É
do senso eclesial que a Igreja – novo Povo de Deus (muitos
irmanados no mesmo destino),
Corpo de Cristo (todos unidos), seu rebanho (sob
a condução de Cristo)
e sua esposa (com as marcas da diferença, da fidelidade e da
maternidade) –
significa a comunhão trinitária e gera a comunhão entre os homens e destes com
o Pai, por Cristo, no Espírito. Porém, o seu modo de ser e estar concretiza-se
não de forma estática e no apego ao mundo, mas na caminhada/peregrinação rumo à
Pátria definitiva – o que é experiencializado frequentemente com a peregrinação
de nossas casas/ou terra de residência a um santuário (figuração
da escatologia).
A
carta aos Filipenses di-lo de modo inequívoco:
“Nós, porém, somos cidadãos dos céus. É de lá que
ansiosamente esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará
nosso mísero corpo, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso, em virtude do
poder que tem de sujeitar a si toda criatura” (Fl 3,20-21).
E o santuário como meta de peregrinação vem espelhado, por
exemplo, no salmo 122/121, um dos “Cânticos de Sião”, que celebram Sião ou Jerusalém como cidade da
presença privilegiada de Deus e local de peregrinação:
“Que
alegria, quando me disseram: ‘Vamos para a casa do SENHOR!’. Os nossos pés
detêm-se às tuas portas, ó Jerusalém! Jerusalém, cidade bem construída,
harmoniosamente edificada. Para lá sobem as tribos, as tribos do SENHOR,
segundo o costume de Israel, para louvar o nome do SENHOR.” (vv 1-4).
O
próprio Jesus, na sua oração sacerdotal, rezava ao Pai, não para que retirasse os
discípulos do mundo, mas para que os livrasse do Maligno (cf
Jo 17,15). Por outro
lado, Jesus confortava os discípulos na sua condição de peregrinos:
“Quando
Eu tiver ido e vos tiver preparado lugar, virei novamente e hei de levar-vos
para junto de mim, a fim de que, onde Eu estou, vós estejais também. E, para onde Eu vou, vós sabeis o
caminho. (…) Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai
senão por mim.” (Jo 14,3-4.6).
Por seu turno, a 1.ª Carta de Pedro afigura-se como um texto fundamental para tratar da vida do cristão e da Igreja num mundo
corrupto e corruptor. Constitui para a Igreja Peregrina (feita de discípulos, crentes, irmãos e apóstolos) uma espécie de
GPS bíblico para andarmos em segurança pelo labirinto espiritual da
pós-modernidade:
“Caríssimos, rogo-vos que, como estrangeiros e
peregrinos, vos abstenhais dos desejos carnais, que combatem contra a alma.
Tende entre os gentios um comportamento exemplar, de modo que, ao acusarem-vos
de malfeitores, vendo as vossas boas obras, acabem por dar glória a Deus no dia
da sua visita.” (Pe 2,11-12).
A condição de
peregrino postula a postura e o exercício da hospitalidade e do acolhimento. O
mesmo apóstolo Pedro recomenda:
“Exercei a hospitalidade
uns com os outros, sem queixas.” (1Pe 4,9).
A
Constituição Dogmática sobre a Igreja, Lumen
Gentium (LG)
relaciona a condição de peregrina da Igreja com a do antigo povo de Israel que
a precede e a prefigura:
“Assim como Israel segundo a carne, que peregrinava no
deserto, é já chamado Igreja de Deus (cf Ne 13,1; Nm 20,4; Dt 23,1 ss.), assim
o novo Israel, que ainda caminha no tempo presente e se dirige para a futura e
perene cidade (cf Hebr 3-4), se chama também Igreja de Cristo (cf Mt 16,18;
18,17), pois que Ele a adquiriu com o Seu próprio sangue (cf At 20,28),
encheu-a com o Seu espírito e dotou-a dos meios convenientes para a unidade
visível e social. Aos que se voltam com fé para Cristo, autor de salvação e
princípio de unidade e de paz, Deus chamou-os e constituiu-os em Igreja, a fim
de que ela seja para todos e cada um sacramento visível desta unidade salutar.”
(LG,9).
A condição de peregrina implica a missão. Veja-se o que rezam
os Evangelhos a este respeito.
João recolhe palavras de Cristo tanto na véspera da Paixão,
na oração sacerdotal, como na aparição aos discípulos, após a Ressurreição:
“Assim como Tu me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao
mundo.” (Jo 17,18). A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu
vos envio a vós.” (Jo 20,21).
Mateus vê o mandato missionário nas palavras de despedida que
recolhe, com a garantia da assistência da parte do mandante, cabeça da Igreja:
“Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os
a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco
até ao fim dos tempos.” (Mt 28, 19-20).
Por sua vez, Marcos regista o mandato, com a antevisão de
resultados e promessa de sinais que acompanharão o exercício da missão:
“Ide
pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será
salvo; mas, quem não acreditar será condenado. Estes sinais acompanharão
aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas
novas, apanharão serpentes com as
mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão de impor
as mãos aos doentes e eles ficarão curados.” (Mc 16,15-18).
Depois,
vem a reação dos discípulos e a confirmação da promessa do senhor:
“Eles,
partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles,
confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.” (Mc 16,20).
Lucas, porém, coloca o mandato no âmbito das últimas
instruções, garantindo aos discípulos que tudo aconteceu com Ele com estava
escrito a seu respeito. E eles são constituídos como testemunhas de tudo o que
aconteceu. Para tanto, serão revestidos com a força do Alto.
“Depois, disse-lhes: ‘Estas foram as palavras que vos
disse, quando ainda estava convosco: que era necessário que se cumprisse tudo
quanto a meu respeito está escrito em Moisés, nos Profetas e nos Salmos’. Abriu-lhes
então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: ‘Assim está escrito que
o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia; que havia de ser anunciada, em seu
nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por
Jerusalém. Vós sois as
testemunhas destas coisas. E Eu vou mandar sobre vós o que meu Pai prometeu.
Entretanto, permanecei na cidade até serdes revestidos com a força do Alto’.”
(Lc 24,44-49).
O Vaticano II, no documento citado, garante o caráter
transfronteiriço e universalista da Igreja:
Destinada a estender-se a todas as regiões, ela [a Igreja]
entra na história dos homens, ao mesmo tempo que transcende os tempos e as
fronteiras dos povos. (LG,9).
Depois,
alia a índole de peregrina da Igreja ao mandato do Senhor e à obrigação de
ensinar sempre e por toda a parte:
Assim como o Filho foi enviado pelo Pai, assim também Ele
enviou os Apóstolos (cf Jo 20,21) dizendo: ‘ide, pois, ensinai todas as gentes,
batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinai-as a observar
tudo aquilo que vos mandei. Eis que estou convosco todos os dias até à
consumação dos séculos’ (Mt 28,19-20). A Igreja recebeu dos Apóstolos este
mandato solene de Cristo de anunciar a verdade da salvação e de a levar até aos
confins da terra (cf At 1,8). Faz, portanto, suas as palavras do Apóstolo: ‘ai
de mim, se não prego o Evangelho’ (1Cor 9,16), e por isso continua a mandar
incessantemente os seus arautos, até que as novas igrejas se formem plenamente
e prossigam, por sua vez, a obra da evangelização. (LG,17).
***
Ora, o peregrino, se fizer desta condição um modo de vida –
sair da sua casa e da sua terra para melhorar as condições de vida ou com um
objetivo que implique uma certa duração é também um migrante, que se transforma
em emigrante em relação ao país de origem e imigrante em relação ao país de
acolhimento (?!). Isso aconteceu com Abraão de Ur para Canaã (Gn 12), com os seus descendentes que formaram o povo de Israel
para o Egito (Gn 46) – donde sai pela mão de Moisés (Ex 13). Depois, foram forçados ao exílio da Babilónia por cinco
décadas (2Rs 25; Jr 52), donde foram autorizados a sair por decreto de Ciro, da
Pérsia (Esd 1,2-4; 6,3-12). Pedro, no momento do Pentecostes, falou aos judeus que ali
acorreram às Festas provindos da diáspora:
“Ora,
residiam em Jerusalém judeus piedosos provenientes de todas as nações que há
debaixo do céu. Ao ouvir aquele ruído,
a multidão reuniu-se e ficou estupefacta, pois cada um os ouvia falar na sua
própria língua. Atónitos e maravilhados, diziam: ‘Mas esses que estão a falar
não são todos galileus? Que se
passa, então, para que cada um de nós os oiça falar na nossa língua materna? Partos, medos, elamitas, habitantes da
Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e
das regiões da Líbia cirenaica, colonos de Roma, judeus e prosélitos, cretenses
e árabes ouvimo-los anunciar, nas nossas línguas, as maravilhas de Deus!’.” (At
2,5-11).
A Igreja, novo Povo de Deus, continua na condição de peregrina
e migrante que herdou do antigo Israel e que, por força da sua encarnação
partilha com o homem de hoje e de todos os tempos. Se olharmos para o mundo da
História e da Geografia, a nossa Europa foi demandada por sucessivos
contingentes: áricos, fenícios, cartagineses, persas, árabes, ciganos, judeus e
alguns dos considerados bárbaros (uns
eram europeus, mas outros não). Os romanos estenderam os seus tentáculos aonde puderam (Síria, Palestina, Egito, Norte de África). Mais tarde,
espanhóis e portugueses demandaram o mundo inteiro, com objetivos económicos,
políticos e missionários. E hoje anda-se por todo o lado (até se emitem vistos gold). Traziam ou
levavam armas e outros objetos, mas não consta que fossem portadores de cartão
de cidadão, passaporte, vistos, autorização de residência. E não se levantaram
muros de hostilidade empedernida como agora. Jesus – Mestre, Senhor e
Fundamento da Igreja – não se acantonou em regime de permanência na Sinagoga ou
no Templo a ensinar, a rezar ou à espera que O procurassem. Antes, se dirigia a
vários lugares e mandava os discípulos em missão. Pedro diz do seu estilo de
vida:
“Sabeis o que ocorreu em toda a Judeia, a começar pela
Galileia, depois do batismo que João pregou: como
Deus ungiu com o Espírito Santo e com o poder a Jesus de Nazaré, o qual andou
de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos quantos eram oprimidos pelo
diabo, porque Deus estava com Ele. E
nós somos testemunhas do que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém.” (At
10,37-39).
***
É de notar que o povo de Deus foi prófugo em relação à
escravidão do Egito e à perseguição que lhe moveu Faraó e refugiou-se no
deserto. Tanto na condição de prófugo com na de refugiado, sentiu, para lá da
agrura e da tentação pecaminosa, a condução mosaica e a proteção divina. Também
a Igreja, movida pela perseguição desencadeada em terras da Judeia e limítrofes,
se sentiu impulsionada pelo Espírito para partir em missão/migração por todo o
lado
(vd At 8,4ss.26ss;
13;14; 16;17; 18; 20; 25; 27; 28). A Igreja (figurada na mulher
do Apocalipse) perseguida pela serpente (poderes
imperialistas de Roma, Rússia, China, EUA, etc.) refugia-se no sofrimento e no
conforto da terra e seus filhos são acolhidos junto de Deus e do seu trono (cf Ap 12).
Quem não conhece a história das perseguições do “ontem” e do
“hoje” aos cristãos (e a todos quantos lutam
pelo seguimento dos ditames da sua consciência) ou o dinamismo da Igreja que
sofre?
***
Como se pode dizer que hoje a Igreja é migrante? Além da sua
condição de peregrina a caminho do Pai, ela prepara, nos territórios onde goza
de estabilidade, sacerdotes, religiosos/as e leigos/as para a missão permanente
ou temporária onde é mais necessário levar humanização e evangelho ou apoio às
comunidades de migrantes, refugiados, militares e forças de paz. Vai a Igreja
montar seus hospitais e hospícios de campanha em auxílio de quem precisa de
atenção, vez e voz – não questionando quem sofre, trabalha, mas apoiando quem
está no terreno e denunciando, sendo o caso, a enormidade da postura de quem
delibera, manda e obriga o impensável, o inumano. E Maria, a peregrina com Jesus,
é a peregrina pela e com a Igreja.
***
O bispo de Leiria-Fátima declarou, em Fátima, a 12 de
agosto, que o problema dos migrantes e refugiados a tentar diariamente atingir
o território europeu, sobretudo pelo Mediterrâneo, “é um drama que se está a
transformar em tragédia”, que “clama por solidariedade urgente”, quer da parte
das Nações Unidas, quer das instâncias europeias. Sublinhou que “estas pessoas
são seres humanos, que têm uma história e uma família e não podem ser vistas
apenas como números”, não podendo a Europa “ficar a olhar para o lado” ante
este problema. E apontou o exemplo de países mais pobres, como a Jordânia ou o
Curdistão Iraquiano, que “têm menos recursos mas um coração maior do que a
Europa”, ao acolherem mais de 2 milhões de refugiados.
Dom António Marto admitiu que a Igreja em Portugal possa
abrir as portas de suas estruturas, para acolher os 1.400 refugiados sírios que
o governo português se disponibilizou a receber.
E, para a diretora da Obra Católica Portuguesa das
Migrações, os migrantes “são porta-voz das desigualdades sociais, das
perseguições, da pobreza e portadores de fé”. A eles é preciso dar acolhimento,
com base nos valores da justiça e da solidariedade – o que implica a promoção
de uma sensibilização geral e, em particular, da comunidade cristã, para
ultrapassar barreiras como as que existem atualmente em pessoas a
achar que “os refugiados vão viver à conta do Estado”.
Também o bispo das Forças Armadas e de Segurança, que
presidiu à peregrinação fatimita de agosto, destacou a dimensão migrante da
Igreja, alertando para o facto de o ocidente estar a “construir muros de betão
e mentais que podem ser muito perigosos”, e agradeceu “aos muitos missionários
pelo trabalho enorme que estão a fazer” junto da comunidade portuguesa
espalhada pelo mundo. Mais lançou um alerta geral sobre a situação que nos
envolve:
“Basta de cimeiras para descortinar formas de impedir que os
povos da fome se aproximem da nossa casa, apenas para apanharem as migalhas que
caem da nossa mesa! Não mais o travar caminho aos que fogem à carnificina
horrorosa e bárbara dos que matam em nome de uma fé!” (vd homilia de 13 de
maio).
E o insigne prelado fez um apelo de apostolado contínuo –
discreto, mas explícito e eficaz – aos emigrantes (a todos e cada um), também eles partícipes nesta mesma Igreja migrante:
“Levai aos homens e mulheres dos países onde viveis esta
abertura de espírito, esta verdadeira evangelização. Mostrai-lhes que a nossa
Igreja não possui fronteiras e é mãe de todos. Apresentai-lhes uma Igreja que é
migrante por natureza: começou com um fundador, Jesus, que, mal nasceu, teve de
se refugiar no Egito; nos seus Apóstolos, foi enviada a todo o mundo; e muito
deve aos cristãos de Jerusalém que tiveram de deixar a sua terra após a
perseguição que martirizou Estêvão, pois estes tornaram-se os primeiros
evangelizadores além-fronteiras. Também hoje vos convido a irdes à sociedade
onde residis levar a luz da fé e de uma mentalidade mais humanizada. Fazei-o
com alegria e são orgulho: vós dais mais aos povos que vos acolheram do que
trazeis deles. Dais mais economicamente – se eles vos dão cinco, vós gerais
riqueza de quinze ou vinte – e dais muito mais em luz da fé, pois, alguns
deles, deixaram apagar a vela do seu batismo.” (ib).
***
Verifica-se, por outro lado, que os países do golfo Pérsico atraem cada
vez mais investidores e mão-de-obra de todas as regiões do mundo, em particular
da Ásia. Nestes países há pelo menos 3 milhões de católicos, que formam uma
Igreja migrante, de estrangeiros, para estrangeiros.
O bispo Paul
Hinder refere que “muitos europeus que não conhecem a situação certamente
pensam que na Arábia não haja cristãos e que, portanto, mesmo para um bispo não
haverá lá nada que fazer”. Ele próprio teve de corrigir a sua visão do
contexto, pois, já em 1997, aí encontrou “uma variegada fileira de capuchinhos
e de outros sacerdotes provenientes de países diferentes, que no seio de uma
sociedade islâmica assistiam pastoralmente comunidades cristãs bastante vivas
de católicos provenientes de mais de uma centena de nacionalidades”.
Refere mesmo
que, ao falar-se de cristãos do Médio Oriente, a maior parte pensa nas Igrejas
orientais, que, não obstante as dificuldades, sobreviveram ao longo de uma
história rica de lutas e de sofrimentos. Delas só uma parte vive em comunhão
com Roma, por exemplo, os maronitas ou as minorias que no curso da História
optaram pela união com a Igreja Romana.
Porém, nos últimos
anos, verificou-se uma notável imigração de cristãos nos países do Médio
Oriente em ascensão económica. Assim, a partir dos anos 60, há cada vez mais
investidores e mão de obra de todas as regiões do mundo no Médio Oriente, o que
originou uma situação paradoxal. Enquanto muitas Igrejas orientais nas suas
zonas de origem têm cada vez menos fiéis, nos países do golfo Pérsico tem-se
vindo a formar uma Igreja de migrantes, jovem, vital, vibrante, mas
estruturalmente frágil. O seu número global rondará os 50 por cento de todos os
católicos que residem no Médio Oriente.
Por Deus, é
de reforçar o apoio às plúrimas ondas de refugiados e às igrejas migrantes em
crescimento, impedindo que o acolhimento do migrante
se transforme em hostilidade e exploração até à sua redução à escravatura, como
sucedeu outrora com o povo de Israel. Que a
Virgem peregrina, na sua imagem ou aparecida nos diversos lugares, a todos
inspire!
2015.08.15 –
Louro de Carvalho
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