Nótula prévia
O Centenário das Aparições ficou marcado por 7 anos de reflexão, cursos, encontros
temáticos, peregrinações, eventos culturais e cívicos, momentos de forte espiritualidade,
sentido de peregrinação, pregação do Evangelho, vivência cristã (pessoal e comunitária), elementos artísticos, diálogo com o mundo, mobilização das comunidades
(portuguesas e estrangeiras) e, sobretudo, pela peregrinação do Papa Francisco, com a canonização
dos dois santos irmãos, o Francisco e a Jacinta – aguardando-se o
desenvolvimento do processo de Lúcia.
Passadas que foram as celebrações centenárias, espera-se que o mesmo dinamismo
continue do lado do Santuário na sua missão evangelizadora, de moderação do
sentido da peregrinação e de incremento à vivência da fé, bem como da parte das
comunidades portuguesas e do resto do mundo em sintonia com a proclamação do
Papa Francisco do papel do culto mariano encaminhado para Jesus Cristo e de
Jesus Cristo para a atenção aos mártires da marginalização e do descarte –
banindo-se de vez a atitude comercial e até idólatra da parte de muitos dos organizadores
de peregrinação para dar lugar à misericórdia ou à justiça assente na
misericórdia, que encontra o arquétipo no coração do Pai misericordioso e se
concretiza nas pessoas.
***
A última visita à exposição “As cores do Sol: a luz de Fátima no mundo contemporâneo”
Se o Bispo de Leiria-Fátima aduzia que os peregrinos são os principais
responsáveis pelo dinamismo de Fátima, o Reitor do Santuário afirma que os peregrinos “são os grandes protagonistas
de Fátima”.
O Reitor do
Santuário de Fátima, Padre Carlos Cabecinhas, conduziu a última visita temática
do ano jubilar à exposição temática temporária “As cores do Sol: a luz de Fátima no mundo contemporâneo”, propondo
uma reflexão sobre o património imaterial dos peregrinos de Fátima,
nomeadamente a Procissão das Velas e
a Procissão do Adeus, dois dos
momentos mais emocionantes para os peregrinos que se deslocam à Cova da Iria. Referindo
a importância das procissões fatimitas, que são, a par da oração do terço, “marcas
do imaginário” deste lugar, sublinhou o sentido da procissão como a caminhada
comum e sinal da condição peregrina da Igreja como povo de Deus. Em Fátima,
particularmente, a procissão é forma “de aproximação” à veneranda imagem de
Nossa Senhora e, simultaneamente, um momento de oração, meditação e
peregrinação. A este propósito, o Reitor vincou a especial conexão entre estas
procissões e a Mensagem de Fátima, nomeadamente a Procissão das Velas, que remete para a “luz de Deus”, enunciada
logo no início da Bíblia, celebrada no Batismo como na Vigília Pascal e
relatada nas memórias da Irmã Lúcia por variadas vezes, em concreto, quando
descreve a experiência de Francisco, tocado pela Luz de Deus. E, mais em concreto,
afirmou:
“A Procissão das Velas é a
ritualização desta experiência de luz bem presente na Mensagem de Fátima. A luz
que Nossa Senhora mete no coração dos pastorinhos é a luz de Deus.”.
Já a Procissão do Adeus, como rito de
despedida e “um adeus emotivo” dos peregrinos à Mãe, representa um aspecto
indelevelmente ligado à ‘alma portuguesa’, a saudade. Mas o Reitor enalteceu
também a relevância duma outra procissão, alegadamente criada por razões funcionais,
mas que hoje é um dos momentos mais “belos” e que mais dizem da experiência que
se faz em Fátima: o silêncio. É a
procissão de saída da imagem depois da missa da Vigília da noite dos dias 12 (entre maio e
outubro), em que milhares de peregrinos
rezam em silêncio, “o silêncio orante caraterístico de Fátima”. Sendo a mais
recente das procissões, tornou-se “marcante nos rituais processionais do Santuário”.
Enfim, em
todos estes momentos, os peregrinos são “os grandes protagonistas de Fátima”. Eles
“criaram estes rituais e são eles que os protagonizam”, quer quando levam as
velas acesas, quer “quando se movimentam no recinto para ficarem mais próximos
da imagem, quer ainda quando acenam os lenços brancos para se despedirem. São
estes dois dos momentos sublinhados na predita exposição temporária, patente ao
público no Convivium de Santo
Agostinho, no Piso Inferior da Basílica da Santíssima Trindade até outubro de
2018, com as duas instalações com que a exposição termina: “Chama da fé – evocação da Procissão das
Velas”, da autoria de Joana Delgado e “Os
Lenços alvos – evocação da Procissão do Adeus”, de João Maya.
É óbvio que
o Reitor não esquece a beleza e profundidade espiritual da procissão do
Santíssimo Sacramento, bem como o colorido das procissões litúrgicas de entrada
para a celebração Eucarística com a imagem de Nossa Senhora – em que ela como
que se faz peregrina e orante com os peregrinos a caminho da Eucaristia e, por
esta, da Santíssima Trindade – no Altar do Recinto de Oração ou na Basílica da
Santíssima Trindade.
No final da
apresentação da referida exposição temporária, o Padre Cabecinhas teve ainda
oportunidade de inaugurar a visita virtual a esta exposição, agora permanente,
pois, doravante qualquer pessoa pode visitar em detalhe esta exposição entrando
na página on line do Santuário de Fátima em http://www.fatima.pt/pt/pages/exposicoes-temporarias,
Tomando como
matéria histórica o dia 13 de outubro de 1917 e os relatos diretos e indiretos
sobre o Milagre do Sol, a exposição (até ao momento, visitada in loco por mais de 232 mil peregrinos) pretendeu recriar, através de vários mecanismos
sensoriais, cenários relacionados com a paisagem do dia da última aparição da
Virgem Maria em Fátima.
***
A entrevista do Bispo de Leiria-Fátima
ao boletim Voz de
Fátima
Por seu turno, o Bispo de Leiria-Fátima
também não quer que o Santuário viva à sombra do Centenário, mas que ele
redunde em frutos para a Igreja e para a Sociedade. Por isso, aproveitou a
oportunidade de, em entrevista à Voz de
Fátima, boletim oficial do Santuário, deixar um balanço e pistas para o trabalho do
segundo centenário das Aparições a celebrar e a encerrar daqui a cem anos. Em síntese,
disse:
“O Santuário de Fátima tem de ser uma
casa de misericórdia e um oásis de espiritualidade”.
Sobre a génese das celebrações, recorda que “tudo começou com um
desafio” de Bento XVI, pois, ao ouvi-lo, decidiu-se por “um programa de 7 anos”
e por não reduzir a celebração a “uma série de eventos avulsos”. Criou uma
Comissão Coordenadora, que fez “um belo programa teológico-pastoral” – com
realce para a Mensagem “na sua globalidade e harmonia”, mudando-se de registo
de aspetos devocionais para “a beleza da mensagem na sua integralidade”. E,
grato, reconhece que a Comissão “fez um trabalho notável, com uma enorme
intensidade” – “belo programa, com novas linguagens, diversificado e adaptado a
várias idades, dos idosos aos mais pequenos, que acrescentou uma dimensão
cultural importante à própria Mensagem de Fátima.
Mas, admitindo que
Fátima era (e se calhar ainda
continua a ser para alguns) uma certa subcultura, frisa que “este centenário, através das várias
iniciativas, conseguiu provar que não é isso” como resulta feedback das pessoas que o têm felicitado de vários modos por tudo
o que se tem realizado aqui. E, em relação a algumas críticas que vêm de dentro
da própria Igreja, tem a seguinte posição:
“É natural que nem toda a gente goste
de Fátima. Mas as críticas vêm de setores muito minoritários da Igreja. Por um
lado, trata-se de um setor conservador que acha que nem tudo foi revelado. E
este grupo, que pressiona o Vaticano, está identificado em Itália e no Canadá.
O Vaticano já respondeu a isto. As outras críticas, mais racionalistas, que não
admitem Fátima, por vezes, chegam a ser de uma irracionalidade extrema,
desenvolvendo uma interpretação malévola da ação da Igreja, de Fátima e até do
próprio bispo, que chegou a ser acusado de querer comprar o Vaticano para um
apoio a Fátima. Mas, felizmente, é uma franja muito minoritária. Como se sabe,
as revelações privadas não são dogmas de fé nem lhe acrescentam nada; são
apenas um apelo à vivência da fé numa situação histórica difícil.”.
Quanto à possibilidade de manter esta produção
centenária em Fátima, entre eventos musicais, colóquios, congressos, etc.,
assumiu um tom moderado, realista:
“Vivemos
um entusiasmo grande com o centenário, quer a nível nacional quer
internacional. Sejamos realistas: não conseguiremos manter sempre este tom de
festa. Vamos continuar a promover o estudo da Mensagem e a apostar na sua
divulgação.”.
Da interligação entre a Mensagem e a
História da humanidade que garante a sua constante atualidade, Dom António Marto tem uma
certeza e um rumo:
“Como
dizia o Papa Bento XVI ‘Fátima é a mais profética das Aparições modernas’ e,
por conseguinte, tem esta vocação histórico-universal, acompanhando a história
de cada geração. Isso exige uma atualização constante das linguagens pelas
quais é comunicada, para ser transmitida às novas gerações.”.
Sobre o que
fica deste Centenário, o Bispo manifesta a sua aposta em quatro pontos:
“Primeiro, numa visão global e harmónica
em todos os seus aspetos e dimensões; em
segundo lugar, no aprofundamento da dimensão mística de vivência da fé,
como os pastorinhos, que nos ensinam hoje a viver a fé de forma amorosa,
transformadora da vida; em terceiro lugar,
na dimensão profética abrindo-se aos problemas de hoje, sobretudo,
quando o Papa Francisco fala da terceira guerra em episódios e dos grandes
problemas da humanidade: os refugiados, os sem-abrigo, os cristãos perseguidos
ou a dignidade da pessoa humana espezinhada.
Finalmente, fica o grande impacto deste Centenário quer em termos
nacionais quer em termos internacionais, para além do acentuar da beleza da
mensagem.”.
Falando do périplo da Imagem Peregrina da Virgem
nos últimos dois anos como decisivos na internacionalização de Fátima e na
mobilização das dioceses portuguesas, disse:
“Isso surpreendeu toda a gente. Eu próprio fiquei surpreendido. A Imagem
Peregrina, que foi por todas as dioceses, conseguiu criar um élan e um
entusiasmo que levou Portugal a descobrir-se como um povo de fé, sob o manto de
Nossa Senhora. A presença de inúmeros grupos estrangeiros no Santuário, como
nunca se viu, em especial da Ásia ou do Médio Oriente, em peregrinações
nacionais, acentuou esta internacionalização.”.
Como anfitrião de dois papas, Bento XVI e
Francisco, primeiro fala do Papa alemão:
“Quando veio, o Papa Bento XVI foi o
encontro com alguém que já conhecia e com quem mantinha uma relação de especial
afeto, desde os tempos de estudante. Além disso, era o Papa teólogo de Fátima,
que escreveu o melhor comentário sobre a Mensagem e que depois esteve aqui e
fez homilias profundas e belas, que ainda hoje são de referência. Não podemos
também esquecer o que ele disse sobre Fátima: ‘Não existe nada na igreja como
Fátima’. Só isso diz tudo e diz da proximidade dele a este lugar e da sua
importância. Naturalmente que reconheço que João Paulo II foi o Papa que deu
notoriedade a Fátima. Mas Bento XVI veio numa altura difícil para a Igreja e
veio confiar a Igreja a Nossa Senhora de Fátima.”.
De Francisco
diz:
“Agora
estávamos noutro plano, com o Papa Francisco, na mesma linha mas com um estilo
diferente. Sobretudo, com uma forma de comunicar muito diferente, que vai ao
fundo da alma porque fala com o coração. Ele é a incarnação de uma Igreja em
saída, voltada para fora e menos virada para dentro.”.
Assentindo que o Papa argentino é um comunicador nato, especifica:
“Sim, ele fala a linguagem simples que toda
a gente entende. Ao dizer ‘Temos Mãe’, toda a gente percebe que aqui em Fátima
há um colo. Mas, ao dizê-lo, também procurou purificar esta relação dos filhos
com a mãe, quando alertou para a necessidade de não reduzir Nossa Senhora a uma
Santinha, ou pensarmos que Nossa Senhora é mais misericordiosa que Deus, ou
quando chamou a atenção para que não fiquemos numa relação comercial de troca
de favores... O Papa deixou uma dimensão materna de Nossa Senhora, e Maria como
um ícone de uma Igreja pobre de meios, mas rica de amor e de misericórdia.”.
Sobre o momento da canonização dos
pastorinhos, testemunhou:
“Foi
um momento muito bonito e muito simbólico deste Centenário. O nosso povo
percebeu que foi um momento muito forte quer na celebração quer para a vida do
Santuário, hoje com filas diárias para a visita aos túmulos. O povo percebeu e
percebeu-o à sua maneira com a intuição do coração e da fé, sem necessidade de
outros tratados. É um marco que fica indelevelmente marcado para o Santuário.”.
No atinente
ao significado, quer do ponto de vista simbólico quer do alerta para a
necessidade de imitarmos e de cuidarmos das crianças, valorizando a infância,
disse em três pontos:
“Tem muitas dimensões esta canonização.
Desde logo, chamou a atenção para a
vida indizível dos pastorinhos. Eles não eram heróis famosos, não tinham a
popularidade dada pelas redes sociais. Eram crianças simples que viviam o seu
quotidiano, numa total entrega a Deus. Em
segundo lugar, significa uma valorização da infância e da sua dignidade
própria, algo que o Papa acentuou na oração Regina
Coeli, no domingo seguinte. Às vezes, olhamos a infância como uma idade de
passagem e não a valorizamos totalmente. Em
terceiro lugar, há uma clara valorização e, ao mesmo tempo, desmistificação
sobre o valor da santidade. Não é preciso ser-se um herói ou viver em clausura
para se ser santo. A santidade do quotidiano, a santidade do povo foi muito
sublinhada. Tudo isto dá a responsabilidade ao Santuário para ser uma escola de
santidade.”.
No modo como perspetiva a relação de Fátima com
os fiéis no futuro, é contido, mas audaz:
“Gosto de ter um realismo saudável para
não cairmos em utopias. Julgo que há uma interligação entre a Mensagem e a
cultura, isto é, a maneira de viver das pessoas em sociedade. Hoje vivemos o
individualismo exacerbado e a cultura da indiferença; o outro não me importa
porque não é comigo e, frente a esta cultura, o Papa Francisco propõe a cultura
do encontro e da misericórdia. Como o mundo está cheio de feridos e de feridas,
nós devemos funcionar como um hospital de campanha que socorre quem está
ferido. O Santuário é, por isso, uma casa de misericórdia por excelência.”.
Por outro
lado, fala da necessidade de preencher um vazio que é notório nas pessoas:
“Há
um claro vazio de espiritualidade que funciona para as pessoas como o óleo do
motor do carro. O carro pode ter todas as peças com a maior tecnologia, mas, se
não houver óleo, não funciona. Hoje as pessoas sentem um enorme vazio. O
Santuário deve ser um oásis de espiritualidade. Tem sido, mas agora é preciso
que seja mais para que as pessoas refresquem a sua fé, encham o seu próprio
coração, que vivam neste silêncio uma nova espiritualidade. Finalmente é
preciso não esquecer que se trata de um santuário mariano e aqui Nossa Senhora
estende o seu manto materno, dá o seu colo concedendo o seu amor.”.
Com respeito
à questão das relações entre a Igreja e Fátima, o prelado foi omisso, bem como
sobre a carta pastoral da conferência episcopal a propósito do Centenário. Porém,
quanto ao facto de a imagem peregrina ter percorrido todas as dioceses, falou:
“... E isso foi o que mais me tocou e
impressionou. E todas as dioceses integraram nos seus planos pastorais a
Mensagem de Fátima, além de muitas delas terem realizado peregrinações
diocesanas, o que já não acontecia há muito tempo. São sinais de que o Santuário
será um centro de espiritualidade para o país. Portugal não se compreende sem
Fátima nem Fátima sem o país, por isso julgo que o Santuário vai continuar a
ser um lugar de referência para a Igreja portuguesa.”.
***
O concerto
de encerramento
O Reitor espera que concerto de encerramento
“seja um momento marcante da vivência do
Centenário das Aparições de Fátima”. Falando aos jornalistas sobre o concerto
de encerramento do Centenário, o Padre Carlos Cabecinhas afirmou que o final das celebrações do Centenário das Aparições revela o
início de um “novo capítulo” na história da Cova da Iria, mencionando que “a grande mensagem é que não estamos a falar
de um final, mas de um começo”.
Nas palavras
do Padre Cabecinhas ficou a promessa de que o Santuário de Fátima continue a
ser “fiel à sua matriz”, que é a de procurar chegar a todos os peregrinos. Tendo
Fátima sido sempre um fenómeno popular, também foi sempre um fenómeno transversal”.
Por isso, é de salientar a importância de “ir ao encontro de peregrinos de
Fátima” através de propostas culturais. Assim, o responsável pelo Santuário,
esperando que o concerto “seja um momento marcante da vivência do Centenário das
Aparições de Fátima”, frisou a vontade de que aquele momento musical “fosse
marcante não só pela qualidade, mas pela excelência” porque “procurámos a
excelência dos compositores e dos intérpretes”. E sublinhou:
“A
Igreja sempre entendeu que a arte é experiência fundamental daquilo que é a sua
vivência fundamental, e nunca dispensou o contributo que as artes podem dar à
fé”.
E concluiu
que fenómeno Fátima também “depende desta expressão artística”, pelo que
formulou de que o concerto seja “capaz de tocar as cordas mais profundas da
nossa existência”.
Também a
maestrina Joana Carneiro usou da palavra para falar do “privilégio” de
participar no encerramento do Centenário das Aparições com um concerto centrado
na “expressão contemporânea da espiritualidade da humanidade” – um “sinal muito
importante”.
Do seu lado, o
compositor escocês, James MacMillan, exprimiu o “prazer” de estar ligado
a este projeto, que classificou como um dos “mais entusiasmantes” da sua vida,
e lembrou a importância entre os artistas e a fé, que São João Paulo II tanto
salientou. Concluindo, disse:
“Os
músicos falam de música como sendo a forma de arte mais espiritual e há o
reconhecimento dessa verdade universal, a música pode abrir uma porta para a
face de Deus”.
Concluindo
Se, como diz
o Reitor, os peregrinos são os protagonistas de Fátima e, como diz o Bispo, são
eles os responsáveis pelo desenvolvimento de Fátima – venham eles tirar o
prelado da sua inibição realista e provocar o Santuário para a sua
multifacetada obra de evangelização, a animação da fé, a purificação do culto, a
promoção da reconciliação, o sentido de peregrinação, a atenção aos pobres e
doentes pela justiça na caridade, a valorização artística, o fomento cultural –
enfim, o encaminhamento das pessoas e comunidades para Jesus por Maria e o encaminhamento
de Jesus, por Maria, para a morada dos corações e para o seio das comunidades,
rasgando caminhos de saída e chegada, de encontro, de diálogo e de partilha.
2017.10.15 – Louro de Carvalho
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