Foi há
35 anos. Porque, no dia 30 de janeiro, de 1984, última segunda-feira do mês,
falecera em Lamego o Cónego José Cardoso de Almeida, ressoou na Sé Catedral, a
meio da tarde do dia 1 de fevereiro, integrada na Liturgia Eucarística das
exéquias solenes, a prece: “Lembrai-vos do vosso servo José Cardoso,
sacerdote a quem hoje chamastes para vós; configurado com Cristo na morte, com
Cristo tome parte na ressurreição”.
***
A
evocação das exéquias
Naquela
tarde, a Catedral e imediações eram um lindo mosaico de fé celebrativa: multidão
enorme de gente provinda de todas as partes da diocese rezava, cantava, em
sintonia com o presbitério ali conciliado e acolheu uma empolgante homilia do
bispo diocesano – um ato de culto marcado pela unção religiosa, pela perfeição
técnica e pelo ambiente contagiante.
Seguiu-se o
cortejo para Vila da Ponte, no concelho de Sernancelhe, donde era natural o
sacerdote. Mais do que o esperado préstito fúnebre, era uma verdadeira jornada
triunfal a desembocar na bonita, mas pequena, igreja paroquial – com a
envolvente repleta de gente e de automóveis. Dom António Xavier Monteiro
presidiu novamente à celebração eucarística com o canto de Vésperas e proferiu
uma espontânea e entusiasmante homilia. Foi, pela simplicidade e
espontaneidade, compartilhada entre o hierarca e seu povo, uma autêntica
apoteose, de tal modo que, enquanto as pessoas desfilavam perante o féretro,
cujo sepultamento se adiara para a manhã do dia seguinte, dadas as condições
coevas do cemitério e do tempo atmosférico, o Arcebispo referia que, “em Lamego, foi tudo muito bem, mas aqui foi
muito mais bonito!”.
De facto,
aquela romagem de saudade transmutou-se numa consagração pública, indelével da
memória de quem nela participou, ao Homem de Fé, ao Líder de uma linha
pedagógica benéfica, ao Catequista dos Catequistas, como era conhecido na urbe
lamecense.
No rescaldo
dos acontecimentos, o semanário diocesano “Voz
de Lamego” trazia vários testemunhos de colegas e admiradores, nomeadamente
do professor Duarte, que, lembrando que o sacerdote tinha em mente a iniciativa
de promover a construção do monumento ao catequista, apontava agora que o
monumento ao catequista é o túmulo do Cónego José Cardoso de Almeida no
cemitério da Vila da Ponte.
Reconheço a
limitação, mas, ao tempo não tive capacidade para escrever nada, apesar da
indicação que pessoas amigas me diziam ser minha obrigação – facto de que penso
ter-me redimido mais tarde em comentário ao seu último livro em cuja edição
póstuma “codiligenciei”.
Em 25 de
Outubro de 1992, o Município de Sernancelhe, o Seminário de Lamego, as paróquias
de Vila da Ponte, donde era natural, e de Sernancelhe, em cuja igreja matriz
fora batizado, e a família, na passagem do 50.º aniversário da sua ordenação
sacerdotal, prestaram-lhe sentida homenagem, com números programáticos na Vila
da Ponte e em Sernancelhe. E, sobretudo as celebrações em Vila da Ponte ainda
galvanizaram a diocese.
No Blogue “Asas da Montanha”, o Padre Manuel Carlos
Pereira Lopes, abade de Tarouca, fez-lhe uma eloquente referência no 25.º
aniversário de sua morte, de que respiguei o seguinte:
“Nunca vi ninguém com tanto, tanto jeito para
falar a crianças como o Cónego Zé. Ele era um motivador, um impulsionador, uma
pessoa convicta e agregadora. Tal como as crianças, os catequistas tinham-no em
enorme consideração. E como ele sabia cativá-los para a bela tarefa da
catequese! (…) Era um apóstolo da família. O que ele fez pela família na
diocese! Cursos, livros, contactos pessoais, slogans gravados que ainda hoje perduram. ‘Nada contra a família,
tudo pela família’, lê-se ainda hoje num calhau em Santa Helena.”.
***
Dados biográficos e ação pastoral
Nasceu na
Vila da Ponte a 8 de agosto de 1914. Recebeu o Batismo na igreja matriz de
Sernancelhe, pelos vistos, mercê de desentendimento entre o abade de Vila da
Ponte e um dos progenitores – que levou ao protelamento do Batismo do
recém-nascido para outubro e para outra paróquia. Foi ordenado a 26 de Julho de
1942, na Igreja Paroquial de Vila da Ponte, por Dom Agostinho de Jesus e Sousa.
Mais tarde, foi nomeado cónego honorário da Sé Catedral de Lamego, passando,
anos depois, a integrar o cabido da mesma catedral.
Sacerdote
zeloso, de grande prestígio na diocese de Lamego e no país, desenvolveu notável
ação nos campos da pregação e na pedagogia catequística, norteado pelos
critérios da humildade colaborante em todos os setores da atividade pastoral e
da crítica atempada, clara e vigorosa.
Cedo se
começou a olhar para ele como o amigo das crianças, o padre que “ensinava a ensinar” e que “ensinava a aprender”, consoante o
auditório que tinha à sua frente. Aparecia nas catequeses, como visitador e
animador; encabeçava a orientação de cursos ou ajudava a constituir equipa
formadora; organizou, a nível concelhio e diocesano, concentrações, certames
catequísticos e congressos eucarísticos, planos e jornadas de pastoral
familiar. Criava empatia e inspirava boa disposição. Decoravam-se inteiras
expressões suas, que revelavam saber e bonomia, ciência e simpatia, mesmo uma
ou outra que aparentemente fazia pouco sentido.
Entre estas,
recordo a seguinte, sobre a qual tive ocasião de produzir um comentário mais
aprofundado com base na saudação angélica a Maria: “O ‘Dominus vobiscum’. Que palavra
tão linda e tão doce! Levai-a para vossa casa.”.
Devo
recordar para corroborar a profundidade real desta recomendação e de outras
como esta, que Monsenhor Cândido António de Azevedo, a 13 de novembro de 1988,
no encerramento do Congresso dos Leigos e do Congresso Eucarístico, de nível
concelhio – após a leitura solene das conclusões, missa solene em frente aos Paços
do Concelho, procissão eucarística para a praça da Igreja matriz e ato de
adoração frente à igreja – voltou-se para os congressistas e interpelou-os: “Que
estais aqui a fazer? Levai os congressos para vossa casa. Fazei-os frutificar!”.
O pároco de
Vila da Rua – qualidade em que iniciou as suas funções pastorais – pelo seu
labor catequístico de inovação, foi chamado a dirigir o Secretariado Diocesano
da Catequese e a visitar as catequeses paroquiais. O homem prático, graças à
intuição, ao estudo e ao contacto com outras realidades, transformou-se no
teórico. No entanto, não olvidou o tempo de pároco e recusou quaisquer utopias
ou teorias que não pudesse demonstrar e não tentasse levar à prática.
À volta da
catequese, nos seus diversos níveis, arregimentou uma plêiade de agentes a quem
incutiu fulgor e gana evangélico-apostólicos, criando esquemas, estabelecendo mecanismos
e construindo meios de sensibilização e formação. E, certo de que se
multiplicavam os agentes minadores da família, propôs a criação do Secretariado
Diocesano da Pastoral Familiar, de que foi o primeiro diretor. Mobilizou
agentes, suscitou contributos, provocou formação. Colocou ao serviço da
pastoral familiar a Revista Catequística,
que dirigiu durante anos sem conta.
Não se
entregando exclusivamente a iniciativas ou a obras de que fosse o iniciador,
servia. E era a ideia importante. Sendo assim, foi também secretário da Obra
das Vocações e Seminários e assumiu interinamente a direção do Secretariado
Diocesano da Educação Cristã da Juventude.
Cedo se
convenceu de que a formação de crianças, adolescentes e jovens não resulta sem
a atenção necessária e adequada à formação dos pais. Foi assim que as palestras
aos pais e as publicações que implicavam esta componente da sensibilização e da
formação se tornaram cada vez mais frequentes. Foi ainda, durante muitos anos,
professor de Pedagogia Catequística no Seminário Maior de Lamego e de Moral na
Escola do Magistério Primário da mesma cidade, desde o momento da criação da
escola.
Finou-se sem
que se contasse, em Lamego, no dia 30 de Janeiro de 1984. As exéquias fúnebres
na Catedral de Lamego e na Igreja Paroquial de Vila da Ponte, para lá da
saudade, constituíram uma sentida manifestação de homenagem e apoteose ao
homem, ao sacerdote e ao pedagogo.
As suas
publicações e palestras refletiam o seu caráter intelectualmente metódico, a
exposição fácil e simpática de conteúdos, a afirmação convicta das ideias, o
jeito de provocar a resposta e o diálogo. Se hoje a estruturação das catequeses
ou a tomada de atitudes pedagógicas já estão distantes da doutrina e a
pedagogia praticadas pelo cónego José Cardoso de Almeida, contudo, não seriam o
que são efetivamente se não fosse a escola feita por José Cardoso e seus
colegas à época, que se impuseram como exemplos de labuta apostólica na atenção
à realidade que urge reformar numa perspectiva de optimismo, mas na
rendibilização de todos os talentos.
Postumamente,
a família decidiu editar o último livro que saiu da pena do cónego José
Cardoso, aquele em que ele pôs mais empenho. Prestou assim bom serviço à
diocese e às grandes causas.
***
A homenagem de 25 de outubro de 1992
Como se
disse, no dia 25 de outubro de 1992, um domingo, véspera do dia 26, dia do seu
Batismo, a diocese de Lamego esteve presente em celebração de homenagem e
sufrágio por aquele sacerdote, falecido a 30 de janeiro de 1984 e que teria
feito, a 26 de julho daquele ano, os 50 anos (bodas de ouro) da ordenação sacerdotal celebrada na igreja
paroquial de Vila da Ponte sob a presidência do Bispo Dom Agostinho de Jesus e
Sousa. Em 2017, teria feito o 75.º aniversário de sacerdócio.
Foram ordenados
de presbíteros ali no dia 26 de julho de 1942, além do Padre José Cardoso de
Almeida, os Padres Armando Rodrigues Silveira, Anselmo Fernandes de Freitas e
Lucas Ribeiro Pedrinho. Também Joaquim Mendes de Castro ali recebeu a Ordem de
Diácono e António Ribeiro a de Subdiácono (hoje abolida).
Naquele dia
de outubro de 1992, estavam ali – com o Bispo da diocese, o Arcebispo-Bispo Dom
António de Castro Xavier Monteiro, inúmeros sacerdotes, os alunos do Seminário
de Lamego e muitos fiéis – os Padres Anselmo e Lucas e o Cónego Mendes de
Castro, ainda vivos ao tempo e agora falecidos.
A celebração
fora aprazada para este dia pelo facto de no mês de julho muitos estarem de
férias e outubro ser o mês das Missões, sendo que o Seminário de Lamego no
domingo anterior estava ocupado com as atividades inerentes ao Dia Mundial das
Missões. Foi antecedida de tríduo de pregação a cargo do então Padre Cândido de
Azevedo, pároco de Sernancelhe e arcipreste, em que as pessoas tiveram
oportunidade de se aproximar do Sacramento da Reconciliação. A Celebração
principal foi a concelebração da Eucaristia sob a presidência do prelado
diocesano. Integrou o canto litúrgico de Vésperas e sermão proferido pelo então
reitor do Seminário, Padre João Augusto André Ribeiro, a pedido do Arcebispo. O
Seminário animou a liturgia ao nível do canto (sob a direção do Padre Rui Botelho) e da condução das cerimónias pelo Cónego Germano
José Lopes, que tinha sido pároco de Sernancelhe. Após a missa, rumou-se ao
cemitério em romagem processional e orante ao túmulo do Cónego José Cardoso.
Depois das
cerimónias religiosas, a maior parte dos participantes subiu a Sernancelhe onde
decorreu a sessão solene evocativa da memória do homenageado em termos do seu
perfil e ação, nas instalações da antiga Escola EB 2/3, a partir do ano
seguinte Escola Profissional de Sernancelhe. As diversas intervenções oratórias
foram entrecortadas por números musicais a cargo do orfeão do Seminário. O
orador convidado foi o Dr. Germano Duarte Cabral, professor da Escola
Secundária Latino Coelho, de Lamego, que bem conhecia a personalidade e obra de
José Cardoso de Almeida. Seguiu-se um briefing na Igreja
Matriz de Sernancelhe junto da Pia Batismal a cargo do Padre Cândido de Azevedo
(ainda não
tinha sido feito Monsenhor), que leu o
assento do Batismo de José Cardoso e comentou que, a exemplo de São Luís IX, rei
de França, que dizia chamar-se Luis de Poissy por ali ter sido
batizado, também o homenageado deveria ter sido chamado José de
Sernancelhe por ter sido batizado na igreja daquela vila – isto para
lá da substanciosa lição de história de arte sacra com base nos motivos
artísticos daquele imóvel (arquitetura, cachorrada, pintura a fresco e outras,
esculturas, talha dourada, paramentaria e trabalho em ourivesaria, prataria e
outros metais, bem como desenhos de arte pararupestre). E a jornada terminou com um jantar volante na Vila
da Ponte com as pessoas de fora que permaneceram até ao fim.
São dignos
de menção os factos de a Câmara Municipal ter assumido o encargo com a parte
mais complexa da logística, de os dois irmãos então sobrevivos (Maria
Augusta e Fernando) terem
assumido as despesas da refeição, sendo destinadas as sobras em dinheiro à
Biblioteca do Seminário de Lamego, e de muita, muita gente da diocese ter
respondido com a sua presença, sobretudo na missa, à notícia-pregão veiculada
dias antes pelo semanário diocesano Voz de Lamego, dirigida pelo então
Padre Armando dos Santos Ribeiro (hoje Monsenhor), sinal de que a memória do Cónego José dos
Rapazes (como alguns o apelidavam e ele assentia) ainda mexia com as pessoas.
***
Génese e desenvolvimento da obra catequética
Do muito que
se podia dizer de José Cardoso de Almeida, digo pouco, mas em torno dum facto
parecido com o que tornou notório Santo Evaristo (cuja memória
litúrgica se celebra a 26 de outubro), a fama da
entrega às causas. Exercia o Padre José Cardoso de Almeida funções paroquiais
em Vila da Rua. Tornam-se conhecidas as suas lições de catequese com as
crianças, com linguagem adaptada a cada idade, bem como materiais que
possibilitassem alguma atividade e ilustrassem as verdades doutrinais com
exemplos, esquemas e desenhos. Além disso, as suas palestras doutrinais aos
adultos em linguagem simples e, muitas vezes, a partir do que se via nas
igrejas e capelas tornaram-se notáveis (o pré-audiovisual ou a velha Biblia Pauperum). O Bispo diocesano em passagem-surpresa pela igreja
daquela paróquia pôde verificar tudo isto. Em breve, o prelado o convidou para organizar a
catequese na diocese e o Padre José Cardoso foi o primeiro Secretário Diocesano
da Catequese, funções que manteve até ao fim dos seus dias (até aos 69
anos).
Sem
abandonar o catecismo formulário segundo as indicações de São Pio X, que
atualizava a doutrina da cartilha – conjunto de perguntas/respostas uniforme
para todos – crianças, adolescentes, jovens e adultos – o Padre José Cardoso
britou o monolitismo e a uniformidade da cartilha. Como? Fazendo o esforço de
explicação de tudo o que se ensinava em linguagens adaptadas às idades,
multiplicando materiais – livros, cadernos, esquemas, objetos, desenhos, estampas,
fotos e, mais tarde outros meios. Editou livros e mais livros adequados aos
diversos grupos etários, como se pode ver pela lista não exaustiva constante em
baixo.
Depois,
associou a si e associou-se com outros de outras dioceses e foram editados catecismos
para cada um dos 4 anos da catequese e da escola primária (uns livros
para a catequese e outros para a escola primária) segundo o sistema: um pequeno catecismo por ano de catequese ou de
escolaridade, com lições de duas páginas para cada lição com texto e gravuras
em torno de um tema e com um pergunta e resposta de síntese, para uso do/a
aluno/a; e um guia com explicação detalhada de cada lição, para estudo do/a
catequista, e com sugestão de atividades e guião da aula, devendo o/a
catequista durante a lição usar o catecismo igual ao do/a aluno/a. Obviamente
que se começou pelos 4 anos de catequese / escola. Em cada diocese
organizaram-se grupos mistos de padres, freiras e leigos (sobretudo
padres a princípio) que
chamavam à cidade ou à vila ou se multiplicavam pelas freguesias para ministrar
cursos de catequistas, organizavam-se certames com prémios para quem
respondesse mais e melhor a perguntas de doutrina, congressos catequísticos ou
congressos eucarísticos com incidência catequística e publicaram-se revistas de
catequese. E José Cardoso começou a preparar livros para grupos de adolescentes
e grupos juvenis, bem como livros para formação de catequistas. E descobriu o
óbvio hoje: sem formação dos pais, a catequese infantil pouco adianta. Por isso,
incrementou a catequese de adultos e editou livros para os pais e aplicou-se à
Pastoral Familiar.
***
Enfim,
as suas obras principais são: A Liturgia Explicada
às Crianças, ed. autor, 1949; A Moral nas Escolas com
gráficos e exemplos, ed. Simões Lopes, Porto, 1955; A
História do Domingo, 1957; Vive o Teu Baptismo,
1958; Jesus Perdoou Pecados, 1958; Catequista
Missão Sublime (1.ª ed. 1959, 2.ª ed. 1968); Caminhar para Cristo (1.ª ed.
1962, 2.ª ed. 1968); Na
Escola de Cristo, 1964; Notas de Pastoral Catequética,
1966; Teatro Catequístico (com outros), 1966; De Mãos Dadas com Cristo,
1967; Catecismo Formulário, 1967; Curso para
os Pais – Catequese Familiar, 1970; Vida de Santa Eufémia,
1970; As Grandes Linhas do Diretório Catequístico,1972; Profissão
de Fé e seus Caminhos, 1972; História de Lamego
Contada às Crianças, 1974; Um Método para os
Pais (com Bento da Guia),
1975; A Família Reza, 1977; Pequeno Manual de
Catequese Familiar, 1979; Via-sacra com a Virgem Maria,
1979; Alerta!... pela Família, 1980; Paulo
VI ante a Regulação dos Nascimentos (com outros), s/d; C. P. B. – Curso de
Preparação para o Baptismo (com Bouça Pires), s/d; Novena da Senhora da
Paz, s/d; Novena de Santa Helena, s/d. Todas as
publicações sem outra indicação são edição do Secretariado Diocesano da
Catequese de Lamego.
***
E, por fim, continuará a prece: “Lembrai-vos, Senhor, do
vosso servo José Cardoso, sacerdote…”.
2019.02.01 –
Louro de Carvalho
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