terça-feira, 14 de julho de 2015

O futuro não está apenas nas mãos dos dirigentes dos povos

No seu discurso ao II Encontro Mundial dos Movimentos Populares, na Expo Feira de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), a 9 de julho de 2015, o Santo Padre recordou o primeiro encontro havido no Vaticano há meses e sublinhou os sentimentos que percebeu, tanto em Roma como agora – “fraternidade, paixão, entrega, sede de justiça” – no debate dos “melhores caminhos para superar as graves situações de injustiça que padecem os excluídos em todo o mundo”.
Mostrou mesmo a sua satisfação por ver a Igreja com as portas abertas a todos, envolvendo-se, acompanhando e conseguindo sistematizar em cada diocese e em cada comissão Justiça e Paz, uma colaboração real, permanente e comprometida com os movimentos populares – dinamismo que é preciso aprofundar da parte de todos – bispos, sacerdotes e leigos, juntamente com as organizações sociais das periferias urbanas e rurais.
Fazendo remontar à Bíblia as bases da sua reflexão, salientou que Deus escuta o clamor do seu povo por “terra, teto e trabalho para todos os nossos irmãos e irmãs” – o tríplice direito sagrado.
Falando dos problemas comuns da América Latina e de toda a humanidade – com uma matriz global e que atualmente nenhum Estado pode resolver por si mesmo – começa por reconhecer que precisamos duma mudança. E, em jeito de interrogação, mexe em situações gritantes e generalizadas. Com efeito, as coisas não andam bem num mundo onde há tantos camponeses sem terra, tantas famílias sem teto, tantos trabalhadores sem direitos, tantas pessoas feridas na sua dignidade; quando explodem as guerras sem sentido e a violência fratricida assola os bairros; e quando solo, água, ar e todos os seres da criação estão sob ameaça constante.
Porém, não se trata de questões isoladas. As múltiplas e variadas exclusões e injustiças que se sofrem em cada atividade laboral, bairro ou território estão unidas por um elo invisível. Estas realidades destrutivas correspondem a um sistema que se tornou global e que impôs a lógica do lucro a todo o custo, sem pensar na exclusão social nem na destruição da natureza.
Por isso, clama o Papa: “queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estruturas”. Mas a mudança tem de atingir a nossas vidas, bairros, vilarejos, “a nossa realidade mais próxima” e “o mundo inteiro, porque hoje a interdependência global requer respostas globais para os problemas locais”. Além disso, sublinha que o estado a que o mundo chegou já não aflige apenas os mais pobres e explorados, assegurando também que “mesmo dentro da minoria cada vez mais reduzida que pensa sair beneficiada deste sistema, reina a insatisfação e sobretudo a tristeza”. E então “já não nos contentamos com lutar entre nós, mas chegamos até a assanhar-nos contra a nossa casa”: hoje, “estão a produzir-se danos talvez irreversíveis no ecossistema”. Este castigo à terra acompanha o castigo que se inflige aos povos e às pessoas “de forma quase selvagem”. Citando Basílio de Cesareia, o Francisco verifica que, por trás de tanto sofrimento, morte e destruição, se sente o cheiro do esterco do diabo: “reina a ambição desenfreada de dinheiro”; e “o serviço ao bem comum fica em segundo plano”. E aqui, o Pontífice põe o dedo na ferida:
Quando o capital se torna um ídolo e dirige as opções dos seres humanos, quando a avidez do dinheiro domina todo o sistema socioeconómico, arruína a sociedade, condena o homem, transforma-o em escravo, destrói a fraternidade inter-humana, faz lutar povo contra povo e até põe em risco esta nossa casa comum, a irmã e mãe terra.
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Perante a situação detetada, não se pode ficar no diagnóstico nem atirar o ónus da mudança apenas para os governantes. O Papa sugere que se interrogue cada um sobre o que pode e deve fazer no seu ambiente e sobre o que todos podem e devem fazer em conjunto. E adianta:
Vós, os mais humildes, os explorados, os pobres e excluídos, podeis e fazeis muito. Atrevo-me a dizer que o futuro da humanidade está, em grande medida, nas vossas mãos, na vossa capacidade de vos organizardes e promoverdes alternativas criativas na busca diária dos três “T” – entendido? – (trabalho, teto, terra), e também na vossa participação como protagonistas nos grandes processos de mudança, mudanças nacionais, mudanças regionais e mudanças mundiais.
Depois, estes Movimentos Populares escutaram o desafio papal: Vós sois semeadores de mudança. Trata-se da “mudança concebida, não como algo que um dia chegará porque se impôs esta ou aquela opção política ou porque se estabeleceu esta ou aquela estrutura social” – rapidamente burocratizável e condenada ao insucesso –, mas radicada “numa conversão sincera das atitudes e do coração”. Por isso, o Papa acentua o valor do “processo de mudança”, em que “a paixão por semear, por regar serenamente o que outros verão florescer, substitui a ansiedade de ocupar todos os espaços de poder disponíveis e de ver resultados imediatos”.
Ora, a partir dos movimentos populares, são assumidas as tarefas comuns com motivação no amor fraterno, que se rebela contra a injustiça social. Com efeito, ao contemplarmos ou recordarmos os nomes e os rostos dos que sofrem as várias agruras da vida, todos nos comovemos – acentua o Papa – “porque vimos e ouvimos, não a fria estatística, mas as feridas da humanidade dolorida, as nossas feridas, a nossa carne”; e não nos ficamos na “teorização abstrata” ou na “indignação elegante”. “Esta emoção” – continua – “feita ação comunitária é incompreensível apenas com a razão: tem um plus de sentido que só os povos entendem e que confere a sua mística particular aos verdadeiros movimentos populares”.
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Porém, Francisco não se limita a uma exposição doutrinal, mesmo que mergulhada na realidade. Vai ao ponto de verificar existencialmente o trabalho árduo e doloroso destes movimentos:
“Vós viveis, cada dia, imersos na crueza da tormenta humana […] Trabalhais no insignificante, no que aparece ao vosso alcance, na realidade injusta que vos foi imposta e a que não vos resignais opondo uma resistência ativa ao sistema idólatra que exclui, degrada e mata. Vi-vos trabalhar incansavelmente pela terra e a agricultura camponesa, pelos vossos territórios e comunidades, pela dignificação da economia popular, pela integração urbana das vossas favelas e agrupamentos, pela autoconstrução de moradias e o desenvolvimento das infraestruturas do bairro e em muitas atividades comunitárias que tendem à reafirmação de algo tão elementar e inegavelmente necessário como o direito aos “3 T”: terra, teto e trabalho.
Mas enquadra no ser e no devir cristão a dinâmica sócio-humana quando explicita:
Este apego ao bairro, à terra, à profissão, à corporação, este reconhecer-se no rosto do outro, esta proximidade no dia a dia, com as suas misérias […] é o que permite realizar o mandamento do amor, não a partir de ideias ou conceitos, mas do genuíno encontro entre pessoas; precisamos de instaurar esta cultura do encontro, porque não se amam os conceitos nem as ideias […]; amam-se as pessoas. A entrega […] nasce do amor pelos homens e mulheres, crianças e idosos, vilarejos e comunidades: Rostos e nomes que enchem o coração.
E ilustra o quadro vivencial com a imagem decorrente da concretização da esperança resultante da simbiose do económico bem ordenado e do ecológico bem guardado e cuidado:
A partir destas sementes de esperança semeadas pacientemente nas periferias esquecidas do planeta, destes rebentos de ternura que lutam por subsistir na escuridão da exclusão, crescerão grandes árvores, surgirão bosques densos de esperança para oxigenar este mundo. […] Trabalhais no que aparece ao vosso alcance, cuidando dos rebentos; mas, ao mesmo tempo, com uma perspetiva mais ampla, protegendo o arvoredo. Trabalhais numa perspetiva que não só aborda a realidade setorial que cada um de vós representa e na qual felizmente está enraizada, mas procurais também resolver, na sua raiz, os problemas gerais de pobreza, desigualdade e exclusão.
Todavia, não esquece o alerta imperativo e sugere uma prece com uma certeza de futuro:
É imprescindível que, a par da reivindicação dos seus legítimos direitos, os povos e as organizações sociais construam uma alternativa humana à globalização exclusiva. […] Que Deus vos dê coragem, vos dê alegria, vos dê perseverança e paixão para continuar a semear. Podeis ter a certeza de que, mais cedo ou mais tarde, vamos ver os frutos.  
Aos dirigentes o Papa faz apelo e lança repto:
Sede criativos; e nunca percais o apego às coisas próximas, porque o pai da mentira sabe usurpar palavras nobres, promover modas intelectuais e adotar posições ideológicas; mas, se construirdes sobre bases sólidas, sobre as necessidades reais e a experiência viva dos vossos irmãos, dos camponeses e indígenas, dos trabalhadores excluídos e famílias marginalizadas, de certeza não vos equivocareis.
Na convicção de que “a Igreja não pode nem deve ficar alheia a este processo no anúncio do Evangelho”, o Papa destaca o exemplo de muitos sacerdotes e outros agentes pastorais, que realizam a tarefa imensa de acompanhar e promover os excluídos, ao lado de cooperativas, impulsionando empreendimentos, “construindo casas, trabalhando abnegadamente nas áreas da saúde, desporto e educação”. Acredita que “a cooperação amistosa com os movimentos populares pode robustecer estes esforços e fortalecer os processos de mudança”. E aponta o exemplo e sugere a invocação de Maria – “uma jovem humilde duma pequena aldeia perdida na periferia dum grande império, uma mãe sem teto que soube transformar um curral de animais na casa de Jesus com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura” – que é “sinal de esperança para os povos que sofrem dores de parto até que brote a justiça”.
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Apesar de nem o Papa nem a Igreja terem “o monopólio da interpretação da realidade social e da proposta de soluções para problemas contemporâneos” e mesmo de não existir “uma receita”, o Papa argentino não se furta à reflexão conjunta “sobre algumas tarefas importantes neste momento histórico” com vista a “uma mudança positiva em benefício de todos os nossos irmãos e irmãs”. E propõe alguns tópicos – três – para uma mudança que se enriqueça com o trabalho conjunto de governos, movimentos populares e outras forças sociais, já que “a história é construída pelas gerações que se vão sucedendo no horizonte de povos que avançam individuando o próprio caminho e respeitando os valores que Deus colocou no coração”.
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A primeira tarefa é pôr a economia ao serviço dos povos.
Contra a economia que mata, ao colocar os seres humanos e a natureza ao serviço do dinheiro, excluindo pessoas e destruindo a Mãe Terra, propõe uma economia comunitária – uma economia de inspiração cristã – que garanta aos povos dignidade, prosperidade e civilização em seus múltiplos aspetos. A sua finalidade não consiste unicamente em garantir o alimento ou um decoroso sustento. Não se limita sequer, embora fosse já um grande passo, a garantir o acesso aos “3 T” pelos quais os movimentos populares combatem. Esta economia não pode ser “um mecanismo de acumulação”, mas, sim, “a condigna administração da casa comum” – o que “implica cuidar zelosamente da casa e distribuir adequadamente os bens entre todos”.
Radicando esta opção no Evangelho do Reino de Deus, o Papa postula uma economia que envolva os “3 T” referidos, mas também o acesso de todos “à educação, à saúde, à inovação, às manifestações artísticas e culturais, à comunicação, ao desporto e à recreação”; a criação das condições para que “cada pessoa possa gozar duma infância sem privações, desenvolver os seus talentos durante a juventude, trabalhar com plenos direitos durante os anos de atividade e ter acesso a uma digna aposentação na velhice”; e a estruturação de todo “o sistema de produção e distribuição de tal modo que as capacidades e necessidades de cada um encontrem um apoio adequado no ser social”. Será, pois, uma economia – não utópica – onde o ser humano se encontra em harmonia com a natureza.
Francisco considera que os recursos disponíveis no mundo, fruto do trabalho intergeracional dos povos e dos dons da criação, são mais que suficientes para o desenvolvimento integral de todos os homens e do homem todo. Todavia, existe um sistema com outros objetivos, que, “além de acelerar irresponsavelmente os ritmos da produção e de implementar métodos na indústria e na agricultura que sacrificam a Mãe Terra na ara da produtividade, continua a negar a milhares de milhões de irmãos os mais elementares direitos económicos, sociais e culturais”.
E adverte que a “justa distribuição dos frutos da terra e do trabalho humano não é mera filantropia”. Sendo um dever moral, é, para os cristãos, “um mandamento”:
Trata-se de devolver aos pobres e às pessoas o que lhes pertence. O destino universal dos bens não é um adorno retórico da doutrina social da Igreja. É […] anterior à propriedade privada. A propriedade, sobretudo quando afeta os recursos naturais, deve estar sempre em função das necessidades das pessoas. […] Não basta deixar cair algumas gotas, quando os pobres agitam este copo que, por si só, nunca derrama. Os planos de assistência que acodem a certas emergências deveriam ser pensados apenas como respostas transitórias, conjunturais. Nunca poderiam substituir a verdadeira inclusão: a inclusão que dá o trabalho digno, livre, criativo, participativo e solidário.
E, se este é o caminho dos movimentos, também será o dos governos. E o Papa explicita:
Os governos que assumem como própria a tarefa de colocar a economia ao serviço das pessoas devem promover o fortalecimento, melhoria, coordenação e expansão destas formas de economia popular e produção comunitária. Isto implica melhorar os processos de trabalho, prover de adequadas infraestruturas e garantir plenos direitos aos trabalhadores deste sector alternativo. Quando Estado e organizações sociais assumem, juntos, a missão dos “3 T”, ativam-se os princípios de solidariedade e subsidiariedade que permitem construir o bem comum numa democracia plena e participativa.
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A segunda tarefa é unir os nossos povos no caminho da paz e da justiça.
Aqui são denunciados o monopolismo estatal ou empresarial, o colonialismo e as tutelas indevidas, que excluem a democracia plena e participativa, a qual porá o futuro e o destino nas mãos do povo. Diz o Papa:
Os povos do mundo querem ser artífices do seu próprio destino. Querem caminhar em paz para a justiça. Não querem tutelas nem interferências, onde o mais forte subordina o mais fraco. Querem que a sua cultura, o seu idioma, os seus processos sociais e tradições religiosas sejam respeitados. Nenhum poder efetivamente constituído tem direito de privar os países pobres do pleno exercício da sua soberania e, quando o fazem, vemos novas formas de colonialismo que afetam seriamente as possibilidades de paz e justiça, porque a paz funda-se não só no respeito pelos direitos do homem, mas também no respeito pelo direito dos povos, sobretudo o direito à independência.
Denuncia as novas formas de colonialismo:
Às vezes, é o poder anónimo do ídolo dinheiro: corporações, credores, alguns tratados denominados de livre comércio e a imposição de medidas de austeridade que sempre apertam o cinto dos trabalhadores e dos pobres. Os bispos latino-americanos o denunciámos: as instituições financeiras e as empresas transnacionais se fortalecem ao ponto de subordinarem as economias locais, sobretudo debilitando os Estados, que aparecem cada vez mais impotentes para levar adiante projetos de desenvolvimento ao serviço de suas populações. Noutras ocasiões, sob o nobre disfarce da luta contra a corrupção, o narcotráfico ou o terrorismo, vemos que se impõem aos Estados medidas que pouco têm a ver com a resolução de tais problemáticas e, muitas vezes, tornam as coisas piores.
E censura a “concentração monopolista dos Media, que pretende impor padrões alienantes de consumo e certa uniformidade cultural” como “outra das formas que adota o novo colonialismo:
É o colonialismo ideológico. Como dizem os bispos da África, muitas vezes, pretende-se converter os países pobres em peças de um mecanismo, partes de uma engrenagem gigante.
Por outro lado, Francisco reconhece que “nenhum dos graves problemas da humanidade pode ser resolvido sem a interação dos Estados e dos povos a nível internacional”:
Qualquer ato de envergadura realizado numa parte do Planeta repercute-se no todo em termos económicos, ecológicos, sociais e culturais. […] Nenhum governo pode atuar à margem duma responsabilidade comum. Se queremos realmente uma mudança positiva, temos de assumir humildemente […] a nossa sã interdependência. Mas interação não é sinónimo de imposição, não é subordinação de uns em função dos interesses dos outros.
Contrariando as velhas e novas formas de colonialismo, é preciso dizer SIM ao encontro entre povos e culturas, na convicção de que serão bem-aventurados os que trabalham pela paz.
E, em relação a determinadas ações colonialistas da Igreja e/ou da sua cumplicidade com as de outrem, o Papa Francisco, na esteira de seus predecessores e do CELAM, declara, com pesar:
Cometeram-se muitos e graves pecados contra os povos nativos da América, em nome de Deus. Reconheceram-no os meus antecessores, afirmou-o o CELAM […] e quero reafirmá-lo eu também. Como São João Paulo II, peço que a Igreja […] se ajoelhe diante de Deus e implore o perdão para os pecados passados e presentes dos seus filhos. E […] quero ser muito claro, como foi São João Paulo II: Peço humildemente perdão, não só para as ofensas da própria Igreja, mas também para os crimes contra os povos nativos durante a chamada conquista da América.
No entanto, não pode nem deve olvidar a outra face do trabalho socioeclesial de tantos e tantas:
Também quero que lembremos milhares de sacerdotes, bispos [e outros e outras], que fizeram oposição à lógica da espada com a força da Cruz. Houve pecado, e pecado abundante, mas não pedimos perdão no passado. Por isso, agora pedimos perdão […]; mas também lá […], onde abundou o pecado, superabundou a graça através destes homens que defenderam a justiça dos povos originários.
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– E a terceira tarefa que devemos assumir hoje é defender a Mãe Terra.
Estando a casa comum de todos nós a ser saqueada, devastada, vexada impunemente, a cobardia em defendê-la é um pecado grave. E, ao ver multiplicadas as cimeiras internacionais sem resultados, o Papa declara, pedindo em nome de Deus a defesa da Mãe Terra e prometendo a entrega aos presentes a sua Laudato Si’:
Existe um claro, definitivo e inadiável imperativo ético de atuar, que não está a ser cumprido. Não se pode permitir que certos interesses […] se imponham, submetendo Estados e organismos internacionais, e continuem a destruir a criação. Os povos e os seus movimentos são chamados a clamar, mobilizar-se, exigir – pacífica, mas tenazmente – a adoção urgente de medidas apropriadas.
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Concluindo, Francisco enfatiza:
O futuro da humanidade não está unicamente nas mãos dos grandes dirigentes, das grandes potências e das elites; está fundamentalmente nas mãos dos povos, na sua capacidade de se organizarem e também nas suas mãos que regem, com humildade e convicção, o processo de mudança”.
Por isso cada um deve interiorizar, de forma lúcida e corajosa, o seguinte desiderato:
Nenhuma família sem teto, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhum povo sem soberania, nenhuma pessoa sem dignidade, nenhuma criança sem infância, nenhum jovem sem possibilidades, nenhum idoso sem uma veneranda velhice. Continuar com a luta e cuidar bem da Mãe Terra.

2015.07.14 – Louro de Carvalho

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