quinta-feira, 9 de agosto de 2018

O Convento de Santa Cruz do Buçaco foi edificado há 390 anos


Refere a agência Ecclesia, em notícia do dia 8 de agosto, que o Bispo de Coimbra e os Carmelitas Descalços se associaram aos 390 anos do Convento de Santa Cruz e que as obras de requalificação deste edifício histórico, na serra do Bussaco, mostraram imagens de Jesus, Nossa Senhora e São João Batista escondidas numa parede.
Simbolicamente, Dom Virgílio Antunes e o Padre Joaquim Teixeira, pela Ordem dos Carmelitas Descalços, plantaram uma árvore, cada um, na Mata Nacional do Buçaco, para a qual se pretende a distinção de Património Mundial da UNESCO.
Dom Virgílio Antunes, no dia 7, lendo a mensagem que escreveu no Livro de Honra da Mata Nacional do Bussaco, disse:
Faço votos de que se conjuguem todos os esforços de que aqui possamos voltar muitas vezes e encontrar um espaço sempre melhorado”.
Por sua vez, o referido sacerdote Carmelita frisou que “todas as vezes” que algum representante dos Carmelitas Descalços se desloca a “visitar espaços de grata memória” para a ordem religiosa “sente-se na sua própria casa”. E, manifestando a sua “gratidão” e “profundo reconhecimento” pelo trabalho e missão ali desenvolvidos, justificou que o predito sentir-se em casa não deriva apenas de ali terem vivido os carmelitas em tempos idos, mas também do facto de os atuais responsáveis desta fundação assim o fazerem sentir.
Em declarações ao Jornal da Mealhada, o Bispo de Coimbra revelou que acalenta “o sonho” da presença ali duma pequena comunidade de Carmelitas que “mantivessem a reflexão, o espaço de oração e esta ligação histórica”. E realçou que a vontade dessa presença religiosa não é apenas pela preservação histórica, mas sobretudo para atualizar “a realidade e potenciar a procura de espiritualidade na perspetiva cristã”.
A Fundação Mata do Bussaco e a Câmara Municipal da Mealhada assinalaram os 390 anos do Convento de Santa Cruz, no dia 7 de agosto, e o programa comemorativo incluiu uma visita às obras de requalificação do convento, que se prevê estarem concluídas em março de 2019. Os visitantes foram informados dos trabalhos que estão a decorrer e ficaram a saber que foram encontradas imagens religiosas “escondidas” numa parede, que já tinha sido uma passagem.
O arqueólogo Nuno Silveira, que acompanha as obras, explicou que as imagens são de Jesus – sentado e virado para o altar –, em terracota, de Nossa Senhora e de São João Baptista, ambas em calcário, que estão “fragmentadas” e foram encontradas durante as picagens das paredes.
O Convento de Santa Cruz do Bussaco está fechado ao público, desde março deste ano (previsivelmente até marco de 2019), para as obras de requalificação e recuperação, que incluem as Capelas dos Passos da Via-Sacra.
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A exposição comemorativa
Entretanto, o Casino do Luso, na vila vizinha, também no concelho da Mealhada, acolhe, desde o passado dia 10 de julho até 31 de outubro deste ano, uma exposição com peças de Arte Sacra do espólio do Convento de Santa Cruz – pinturas em óleo sobre tela, madeira e cortiça, esculturas policromadas em suporte de madeira, bustos relicários, grupos escultóricos em suporte cerâmico e paramentaria religiosa – do século XVII ao século XIX. O acesso à exposição tem o custo de um euro por dia para maiores de sete anos, revertendo a “totalidade das receitas” para “a recuperação e restauro de algumas das peças expostas que se encontram em elevado estado de degradação”.
Promovida pela Fundação Luso em parceria com a Fundação Mata do Bussaco, a Direção Regional de Cultura do Centro e a Câmara Municipal da Mealhada, a mostra sobre o Convento – ligada à prática eremítica dos Carmelitas Descalços e à ação reformadora de Santa Teresa de Ávila – pode ser visitada entre as 10 horas e as 13 e as 14 foras e as 20, de terça a sexta-feira, e das 15 horas às 20, aos sábados, domingos e feriados.
Nuno Pinto de Magalhães, presidente da Fundação Luso, declarou a este respeito:
A Fundação Luso associa-se assim à Fundação Mata do Bussaco e à Câmara Municipal da Mealhada na consecução destes objetivos e tem a honra de dar visibilidade a este acervo, de grande valor histórico e cultural, nesta exposição no Casino do Luso, que estará patente ao público de 10 de julho a 31 outubro de 2018”.
E uma nota da Fundação Luso faz o enquadramento patrimonial especificando que o Deserto dos Carmelitas Descalços, o conjunto edificado do Hotel Palace do Bussaco e o Convento de Santa Cruz do Bussaco, “em obras de requalificação, congregam um património de grande valor cultural, histórico, patrimonial, religioso, militar e natural, candidatos a Património Mundial da UNESCO. E acrescenta:
A história deste convento inicia-se em 1628, quando o bispo de Coimbra, Dom João Manuel, doa aos carmelitas da província portuguesa a Mata do Bussaco para a construção do convento e retiro dos religiosos da Ordem”.
Em jeito de convite, António Gravato citou Celeste Amaro, diretora da Direção Regional de Cultura do Centro, que também esteve presente na inauguração da exposição, “as peças ali respiram” e, portanto, os visitantes têm oportunidade de ver ao pormenor cada uma das obras de arte em exposição, desenquadradas do Convento.
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A Mata Nacional do Bussaco
A Mata Nacional do Bussaco situa-se no extremo Noroeste da Serra do Buçaco (549 metros de altitude máxima), no concelho da Mealhada, distrito de Aveiro e diocese de Coimbra, localização geográfica que lhe confere “um microclima muito particular, com temperaturas amenas, elevada precipitação e frequentes nevoeiros matinais, que favorecem a ocorrência de elevada biodiversidade”. E, nas encostas expostas a sul, sobressai uma vegetação potencial perenifólia tipicamente mediterrânica e nas encostas mais a norte uma vegetação caducifólia, caraterística de clima temperado, como refere a Fundação Mata do Bussaco, na sua página na internet.
Com a área de cerca de 105 ha, a Mata possui “uma das melhores coleções dendrológicas da Europa, com cerca de 250 espécies de árvores e arbustos com exemplares notáveis”, sendo “uma das matas nacionais mais ricas em património natural, arquitetónico e cultural”.
Nesta mata se construiu o Convento de Santa Cruz do Buçaco, ligado à prática eremítica dos Carmelitas Descalços e à ação reformadora (1562) de Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz, que estimulou a criação de um dos mais originais Desertos da Ordem.
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O Convento de Santa Cruz do Buçaco
A sua história iniciou-se em 1628, quando o Bispo de Coimbra (e conde de Arganil) Dom João Manuel doou aos carmelitas da província portuguesa a mata do Bussaco para a construção do convento e retiro dos religiosos da Ordem. No apelo constante à solidão e ao afastamento do mundo, o Convento seria então o palco duma profunda experiência de contemplação, oração e penitência.
A partir da ação enérgica de frei Tomás de São Cirilo, primeiro vigário da Ordem em Portugal frei João Baptista e o arquiteto Alberto da Virgem (trazendo, cada um, um cobertor para a mesa e dez cruzados para o começo da obra), o essencial da construção da complexa estrutura conventual decorreu até 1639, altura em que foi sagrada a igreja dedicada a Santa Cruz. Aqui, aliou-se o sentido simbólico da planta centralizada à prática pouco comum da colocação do templo no meio dos espaços de circulação associados às estruturas claustrais, para estabelecer a aproximação ao arquétipo do Templo de Salomão, primeiro espaço verdadeiramente sagrado da Cidade Santa. No Convento do Buçaco, o discurso iconográfico do espaço, formas, materiais e técnicas vai ao encontro de uma espiritualidade que se constrói pela fé e pobreza. O emprego das cortiças e da técnica dos embrechados, os conteúdos da azulejaria ou a força da imaginária religiosa reforçam esse sentido de uma exemplaridade cristã vivida no isolamento.
O Convento tinha outra dimensão que respondia às necessidades da vida conventual, mas, apesar dos rigores dum quotidiano de silêncio e penitência, não deixou de ter um papel fundamental no acolhimento ao cenário de guerra da Batalha do Bussaco (1810), no âmbito da Guerra Peninsular (como foi dito e, adiante, se verá), ou atrair um constante fluxo de religiosos que, em regime temporário ou perpétuo, escolhiam este local. Procurado e beneficiado por algumas das mais prestigiadas entidades eclesiásticas dos séculos XVII e XVIII, como Dom Manuel de Saldanha, Reitor da Universidade, ou Dom João de Melo, Bispo de Coimbra e Conde de Arganil, o Convento de Santa Cruz prosperou até 1834, data em que a extinção das Ordens Religiosas (imediata para os ramos masculinos) ditou o seu abandono. A partir de 1888, contudo, um novo impulso construtivo traria ao Buçaco o Palace-Hotel que, se implicou a destruição das estruturas conventuais anexas à igreja, ao corredor e pátios que hoje testemunham a existência do Convento, também induziu a sua inclusão num Buçaco romântico que permanece como um dos locais patrimonialmente mais ricos na sua diversidade compositiva. (cf Lurdes Craveiro http://www.fmb.pt/v2/pt/a-mata/convento-de-sta-cruz)
O convento foi efetivamente construído entre 1628 e 1630 pela Ordem dos Carmelitas Descalços que o ocupou de 1630 até 1834.
Entretanto, é de assinalar a curiosa relação entre o convento do Buçaco e a família do poeta e guerreiro Brás Garcia de Mascarenhas, fidalgo da vila de Avô (na altura, sede de concelho). Decorre – como refere o Dr. António Ribeiro Garcia de Vasconcelos – da hipótese histórica de, Francisco, um dos seus irmãos, ser frade carmelita do ascetério do Buçaco. Eis alguns factos que unem o Buçaco aos Garcias de Mascarenhas (vd “Vasconcelos, António de Brás Garcia de Mascarenhas – Estudo de investigação histórica, Imprensa da Universidade de Coimbra, Coimbra, 1922):
[...] as relações da família avoense dos Garcias Mascarenhas com este convento mantinham-se assíduas, amistosas, e tão íntimas, que dão lugar a um parecer não só verosímil, mas bastante provável àquela hipótese. Alguns factos, para exemplo:  Quando em 1659 os irmãos de Brás Garcia quiseram instituir uma capela para sepultura de família, e para vincularem os seus bens, entenderam-se com os frades do Buçaco, [...], para eles lhes cederem o padroado de uma das capelas da sua igreja conventual; a esta capela vincularam os ditos bens, instituindo com eles um duplo morgado, [...]. Em fevereiro de 1660, correndo um processo eclesiástico em que era réu o Padre Matias Garcia; e, havendo necessidade de este apresentar uma carta inibitória na Relação metropolitana de Braga, para onde fora interposta apelação, foi por intermédio dos carmelitas descalços do Buçaco remetido o documento aos carmelitas de Aveiro e por estes aos de Braga, para o apresentarem na Relação bracarense. O Padre Pantaleão [Garcia de Mascarenhas] escolheu em março de 1660 para sua sepultura a igreja do convento do Buçaco, ao qual pagou logo 6o$ooo réis por compra da capela transeptal do lado do Evangelho, onde ficaria sendo a dita sepultura, [...], e bem assim o cálice de prata e os paramentos da capela de São Brás, de Avô, que seriam entregues depois da morte de seu irmão Dr. Manuel Garcia . [...]
No contexto da Guerra Peninsular, a 21 de novembro de 1810, as suas instalações serviram de hospedagem ao 1.º Duque de Wellington, Artur Wellesley (e a todo o seu estado-maior, ocupando quase todas as celas dos frades), que comandou as forças anglo-portuguesas contra as do general francês André Massena na batalha do Buçaco. E, em 1888, o antigo mosteiro, parcialmente demolido, deu lugar à construção do Palácio Real, em nossos dias, Palácio Hotel do Buçaco. (cf https://pt.wikipedia.org/wiki/Convento_de_Santa_Cruz_do_Bu%C3%A7aco; e https://bucaco.blogs.sapo.pt/972.html).
O Luso era, quando ali chegaram os carmelitas, um pequeno lugar de moleiros e pastores, dividido entre os lugares do Luso da Igreja e D’Além, uns explorando mós na extensão do ribeiro que, saindo da nascente de São João, um charco comum e comunitário, fazia fértil o vale da Vacariça, os outros guardando gado pelas encostas da serra em pequenos rebanhos de carneiros, cabras e ovelhas. Neste lugar, na parte chamada D’Além, é que se instalaram os frades em rua e casa que, ainda que transformadas, existem hoje.
E agora quem visita o Buçaco e a sua mata não pode, também, deixar de admirar o antigo Convento de Santa Cruz – um edifício em perfeita comunhão com a natureza, onde se evidencia a simplicidade do espaço, como convinha a uma comunidade de eremitas.
Ao deambular por este espaço convidativo à meditação, é de admirar a curiosa frontaria, forrada com incrustações de quartzo branco e jorra negra, ou o teto revestido de cortiça e as paredes empedradas do átrio. Ao entrar na igreja, deparamo-nos com um conjunto de obras de arte religiosas que valem pela sua singularidade: um presépio de Machado de Castro ou Nossa Senhora do Leite pintada por Josefa de Óbidos, esculturas italianas com representações da Virgem e de figuras bíblicas são algumas das peças que adornam o espaço e que contam a história da sua devoção.
Ao pensarem construir o mosteiro, os monges ergueram um muro com mais de 5 quilómetros de perímetro para rodear os seus terrenos e construíram o Convento de Santa Cruz, integrado na vegetação; e abriram caminhos de deambulação pela mata, onde edificaram 11 ermidas para se devotarem à oração. A mata, preservada pela comunidade monástica desde o primeiro momento, foi ampliada e renovada, ao longo dos anos pelos monges, que aí introduziram novas espécies exóticas vindas das colónias. O Buçaco transformou-se, então, num local de oração, recolhimento, penitência e contemplação em harmonia com a natureza.
Escolhido o lugar para a instalação do primeiro Deserto Carmelita em Portugal em umas matas e umas terras na serra do Luso a que chamavam Buçaco, para ali se dirigiram os primeiros operários da obra. Saíram de Aveiro a 29 de junho de 1628 e hospedaram-se no Luso. A 25 de julho, juntaram-se-lhes mais três companheiros, Frei António do Espírito Santo, Frei Bento dos Mártires e o irmão António das Chagas, oficial de alvenaria. Lançaram a 1.ª pedra do mosteiro no dia 7 de agosto de 1628 e, a 28 de fevereiro de 1629, adoraram o SS.mo Sacramento na casa da livraria, de que fizeram igreja provisória e, logo no dia 19 de março de 1630, deram início à vida regular da comunidade. Porém, a sagração solene do convento e a primeira missa só teria lugar a 3 de maio de 1639 e o Deserto tomava o nome de Convento de Santa Cruz do Buçaco.
De construção simples e pobre, o cenóbio era a expressão da austeridade religiosa da Ordem, apostada nas coisas do espírito e da salvação da alma, mais que na ilusória riqueza dos bens materiais do mundo.
Área de acesso reservado a quantos procuravam a oração e a penitência, coube a esses monges do Carmelo murar os 105 hectares da sua devoção edificar ermidas e capelas, preservar a rica flora nativa e acrescentar-lhe espécies trazidas de todas as partes do mundo traduzidas em grande variedade de espécies exóticas que fazem hoje do parque botânico do Buçaco uma referencia única.
Em 1834, a extinção das ordens religiosas, incorporou o Convento e todo o seu património, nos bens nacionais. E foi a 16 de junho daquele ano que as autoridades do então concelho da Vacariça compareceram no Buçaco para fazer o auto de apreensão perante o último prior, Frei António de Santa Luzia, dando a todo o património existente o valor de 8000$00 reis.
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Sobre a grafia do topónimo: Bussaço ou Buçaco?
Há que dar a palavra a quem sabe. E é o caso de Carlos Rocha, como se discrimina, a seguir:
 (vd Carlos Rocha, Ciberdúvidas da Língua Portuguesa – 18 de maio de 2016)
Antes da reforma ortográfica de 1911, era frequente escrever Bussaco, de tal modo que, dentro e fora da freguesia de Luso, era esta a grafia tradicional tida por correta. E pode ser essa a ideia com que se fica, ao lerem-se leem obras do século XVIII (por exemplo, o padre João Batista de Castro, no seu Mappa de Portugal Antigo e Moderno, publicado em 1762, regista Bussaco). Porém, depois de 1911 (mais decididamente, com a reforma ortográfica de 1945), a grafia do topónimo passou a ser Buçaco; e assim o registam os vocabulários ortográficos (o de 1940, da Academia das Ciências de Lisboa; o de 1966, de Rebelo Gonçalves; o da Porto Editora, de 2009), pela razão de a grafia com ç ser mais coerente com a sua história linguística desde o século X (‘monte buzaco’, num documento do mosteiro de Lorvão, do ano 919 – ver Portugaliae Monumenta Historica – Diplomata, pp. 14 e 71), época a que parecem remontar as primeiras atestações. É certo que nos textos do século XVIII figura Bussaco, mas, na Idade Média, a palavra era, portanto, escrita não com com s ou ss, mas com z (por exemplo, nos séculos X e XI), dando mais tarde lugar ao grafema ç.
Sabendo que a atual ortografia (da reforma ortográficas de 1990) continua, na generalidade dos seus princípios, a que se instaurou a partir de 1911, é de ter em atenção que a distribuição de s e ss, por um lado, e ç (com c antes de e ou i), por outro, se subordina à etimologia, sobretudo à história medieval das palavras (excetua-se o começo de palavra, em que é sempre escrito s, mesmo que historicamente se tivesse escrito ç; ex.: sapato era çapato no séc. XVI). É este princípio que explica a escrita de paço, do latim palatiu- , e passo do latim passu-. Em Buçaco, a etimologia é controversa, mas a documentação existente sugere que, até ao século XVI, o topónimo se escrevia com ç, o que levou a que, com a reforma ortográfica de 1911, Buçaco passasse a ser a forma correta, como que restaurando a escrita medieval. Porém, nada impediu que a forma Bussaco permanecesse na tradição e, comercialmente, como marca de refrigerantes; que a promoção do Palace Hotel do Bussaco se faça com a variante ‘Palace Hotel do Bussaco’; ou que a Fundação da Mata do Buçaco apareça como ‘Fundação da Mata do Bussaco’, que explora as ‘Casas do Bussaco’. Para este uso, terá contribuído a popularidade da ‘Bussaco’, certamente associada à época áurea em que foi criado o Convento dos Carmelitas no século XVII (já nesta época se atesta a forma com ss) e, mais tarde, a partir do século XIX, as termas de Luso. 
Em síntese, a forma correta atual é Buçaco, mas, para fins comerciais, turísticos ou no âmbito da cultura local, pode usar-se a grafia usada do século XVII em diante, Bussaco. (vd Carlos Rocha, Ciberdúvidas da Língua Portuguesa – 18 de maio de 2016).
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Enfim, valorize-se o património para lazer. E quiçá para a reflexão contemplativa e pregação – com os carmelitas ou com outros. Bem se precisa neste mundo de medíocre e défice de valores!
2018.08.09 – Louro de Carvalho

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