Celebrou-se, nestes dias 12 e 13 de outubro, no Santuário de Fátima, a
6.ª Peregrinação Internacional Aniversária sob a presidência do Arcebispo de São Salvador da Bahia e
primaz do Brasil, Dom Sergio da Rocha, que, vindo “como peregrino entre os peregrinos de
todo o mundo”, pediu “uma Igreja comprometida com a defesa da vida e da
dignidade de todos”.
A
peregrinação de outubro, que evoca a 6.ª Aparição de Nossa Senhora, com o Milagre do Sol, é a última grande
peregrinação internacional do ano e contou pela primeira vez, desde o início da pandemia, com a participação de muitos
grupos organizados – 48 grupos de 15 nacionalidades diferentes – que devolveram
ao Recinto do Santuário de Fátima um colorido que não se via há muito. E foi a primeira peregrinação sem lotação de
peregrinos no Santuário desde maio do ano passado, embora no Santuário se mantenham em
vigor algumas regras de proteção individual e comunitária, como o uso da
máscara, a higienização das mãos e a distância física entre pessoas que não
pertençam ao mesmo agregado familiar.
Dos mencionados
48 grupos organizados, segundo o departamento de informação do Santuário, 19
são portugueses, das dioceses do Algarve, Aveiro, Beja, Bragança-Miranda,
Coimbra, Évora, Lamego, Lisboa, Portalegre-Castelo Branco, Porto, Setúbal e
Vila Real. Os restantes grupos são oriundos de países estrangeiros, com destaque
para Itália, com 8 grupos, França, com 5, e Espanha, com 3. Alemanha,
Bélgica, El Salvador, Eslováquia, Irlanda, Polónia, Reino Unido, Estados Unidos
da América e Suíça foram outros países com grupos organizados em Fátima, onde
também se encontrou um grupo de filipinos residentes na Holanda.
Os atos da
Peregrinação, em que participaram dois cardeais, 15 bispos (11 no dia 12) e 200 presbíteros (98 no dia 12), puderam ser seguidos em direto no
canal 1 da RTP, TVI, TV e Rádio Canção Nova, Rádio renascença, Rádio Maria e site
do Santuário, para lá de uma série de canais de rádio e televisão
internacionais como a Telepace (Itália) ou a
EWTN.
O Programa começou a ser desenvolvido
às 21,30 horas do dia 12, com a recitação do Rosário; seguiu-se a Procissão das
Velas e a celebração da Palavra. Neste dia 13, em que se faz memória da 6.ª
aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos e se celebra a Dedicação da Basílica
de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, o programa começou às 9 horas com a
recitação do Rosário, seguida de Missa Internacional, Palavra ao Doente,
Procissão do Adeus e Consagração a Nossa Senhora do Rosário da Fátima.
***
No encontro com os órgãos de
comunicação social, o Cardeal Marto lançou um olhar de esperança sobre o
presente e o futuro próximos, apelando à responsabilidade, depois de “tempos
difíceis” gerados pela pandemia, que “ainda fará experimentar, porventura,
muitas dificuldades e consequências do ponto de vista económico e social”. E,
sublinhando a “cultura do cuidado” a que este tempo pandémico convocou, o Bispo
de Leiria-Fátima observou:
“Esta
peregrinação inicia um novo ciclo marcado pela esperança. Estamos a vencer a
pandemia. (…) Nesta peregrinação, já vimos o Santuário com um novo colorido.
Estamos longe de outros tempos, mas perto de uma nova realidade, que, vivida
com responsabilidade, cuidado e resiliência, há de ser igualmente boa.”.
E, a lembrar as vítimas de covid-19 e
os seus familiares em luto, disse:
“Fica
uma palavra de gratidão a todos quantos salvaram vidas e permitiram que os
doentes, os idosos, os que perderam emprego continuassem vivos. Quantas pessoas
carregaram e carregam cruzes para ajudar os outros, se sacrificam para ajudar
os que precisam! Para esses, deve voltar-se a nossa gratidão.”.
Sobre os casos de pedofilia recentemente
expostos pela Igreja em França, António Marto falou da urgência de conversão,
admitindo a “dor, a tristeza e a vergonha” que cobrem os católicos face a estas
notícias e a necessidade de, tal como referiu o Papa, “realizar todos os
esforços a fim de que tais dramas não se possam repetir”. E, focando a perspetiva
de Bento XVI sobre o tema, em 2005, à luz da mensagem de Fátima, quando alertou
para o facto de “os sofrimentos da Igreja virem do pecado que existe na Igreja”
e para a “profunda necessidade” de a mesma reaprender a penitência, aceitar a
purificação, aceitar o perdão e a justiça”, vincou:
“Esta
é uma situação de luto para a Igreja: para interiorizar tudo o que significa
esta chaga, mas também para olhar o futuro com olhar novo, reconstruindo um
novo caminho com dignidade e esperança (…). Portanto, a Igreja está disposta a
realizar, com determinação, todos os esforços necessários para pôr fim a estes
dramas, que a atingiram profundamente, no cuidado com as vítimas, numa atitude
preventiva e sem contemplações.”.
Num panorama eclesial, o prelado do
Lis perspetivou o Sínodo que a Igreja vive como “um momento crucial” e “um
processo que marcará a passagem de uma Igreja clerical para um modelo sinodal,
baseada na corresponsabilidade de todos os fiéis”, numa dinâmica que deve
aspirar a “uma Igreja mais inclusiva” e fraterna. E, em relação à proximidade
da Jornada Mundial da Juventude de 2023 (JMJ 2023), em Lisboa, António Marto prevê que Fátima será “um polo aglutinador dos
jovens que, vindos a Lisboa, se deslocarão a este enorme altar”. E vincou:
“Estaremos
cá para acolher todos com a nossa hospitalidade. O caminho que vamos trilhar
até lá será decisivo para os frutos que, depois, precisaremos de colher. Não
basta fazer um grande acontecimento, é preciso lançar sementes, para que deem
fruto renovado.”.
O purpurado mencionou ainda o
Encontro Religiões e Cultura em diálogo “Povos
irmãos, terra futura”, promovido pela Comunidade de Santo Egídio, o
encontro “Fé e Ciência”, através do
qual o Papa reuniu cientistas, especialistas e líderes religiosos no Vaticano e
a reunião interparlamentar promovida em Roma, no início de outubro, com vista à
Conferência de Glasgow sobre o clima – iniciativas que o Cardeal António Marto
considera como a afirmação de que a preocupação pela ecologia se torna num
“património comum das religiões”.
Por seu turno, o Arcebispo de
Salvador da Bahia e primaz do Brasil, Cardeal Sergio da Rocha, que presidiu à
Peregrinação, expressou a “alegria de retornar a Fátima”, assumindo-se como “um
peregrino entre os peregrinos”. E frisou a este respeito:
“Venho
participar nesta peregrinação com os irmãos. Venho trazer as preces, os
louvores e os clamores dos que continuam a sofrer com a pandemia, especialmente
os enfermos e os mais pobres.”.
O primaz do Brasil apresentou a
peregrinação como uma “oportunidade de vida nova” e um “exercício de
sinodalidade”, pela possibilidade de fazer caminho em comunhão, sublinhando a
consciência de família que os tempos pandémicos reavivaram. E assegurou:
“O
Santuário de Fátima, com a sua mensagem, traz-nos a certeza de que não estamos
sozinhos e de que contamos com a presença de Deus e, de um modo especial, com a
Mãe de Jesus, que caminha connosco, sobretudo neste tempo tão desafiador. Não
nos podemos acomodar perante os desafios da vida, sejam eles quais forem. (…) Gostaria
muito que esta mensagem de esperança, que brota da fé e do amor, pudesse ecoar
cada vez mais a partir do Santuário para o mundo.”.
No quadro da vida do Santuário, o reitor
destacou os sinais positivos de “alguma recuperação” no atinente à presença de
peregrinos, revelando que, entre janeiro e setembro de 2021, mais de 1,3 milhão
de peregrinos participaram em celebrações no Santuário.
O Padre Carlos Cabecinhas sublinhou o
regresso dos grupos organizados à Cova da Iria – num total de 217 grupos
estrangeiros e 179 grupos nacionais, até ao momento –, expressando a confiança
e otimismo num regresso a uma normalidade na qual o Santuário continuará a
apostar na comunicação digital, garantindo que Fátima seja levada a quem não
puder vir à Cova da Iria. Sobre a JMJ de 2023, que trará a Lisboa e a Fátima o
Santo Padre, assegurou que o Santuário se está a preparar para o momento.
Por fim, deu a conhecer o programa
comemorativo do centenário do mensário “Voz
da Fátima”, “uma forma digna de lembrar os que, ao longo de um século,
escreveram e leram”.
***
O primaz do Brasil, na homilia da
Celebração da Palavra, na noite do dia 12, que fez lembrar as grandes multidões
de Fátima, assegurou que é ao lado de Maria que encontramos “força,
esperança e alegria”, pelo que Fátima “é o lugar onde encontramos a força para
superar as contrariedades e os sofrimentos”.
“Peregrinar
é bom, mas também é compromisso, oportunidade singular para dar passos de
conversão e vida nova. (...) Exige passos na caminhada, com o coração voltado
para o Senhor e o olhar confiante em Nossa Senhora, atentos aos irmãos que
caminham connosco, ao próximo que deve ser reconhecido e amado como irmão.”.
O prelado
brasileiro, que deveria ter presidido à peregrinação de maio de 2020, mas que,
por causa da pandemia, não pôde estar presente, prosseguiu com a marca da
sinodalidade eclesial:
“Nós
somos chamados a caminhar unidos, com a Igreja e como Igreja. Entretanto,
devemos dar uma atenção especial a quem não consegue caminhar porque se
encontra fragilizado, sofredor. É preciso lembrar-se, com especial atenção, das
ovelhas feridas e errantes do rebanho, pois a todas Jesus quer conduzir e
salvar.”.
E, confiante
na poderosa intercessão de Maria, indicou:
“Neste
tempo de provação, nós levantamos o olhar confiante para a Senhora de Fátima;
recorremos à sua intercessão para suplicar a Jesus por nós e pelos que mais
sofrem, a fim de alcançarmos a força espiritual, a esperança e a paz”.
A partir das
leituras da liturgia, Sergio da Rocha falou de esperança e de amor, destacando
que é na escola de Maria que os cristãos devem aprender a ser uns para os outros,
e apontou:
“Em
Fátima, por meio de sua materna intercessão, a nossa oração chega a Jesus. Por
meio dela, com o seu exemplo, nós aprendemos a seguir a Jesus. (…) Nós aqui
estamos a refazer a experiência dos Pastorinhos de Fátima; a caminhar ao
encontro de Nossa Senhora para com ela e através dela chegarmos a Jesus. (...)
Nós também aqui encontramos, hoje, a força para superar as contrariedades e
sofrimentos.”.
Por fim,
declarou:
“Quem
se dispõe a cumprir a palavra de Deus, quem diz ‘sim’ a Deus, não deve ter
medo, mas confiar e permanecer fiel, na certeza de contar sempre com a sua
presença amorosa e com a força do seu Espírito”.
***
Na homilia
da Missa de encerramento da Peregrinação, o Arcebispo primaz do Brasil convidou
os peregrinos de Fátima a respeitar e zelar pela vida e pela dignidade humanas,
numa atitude inclusiva. E, neste sentido, afirmou:
“Nós somos a Igreja viva, o
santuário vivo do Senhor. (...) A vida e a dignidade de cada pessoa necessitam
ser reconhecidas, defendidas e promovidas,
pelos que oram no templo e pelos que formam o templo vivo do Senhor, sem
excluir ninguém de nosso amor fraterno.”.
A partir da
liturgia do dia, em que se faz memória da festa da dedicação da Basílica de
Nossa Senhora do Rosário de Fátima, o prelado brasileiro lembrou a importância
do templo como espaço e lugar de oração, mas também de compromisso da
comunidade cristã. E vincou:
“Nesta Peregrinação, nós temos a
alegria de celebrar o aniversário da Dedicação desta Basílica de Nossa Senhora
do Rosário, com louvores a Deus por esta amada igreja que tem sido fonte de
graças para os peregrinos de todo o mundo”.
Depois,
sublinhou:
“O profundo respeito e o zelo pelo
templo edificado com pedras devem ser acompanhados da mesma atitude por cada
pessoa e por cada comunidade eclesial, onde Deus faz sua morada”.
E, considerando
a interconexão entre a confiança que temos em Nossa Senhora e a nossa obrigação
para com o próximo, advertiu:
“Nós que recorremos a Ela não
podemos ficar indiferentes aos sofrimentos do próximo, especialmente do próximo
mais necessitado e fragilizado, que está à espera de nossa oração, de nossa
presença amiga e de nossa solidariedade”.
Por isso,
desafiou a que rezemos “pelos que mais sofrem” e procuremos “amar e servir os
que sofrem, como fez Nossa Senhora, contando com a sua proteção”.
Sobre a sua
condição de peregrino e brasileiro, explanou:
“Venho a este querido Santuário como
peregrino entre os peregrinos de todo o mundo e como peregrino oriundo de um
país ligado a Portugal não somente por laços históricos e culturais, mas
sobretudo por laços de fé e de devoção a Nossa Senhora de Fátima, muitíssimo
venerada pelo povo brasileiro, assim como ocorre em tantos outros países”.
Garantiu que
se trouxeram “as orações de todos ao altar do Senhor, rezando pelos que mais
sofrem as consequências da pandemia, os enfermos, os pobres, as famílias
enlutadas e todos os que se encontram mais fragilizados e pelos que se dedicam
à vacinação portadora de esperança”. E, destacando a ação dos profissionais da
saúde, o purpurado brasileiro, provindo de um país ainda muito fustigado pela
pandemia, declarou:
“Reconhecemos com louvor a Deus e
gratidão os passos que têm sido dados na superação da pandemia, mas precisamos de
continuar a cuidar da vida e da saúde com responsabilidade”.
Por fim, encarecendo
a união dos peregrinos de Fátima ao Papa Francisco”, instou à oração pelos
trabalhos do Sínodo que agora começou:
“É uma ocasião especial para
crescermos na vivência da participação, comunhão e missão da Igreja. Vamos
participar sempre mais e ajudar os nossos irmãos a participarem da Igreja;
procuremos caminhar sempre mais unidos e prontos para assumir a missão
evangelizadora da Igreja no mundo de hoje, em meio a tantos desafios pastorais.”.
Na Palavra
ao Doente, na adoração ao Santíssimo Sacramento, a irmã Sandra Bartolomeu
garantiu a presença de Deus no sofrimento e exortou o doente a viver nessa
certeza:
“Meu irmão, minha irmã que estás
doente, (...) deixa que o teu vale se transforme num oásis, porque Nosso Senhor
– que os Pastorinhos viram durante o milagre do sol, aqui na Cova da Iria em
1917 – está presente hoje para ti. Ele faz-se presente na Eucaristia, à qual os
santos Francisco e Jacinta gostavam de chamar Jesus Escondido, e está presente
em ti, no templo do teu corpo frágil e dorido, no santuário do teu coração; e,
como naquele dia 13 de outubro de 1917, hoje Ele derrama sobre o mundo inteiro,
sobre cada homem e mulher e sobre ti a sua bênção, plena de graça e
misericórdia.”.
E, apresentando
o amor de Deus como “dom gratuito e incondicional”, que “só pede uma
resposta: a entrega livre e abandonada do que somos nas mãos de Deus”, convidou
o doente a oferecer as suas provações a Deus nos seguintes termos: “Se te sentes muito pobre, oferece a Deus o
teu nada. Ele fará da tua indigência e das tuas dores lugar da sua morada e
instrumento da sua salvação em favor de toda a humanidade.”.
***
Na saudação
final, o Cardeal Marto recordou as palavras que disse a Nossa Senhora,
garantindo a confiança no regresso, por ocasião da peregrinação de 13 de maio
de 2020, quando, devido às limitações da pandemia, o Santuário estava sem
peregrinos. E vincou:
“Hoje, devo dizer: vós, queridos peregrinos,
respondestes à chamada de modo admirável. Agradeço sobretudo o vosso testemunho
de fé. Vieste em multidão, como filhos que querem sentir de novo a ternura e a
consolação, junto do colo da Mãe e do Seu coração terno e materno. O vosso
testemunho de fé traz-me muita alegria e conforto.”.
O prelado
agradeceu aos peregrinos que vieram ao Santuário, no tempo de pandemia, pelo
exemplo no cumprimento das regras sanitárias, considerando um comportamento
exemplar para todo o país. Agradeceu a presença do presidente da celebração e
lembrou a união histórica e de fé entre o povo português e brasileiro, a quem
enviou uma especial saudação. Não esqueceu as crianças, a quem enviou uma
saudação carinhosa. Lembrou os doentes, a quem enviou o seu afeto, na esperança
de que, logo que as condições o permitam, possam vir a retomar o lugar na
colunata que lhes está habitualmente reservada. E mencionou ainda o Papa
Francisco e a referência que este deixou a Fátima na audiência geral deste dia
no Vaticano.
Por fim, antes
de saudar os peregrinos nas diferentes línguas, Dom António Marto deixou um
agradecimento à Guarda Nacional Republicana, não só pelo aniversário, que
celebra neste dia, mas também pelo serviço que prestou no Santuário, durante a
pandemia, ajudando a garantir que fossem cumpridas todas as regras
estabelecidas.
***
É, finalmente,
de registar que o Papa evocou, neste dia 13, no Vaticano a 6.ª Aparição de
Nossa Senhora aos Pastorinhos na Cova da Iria (Fátima), instando à recitação diária do terço.
Saudando os
peregrinos e visitantes de língua inglesa, fez votos por que, “neste mês de outubro, por intercessão de Nossa Senhora
do Rosário, possamos crescer na liberdade cristã que recebemos no Batismo”,
pelo que sobre todos eles e suas famílias invocou “a alegria e a paz do Senhor”.
Saudando cordialmente os fiéis
de língua alemã, pediu que “a Bem-Aventurada Virgem Maria, cujas aparições
em Fátima hoje recordamos, nos guie no caminho de contínua conversão e
penitência ao encontro de Cristo, o sol da justiça; e a sua luz nos liberte de
todo o mal e dissipe as trevas deste mundo”.
Saudando todos os fiéis de língua portuguesa, desejou que se fortaleça
cada vez mais, nos seus corações, “o sentir e o viver com a Igreja,
perseverando na reza diária do terço”. Com efeito, poderão assim “reunir-se
quotidianamente com a Virgem Mãe, aprendendo com Ela a cooperar plenamente com
os desígnios de salvação que Deus tem sobre cada um”. E disse: “Que o Senhor vos abençoe, a vós e aos vossos entes queridos”.
E a todos os
fiéis, peregrinos e visitantes disse:
“Os meus pensamentos vão, como sempre, para os idosos, os doentes, os
jovens e os recém-casados. Hoje recordamos a última aparição de Nossa
Senhora de Fátima. Confio-vos todos à celeste Mãe de Deus, para que Ela
vos acompanhe com ternura maternal no vosso caminho e vos console nas provações
da vida.”.
***
Peregrinar com Maria e por Maria é a condição feliz da Igreja que se
exprime aprendendo a caminhar e fazendo caminhar em conjunto todos os seus
membros na rota da mútua aprendizagem e ajuda – rezando, cantando, trabalhando,
missionando, enfim, sendo cristófora para as pessoas e as comunidades e
antropófora para Cristo. Peregrinar, no sentido mais profundo, é sínodo e
caminhada sinodal, é caminho que se faz caminhando, é caminho para o verdadeiro
Caminho, é Caminho que Maria seguiu e nos aponta para que O sigamos.
2021.10.13 –
Louro de Carvalho
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