Entre
os dias 14 de junho e 26 de julho, o Expresso
on line, está a publicar diariamente,
de segunda a sexta-feira, um artigo que retrata um caso nacional de inovação agrícola, com o apoio do Prémio
Intermarché Produção Nacional 2016, um projeto do Intermarché e do Expresso.
Penso
que é de assinalar tal iniciativa quando, por um lado, se propalam com razão a
falência de empresas, a estagnação económica e os défices e danos das contas
públicas e parapúblicas e, por outro lado, se multiplicam as ações de empreendedorismo
e inovação, de que pouco se fala.
Até
hoje, dia 5 de julho, a referida publicação digital já deu à luz, na secção Nova Agricultura,
textos de Rubina Freitas, como: “Portugueses descobrem doença de plantas na Europa” (14/06); “Gastronomia com pica. A urtiga quer
voltar à mesa” (15/06); “Sumos naturais com ADN português” (16/06); “Água do Alqueva dá vinho
com sabor a piratas e navios afundados” (17/06); “Nasceu entre kiwis, cresceu entre kiwis e
não se farta deles” (20/06); “Plantas portuguesas a desabrochar pela
Europa” (21/06); “Uma
alga que aumenta a validade da fruta” (22/06); “Inovação que vem nos genes e dá prémios aqui e lá fora” (23/06); “Usar caroços de azeitona
para fazer crescer tomate” (24/06); “Filha de agricultor sabe agricultar” (27/06); “Aldeia do Futuro procura
jovens agricultores” (28/06); “Seleção genética nacional para ter o CR7 dos
sobreiros” (29/06); “Quer ter uma horta? Há uma 'app' que lhe diz
como” (30/06); “Vacas japonesas
criadas no luxo do Alentejo” (01/07); “O
empreendedorismo cheira a lavanda em Castelo de Vide” (04/07); “1000 investigadores portugueses dedicados ao agroalimentar" (05/07). E mais se
seguirão nos próximos dias. São textos que resultam da garra empreendedora, da investigação
académica e da cooperação, bem como do empenhamento de escolas agrícolas e
cadeias de distribuição alimentar.
***
Paralelamente, foi
lançado o concurso à 3.ª edição do Prémio Intermarché Produção Nacional, adiante
referido por Prémio, cujas candidaturas
deveriam ter sido apresentadas até ao passado dia 30 de junho e com o preenchimento
do formulário on line, nos termos do
respetivo regulamento.Trata-se de “um projeto que valoriza e promove a produção
nacional e sensibiliza a Sociedade Civil para a importância do setor primário português” e que
simultaneamente “reconhece e premeia os melhores projetos de produção
sustentável, inovadora e tradicional”, em linha com a tendência de valorização
nacional do setor.
O
Prémio conta com os apoios institucionais
do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, do Ministério
do Ambiente e do Ministério do Mar, bem como com as parcerias estabelecidas,
para o efeito, com algumas das entidades de maior relevo nas vertentes de
ensino, ciência e investigação, associativismo, ambiente e auditoria,
designadamente: a APED (Associação Portuguesa de Empresas de
Distribuição); o ISA
(Instituto
Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa); a FMV (Faculdade de Medicina
Veterinária da mesma Universidade de Lisboa); a CAP (Confederação dos
Agricultores de Portugal);
a Quercus, associação nacional de conservação da natureza; e a EY (ex-Ernst&Young).
São
objetivos do Prémio: valorizar e promover
a produção nacional e o setor primário como atividade económica e social
fundamental no país; e identificar, reconhecer e premiar os melhores projetos
nas áreas da sustentabilidade, inovação e respeito pelas origens neste setor.
Puderam
candidatar-se todos os produtores nacionais que preenchessem na totalidade o
formulário de candidatura e cujos projetos se encontrassem legalizados, devendo
observar escrupulosamente as condições prescritas para cada categoria e subcategoria
de projeto. Assim:
-
Carnes e preparados de carne,
incluindo todos os projetos de produção de carne bovina, suína, aves e
preparados de carne – teriam de respeitar o bem-estar dos animais, promover as
raças locais (quando aplicável) e garantir a qualidade da carne a comercializar.
-
Produtos da pesca e preparados,
incluindo todos os projetos de produtos de pesca/ preparados – deveriam
respeitar o ambiente, preservar a biodiversidade e ser indispensáveis à boa
saúde e nutrição.
-
Frutas e preparados de fruta,
incluindo todos os projetos de produção de frutas e preparados de fruta –
deveriam respeitar o ambiente e excluir riscos toxicológicos na produção e
consumo.
-
Legumes e preparados de legumes,
incluindo todos os projetos de produtos hortícolas, plantas e raízes
comestíveis, e preparados de legumes – deveriam respeitar as condições em
função do seu género ou família de plantas (por exemplo, produtos
do género Brassica, como brócolos e couves),
do seu estado (frescos, refrigerados, congelados, secos ou
conservados transitoriamente)
e do uso a que se destinam (por exemplo, os produtos destinados
a alimentar o gado e as ervas para fins farmacêuticos ou para outros fins
semelhantes).
-
Produtos processados – subcategorias:
vinhos, queijos, charcutaria e azeite.
-
Produtos biológicos, incluindo todos
os projetos certificados de produtos – deveriam respeitar o ciclo de vida
natural dos sistemas e utilizar práticas agrícolas que fomentem a manutenção e
melhoria da fertilidade do solo, baseando-se no funcionamento e equilíbrio do
ecossistema e permitindo uma gestão sustentável do ambiente e da paisagem. (Incluem-se
aqui todos os produtos das categorias anteriores no modo de produção biológica).
Os
vencedores de edição anterior do mesmo Prémio
não podem candidatar-se à mesma categoria de produto, durante o período de um
ano, sob pena da invalidação da sua candidatura.
Os
critérios de apuramento do vencedor por categoria e subcategoria de projeto são:
o empreendedorismo e abordagem ao mercado; a sustentabilidade; e as origens.
Quanto
ao empreendedorismo e abordagem ao
mercado, os projetos devem promover métodos e/ou técnicas de produção
inovadoras, valorizar o produto através de embalagens e/ou marcas inovadoras e
demonstrar espírito empreendedor.
No
atinente à sustentabilidade: em
termos da sustentabilidade social e económica, os projetos devem impulsionar o
desenvolvimento das economias locais/regionais, ter viabilidade económica
comprovada e demonstrar capacidade de produção futura; em termos da
sustentabilidade ambiental, os projetos devem demonstrar e comprovar o respeito
pelos ecossistemas (eco fauna, eco flora, etc.) e a certificação das
matérias-primas e, ainda, apresentar eficiência hídrica e energética
certificada.
No
concernente às origens, os projetos
devem respeitar e fazer manter viva a sabedoria ancestral e as boas práticas
locais, manter e preservar metodologias de produção tradicionais e manter a
identidade (saber/sabor)
dos produtos tradicionais.
Os
vencedores serão conhecidos com base num exame preliminar e seleção pelo Júri
de acordo com a pertinência dos projetos e a sua relevância dentro dos
critérios apresentados, tendo cada um dos critérios uma ponderação de um terço
para a seleção dos vencedores.
A
tarefa de seleção e apuramento dos vencedores cabe a um júri constituído por
representantes de 7 entidades de reconhecida credibilidade nas vertentes de
ensino, ciência e investigação, associativismo, ambiente e da distribuição
moderna, a saber; APED (Associação Portuguesa de Empresas de
Distribuição); CAP (Confederação
dos Agricultores de Portugal);
FMV (Faculdade
de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa); ISA (Instituto Superior de
Agronomia da mesma Universidade de Lisboa);
Quercus; Impresa; e Intermarché (Em relação às parecias
supraindicadas, só há troca do EY pelo Intermarché). No âmbito do Júri, o Presidente
“tem como funções a mediação e supervisão das atividades inerentes às
responsabilidades do conjunto de jurados”.
Os
12 melhores projetos oriundos das categorias e subcategorias representadas com
mais do que uma candidatura farão parte da lista de pré-finalistas ou
pré-vencedores do Prémio Intermarché
Produção Nacional. Desses 12 pré-finalistas serão selecionados 6 vencedores.
Os
pré-finalistas serão contactados para entrevista com uma Comissão que aferirá a
pertinência do respetivo projeto e que, se o entender, poderá visitar o local
onde está implementado o projeto para assegurar que as condições de candidatura
foram integralmente respeitadas;
Os
pré-finalistas selecionados pelo Júri em cada uma das categorias apuradas serão
objeto de comunicação em diferentes plataformas, nomeadamente em televisão e
imprensa;
Os
responsáveis pelos projetos que integram a lista de pré-finalistas autorizam a
sua divulgação e a dos seus projetos através da realização de vídeos (e
outros conteúdos) a
serem transmitidos nos diferentes canais (em sinal aberto e
fechado) dos
parceiros de media do Prémio.
Os
que integram a lista de pré-finalistas do Prémio
serão contactados por e-mail e/ou telefone.
Os
vencedores serão apurados, por decisão soberana e irrecorrível do Júri, e
conhecidos durante o mês de setembro de 2016 e serão contactados por e-mail
e/ou telefone. Ser-lhes-á assegurado o escoamento dos produtos durante um ano; visibilidade
dos produtos vencedores em diversos canais de comunicação; entrega de placa
descritiva permanente com indicação de que os respectivos projetos foram
distinguidos pelo Prémio Intermarché
Produção Nacional 2016. Parte da margem de lucro será repartida entre o produtor
e o Intermarché;
Poderão
ainda ser atribuídas Menções Honrosas
aos projetos que, não sendo vencedores, se destaquem pela sua qualidade e
pertinência. Em caso de atribuição de Menção
Honrosa, os projetos beneficiarão ainda de até 3 meses de acompanhamento e
formação teórica/prática em questões técnicas, em período e condições a definir
conjuntamente.
Em
relação aos direitos de utilização, os
candidatos e os vencedores do Prémio assumem
total responsabilidade pelos projetos submetidos, garantindo também que são
integralmente de sua autoria; autorizam a sua visualização em formato vídeo e a
divulgação da sua imagem em diversas plataformas e meios de comunicação, bem
como a publicação/divulgação dos seus projetos, por exemplo em www.premiointermarche.pt;
diversas plataformas de comunicação dos parceiros Prémio Intermarché Produção
Nacional e do Intermarché; e comunicados de imprensa ou em quaisquer órgãos de
comunicação social.
***
É
do interesse nacional, para fomento da autoestima e inversão do pessimismo
crescente, dar espaço e tempo, às boas pesquisas, aos bons projetos e às boas
práticas.
2016.07.05 – Louro de Carvalho
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