No seu discurso ao II
Encontro Mundial dos Movimentos Populares, na Expo Feira de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), a 9 de julho de 2015, o Santo Padre recordou o primeiro encontro havido no Vaticano há meses e
sublinhou os sentimentos que percebeu, tanto em Roma como agora – “fraternidade,
paixão, entrega, sede de justiça” – no debate dos “melhores caminhos para
superar as graves situações de injustiça que padecem os excluídos em todo o
mundo”.
Mostrou mesmo a sua satisfação por ver a Igreja com as
portas abertas a todos, envolvendo-se, acompanhando e conseguindo sistematizar
em cada diocese e em cada comissão Justiça
e Paz, uma colaboração real, permanente e comprometida com os movimentos
populares – dinamismo que é preciso aprofundar da parte de todos – bispos,
sacerdotes e leigos, juntamente com as organizações sociais das periferias
urbanas e rurais.
Fazendo remontar à Bíblia as bases da sua reflexão, salientou
que Deus escuta o clamor do seu povo por “terra, teto e trabalho para todos os
nossos irmãos e irmãs” – o tríplice direito sagrado.
Falando dos problemas comuns da América Latina e de
toda a humanidade – com uma matriz global e que atualmente nenhum Estado pode
resolver por si mesmo – começa por reconhecer que precisamos duma mudança.
E, em jeito de interrogação, mexe em situações gritantes e generalizadas. Com
efeito, as coisas não andam bem num mundo onde há tantos camponeses sem terra,
tantas famílias sem teto, tantos trabalhadores sem direitos, tantas pessoas
feridas na sua dignidade; quando explodem as guerras sem sentido e a violência
fratricida assola os bairros; e quando solo, água, ar e todos os seres da criação
estão sob ameaça constante.
Porém, não se trata de questões isoladas. As múltiplas
e variadas exclusões e injustiças que se sofrem em cada atividade laboral,
bairro ou território estão unidas por um elo invisível. Estas realidades
destrutivas correspondem a um sistema que se tornou global e que impôs a lógica
do lucro a todo o custo, sem pensar na exclusão social nem na destruição da
natureza.
Por isso, clama o Papa: “queremos uma mudança, uma
mudança real, uma mudança de estruturas”. Mas a mudança tem de atingir a nossas
vidas, bairros, vilarejos, “a nossa realidade mais próxima” e “o mundo inteiro,
porque hoje a interdependência global requer respostas globais para os
problemas locais”. Além disso, sublinha que o estado a que o mundo chegou já
não aflige apenas os mais pobres e explorados, assegurando também que “mesmo
dentro da minoria cada vez mais reduzida que pensa sair beneficiada deste
sistema, reina a insatisfação e sobretudo a tristeza”. E então “já não nos
contentamos com lutar entre nós, mas chegamos até a assanhar-nos contra a nossa
casa”: hoje, “estão a produzir-se danos talvez irreversíveis no ecossistema”.
Este castigo à terra acompanha o castigo que se inflige aos povos e às pessoas “de
forma quase selvagem”. Citando Basílio de Cesareia, o Francisco verifica que, por
trás de tanto sofrimento, morte e destruição, se sente o cheiro do esterco
do diabo: “reina a ambição desenfreada de dinheiro”; e “o serviço ao bem
comum fica em segundo plano”. E aqui, o Pontífice põe o dedo na ferida:
Quando o
capital se torna um ídolo e dirige as opções dos seres humanos, quando a avidez
do dinheiro domina todo o sistema socioeconómico, arruína a sociedade, condena
o homem, transforma-o em escravo, destrói a fraternidade inter-humana, faz
lutar povo contra povo e até põe em risco esta nossa casa comum, a irmã e mãe
terra.
***
Perante a situação detetada, não se pode ficar no
diagnóstico nem atirar o ónus da mudança apenas para os governantes. O Papa
sugere que se interrogue cada um sobre o que pode e deve fazer no seu ambiente
e sobre o que todos podem e devem fazer em conjunto. E adianta:
Vós, os mais
humildes, os explorados, os pobres e excluídos, podeis e fazeis muito.
Atrevo-me a dizer que o futuro da humanidade está, em grande medida, nas vossas
mãos, na vossa capacidade de vos organizardes e promoverdes alternativas
criativas na busca diária dos três “T” – entendido? – (trabalho, teto, terra),
e também na vossa participação como protagonistas nos grandes processos de
mudança, mudanças nacionais, mudanças regionais e mudanças mundiais.
Depois, estes Movimentos Populares escutaram o desafio
papal: Vós sois semeadores de mudança. Trata-se da “mudança
concebida, não como algo que um dia chegará porque se impôs esta ou aquela
opção política ou porque se estabeleceu esta ou aquela estrutura social” – rapidamente
burocratizável e condenada ao insucesso –, mas radicada “numa conversão sincera
das atitudes e do coração”. Por isso, o Papa acentua o valor do “processo de
mudança”, em que “a paixão por semear, por regar serenamente o que outros verão
florescer, substitui a ansiedade de ocupar todos os espaços de poder
disponíveis e de ver resultados imediatos”.
Ora, a partir dos movimentos populares, são assumidas
as tarefas comuns com motivação no amor fraterno, que se rebela contra a
injustiça social. Com efeito, ao contemplarmos ou recordarmos os nomes e os rostos
dos que sofrem as várias agruras da vida, todos nos comovemos – acentua o Papa –
“porque vimos e ouvimos, não a fria estatística, mas as feridas da
humanidade dolorida, as nossas feridas, a nossa carne”; e não nos ficamos na “teorização
abstrata” ou na “indignação elegante”. “Esta emoção” – continua – “feita ação
comunitária é incompreensível apenas com a razão: tem um plus de
sentido que só os povos entendem e que confere a sua mística particular aos
verdadeiros movimentos populares”.
***
Porém, Francisco não se limita a uma exposição doutrinal,
mesmo que mergulhada na realidade. Vai ao ponto de verificar existencialmente o
trabalho árduo e doloroso destes movimentos:
“Vós viveis,
cada dia, imersos na crueza da tormenta humana […] Trabalhais no
insignificante, no que aparece ao vosso alcance, na realidade injusta que vos
foi imposta e a que não vos resignais opondo uma resistência ativa ao sistema
idólatra que exclui, degrada e mata. Vi-vos trabalhar incansavelmente pela
terra e a agricultura camponesa, pelos vossos territórios e comunidades, pela
dignificação da economia popular, pela integração urbana das vossas favelas e
agrupamentos, pela autoconstrução de moradias e o desenvolvimento das infraestruturas
do bairro e em muitas atividades comunitárias que tendem à reafirmação de algo
tão elementar e inegavelmente necessário como o direito aos “3 T”: terra, teto
e trabalho.
Mas enquadra no ser e no devir cristão a dinâmica sócio-humana
quando explicita:
Este apego
ao bairro, à terra, à profissão, à corporação, este reconhecer-se no rosto do
outro, esta proximidade no dia a dia, com as suas misérias […] é o que permite
realizar o mandamento do amor, não a partir de ideias ou conceitos, mas do
genuíno encontro entre pessoas; precisamos de instaurar esta cultura do
encontro, porque não se amam os conceitos nem as ideias […]; amam-se as
pessoas. A entrega […] nasce do amor pelos homens e mulheres, crianças e idosos,
vilarejos e comunidades: Rostos e nomes que enchem o coração.
E ilustra o quadro vivencial com a imagem decorrente
da concretização da esperança resultante da simbiose do económico bem ordenado
e do ecológico bem guardado e cuidado:
A partir
destas sementes de esperança semeadas pacientemente nas periferias esquecidas
do planeta, destes rebentos de ternura que lutam por subsistir na escuridão da
exclusão, crescerão grandes árvores, surgirão bosques densos de esperança para
oxigenar este mundo. […] Trabalhais no que aparece ao vosso alcance, cuidando
dos rebentos; mas, ao mesmo tempo, com uma perspetiva mais ampla, protegendo o
arvoredo. Trabalhais numa perspetiva que não só aborda a realidade setorial que
cada um de vós representa e na qual felizmente está enraizada, mas procurais
também resolver, na sua raiz, os problemas gerais de pobreza, desigualdade e
exclusão.
Todavia, não esquece o alerta imperativo e sugere uma
prece com uma certeza de futuro:
É
imprescindível que, a par da reivindicação dos seus legítimos direitos, os
povos e as organizações sociais construam uma alternativa humana à globalização
exclusiva. […] Que Deus vos dê coragem, vos dê alegria, vos dê perseverança e
paixão para continuar a semear. Podeis ter a certeza de que, mais cedo ou mais
tarde, vamos ver os frutos.
Aos dirigentes o Papa faz apelo e lança repto:
Sede criativos; e nunca percais o apego às coisas próximas, porque o pai da mentira sabe usurpar palavras
nobres, promover modas intelectuais e adotar posições ideológicas; mas, se
construirdes sobre bases sólidas, sobre as necessidades reais e a experiência
viva dos vossos irmãos, dos camponeses e indígenas, dos trabalhadores excluídos
e famílias marginalizadas, de certeza não vos equivocareis.
Na convicção de que “a Igreja não pode nem deve ficar
alheia a este processo no anúncio do Evangelho”, o Papa destaca o exemplo de muitos
sacerdotes e outros agentes pastorais, que realizam a tarefa imensa de acompanhar
e promover os excluídos, ao lado de cooperativas, impulsionando
empreendimentos, “construindo casas, trabalhando abnegadamente nas áreas da
saúde, desporto e educação”. Acredita que “a cooperação amistosa com os
movimentos populares pode robustecer estes esforços e fortalecer os processos
de mudança”. E aponta o exemplo e sugere a invocação de Maria – “uma jovem
humilde duma pequena aldeia perdida na periferia dum grande império, uma mãe
sem teto que soube transformar um curral de animais na casa de Jesus com uns
pobres paninhos e uma montanha de ternura”
– que é “sinal de esperança para os povos que sofrem dores de parto até que
brote a justiça”.
***
Apesar de nem o Papa nem a Igreja terem “o monopólio
da interpretação da realidade social e da proposta de soluções para problemas
contemporâneos” e mesmo de não existir “uma receita”, o Papa argentino não se
furta à reflexão conjunta “sobre algumas tarefas importantes neste momento
histórico” com vista a “uma mudança positiva em benefício de todos os nossos
irmãos e irmãs”. E propõe alguns tópicos – três – para uma mudança que se
enriqueça com o trabalho conjunto de governos, movimentos populares e outras
forças sociais, já que “a história é construída pelas gerações que se vão
sucedendo no horizonte de povos que avançam individuando o próprio caminho e
respeitando os valores que Deus colocou no coração”.
***
– A primeira tarefa é pôr a economia ao serviço dos
povos.
Contra a economia que mata, ao colocar os seres
humanos e a natureza ao serviço do dinheiro, excluindo pessoas e destruindo a
Mãe Terra, propõe uma economia comunitária – uma economia de inspiração cristã
– que garanta aos povos dignidade, prosperidade e civilização em seus
múltiplos aspetos. A sua
finalidade não consiste unicamente em garantir o alimento ou um decoroso
sustento. Não se limita sequer, embora fosse já um grande passo, a garantir
o acesso aos “3 T” pelos quais os movimentos populares combatem. Esta economia
não pode ser “um mecanismo de acumulação”, mas, sim, “a condigna administração
da casa comum” – o que “implica cuidar zelosamente da casa e distribuir
adequadamente os bens entre todos”.
Radicando esta opção no Evangelho do Reino de Deus, o
Papa postula uma economia que envolva os “3 T” referidos, mas também o acesso de
todos “à educação, à saúde, à inovação, às manifestações artísticas e
culturais, à comunicação, ao desporto e à recreação”; a criação das condições
para que “cada pessoa possa gozar duma infância sem privações, desenvolver os
seus talentos durante a juventude, trabalhar com plenos direitos durante os
anos de atividade e ter acesso a uma digna aposentação na velhice”; e a estruturação
de todo “o sistema de produção e distribuição de tal modo que as capacidades e
necessidades de cada um encontrem um apoio adequado no ser social”. Será, pois,
uma economia – não utópica – onde o ser humano se encontra em harmonia com a natureza.
Francisco considera que os recursos disponíveis no
mundo, fruto do trabalho intergeracional dos povos e dos dons da criação, são
mais que suficientes para o desenvolvimento integral de todos os homens e do
homem todo. Todavia, existe um sistema com outros objetivos, que, “além de
acelerar irresponsavelmente os ritmos da produção e de implementar métodos na
indústria e na agricultura que sacrificam a Mãe Terra na ara da produtividade, continua a negar a
milhares de milhões de irmãos os mais elementares direitos económicos, sociais
e culturais”.
E adverte que a “justa distribuição dos frutos da
terra e do trabalho humano não é mera filantropia”. Sendo um dever moral, é, para
os cristãos, “um mandamento”:
Trata-se de
devolver aos pobres e às pessoas o que lhes pertence. O destino universal dos
bens não é um adorno retórico da doutrina social da Igreja. É […] anterior à
propriedade privada. A propriedade, sobretudo quando afeta os recursos
naturais, deve estar sempre em função das necessidades das pessoas. […] Não
basta deixar cair algumas gotas, quando os pobres agitam este copo que, por si
só, nunca derrama. Os planos de assistência que acodem a certas emergências
deveriam ser pensados apenas como respostas transitórias, conjunturais. Nunca
poderiam substituir a verdadeira inclusão: a inclusão que dá o trabalho digno,
livre, criativo, participativo e solidário.
E, se este é o caminho dos movimentos, também será o
dos governos. E o Papa explicita:
Os governos
que assumem como própria a tarefa de colocar a economia ao serviço das pessoas
devem promover o fortalecimento, melhoria, coordenação e expansão destas formas
de economia popular e produção comunitária. Isto implica melhorar os processos
de trabalho, prover de adequadas infraestruturas e garantir plenos direitos aos
trabalhadores deste sector alternativo. Quando Estado e organizações sociais
assumem, juntos, a missão dos “3 T”, ativam-se os princípios de solidariedade e
subsidiariedade que permitem construir o bem comum numa democracia plena e
participativa.
***
– A segunda tarefa é unir os nossos povos no
caminho da paz e da justiça.
Aqui são denunciados o monopolismo estatal ou empresarial,
o colonialismo e as tutelas indevidas, que excluem a democracia plena e participativa,
a qual porá o futuro e o destino nas mãos do povo. Diz o Papa:
Os povos do
mundo querem ser artífices do seu próprio destino. Querem caminhar em paz para
a justiça. Não querem tutelas nem interferências, onde o mais forte subordina o
mais fraco. Querem que a sua cultura, o seu idioma, os seus processos sociais e
tradições religiosas sejam respeitados. Nenhum poder efetivamente constituído
tem direito de privar os países pobres do pleno exercício da sua soberania e,
quando o fazem, vemos novas formas de colonialismo que afetam seriamente as
possibilidades de paz e justiça, porque a paz funda-se não só no respeito
pelos direitos do homem, mas também no respeito pelo direito dos povos,
sobretudo o direito à independência.
Denuncia as novas formas de colonialismo:
Às vezes, é
o poder anónimo do ídolo dinheiro: corporações, credores, alguns tratados
denominados de livre comércio e a
imposição de medidas de austeridade
que sempre apertam o cinto dos trabalhadores e dos pobres. Os bispos
latino-americanos o denunciámos: as instituições financeiras e as empresas
transnacionais se fortalecem ao ponto de subordinarem as economias locais,
sobretudo debilitando os Estados, que aparecem cada vez mais impotentes para
levar adiante projetos de desenvolvimento ao serviço de suas populações. Noutras
ocasiões, sob o nobre disfarce da luta contra a corrupção, o narcotráfico ou o
terrorismo, vemos que se impõem aos Estados medidas que pouco têm a ver com a
resolução de tais problemáticas e, muitas vezes, tornam as coisas piores.
E censura a “concentração monopolista dos Media, que pretende impor padrões
alienantes de consumo e certa uniformidade cultural” como “outra das formas que
adota o novo colonialismo:
É o
colonialismo ideológico. Como dizem os bispos da África, muitas vezes,
pretende-se converter os países pobres em peças de um mecanismo, partes de
uma engrenagem gigante.
Por outro lado, Francisco reconhece que “nenhum dos
graves problemas da humanidade pode ser resolvido sem a interação dos Estados e
dos povos a nível internacional”:
Qualquer ato
de envergadura realizado numa parte do Planeta repercute-se no todo em termos
económicos, ecológicos, sociais e culturais. […] Nenhum governo pode atuar à
margem duma responsabilidade comum. Se queremos realmente uma mudança positiva,
temos de assumir humildemente […] a nossa sã interdependência. Mas interação
não é sinónimo de imposição, não é subordinação de uns em função dos interesses
dos outros.
Contrariando as velhas e novas formas de colonialismo,
é preciso dizer SIM ao encontro entre povos e culturas, na convicção de que serão
bem-aventurados os que trabalham pela paz.
E, em relação a determinadas ações colonialistas da
Igreja e/ou da sua cumplicidade com as de outrem, o Papa Francisco, na esteira
de seus predecessores e do CELAM, declara, com pesar:
Cometeram-se
muitos e graves pecados contra os povos nativos da América, em nome de Deus.
Reconheceram-no os meus antecessores, afirmou-o o CELAM […] e quero reafirmá-lo
eu também. Como São João Paulo II, peço que a Igreja […] se ajoelhe diante
de Deus e implore o perdão para os pecados passados e presentes dos seus filhos. E
[…] quero ser muito claro, como foi São João Paulo II: Peço
humildemente perdão, não só para as ofensas da própria Igreja, mas também
para os crimes contra os povos nativos durante a chamada conquista da América.
No entanto, não pode nem deve olvidar a outra face do trabalho
socioeclesial de tantos e tantas:
Também quero
que lembremos milhares de sacerdotes, bispos [e outros e outras], que fizeram
oposição à lógica da espada com a força da Cruz. Houve pecado, e pecado
abundante, mas não pedimos perdão no passado. Por isso, agora pedimos perdão […];
mas também lá […], onde abundou o pecado, superabundou a graça através destes
homens que defenderam a justiça dos povos originários.
***
– E a terceira tarefa que devemos assumir hoje
é defender a Mãe Terra.
Estando a casa comum de todos nós a ser saqueada, devastada,
vexada impunemente, a cobardia em defendê-la é um pecado grave. E, ao ver multiplicadas
as cimeiras internacionais sem resultados, o Papa declara, pedindo em nome de
Deus a defesa da Mãe Terra e prometendo a entrega aos presentes a sua Laudato Si’:
Existe um
claro, definitivo e inadiável imperativo ético de atuar, que não está a ser
cumprido. Não se pode permitir que certos interesses […] se imponham, submetendo Estados e organismos
internacionais, e continuem a destruir a criação. Os povos e os seus movimentos
são chamados a clamar, mobilizar-se, exigir – pacífica, mas tenazmente – a adoção
urgente de medidas apropriadas.
***
Concluindo, Francisco enfatiza:
O futuro da
humanidade não está unicamente nas mãos dos grandes dirigentes, das grandes
potências e das elites; está fundamentalmente nas mãos dos povos, na sua
capacidade de se organizarem e também nas suas mãos que regem, com humildade e
convicção, o processo de mudança”.
Por isso cada um deve interiorizar, de forma lúcida e
corajosa, o seguinte desiderato:
Nenhuma
família sem teto, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos,
nenhum povo sem soberania, nenhuma pessoa sem dignidade, nenhuma criança sem
infância, nenhum jovem sem possibilidades, nenhum idoso sem uma veneranda
velhice. Continuar com a luta e cuidar bem da Mãe Terra.
2015.07.14 –
Louro de Carvalho
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