelo investigador Eugénio Sequeira –
elaboraram o “Manifesto Portugal, uma
ilha ferroviária na União Europeia?”, refletindo sobre o que julgam ser o
“abandono a que foram votados os caminhos-de-ferro portugueses”. Depois, enviaram-no
aos partidos com assento parlamentar e ao Presidente da República, com um
alerta para os riscos para a economia portuguesa, caso o país não aproveite os
fundos europeus para passar da bitola (distância entre carris) ibérica para a bitola europeia e adotar os sistemas
operativos atuais.
Com efeito, Espanha está a transformar as
suas linhas ferroviárias, passando da bitola ibérica para a europeia. Se Portugal
não seguir o mesmo caminho, ficará isolado, com perda de competitividade para
as exportações portuguesas. Isto, porque os nossos comboios deixarão de poder circular nas
linhas de comboio espanholas, como acontece atualmente. O que obrigará a que as
mercadorias que saem de Portugal tenham de ser descarregadas nas zonas de
fronteira para os comboios espanhóis ou para transportes rodoviários, com
custos logísticos que os espanhóis já não terão no transporte para França. Na verdade,
o facto de em terras de Espanha as linhas ferroviárias passarem a ter distâncias entre os carris (bitolas) diferentes e sistemas
operativos igualmente distintos das linhas portuguesas impede a permeabilidade
do transporte ferroviário entre os dois países.
É certo
que Portugal decidiu apostar na ferrovia, mas pela modernização da atual rede,
o que os signatários do manifesto consideram um erro, já que vai isolar o país
do resto da Europa.
***
Segundo a
edição do Observador de hoje, serão
recebidos pelo Presidente da República em Belém, ainda hoje, quinta-feira,
pelas 17 horas, os representantes dos signatários do referido manifesto, que
asseguram que, se nada for feito, Portugal tornar-se-á uma “ilha ferroviária”,
isolada do resto da Europa, o que terá “consequências económicas graves”. Por isso, sustentam que o País
deve investir rapidamente na adaptação das linhas ferroviárias ao padrão (“bitola”) europeu e sistema operativo, a que Espanha se está
a adequar.
Os
engenheiros Luís Mira Amaral e Mário Ribeiro, o académico Jorge Paulino Pereira e o ex-deputado
e candidato presidencial Henrique
Neto são as figuras recebidas por Marcelo em representação dos 39 signatários
do manifesto. Resta saber se os partidos também as receberão.
***
Não se trata
duma questão nova, mas os promotores do manifesto dizem ser urgente a
apresentação de projetos e candidaturas a fundos europeus, para a adaptação das
linhas.
Como
consequência da política seguida pelos sucessivos governos portugueses, um
comboio de mercadorias ou um comboio de passageiros não poderão prosseguir a
sua marcha para fora de Portugal, ficando retidos na fronteira, porque a
Espanha vem renovando a sua rede ferroviária e adotou os critérios europeus de
interoperabilidade, mas Portugal não o faz. Por conseguinte, se nada for
implementado muito em breve, o País ficará completamente isolado da UE em
termos ferroviários, ficando dependente dos “portos secos” de Vigo (Galiza), Salamanca (Castela e Leão) e Badajoz (Estremadura), em Espanha, e das vias marítima e rodoviária”.
Do seu lado,
o MPI (Ministério
do Planeamento e Infraestruturas) explicou
que “o Plano Ferrovia 2020 prevê a intervenção em cerca de 1,2 mil quilómetros
da via – entre construção, modernização e eletrificação –, num investimento de
dois mil milhões de euros”. Nesses projetos, serão utilizadas “travessas
polivalentes, as quais permitem a utilização da bitola ibérica, assim como uma
eventual migração para a bitola europeia”. 23 cm de largura é a diferença entre
a bitola ibérica (o sistema usado em Portugal) e a bitola europeia. Que inutilidade e confusão!
Apesar de
ter havido fundos europeus disponibilizados, o manifesto critica:
“Portugal pouco ou nada fez para conseguir essas verbas comunitárias. Nem
chegou a apresentar projetos de engenharia necessários para viabilizar a
formalização das candidaturas. O único projeto que chegou mais longe foi a
ligação sul entre Lisboa e a fronteira espanhola em Badajoz, projeto
ferroviário Poceirão-Caia, mas onde não se construiu sequer um metro de linha
em bitola europeia já que há um litígio jurídico de 150 milhões de euros com o
consórcio ELOS, a quem fora adjudicado o trabalho, pois um novo governo decidiu
abandonar pura e simplesmente a implementação física da bitola europeia.”.
***
Já em 4 de março, o Diário de Trás-os-Montes publicava um artigo de opinião de António
Maria sob o título “Ilha
ferroviária portuguesa à vista”.
Nele se refere que a “Alta Velocidade ferroviária espanhola
chega à raia, mas não a Lisboa, nem ao Porto”, pois, quem nos governa quer, sem
o afirmar, “deter uma possível invasão espanhola”. Segundo o articulista, a teoria
vem do tempo do ministro João Cravinho, que defendia “um novo aeroporto na Ota”
(a dificultar o crescimento e o poder económico e industrial
do norte) e “a prioridade de obras ferroviárias na Linha do Norte” (que ainda hoje estão por acabar), reforçando o centralismo do
Terreiro do Paço e de São Bento. Depois, passou-se a Alcochete e, agora a Portela
+ Montijo.
Depois, acusa “tomada de posições dos espanhóis e catalães”
na banca portuguesa, energia, saúde, explorações de média/grande dimensão,
agrícolas (olival intensivo) e
agropecuárias (porco preto de bolota), concessões
públicas de autoestradas, pronto-a-vestir e até grandes superfícies comerciais –
o que “não se evita se nos suicidarmos ferroviariamente”.
E, segundo o mesmo articulista, “elite político-partidária”
conseguiu deitar borda fora os fundos comunitários que estavam reservados para
as três ligações ferroviárias internacionais em bitola europeia e que integram as
“novas redes europeias de comunicações e transportes”. Tais linhas ferroviárias
e respetivos sistemas de eletrificação e segurança formam um troço de uma
espécie de autoestrada ferroviária europeia (que
se estende até à Rússia e à... China), “sobre cujos carris andam comboios rápidos e muito
rápidos, movidos a eletricidade e não a petróleo – como sucede com as frotas
TIR e com os comboios movidos a diesel”.
Segundo
o manifesto, a rede ferroviária transeuropeia prevê duas ligações internacionais
essenciais para Portugal: a norte, a linha Aveiro-Vilar Formoso; e, a sul, a
linha Sines/Lisboa – Badajoz, complementadas com a linha litoral
Sines/Lisboa-Porto/ Leixões.
Porém, segundo António Maria, “a nossa fina elite partidária,
parlamentar e financeira” e “o bom povo português não sabem o que está em causa
e preferem todos marchar alegremente contra o TGV e fazer piqueniques contra os
espanhóis”. E termina
ainda com mais ironia a castigar os costumes politiqueiros, mas com toda a
verdade:
“O bom povo português e o regime endividam-se a importar
carros e a alimentar os buracos negros do estado, da banca e do futebol. Temos
o que merecemos.”.
Entretanto, o
Presidente da câmara de Miranda do Douro explorava outra opinião: defendia que “o
prolongamento do IC5 até Espanha, com ligação a Zamora, aproximará o Douro
Superior do centro da Europa através da rede ferroviária espanhola de alta
velocidade”. E, para o comprovar, fez uma viagem de Miranda a Barcelona.
Mas
uma coisa não impede a outra. E, no contexto transfronteiriço, os municípios do
eixo do IC5 (entre Murça e Miranda do Douro) fazem bem em reclamar a ligação
com Espanha via Sayago, rumo a Zamora, para maior proximidade aos comboios de
alta velocidade que ali chegam, tendo sido mesmo preparado documento
reivindicativo para entrega ao Governo português.
A
provar as vantagens de tal solução, o autarca de Miranda efetuou uma viagem em
que tomou o pequeno-almoço em Miranda, apanhou o comboio de alta velocidade em
Zamora, passou por Madrid, almoçou em Barcelona e veio jantar na terra natal,
viajando sempre na rede de AVE (Alta Velocidade Espanhola) – o que os portugueses
dispensaram ao primeiro impacto, apesar dos estudos, expropriações e início de
obras em alguns troços – o que significou deitar dinheiro fora e trabalho.
***
De
facto, como refere o manifesto, com linhas centenárias obsoletas e a precisar
de remodelação de fundo, era de ultrapassar a aplicação de remendos e construir
vias novas em conformidade com os padrões europeus. Era de tudo fazer para
atrair o investimento de nacionais e de estrangeiros, sem lhes causar o
incómodo dos transbordos ou os obrigar ao recurso aso transportes marítimos,
por sua natureza mais lentos, ou aos transportes rodoviários, de muito menor
volume.
Enfim,
temos dinheiro para tudo – banca, futebol, indemnizações, contratação de empresas
para serviços do Estado – mas não o há para pensionistas, trabalhadores, ordenamento
florestal e prevenção de incêndios nem para grandes projetos que a contemporaneidade
considera essenciais.
A
título de ilustração e curiosidade, leia-se o manifesto, que, a seguir, se
transcreve. E afira-se das suas razões. De vez em quando há vozes lúcidas, mas
para quê?
***
PORTUGAL
– UMA ILHA FERROVIÁRIA NA UNIÃO EUROPEIA
“Portugal
em breve irá ficar isolado do resto da Europa comunitária, tornando-se numa
ilha ferroviária, já que os comboios nacionais não irão poder prosseguir por
terras de Espanha porque do lado de lá as linhas irão ter distâncias entre os
carris (bitolas) diferentes e sistemas operativos igualmente distintos das
linhas portuguesas.
Como
consequência da política seguida pelos sucessivos governos portugueses, um
comboio de mercadorias ou um comboio de passageiros não poderão prosseguir a
sua marcha para fora de Portugal, ficando retidos na fronteira, porque a
Espanha tem renovado a sua rede ferroviária e adoptou os critérios europeus de
interoperabilidade e Portugal não.
Em
consequência, se nada for implementado brevemente, o nosso País ficará
completamente isolado da União Europeia em termos ferroviários, ficando
dependente dos “portos secos” de Vigo, Salamanca e Badajoz em Espanha e das
vias marítima e rodoviária.
As
consequências económicas serão graves, pois iremos diminuir a nossa
competitividade, o que nos tornará ainda menos atrativos quer para o
investimento nacional quer para o estrangeiro.
Portugal
tem uma rede centenária a precisar de uma renovação importante, com linhas
velhas que possuem caraterísticas técnicas completamente desajustadas em
relação ao que se pratica no Mundo atual. Os planos de investimento
ferroviário, anunciados pelos vários governos, mais não são do que meros
trabalhos de manutenção ou de modificação pontual. São “simples remendos” como
já ficou demonstrado com o paradigmático projeto de “Modernização da linha do
Norte”. Gasta-se o dinheiro público, que é de todos nós, em melhoramentos e
obras pontuais e, no final, fica-se à mesma com linhas que se mantém obsoletas
e que não correspondem às nossas necessidades e ao que se deseja para o
Presente e o Futuro do País.
Portugal e a nova Rede Ferroviária
Europeia (RTE-T)
Portugal
não se tem empenhado na construção da vertente ferroviária das redes
transeuropeias de transportes (RTE-T) que nos permitiria, com as novas linhas
de bitola europeia projetadas para tráfego misto, ligações diretas com toda a
Europa, o nosso principal parceiro comercial, sem ficarmos obrigados aos custos
e aos tempos de transbordo nas plataformas logísticas espanholas de Vigo,
Salamanca e Badajoz. Se nada for feito, tornar-se-ão numa espécie de alfândegas
a que as nossas importações e exportações ficarão sujeitas. A alternativa
terrestre continuará pois a ser para Portugal, apenas a do transporte
rodoviário de longo curso, cujo futuro sabemos limitado por razões energéticas,
ambientais, de congestionamento e de segurança das estradas, fatores agravados
por custos adicionais de operação como taxas, horários e todo o tipo de
regulamentos destinados a dificultar o atravessamento de alguns países
europeus. Assim a dependência da rodovia tornar-se-á um obstáculo ao
investimento estrangeiro em Portugal e ao desenvolvimento da economia
portuguesa. A alternativa marítima, mais lenta e morosa, oferece piores
condições de frequência, rapidez e fiabilidade que as vias terrestres, para
além de ser muito menos eficiente na ligação aos mercados mais afastados da
orla costeira da Europa onde se situam muitas das principais indústrias e centros
de consumo.
Esta
é a razão por que a União Europeia definiu uma rede transeuropeia de
transportes, ligando entre si as principais cidades, portos, aeroportos e
plataformas logísticas (nós da rede) com a criação de 9 Corredores
Transeuropeus.
A
rede ferroviária transeuropeia prevê duas ligações internacionais essenciais
para Portugal, a Norte a linha Aveiro-Vilar Formoso e a Sul a linha Sines/Lisboa
– Badajoz, complementadas com a linha litoral Sines/Lisboa-Porto/ Leixões. Para
isso, a UE disponibilizou fundos para comparticipar na respetiva construção,
tanto no QCA 2007-2013 como no atual QCA 2014-2020, sendo que neste a
comparticipação a fundo perdido, dentro de certos limites, atingiria os 85%.
Portugal pouco ou nada fez para conseguir essas verbas comunitárias. Nem chegou
a apresentar projetos de engenharia necessários para viabilizar a formalização
das candidaturas. O único projeto que chegou mais longe foi a ligação Sul entre
Lisboa e a fronteira espanhola em Badajoz, projeto ferroviário Poceirão-Caia,
mas onde não se construiu sequer um metro de linha em bitola europeia já que há
um litígio jurídico de 150 milhões de Euros com o consórcio ELOS, a quem fora
adjudicado o trabalho, pois um novo governo decidiu abandonar pura e
simplesmente a implementação física da bitola europeia.
Entretanto,
os projetos já aprovados para as atuais linhas portuguesas não resolvem
minimamente a situação, pois que as ligações à Europa terão de ter
INTEROPERABILIDADE FERROVIÁRIA, ou seja, terem as mesmas características
técnicas das redes transeuropeias, designadamente a bitola europeia (1435 mm),
a electrificação (25KV) os sistemas de comunicação (GSM-R) e de sinalização e
controlo (ERTMS) e traçados compatíveis com comboios de mercadorias de 750
metros. Só deste modo as composições ferroviárias poderão circular em
território nacional e na Europa a velocidade elevada, sem necessidade de haver
transbordos (de passageiros ou de mercadorias), ou seja, sem haver roturas de
carga em qualquer ponto do trajeto. Tal como já acontece na restante Europa, os
nossos comboios de mercadorias de tração eléctrica deveriam ter 750 metros de
comprimento, circulando até 120 km/h.
Ora,
com exceção da electrificação a 25 KV, nada disto existe na nossa mais que
centenária rede de bitola ibérica (1668 mm) a qual, salvo na linha do Norte e
nas suburbanas, é de via única o que, aliado à insuficiente capacidade nos
itinerários de grande tráfego como são os do Corredor Atlântico, torna muito
caras e demoradas quaisquer obras de modernização com as linhas em
funcionamento, além das condições do traçado não serem as desejáveis, tais como
elevados declives (pendentes).
Em
consequência, o futuro logístico de Portugal e sua ligação à Europa, implicam a
construção de linhas novas, eventualmente aproveitando alguns troços existentes
de acesso a polos nacionais importantes e sempre que isso não comprometa o objetivo
essencial de ligações modernas à UE.
Neste
contexto, Portugal terá de conviver, durante algumas décadas, com duas redes
ferroviárias com bitolas diferentes, mas com pontos comuns (portos, estações e
plataformas logísticas).
Aliás,
o mesmo acontece em Espanha, com a diferença de que a Espanha programou o seu
futuro com tempo e aproveitou sempre ao limite os fundos europeus, avançando
com uma nova rede em bitola europeia há já 29 anos, a crescer em bom ritmo em
direção à Europa e a chegar brevemente à nossa fronteira. A travessia pela orla
Mediterrânica dos Pirenéus já está ativa desde 2014, data em que o porto de
Barcelona passou a operar em duas bitolas. A travessia pela orla Atlântica, em
Irún, deverá estar concluída até 2020. Assim que a bitola europeia estiver nos
principais portos e plataformas logísticas de Espanha, é previsível que
desapareçam do tráfego rodoviário mais de 30.000 camiões pesados que
diariamente atravessam os Pirenéus e surjam todo o tipo de obstáculos e de
custos para países que, como Portugal, não se prepararam a tempo.
Note-se
também que os Estados Membros da UE, incluindo Portugal, comprometeram-se a
construir os eixos principais nacionais do Corredor Atlântico, em bitola
europeia, até 2030 e Portugal ainda não construiu 1 m de Linha em bitola
europeia nem se sabe quando começará.
A
situação torna-se ainda mais grave pelo facto de a Espanha ter planos para
encerrar as suas antigas linhas de bitola ibérica que se ligam ao nosso País,
conforme um estudo promovido pelo Ministério do Fomento e divulgado em 2013
(XXVI Cimeira luso-espanhola, de 13 de maio de 2013). Quando esses planos forem
executados, os nossos comboios chegarão à fronteira espanhola e não poderão
continuar para o lado de lá, porque a rede e os sistemas operativos são
diferentes, e terão de utilizar os portos secos espanhóis criados juntos à
nossa fronteira para os necessários transbordos. E, assim, por tais razões,
Portugal está prestes a tornar-se numa ilha ferroviária na UE, uma “jangada de
pedra” perdida no canto Sudoeste da Europa.
CONCLUSÃO:
Em termos ferroviários, Portugal irá ficar isolado da UE, com consequências
económicas bastante graves, uma vez que se tornará cada vez menos atraente para
o investimento industrial, quer nacional quer estrangeiro. O nosso País ficará
muito dependente dos portos secos de Vigo, Salamanca e Badajoz do país vizinho
e os nossos portos terão um crescimento muito limitado.
Vamos
deixar que a dependência de Portugal se torne irreversível? Esta é a questão
que colocamos aos nossos responsáveis políticos e à nossa sociedade civil em
geral.
Portugal,
junho de 2017” (vd http://cdn.impresa.pt/d50/c98/11094965/manifesto.pdf).
***
Claro
como água, não?!
Temos
dinheiro para acudir a tudo – CGD, BCP, BES/GES/NB, Banif e o que aí vier,
banca alemã e francesa – mas não para TGV, bitola europeia e para novo
aeroporto. Mas tivemos dinheiro para o aeroporto de Macau. Lembram-se?
2017.08.03 – Louro de Carvalho
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