Várias são
as razões pelas quais se questiona o motivo por que devemos rezar. Na verdade,
Deus sabe tudo e conhece naturalmente as nossas necessidades, pelo que, dentro
do quadro da providência que nós Lhe reconhecemos, Ele tem guardado, guarda e
guardará a sua obra da criação, independentemente do que lhe possamos ou
devamos recordar. Por outro lado, a sua vontade e os planos gizados pela sua
inteligência suprema não se mudam por força das nossas orações. Então, porque
vale a pena rezar?
Com base nas
duas razões que aparentemente justificariam a não utilização da oração, por
desnecessária e inútil, fui questionado no início deste mês de setembro e
respondi de forma empírica, sem necessidade de me escudar em elaborações
teológicas. No entanto, o subtexto da minha explicação tinha subjacentes alguns
pressupostos teológicos e a releitura que fiz, no verão, do livrinho de Augusto
Cury, Os segredos do Pai-Nosso – a
solidão de Deus, em que emergem razões de ordem psicológica, pelo menos
parcialmente aplicáveis a Deus (Vale a pena ler, pesem algumas reservas teológicas!).
Chamava eu a
atenção da minha venerável interlocutora para o facto de pais e avós saberem
das necessidades dos filhos e dos netos, saberem dos seus desejos e das suas
vontades. Também os mesmos pais e avós não mudam planos e vontades pelo facto
de as crianças terem pedido, agradecido ou emendado sua postura por via de
traquinices em que foram ou vão caindo.
Não
obstante, pais e/ou avós e outros educadores insistem em ensinar e habituar os
filhos, netos ou educandos a falar, a dizer o que pretendem, a manifestar aquilo
de que precisam, a dizer obrigado/a, a pedir desculpa, a saudar à chegada e à
despedida ou a dizer que o papá (a mamã, o vovô, a vovó, o
educador/professor) é fixe, que
gostam dele, que o adoram. E não apenas ensinam habituam, mas muitas vezes
sentem prazer nesse exercício que as crianças vão fazendo.
Ora Deus não
é nosso avô nem nosso mero professor ou educador, mas é pai e mãe, como sabemos
e tem paciência e carinho maiores que os dos avós e sabedoria maior que a dos
nossos professores/educadores. Por isso, Ele ensinou e quer que nos habituemos
a rezar, a falar, a comunicar com Ele e a ouvi-Lo. Ele tem esse direito, esse
gosto. E quer que louvemos, agradeçamos, peçamos desculpa e solicitemos aquilo
de que precisamos – não por necessidade, mas por gosto e prazer.
Depois,
Deus, no âmbito da Trindade, está habituado, por essência, a comunicar, a viver
em comunhão. Ora, é natural que pretenda que as criaturas que resolveu criar à
sua imagem e semelhança – os seres humanos – respondam à sua ânsia comunicativa
e comungante. Ora isso, faz-se ouvindo e falando, comunicando, rezando (a sós ou em
comunidade). A comunicação é essencial ao
homem de modo que os silêncios, por mais necessários e produtivos que sejam – e
são-no – têm de ser ativos, produtivos e provisórios. De tal modo Deus nos
criou à sua imagem e semelhança que, às vezes, até parece que Ele foi concebido
à nossa imagem e semelhança (Não pode é dizer-se que tenha sido o homem a inventar
Deus a sua imagem e semelhança, mas ao invés!).
***
No entanto,
isto não é tão simples, dado que Deus não se vê. E, apesar de Deus se tornar
visível em Jesus Cristo e nos ensinar a rezar, isto não é fácil. Dizem, mesmo,
que este é um problema teológico muito difícil. E, para o resolver, costuma citar-se
a doutrina do grande doutor da Igreja, Santo Tomás de Aquino que, na Summa Theologica II-II, q. 83, a.2,
explica:
“Para esclarecimento
desta doutrina, deve considerar-se que a providência divina não só determina os
efeitos, mas também de quais causas [provêm tais efeitos], e em que ordem são causados.
Entre as múltiplas causas, há também as que são atos humanos. Donde [se infere]
ser necessário, não que os homens façam alguma coisa para, pelos seus atos,
mudarem o que foi disposto pela providência divina, mas que, pelos seus atos,
realizem alguns efeitos, segundo a ordem disposta por Deus. Isto acontece
também nas causas naturais e algo semelhante na oração. Não oramos para mudar o
que foi disposto pela graça divina, mas para que façamos o que Deus dispôs para
ser realizado devido à oração dos santos. Por isso, escreve Gregório: ‘Pedindo, os homens mereçam receber aquilo
que Deus omnipotente determinou conceder-lhes desde a eternidade’.”.
E continua:
(...),
portanto, deve-se dizer que não é necessário apresentar as preces a Deus para
torná-Lo ciente dos nossos desejos ou indigências, mas para que nós mesmos
consideremos que, nesses casos, se deve recorrer ao auxílio divino. (...),
deve-se dizer, como foi dito acima, que a nossa oração não objetiva mudar aquilo
que foi disposto por Deus, mas conseguir d´Ele, pelas orações, o que Ele
dispôs. (...), deve-se dizer que Deus concede muitas coisas por liberalidade
mesmo que não pedidas. Mas quando nos concede o que Lhe pedimos, o faz para
nossa utilidade, a saber, para que consigamos a confiança para recorrer a Deus
e tenhamos o reconhecimento de que Ele é o autor dos nossos bens. A tal
respeito, escreve Crisóstomo: 'Considera quanta felicidade te foi concedida;
quanta glória te foi atribuída; pelas orações, dialogar com Deus, conversar com
Cristo, aspirar ao que querer e pedir o que desejas’.”
Assim, os
cristãos sabem que é necessário rezar, suplicar a Deus, o que levanta o seguinte
problema: Se a oração, a súplica é
necessária e ela muda o agir de Deus, que é imutável e estável em seus
desígnios? A resposta dada pelo Doutor Angélico, como visto acima,
sintetiza-se na asserção: a oração do
homem faz parte do modo de a Providência divina operar.
O Catecismo
da Igreja Católica também ensina na mesma via quando assume que:
“A oração
cristã é cooperação com a sua Providência, com o seu plano de amor para com os
homens” (CIC 2738).
Portanto,
Deus não determina, na sua Providência, apenas o efeito final, mas ainda as
causas através das quais Ele o irá realizar e o caminho pelo qual o Seu desejo
irá suceder.
Deus, como
Amor a fonte de todo o amor, não quer ser o único que ama. Quer amar também com
as suas criaturas. Jesus, ao contar a parábola da viúva que insistia com o juiz
iníquo para que lhe fizesse justiça (Lc 18,1-8), queria mostrar aos discípulos “a necessidade de
rezar sempre, sem nunca desistir” – rezar com perseverança. É óbvio que esta
parábola está conexa com a do amigo importuno (Lc 11,5-8), que por tanto pedir ao amigo, o demove para que lhe
dê aquilo de que necessita, se não por mérito, ao menos para evitar a
continuação do incómodo e impertinência. Também a questão, se o crente não
rezasse, a vontade de Deus não aconteceria, encontra resposta no Livro de Ester
quando Mardoqueu diz que ela fora ali providencialmente colocada para salvar o
povo, mas que ela não era 'necessária' para isso, pois, mesmo se ela se
calasse, Deus faria vir a salvação e a libertação do povo de outro lugar (cf Est 4,14).
Existe,
assim, grande dificuldade em calibrar a Providência de Deus (bondosa,
sábia e imutável) e a
liberdade humana, por vezes caprichosa. São duas realidades aparentemente
antagónicas: o homem é tão livre que pode dizer não a Deus. Contudo, Deus há de
realizar o seu projeto para cada pessoa; e, na vida de oração, o homem coopera
com a Providência divina.
E não vale a pena negar a
Providência divina, alegando que ela não passa de invenção de alguns ou de
“visão platónica” do Cristianismo. Aí, a Constituição Dei Filius, do Concilio Vaticano I, ensina:
“Tudo aquilo
que Deus criou, Ele o conserva e governa com sua providência, 'alcançando com
força de uma extremidade a outra e dispondo com suavidade todas as coisas'.
Pois, 'tudo está nu e descoberto aos seus olhos', mesmo que há de acontecer por
livre ação das criaturas.” (DH 3003).
Assim e em
suma: Deus, por sua providência, fará prevalecer a sua vontade, mas Ele
providencia também as orações dos homens.
***
Deus não muda, mas nós, à medida que rezamos, sentimos tudo a
transformar-se na nossa vida.
Desde o mais íntimo do coração, se faz a mudança. Um
ser humano que ora transforma-se a si, aos outros e ao ambiente onde está no
cumprimento da sua missão. Porém, a vida de oração não é fácil. Os
mestres espirituais o atestam. As noites escuras de João da Cruz tornam-se
presentes tantas vezes. Tudo faz parte da caminhada. O importante é perseverar
e saber esperar. Teresa de Calcutá sentia a dúvida existencial e a sensação do
abandono de Deus. E Inácio de Loyola falava de tempos de desolação, a par dos tempos
de consolação, sendo que estes nos servem como reservatórios de céu. São aqueles momentos marcantes em que a presença
de Deus foi “sensível” e irrefutável e que ficam na memória do coração, reabastecendo-nos
por uma vida.
Quando deixamos de falar com alguém, deixamos que o espaço de
tempo sem encontro seja muito grande, perdemos a intimidade, o brilho da
amizade. Da mesma forma, com o Senhor, temos de renovar a nossa amizade filial e
o carinho por Ele e pelos que são d’Ele todos os dias. O encontro diário deve
ser agradável. Devemos “marcar encontros” efetivos e afetivos com Nosso Senhor
e Amigo. A vida de oração faz-nos perceber que onde parece não haver caminho
para nós, Deus faz um caminho. E Paulo recomenda:
“Orai
sem cessar. Em todas as circunstâncias dai graças, porque esta é a vosso
respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo” (1Ts 5,17-18).
***
Outra razão pela qual se infere que é preciso rezar retira-se
da vida do dia a dia. Sem alimento (comida, bebida e ar), não podemos viver. Se não nos nutrimos e arejarmos, o
corpo não tem o sustento necessário. Algo análogo ocorre com a vida de oração.
Se não rezamos, morremos espiritualmente pouco a pouco. Precisamos de rezar
porque queremos viver. Porém, este singelo enunciado requer uma reflexão um
pouco mais atilada. Indo ao âmago do homem, recordaremos que o ser humano foi
criado à imagem e semelhança de Deus e leva no seu íntimo a marca do Criador,
de que necessita se quer chegar à sua máxima realização. Hoje vemo-nos a
recuperar a consciência da dimensão espiritual da pessoa e procuramos tê-la em
conta. Entretanto, a atenção a essa dimensão espiritual não implica uma simples
meditação sobre coisas imateriais. Essa reflexão, embora nos torne mais
profundos ou nos ajude a compreender melhor certas realidades, não é
suficiente. É que a oração não é mera reflexão; é encontro com Deus que está sempre
a bater à porta do nosso coração, implica uma relação com Deus, pessoal, viva,
real. A oração é efetivamente relação e diálogo entre o homem e Deus. É, como o
ressalta o CIC, a relação viva e pessoal da pessoa com Deus vivo e verdadeiro (cf CIC 2558), o que significa que a oração não é
uma relação como qualquer outra, pois, quando nos encontramos com Deus nutrimo-nos
da vida no Espírito (vida
que só Deus é capaz de dar), sem a qual não podemos avançar por caminhos da santidade. Tal diálogo
pode ser alimentado pela palavra (espontânea ou de fórmula), pelo silêncio, pela lectio
divina ou pela simples postura na presença de Deus.
No ciclo de reflexões sobre a oração com que preencheu
a tradicional catequese semanal de algumas quartas-feiras, em 2011, Bento XVI
recordava que o homem é religioso por natureza e afiançava que a imagem do
Criador
“Está impressa no seu ser, e ele
sente a necessidade de encontrar uma luz para dar uma resposta às interrogações
que dizem respeito ao sentido profundo da realidade” (Audiência
geral, 11.05.2011).
Isto perpassa as diversas culturas ao longo da
história, nas tentativas do homem para se comunicar com Deus. Todos estamos
chamados ao encontro com Deus, encontro sem o qual ficamos falhos e até vazios.
Deus quer que nos relacionemos com Ele. A oração é um dom e um convite ao
encontro. Deus, que é nosso Pai, quer obviamente que dialoguemos com Ele, que
lhe abramos o nosso coração na intimidade da oração. Por outro lado, a experiência
da autêntica amizade assegura que os amigos saem juntos, dialogam e procuram
fazer crescer sua amizade. Ora, a experiência da paternidade e a da amizade
são-nos próximas e servem para entendermos um pouco melhor porque devemos
rezar. A oração ajuda-nos a compreender e viver melhor o facto de que Deus é
Pai e amigo. Também, quando não sabemos o que fazer ou não vemos claro um
caminho que devemos seguir ou uma decisão que devemos tomar, recorremos ao
conselho de pessoas em quem depositamos confiança. De modo análogo, fazemos com
Deus ao rezar.
***
Muitos procuram Deus apenas quando precisam dele sentem-se
em falta por isso, se não fazem. O próprio Jesus disse: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á” (Lc 11,9). Assim nos
ensina que, quando tivermos necessidades, podemos recorrer a Deus com toda a
confiança. Às vezes, damos conta de que só Ele pode nos ajudar. Então devemos
rezar pedindo o que julgamos necessário. Deus escuta sempre as nossas orações e
responde-nos da maneira mais adequada, que pode não ser a mais agradável. E
Jesus explica:
“Todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate,
abrir-se-á. Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe
dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um
escorpião? Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos
filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!”
(Lc 11,10-13).
A oração é, pois, muito necessária sobretudo nos
momentos difíceis da vida ou quando nos achamos em situação de particular
urgência. Não se trata de pedir por capricho, mas de procurar que em todo
momento se cumpra o Plano de Deus. Deus, Pai Misericordioso, sabe dar-nos sempre
aquilo de que precisamos. Não precisamos de multiplicar as palavras, “como
fazem os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por
muito falarem, serão atendidos”. Com efeito, o nosso Pai celeste sabe do que necessitamos
antes de Lho pedirmos (cf Mt 6,7-8). Ainda assim,
convida-nos a rezar pedindo por nossas necessidades espirituais e materiais,
como Jesus nos ensinou com a oração do Pater
(Mt 6,9-13; Lc 11,2-4).
E, em coerência com o que foi dito acima, há que elevar
o nosso olhar acima dos problemas e necessidades para cultivarmos a vida de
relação com Deus. A par disto, temos de reparar que à nossa volta há
muitíssimas pessoas que também necessitam da ajuda de Deus. Sendo assim, uma
das dimensões mais valiosas da oração é rezar pelos outros. O nosso interesse amoroso
pelo próximo concretiza no plano visível o nosso amor de Deus. Esta é também uma
poderosa razão para rezar, pois Deus derrama certamente a sua graça sobre
aqueles por quem rezamos.
Contamos com a presença da Virgem Maria e com a
intercessão dos anjos e santos, a quem também podemos e devemos rezar
rogando-lhes que se interponham ante Deus pelas nossas necessidades e pelas necessidades
dos outros. Mas de
forma especial, Maria, a Mulher do silêncio e do cântico dos louvores e das misericórdias
divinas, Mestra da nossa vida espiritual, será a nossa companheira e guia da oração com o foi dos primeiros discípulos (cf At 1,14).
***
A vertente da oração que fomos explanando foi
predominantemente a de petição. Mas orar é bem mais do que pedir: é aproximar do
rosto de Deus a nossa boca ou o pensamento que ela exprime. De certo modo, orar
é adorar, como noutras ocasiões explicamos, citando Bento XVI na JMJ de
Colónia. E convém meditar e rezar com toda a profundidade a 1.ª parte do Pai-Nosso,
em que não pedimos, mas formulamos votos atinentes ao Nome de Deus, ao Reino e
Vontade.
A oração de petição, tão necessária deve ser ancorada, acompanhada
e reforçada pelo agradecimento ou ação de graças a Deus pela vida e por tantas
coisas boas que esta nos proporciona. Se nos detivermos a pensar um pouco,
reconheceremos as muitas bênçãos que Deus derramou sobre nós e sobre o próximo
e as bênçãos que outorgou ao mundo através de nós e dos outros. Aliás, se
rezamos como Jesus ensinou e como Ele fez, temos de dar graças ao Pai (vd Mt 11,25-27; Lc 10,12-15; Jo 6,11;
11,41). Os apóstolos também recomendam a
oração de ação de graças (vd 1Ts 5,17-18). Seria injusto crer que merecemos
os benefícios de Deus ou que a eles temos direito, quando devemos reconhecer
que as suas bênçãos são expressão do amor gratuito e generoso de Deus.
Depois,
temos de fazer oração de propiciação pelas nossas faltas, reconhecendo-nos pecadores,
e comprometer-nos a perdoar aos outros: “Perdoa as nossas ofensas, como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido” (Mt 6,12). E usamos da humildade de pecadores
arrependidos, como o cobrador de impostos, que, “mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu,
mas batia no peito, dizendo: ‘Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador’.” (Lc 18,13).
***
Ora a oração, mesmo que não
seja tipicamente propiciatória, purifica-nos e constitui um meio de
santificação, porque nos faz mergulhar no mistério abissal de Deus. Nesse
mergulho, nós conseguimos adorar (fim latrêutico), dar graças e bendizer (fim eucarístico), pedir perdão (fim
propiciatório ou expiatório) e suplicar os auxílios divinos (fim impetratório)
A relação
com Deus “purifica e leva à sua plenitude o anseio originário que o homem tem
de Deus, oferecendo-lhe na oração a possibilidade de uma relação mais profunda
com o Pai celeste” (Bento XVI, Audiência geral,
4.05.2011). Tal relação tem
na oração um momento privilegiado de encontro, que nos leva a compreender
melhor quem somos nós, quem é Deus e quem sãos outros; leva-nos a alimentarmo-nos
espiritualmente do dom de Deus, sem o qual não nos sustentamos nem crescemos; constitui
ocasião de descoberta do Plano que Deus para connosco; é momento de pedido de
ajuda e de fazer apostolado; e é oportunidade de graça e tempo para louvar a
Deus e dar-lhe glória. A oração dá-nos força e alegria.
Para tanto,
exige-se a humildade de vida e de atitude no silêncio e na palavra, a confiança
plena em Deus e a segurança da fé na certeza de que Deus faz o melhor para nós,
a perseverança teimosa de quem precisa e espera e a atenção ao que se diz e
escuta, no comedimento das palavras e na obediência fiducial da fé. O que
importa é que oração nos coloque em comunhão com Deus com o próximo e connosco mesmos,
na resposta ao convite desafiante de Deus. E, generoso como é, Deus colocou ao
nosso dispor, como instrumento de oração, os 150 salmos, muitos hinos do Antigo
Testamento e muitos cânticos do Novo Testamento, sobretudo três cantos
evangélicos: Magnificat (Lc
1,46b-55 ), Benedictus (Lc 1,68-79)
Nunc dimittis (Lc
2,29-32).
***
Principais citações a ter em
conta quanto à oração :
Deus quer que rezemos (Mt 7,7-8; Lc 11,9-13; Jo 14,13-14; Jo16,23-24); Jesus rezava (Mc 1,35; Mt 14,23; Lc 21,37); Jesus ensinou-nos a rezar (Mt 6,9-13; Lc 11,2-4); os primeiros cristãos rezavam em diversas ocasiões
e por diversas necessidades (At,4; At,24; At 2,5; Ef 6,18; 2Tes 1,3).
Orate, fratres! Oremus!
2016.09.30 – Louro de Carvalho
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