sábado, 22 de agosto de 2015

180.º Aniversário natalício de S. Pio X

Passou ontem, dia 20 de agosto (embora a sua memória litúrgica se celebre a 21), o 101.º aniversário do falecimento do Papa São Pio X, cujo Sumo Pontificado decorreu entre os anos 1903 e 1914 e cujo testamento se inicia por uma enunciação lapidar: “Nasci pobre, vivi pobre e desejo morrer pobre”. Foi o primeiro Papa a ser canonizado desde Pio V (1566-72). Era um camponês, o primeiro desde Sisto V, mais de três séculos antes, que chegou ao Sumo Pontificado.
Penso dever fazer-lhe referência, uma vez que ficou célebre sobretudo pelo aspeto mais conservador e tradicionalista que pela vertente mais renovadora ao nível da mente e da ação. Recorde-se o seguinte episódio, ocorrido no tempo do seu múnus episcopal em Mântua, que revela a grande liberdade interior do futuro Pio X, o 257.º Papa:
Um dia, passeando pela cidade com o reitor do seminário, passaram na frente do cemitério hebraico. Sarto perguntou ao seu interlocutor se rezaria o De profundis por aqueles mortos. O reitor respondeu que não. Então, o bispo de Mântua tirou o chapéu e recitou o salmo por inteiro, dizendo ao jovem sacerdote: “Veja, agora nós fizemos a nossa parte. Deus fará a parte dele. Pois nunca ninguém disse que a teologia do Senhor é como a que os padres jesuítas ensinam na Universidade Gregoriana”.

Dizem os cronistas que ficara muito amargurado quando previu os efeitos da Primeira Guerra Mundial e que sentira a impotência de nada poder fazer para que ela não acontecesse.
Pio X não foi apenas um teólogo. Foi um pastor dedicado e, sobretudo, extremamente devoto, que sentia satisfação em definir-se como “um simples pároco do campo” (paroquiou durante 8 anos). Possuindo o dom da cura, ainda em vida intercedeu junto de Deus em vários milagres. Consta dos relatos que as pessoas doentes que tinham contacto com ele se curavam. Discorrendo sobre tal facto, ele mesmo explicava como sendo “o poder das chaves de são Pedro” (vd Mt 16,18-19). Com efeito, também Pedro operava prodígios (vd At 3,1ss; 9,31-43), bem como os outros apóstolos (vd Mc 16,20; At 5,12-16). Quando alguém o chamava de “padre santo”, ele sorria corrigindo, “Não se diz santo, mas Sarto”, aludindo ao sobrenome de família.
Alguns dados biográficos
Giuseppe Melchiorre Sarto (era este o seu nome de batismo), oriundo de família humilde e numerosa, mas de vida percorrida na estrada de Cristo, nasceu numa pequena aldeia de Riese, na diocese de Treviso, no norte da Itália, no dia 2 de junho de 1835, tendo ocorrido, portanto, no passado mês de junho o seu 180.º aniversário natalício.
Desde cedo, o menino Giuseppe, que, desde criança, manifestou a clara vontade de ser padre, demonstrava ser muito inteligente e, por via disso, os pais fizeram todo o esforço ao seu alcance para que ele estudasse. Todos os dias, durante quatro anos, o menino caminhava descalço por quilómetros a fio, levando no bolso apenas um pedaço de pão para o almoço.  
Quando o pai Giovanni Sarto, carteiro, faleceu, Margarita Sanson, sua mãe, uma corajosa e piedosa camponesa costureira, não permitiu que ele abandonasse o caminho escolhido para a auxiliar no sustento da casa. Permaneceu no seminário e, aos 23 anos, o mérito nos estudos foi coroado com a ordenação sacerdotal, em 1858. Foi célere a sua ascensão dentro da Igreja. Começou por ser vice-vigário numa pequena aldeia; passou, depois, a vigário de uma importante paróquia; foi nomeado cónego da catedral de Treviso; foi eleito e sagrado bispo da diocese de Mântua (a 10 de novembro de 1884); foi eleito patriarca de Veneza e feito cardeal da Igreja Católica (em 1896) pelo Papa Leão XIII. E, após a morte do Papa respeitado e reverenciado por todo o mundo, a 20 de julho 1903, foi eleito seu sucessor, com o nome de Pio X, a 4 de agosto daquele ano, com 55 dos 60 votos possíveis no conclave.
Curiosidades do conclave (divergências entre os eleitores; resistência humilde do eleito)
No predito conclave, os cardeais estavam a inclinar-se para a escolha do cardeal Mariano Rampolla del Tindaro (filho de Ignazio Rampolla, conde de Tindaro), Secretário de Estado da Santa Sé (1887-1903) durante o pontificado de Leão XIII. Entretanto, foi comunicado o veto (ius exclusivae) do imperador austro-húngaro Francisco José I à sua elegibilidade como Papa.
Leão XIII, o Papa da encíclica Rerum Novarum (sobre a questão social), morreu aos 93 anos, tendo reinado sumptuosamente por um quarto de século e deixando herança doutrinal e política nada fácil. Muitos cardeais queriam uma guinada “pastoral”: um papa que não fosse “político” nem “diplomata”. Não obstante, o candidato mais visado era um purpurado que encarnava a linha da continuidade direta do papa defunto, o nobre e piedoso siciliano Rampolla del Tindaro, já referido. Porém, a sua ascensão, apoiada pela maior parte dos cardeais franceses, não era desejada pela Áustria, pela sua política de apoio às aspirações eslavas que fermentavam nos Balcãs. Visando impedir a eleição de Rampolla, o imperador da Áustria decidiu usufruir do antigo direito de veto alegadamente concedido às grandes monarquias católicas, aliás nunca aceite pelos Pontífices. Segundo alguns, a iniciativa do veto, que, pelo menos chegou ao conhecimento do bispo de Cracóvia (um dos predecessores de Karol Wojtyla), Jan Puzyna de Kozielsko, teria partido do próprio cardeal Puzyna, que a apoiara junto do já ancião e relutante Francisco José. Informados do voto de exclusão, os eleitores austro-húngaros apostaram nos cardeais Serafino Vannutelli e Girolamo Maria Gotti, este último carmelita e prefeito da Propaganda Fide (atual Congregação da Evangelização dos Povos). Alguns cardeais – entre eles, o arcebispo de Milão, Andrea Carlo Ferrari – preferiam candidatura de perfil claramente pastoral, que viam no patriarca de Veneza, Sarto, o homem ideal. Porém, o seu nome, não aparecia nas previsões. Entretanto, os jornais, antes do início do conclave, davam a candidatura de Rampolla por arruinada.
Na manhã de 1 de agosto, começaram os escrutínios entre os 62 cardeais eleitores, dois por dia, um de manhã e um à tarde. Para a eleição, era precisa a maioria de dois terços, ou seja, 42 votos. No 1.º escrutínio, Rampolla obtém 24 votos, Gotti, 12, Sarto, 5, Vannutelli, 4. No 2.º, Rampolla sobe para 29 e Sarto para 10, enquanto Gotti vai a 16. O conclave apresenta um impasse, mesmo antes da pronúncia do famoso veto. Sarto, que subiu para 10 votos (não acreditando ser candidato), comentou: “Volunt iocari supra nomen meum” (querem divertir-se com o meu nome).
Na manhã do dia seguinte, depois de informar Rampolla, o cardeal Puzyna lê em latim o texto do “veto de exclusão”, com o qual pede ao camerlengo:
“Que tome ciência, para sua informação, e que notifique e declare de modo oficioso, em nome e com a autoridade de sua majestade apostólica Francisco José, imperador da Áustria e rei da Hungria, que, querendo sua majestade usar de um antigo direito e privilégio, pronuncia o veto de exclusão contra o eminentíssimo senhor cardeal Mariano Rampolla del Tindaro”.

Logo a seguir, o camerlengo e o próprio Rampolla protestam, concitando a consonância dos demais, pelo caráter absurdo e inoportuno da ingerência imperial. Não obstante, na votação dessa manhã, o ex-Secretário de Estado de Leão XIII não passa dos 29 votos da tarde anterior. Sarto, no entanto, sobe para 21, enquanto a candidatura Gotti naufraga, chegando a 9. É um sinal evidente da divisão do conclave. À tarde, os cardeais franceses, irritados com a derrota de Rampolla, decidem pronunciar mais um protesto contra o veto, na tentativa de recuperar votos para o ex-secretário de Estado. Logo depois, toma a palavra o cardeal Sarto:
“É certo que nunca aceitarei o papado, para o qual me sinto indigno. Peço que os eminentíssimos cardeais se esqueçam de meu nome”.

Todavia, no escrutínio seguinte, Rampolla sobe apenas um voto, Sarto passa de 21 para 24, Gotti desce para 3. O cardeal Ferrari, face à situação, tenta convencer Sarto, que resiste:
“Não me sinto à altura de tanto peso. Não é possível que consiga assumi-lo. Meus primeiros inimigos estariam entre os mais próximos. Conheço bem as próprias pessoas que me estão a eleger: não podem estar bem intencionadas...”.

Ferrari insiste:
“Uma recusa poderia custar-lhe caro demais e ser penosa para a vida inteira... Pense na responsabilidade e nos danos à santa Igreja que viriam de uma eleição mal vista na Itália e no exterior, ou de um prolongamento tão grande do conclave que ninguém saberia dizer (e todos concordam com isso) se seria de dias, semanas ou até meses”.

O cardeal Ferrari volta à carga, em vão, na manhã de 3 de agosto. No primeiro escrutínio, Sarto sobe para 27 votos, enquanto Rampolla começa a cair e obtém apenas 24. O patriarca de Veneza pede novamente a palavra:
“Insisto para que esqueçam meu nome. Diante da minha consciência e diante de Deus, não posso aceitar os seus votos”.

Estas palavras são consideradas como um duche de água fria por seus apoiantes, que não pretendem elegê-lo para depois ouvirem que não aceita. Ao mesmo tempo, os cardeais franceses veem a perspetiva de Rampolla fazer passar os seus votos para outro candidato, à sua escolha. Mas o ex-secretário de Estado resiste:
“É preciso sustentar e defender a independência do Sacro Colégio e a liberdade na escolha do papa. Por isso, considero meu dever não retirar-me da luta”.


Na realidade, o veto austríaco, mais que impedimento decisivo à eleição de Rampolla, parece representar quase uma desculpa para ele continuar tenazmente a resistir ante um impasse que já era evidente antes do pronunciamento imperial. Assim, tornou-se crucial a intervenção do cardeal Francesco Satolli. Encontrando Sarto na saída de sua cela, Satolli interpelou-o:
“Vossa eminência quer resistir à vontade de Deus manifestada tão abertamente pelo Sacro Colégio...”.

Por fim, Sarto capitula. Levanta as mãos em sinal de rendição e afirma:
Seja feita a vontade de Deus”.
A notícia corre logo de boca em boca pelo conclave. Na votação da tarde, o patriarca de Veneza sobe para 35 votos; Rampolla desce para 16. Comentará o cardeal americano James Gibbons:
“A cada escrutínio em que viu crescer os votos a seu favor, o cardeal Sarto tomou a palavra para suplicar ao Sacro Colégio que desistisse da ideia de elegê-lo: a sua voz tremia todas as vezes, o seu rosto se enrubescia e escorriam lágrimas de seus olhos. A cada vez procurava descrever mais minuciosamente os títulos que lhe pareciam faltar para o papado. No entanto, quem pode acreditar? Foram esses discursos, tão cheios de humildade e sabedoria, que tornaram cada vez mais vãs suas súplicas”.

Na manhã do dia seguinte, os cardeais franceses, impacientes com a resistência de Rampolla, passam para o lado de Sarto, que, também graças a eles, obtém 50 votos (precisava de 42).
O eleito responde à pergunta ritual:
Quoniam calix non potest transire, fiat voluntas Dei (já que o cálice não pode passar, cumpra-se a vontade de Deus). Confiante na proteção divina, dos santos apóstolos Pedro e Paulo e dos santos pontífices que usaram o nome Pio, sobretudo daqueles que lutaram corajosamente no século passado contra as seitas e os erros que se multiplicavam, assumo o nome de Pio X”
O Pontificado
Uma das suas primeiras grandes medidas foi proibir completamente o Jus Exclusivæ, com a Constituição Commissum Nobis, de 20 de janeiro de 1904. Aos cardeais reunidos em conclave foi imposto o seguinte juramento:
“Não aceitaremos, nunca, sob nenhum pretexto, por parte de nenhum poder civil, seja qual for, o despacho de propor veto de exclusão, mesmo sob a forma de um mero desejo... e não deixaremos possibilidade de intervenção ou intercessão, nem qualquer outro método, pelo qual poderes laicos de nenhum grau ou ordem, intervenham na eleição do pontífice”. (vd doc. no site da Santa Sé).

Por conseguinte, nenhum poder tentou exercer o direito de exclusão desde 1903. No entanto, alguns chefes de Estado continuaram a manter fortes interesses na eleição Papal, dada a influência mundial da Santa Sé. Embora não seja impossível que poderes seculares possam influir no Conclave, as regulações atuais do mesmo minimizam essas possibilidades.
Na encíclica E supremi apostolatus cathedra (4 de outubro de 1903), traçou o seu programa pontifical cujo lema era “renovar todas as coisa em Cristo” (Instaurare omnia in Christo). Na esteira do programa do ministério petrino, assumiu-se como o defensor intransigente da pureza da sã doutrina, reformou a liturgia e governou a Igreja com mão firme num período em que estava a levantar a fronte um laicismo forte (de sentido antirreligioso) e emergiam as tendências do modernismo – o que, em seu entender, constituía a síntese de todas as heresias nos campos dos estudos bíblicos e da teologia e deu lugar à obrigatoriedade do juramento antimodernista.
Assim, o conhecido por “Papa da Eucaristia”, elegeu como secretário de Estado o famoso cardeal Merry del Val, publicou 16 encíclicas, reformou a Cúria Romana (reduzindo os 37 departamentos para 19), introduziu grandes reformas na liturgia (incluindo a do breviário), codificou a Doutrina Católica no sentido da fidelidade à Tradição, facilitou a participação popular na Eucaristia (contrariando os resquícios do jansenismo) – estimulando a prática da comunhão eucarística frequente (incitou à comunhão diária ou semanal) e fomentando o acesso das crianças à Eucaristia (e à comunhão sacramental) aquando da chegada à chamada idade da razão (cerca dos 7 anos de idade) – promoveu o estudo do canto gregoriano (publicou o Motu proprio “Tra le Sollecitudini”, sobre a restauração da música sacra), contra a onda estranha ao cantochão do século XIX, e do catecismo (ele próprio foi autor dum catecismo, designado por Catecismo de São Pio X). Ele próprio lecionava o catecismo nos domingos à tarde: hoje os Papas fazem as suas catequeses nas audiências gerais de quarta-feira.
Realizou outras renovações dentro da Igreja, criando bibliotecas eclesiásticas, estimulando as catequeses paroquiais e efetuando a reforma dos seminários.
Ademais, concedeu à “Pontifícia Comissão Bíblica” a faculdade de conferir os graus de licenciatura e de doutoramento em ciências bíblicas, criou o Instituto bíblico em Roma e, a instâncias do cardeal Gasparri, encarregou uma comissão especializada de redigir o código de direito canónico, cujas bases determinou, embora não tenha conseguido a sua promulgação, que ficou para o sucessor, o Papa Bento XV (o código foi promulgado em 1917).
Não receou provocar a crise com a França ao condenar o presidente francês por visitar Vítor Emanuel III, Rei de Itália, com quem a Santa Sé estava de más relações desde a tomada dos Estados Pontifícios em virtude da unificação italiana, em 1970. Nas consequências deste embate conta-se a completa separação entre Igreja e Estado em França e a expulsão dos jesuítas.
Na lápide sua lápide tumular em São Pedro, pode ler-se: A sua tiara era formada por três coroas: pobreza, humildade e bondade.
Foi o único Papa do século XX a ter tido extensa experiência pastoral ao nível da paróquia. Favoreceu o uso de termos vernaculares na catequese. O seu estilo direto e as denúncias de atropelos à dignidade humana não lhe trouxeram grande apoio por parte das sociedades aristocráticas europeias na época pré-Primeira Guerra Mundial.
No Vaticano, Giuseppe Sarto continuou sua vida no rigor da simplicidade, modéstia e pobreza. Surpreendeu o mundo católico quando adotou como lema de seu pontificado “restaurar as coisas em Cristo”. Tal meta traduziu-se em vigilante atenção à vida interna da Igreja, secundada por outra importante característica de sua personalidade, que era a bondade suave e radiante que todos notavam e sentiam na sua presença.
Embora com detratores no domínio teológico, ninguém duvida da sua real e efetiva bondade e da sua imparcialidade. Após o terramoto de Messina, em 1908, ainda antes de o Estado italiano ter levantado um dedo na ajuda às pessoas, já ele enchera o Vaticano de refugiados sem abrigo. Não procurava obter favores nem para si nem para a família: o irmão continuou funcionário dos correios; as irmãs viviam juntas em Roma, passando por dificuldades; e o sobrinho continuou simples padre paroquial. Por conseguinte, foi amado como nenhum dos antecessores o fora.
Morreu no dia 20 de agosto de 1914, aos 79 anos. O povo, de imediato, passou a venerá-lo como um santo (Santo subito!). Mas só foi oficialmente considerado santo 40 anos mais tarde.
Beatificado em 1951, foi canonizado em 3 de setembro de 1954 por Pio XII, ante uma multidão de cerca de 800 mil pessoas. A Igreja celebra a sua memória litúrgica no dia 21 de agosto. É atualmente o patrono dos peregrinos enfermos e é considerado por alguns estudiosos, como o maior dos Papas do século XX, disputando tal título com o Papa João Paulo II.
Em relação a Portugal
Com a rutura das relações diplomáticas do regime republicano com a Santa Sé, esta estabeleceu uma ligação com os bispos portugueses através de Mons. Aloisio Masela encarregado dos negócios com a I República em Lisboa. Pio X aprovou, nesse ensejo, o ato e a doutrina do protesto numa carta dirigida ao cardeal patriarca, D. António Mendes Belo. Em 24 de maio de 1911 seria publicada em Roma a encíclica Iandudum in Lusitania na qual se apoiava o episcopado português e se condenava a Separação da Igreja do Estado nos termos em que foi produzida. A crítica à laicização, a oposição às associações cultuais, a contestação à invasão do espiritual pelo temporal e a refutação da ingerência do poder civil na disciplina interna dos seminários surgiam neste documento papal. Roma rejeitava na globalidade a lei e acusava a República de não respeitar o vantajoso regime concordatário entre a civitas e a ecclesia e de violar “o direito natural dos povos” (cf Revista Seara Nova, Nº 1713 – outono 2010). No entanto, a mesma encíclica alude à capacidade da Igreja de encontrar formas de convivência e ação em qualquer regime político, não lhe cabendo interferir abusivamente no ordenamento temporal, reivindicando a liberdade de pensamento, culto e ação e cooperando na construção do bem comum.
Lesourd, P. & Paillat, C. (1971). História Secreta dos Conclaves. Rio de Janeiro: Ed. Paz Terra. Norwich, J. (2012). Os Papas – A História. Porto: Civilização Editora. Verdete, C. (2009). História da Igreja, vol. III. Lisboa: Paulus Editora.

2015.08.21 – Louro de Carvalho

Sem comentários:

Enviar um comentário