Quando Pedro Bernardone, descontente do novo rumo que o filho Francisco (de Assis) estava a dar à sua vida de professo mendicante, o deserdou perante a
multidão, Francisco despiu-se totalmente e clamou: “A partir de agora, já não tenho pai na terra; só tenho o ‘Pai nosso’
que está no céu!”. É o clamor da paternidade divina – propalada em toda a
Terra – e da qual deriva toda a paternidade. Se Francisco assumiu aquela
postura em reação à atitude autoritária do seu senhor pai “burguês”, cedo a
interiorizou como testemunha e líder da universal fraternidade.
Segundo o CIC (Catecismo da Igreja Católica), a assembleia eucarística é convidada, na
liturgia romana, a orar a nosso Pai com filial ousadia e, nalgumas liturgias
orientais, é colocada ante expressões análogas como “ousar com toda a
segurança”, “tornai-nos dignos de…” (vd CIC, 2777). Diante da sarça ardente o Senhor disse a
Moisés que não se aproximasse e que tirasse as sandálias (cf
Ex 3,5), pois apenas Jesus podia franquear este umbral da santidade divina. É Ele
que, tendo realizado a purificação dos pecados (cf Heb 1,3), nos coloca ante a
face do Pai: Eis-me, a mim e aos filhos
que Deus Me deu! (Heb 2,13):
“A consciência que temos da nossa situação de escravos far-nos-ia sumir sob
o chão e a nossa condição terrena dissolver-se-ia em pó, se a autoridade do
próprio Pai e o Espírito do Seu Filho não nos levasse a soltar este grito
dizendo: ‘Deus mandou o Espírito do Seu Filho aos nossos corações clamando
Abba, ó Pai!’ (Rm 8,15)
[...]. Quando é que a fraqueza dum mortal se atreveria a chamar a Deus seu Pai,
senão somente quando o íntimo do homem é animado pelo poder do alto?”. – Vd S.
Pedro Crisólogo, Sermão 71, 3: CCL 24A, 425 (PL 52, 401).
Este poder do Espírito que nos imerge na oração do Senhor é expresso, nas
liturgias do Oriente e do Ocidente, pela expressão tipicamente cristã, parrêsía, simplicidade sem desvio,
confiança filial, segurança alegre, ousadia humilde, certeza de ser amado (cf CIC 2778).
A assembleia é, assim, convidada – e, nela e com
ela, cada crente cristão – a ousar aproximar-se do Senhor com toda a confiança.
Pai!
É a invocação inicial em Lc 11,2 – mais simples do que a proferida em
Mt 6,9 e também empregada, nessa forma simples, em Lc 22,42 (cf Lc 10,21; 23,34).
A Bíblia Pastoral (Lisboa: ed. São Paulo, 1993), no seu índice analítico, afirma categoricamente: Deus é Pai. E, depois,
especifica (transcreve-se em parte e com alterações). No Antigo Testamento, é Pai de todo o
Israel (Ex 4,22-23; Dt 14,1-2;32,5-6; Os 11,1; cf Mt 2,15; Is 63,16; 64,7; Jr
3,18-22) e de todo o homem (Sb 14,3; Sir 23,1-6); dos bons (Sb 2,16-18; 2Mac 7,27-29); e do herdeiro de David (2Sm 7,8-14; Sl 2,7; 89/88, 27-30; cf Mt 22,42-46). O Novo Testamento apresenta este Pai como: Pai de todos (Mt 5,45; 6,9-13.25-34; 10,18-33; Ef 1,4); dos bons (Mt 10,20-29; 13,43;
18,14; 23,9); como Pai especial de Cristo (Mt 7,21; 11,25-27;
21,33-40; Cl 1,3; Ef 1,3; 1Pe 1,3) e bem diferente em relação a nós (Jo 20,17).
Chamar Pai a Deus não constitui um tratamento banal, mas uma grande
prerrogativa de quem se sente salvo por Cristo, escolhido pelo Pai e vivificado
pelo Espírito (cf La Biblia
latinoamerica, San pablo,1995).
A palavra “Pai” expressa o amor paterno de Deus e a sua inefável proximidade dos homens (TOB). Ora, previamente a este primeiro autoimpulso
para a oração do Senhor, há de humildemente purificar-se o coração de certas
falsas imagens paternas deste mundo. Pela humildade reconheceremos
que ninguém conhece o Pai senão o Filho e
aquele a quem o Filho Se dignar revelá-Lo, ou seja, aos pequeninos (cf Mt 11,25-27). Tal purificação
refere-se às imagens paternas ou maternas provenientes da história pessoal e
cultural, que influenciam o nosso relacionamento com Deus. Com efeito, Deus,
nosso Pai, supera as categorias do mundo criado, pelo que transferir para Ele
ou contra Ele as nossas ideias neste domínio equivale ao fabrico de ídolos, a
adorar ou a derrubar. Orar ao Pai é entrar no seu mistério e assumir o seu
projeto, tal como Ele é e quer e tal como o Filho o revelou (cf CIC 2779).
“A expressão Deus Pai nunca tinha sido revelada a ninguém.
Quando Moisés perguntou a Deus quem era, ouviu um nome diferente, Javé. A nós, o Seu nome foi revelado no
Filho; porque este nome (de Filho) implica o nome de Pai” – vd Tertuliano, De oratione, 3, 1: CCL 1,
258-259 (PL 1, 1257).
Por sua vez, o n.º 2780 do CIC ensina que nós, que acreditamos que Jesus
é o Cristo e que nascemos de Deus, podemos invocar Deus como Pai, porque Ele
nos foi revelado graciosamente
por seu Filho feito homem e porque o seu Espírito no-Lo faz conhecer. É o
Espírito do Filho que nos faz participar da misteriosa relação pessoal do Filho
com o Pai, que o homem não pode conceber nem os poderes angélicos podem entrever.
Quando oramos ao Pai, entramos e estamos em comunhão com Ele e
com seu Filho Jesus Cristo É então que O reconhecemos como que num encantamento
sempre novo. A primeira palavra da oração do Senhor, antes de ser uma súplica,
é bênção de adoração, porque a glória de Deus é que nós O reconheçamos como Pai,
Deus verdadeiro. E é por nos ter revelado o Seu nome e por nos ter dado a graça
de acreditar n'Ele, de sermos habitados pela sua presença, que nós Lhe damos-Lhe
graças (cf CIC 2781).
Podemos, por isso, adorar o Pai porque Ele nos fez renascer para a sua
vida adotando-nos por seus filhos no seu Filho Único. Pelo Batismo,
incorpora-nos no corpo do seu Cristo e, pela Unção do seu Espírito (com a abundância dos seus dons pelo Crisma), que da Cabeça se derrama pelos membros, faz de nós cristos (cf CIC 2782). “Deus, que nos predestinou para a adoção
de filhos, tornou-nos conformes ao corpo glorioso de Cristo. Doravante, participantes
de Cristo, sois com todo o direito chamados cristos”
(S. Cipriano). “O homem novo, que renasceu e foi restituído ao seu Deus pela graça,
começa por dizer, Pai!, porque se
tornou filho” (Santo Agostinho). Deste modo, pela oração do Senhor, nós somos revelados a nós
próprios, ao mesmo tempo que nos é revelado o Pai (cf CIC 2783):
“Ó homem, tu não ousavas levantar o rosto para o céu, baixavas os olhos
para a terra e, de repente, recebeste a graça de Cristo: todos os pecados te
foram perdoados, de mau servo tornaste-te bom filho [...]. Portanto, ergue os
olhos para o Pai que te resgatou pelo seu Filho e diz: Pai nosso [...]. Mas não reivindiques para ti algo de especial. Só
de Cristo é que Ele é Pai de modo especial, de todos nós é Pai em comum; porque
só a Ele gerou, ao passo que a nós, criou-nos. Portanto, por graça, diz também
tu Pai nosso, para mereceres ser
filho”. – Vd Santo Ambrósio, De
sacramentas, 5, 19: CSEL 73,
66 (PL 16, 450).
Este dom gratuito da adoção exige da nossa parte a conversão
contínua e uma vida nova. Orar ao nosso Pai deve desenvolver
em nós duas disposições fundamentais (cf CIC 2784): O desejo e a vontade de nos parecermos com Ele. Criados à
sua imagem, é pela graça que a semelhança nos é restituída e a ela devemos
corresponder. Devemos, pois, lembrar-nos de que, ao chamarmos a Deus Pai nosso, temos de nos comportar como
verdadeiros filhos de Deus. Não podemos chamar nosso Pai ao Deus de toda a
bondade se conservarmos um coração cruel e desumano, porque, nesse caso, já não
temos a marca da bondade do Pai celeste. Devemos, sim, contemplar
incessantemente a beleza do Pai e impregnar dela a nossa alma.
Depois, um coração humilde e confiante que nos faça voltar ao estado de crianças (Mt 18,3), porque é aos pequeninos que o Pai Se revela (Mt 11,25). É um estado que se
forma contemplando a Deus somente, com o ardor da caridade. Nele, a alma
funde-se e abisma-se em santa dileção e trata com Deus como com o seu próprio
Pai, muito familiarmente, numa ternura de piedade muito particular (cf CIC 2785).
“Pai nosso – que haverá de mais
querido para os filhos do que o pai? – Este nome suscita em nós ao mesmo tempo
o amor, o afeto na oração, [...] e também a esperança de obter o que vamos
pedir [...]. De facto, que pode Ele recusar à súplica dos seus filhos, quando
já previamente lhes permitiu que fossem filhos seus?” – pergunta S. João
Cassiano – Vd São João Cassiano, Conlatio,
9, 18, 1: CSEL 13, 265-266 (PL 49, 788).
O concílio Vaticano II, a propósito de Deus como Pai, refere, pelo
menos as seguintes caraterísticas: é Princípio sem Princípio, d’Ele é gerado o
Filho e d’ Ele e do Filho procede o Espírito Santo (Ad Gentes, 2); é o princípio e
fim de todas as coisas (Gaudium et Spes, 92); o Seu plano de
salvação é para todos os homens (Lumen Gentium, 2-3; Ad Gentes, 2-4).
Pai “nosso”
As duas primeiras
palavras “Pai nosso” do segmento Pai nosso, que estais nos céus constituem o título,
vocativo gramatical, através do qual se invoca o Deus de todos nós. Esta
expressão é usada em outros lugares do Novo Testamento, bem como na literatura
judaica, mas uma única vez por Jesus Cristo (Mt 6,9). Refere-se a Deus Pai. Isso tem
implicação na proximidade da natureza pessoal da relação entre Deus Pai e essa
oração, como um pai e uma criança, como é ensinado por Jesus em cada um dos
quatro evangelhos. Mesmo os crentes não trinitários podem tomar esta
linha referente ao posicionamento de Deus como pai de toda a
humanidade, incluindo Jesus, que é normalmente posicionado como o filho.
Pai “nosso” refere-se, pois, a Deus. Da nossa parte, o determinante nosso, utilizado aqui adjetivamente, não
exprime uma posse, mas uma relação totalmente nova com Deus. Assim, quando
dizemos Pai nosso, reconhecemos,
antes de mais, que todas as suas promessas de amor, anunciadas pelos profetas,
se cumpriram na Nova e eterna Aliança no seu Cristo: nós
tornámo-nos o seu povo e Ele é o nosso Deus. Esta relação nova é uma pertença
mútua, dada gratuitamente. É por amor e fidelidade que temos de responder à graça e à verdade que nos foram dadas
em Cristo Jesus (Jo 1,14.18). – (Cf CIC, 2786 e 2787).
Dado que a oração do Senhor é a do seu povo nos últimos tempos, este nosso
exprime também a certeza da nossa esperança na última promessa de Deus – na
Jerusalém nova, Ele dirá ao vencedor: Eu
serei o seu Deus e ele será o meu Filho (Ap 21,7). Rezando ao nosso Pai, é ao Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo – que não tem os erros e alguma postura dos nossos pais – que nós
nos dirigimos pessoalmente. Não dividimos nem repartimos a divindade, pois, o
Pai é a sua fonte e origem, mas
confessamos que o Filho é por Ele gerado eternamente e que d'Ele procede o
Espírito Santo. Doutro lado, também não confundimos as Pessoas, pois
confessamos que a nossa comunhão é com o Pai e o seu Filho Jesus Cristo no seu
único Espírito. A Santíssima Trindade é, assim, consubstancial
e indivisível. Ao rezarmos ao Pai, louvamo-Lo, bendizemo-Lo, adoramo-Lo, glorificamo-Lo e damos-Lhe graças com o Filho no Espírito Santo. – (Cf CIC, 2788 e 2789; e Gloria in excelsis).
Gramaticalmente, a palavra nosso
qualifica uma realidade comum a vários. Há um só Deus, que é reconhecido como
Pai por aqueles que, pela fé no seu Filho Único, renasceram d'Ele pela água e
pelo Espírito. A Igreja é esta nova comunhão de Deus com os
homens; unida ao Filho Único, que se tornou o
primogénito de muitos irmãos (Rm 8,29), ela está em comunhão
com um só e mesmo Pai, num só e mesmo Espírito Santo. Ao rezar Pai nosso, cada batizado reza nesta
comunhão: A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só
alma (At 4,32). É por isso que, apesar das divisões dos
cristãos, a oração a nosso Pai continua
a ser um bem comum e apelo premente aos batizados. Em comunhão pela fé em
Cristo e pelo Batismo, eles devem participar na oração de Jesus pela unidade
dos seus discípulos. – (Cf CIC, 2790 e 2791).
Se rezamos em verdade o “Pai-nosso”, deixamos o individualismo, pois o Amor
que nós acolhemos dele nos liberta. O nosso
do princípio da oração do Senhor, tal como o nos das quatro últimas petições, não é exclusivo de ninguém. Para
que seja dito em verdade, temos de superar as nossas divisões e oposições.
Nestes termos, os batizados não podem dizer Pai nosso sem levar até junto d'Ele todos aqueles por quem Ele doou o
seu Filho bem-amado. Sendo o amor de Deus sem fronteiras, também a nossa oração
o deve ser. Rezar Pai nosso abre-nos
às dimensões do seu amor manifestado em Cristo e leva-nos a orar com e por
todos os homens que ainda O não conhecem, para que sejam reunidos na unidade. Este cuidado divino por todos os homens e por
toda a criação, que animou todos os grandes orantes, deve também dilatar a
nossa oração num amor sem limites, quando ousamos dizer: Pai nosso. – (Cf CIC, 2792 e 2793).
Que estais nos céus
Esta expressão bíblica não significa um lugar (o espaço), mas um modo de ser; não é o distanciamento de Deus, mas a sua majestade
simultânea com a sua proximidade do homem. A expressão os céus não se refere apenas aos lugares cimeiros, in excelsis, mas também aos lugares
inferiores, in inferis. Como ambos evolvem
a Terra, Deus está em toda a parte. Não é só o Deus superno, é também o Deus
connosco – o Emanuel. O Pai não está só algures
ou alhures, mas está para lá de tudo
o que podemos conceber da sua santidade. E é por ser três vezes santo que Ele
está mesmo junto do coração mais humilde e contrito. É com razão que as
palavras Pai nosso que estais nos céus
se referem ao coração dos justos, em que Deus habita como em seu templo. Por
isso, também aquele que ora há de desejar ver morar em si Aquele a quem invoca.
Os céus poderiam muito bem ser
aqueles que trazem em si a imagem do mundo celeste e em quem Deus mora e
deambula – os cristãos enquanto cristóforos ou cristóvãos. – (Cf CIC, 2794).
Ademais, o símbolo dos céus
remete-nos para o mistério da Aliança que vivemos quando rezamos ao Pai. Ele
está nos céus, a sua morada. A casa do Pai é, pois, a nossa pátria. Foi da terra da Aliança que o
pecado nos exilou e é para o Pai, para o céu, que a conversão do coração nos
faz voltar. Ora, foi em Cristo que céus e terra se reconciliaram, porque o
Filho desceu dos céus, sozinho, e para lá nos faz subir consigo, pela sua cruz,
ressurreição e ascensão (cf CIC 2795).
Quando a Igreja reza Pai nosso que
estais nos céus, professa que somos o povo de Deus já sentado nos céus em
Cristo Jesus, escondidos com Cristo em Deus e que, ao mesmo tempo, gememos nesta tenda, ansiando por revestir-nos
da nossa habitação celeste (2Cor 5,2): os cristãos estão na carne, mas não
vivem segundo a carne. Passam a vida na terra, mas são cidadãos do céu, como
enuncia a Carta a Diagoneto. (cf CIC 2796).
A Bíblia do Peregrino (Paulus, Brasil, 2008) traduz esta expressão como “Pai nosso do céu!” e enuncia as
seguintes observações: no Antigo Testamento, existem precedentes de
referência a Deus como Pai, como, por exemplo, nos salmos (Sl 89/88, 27) e no Ben Sirá (Sir 23,1; 51,10), mas, naquele contexto, esse era
privilégio do Rei; na versão do Evangelho de Lucas (cf Lc 11,2) a invocação é dirigida simplesmente ao Pai, que terá sido a fórmula
originária; ao referir-se a Deus como Pai, a comunidade cristã expressa
a consciência da sua filiação, testemunhada pelo Espírito Santo (cf Rm 8,15; Gl 4,6-7).
Por seu turno, a Traduction
œcuménique de la Bible (TOB – 3.ª ed., Paris: Éditions du Cerf;
Pierrefitte: Société Biblique Française, 1989) – refere que a tradução literal dessa
frase seria “Pai nosso, aquele nos céus”
e faz as observações seguintes: os discípulos dirigem-se ao seu Pai comum, que
é único (cf Mt 23,9); a palavra Pai expressa que
Deus tem amor paterno e, portanto, está bem próximo dos homens; a expressão nos céus corresponde a um modo de
expressão semítico que afirma que Deus está em lugar donde domina a terra
inteira; outra tradução possível para a frase seria Pai celeste, nosso Pai; no Evangelho de Mateus, Jesus também se
refere à Deus como: meu Pai, aquele nos
céus (Mt 7,21; 10,32-33; 12,50; 16,17; 18,10.19); meu
Pai, o celeste (Mt 15,13; 18,35); vosso
Pai, o celeste (Mt 5,48; 6,14.26.32; 23,9); vosso
Pai, aquele nos céus (Mt 5,16.45; 6,1; 7,11; 18,14). Também existem referências a vosso Pai, aquele nos céus, em Marcos (Mc 11,25) e Lucas (Lc 11,13). A invocação inicial em Lc 11,2 é mais simples do que a proferida em
Mt 6,9, e também é empregada, nessa forma simples, em Lc 22,42 (cf Lc 10,21; 23,34).
***
Por tudo isto, “Aproximemo-nos,
com grande confiança, do trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia e
encontrarmos a graça para um auxílio oportuno” (Heb 14,16).
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