Conspecto
geral e pressupostos epistemológicos
Em 1976
rondou os 35%, agora foi de cerca de 42%, mas já teve taxas bem maiores.
Nos termos
constitucionais, todos os cidadãos maiores de 18 anos que não incorram em incompatibilidades
expressamente consignadas na lei, gozam de elegibilidade ativa, ou seja, não
podem ser impedidos de votar, constituindo o voto um direito fundamental e um
dever cívico.
A não
comparência física ou virtual (voto antecipado na mobilidade ou voto recolhido de
cidadãos confinados) na
assembleia de voto compagina o facto da abstenção. E, quando ela atinge
patamares demasiado elevados, há perda de qualidade democrática, perda
imputável à incompetência dos governantes e que tenta justificar a negação do
pilar cívico da democracia representativa: o voto. A grande consequência dessa
perda é levar a que os políticos, menos pressionados pela exigência cidadã,
entrem em processo governativo autocrático, pois os cidadãos, os verdadeiros
soberanos da democracia, autodesresponsabilizados, fragmentam-se em
preocupações individuais e grupais, as instâncias do Estado etéreas e até
hostis. Trata-se de processo perigoso para a democracia por tender crescer
assumindo a forma de espiral desvinculativa.
Pouco importa
atribuir a abstenção à fraca capacidade da governança que afasta os cidadãos ou
ao desinteresse dos cidadãos que fomenta a má prestação política. O importante
é valorizar o papel fundamental do
cidadão na realização da higiene democrática,
quer opinando soberano no ato eleitoral, quer permanecendo vigilante durante o
mandato.
A
autocentração dos representantes amplia a desvinculação das pessoas e a omissão
cívica conduz à soberba política, por falta de poderes que lhe inibam as ações
desviantes.
O termo “desvinculação”
exprime bem a ideia, pois, sendo vínculo a capacidade psicológica de nutrirmos
simpatia por outrem para nos sentirmos responsáveis pelo que lhe acontece, ele
cria-se entre pais e filhos, amigos, colegas, profissionais e clientes, vizinhos,
enfim, entre seres humanos. Esboroando-se esse laço, destroem-se os travões
emocionais que evitam a indiferença absoluta, a instrumentalização do outro, a
desconfiança ou a violência. Com efeito, um dos esquemas psicológicos da guerra é a
desumanização do oponente, imaginado como monstro doentio a eliminar. E isso pode ocorrer com a desvinculação entre o cidadão e as instituições
políticas. Uns
abstêm-se, pois ignoram ou odeiam o
político, por corrupto, incompetente, snobe; e os governantes desprezam-nos, por
básicos, ilógicos, insignificantes.
(É o reino
da indiferença e desprezo).
Por outro
lado, o político embrenha-se no aparelhismo partidário e revela falta de
qualidades reais de liderança, contentando-se em vender slogans para ter imagem
mediática aprazível e em jogar nos bastidores com o seu pessoal de mão dentro
do aparelho partidário. E o cidadão ou se encanta com o lado promocional do
produto ou se abespinha com o charlatanismo.
A política
deixa de estar no horizonte vivencial do cidadão e a abstenção sobe. E a governação, exercida deste modo, sofrerá da erosão mediática típica de
qualquer outro produto comercial.
O povo cansa-se e anseia por
tecnocratas, esquecendo que a complexidade humana exige sempre opções sociais e
culturais. A ilusão tecnocrática, vendida pelos totalitarismos do
século XX, aparentando cientificidade e independência, contém preconceitos e
ideais indiscriminadamente aplicados à sociedade. As falhas
verificadas são da responsabilidade da realidade, desobediente à razão cega da
ciência. Porém, em democracia, a realidade são as pessoas.
A espiral
desvinculativa assume volume cada vez maior e instala-se a tirania democrática,
onde os eleitos agem como vencedores omnipotentes, rejeitando qualquer
compromisso, pois têm a
verdade absoluta consigo, pelo que
desprezam a população e as instituições democráticas que inibem o exercício do
poder. Emerge a demagogia e o populismo e o poder do voto é manipulado para
forçar um regime político incontinente, sem as limitações do Estado de Direito.
É o império da lei do mais forte, embora os politólogos aleguem que “a lei não
deve refrear a vontade do povo”, mas eles próprios encaram o povo apenas
enquanto massa a manipular.
Apesar de a
abstenção subir exponencialmente, os vencedores fingem que a sua legitimidade é
ilimitada alegando que o resto são pormenores formais. E o sistema, sem deixar
formalmente a democraticidade, corre o risco do colapso numa dissolução
institucional, assomando a ditadura disfarçada no que se pode entender como formalidade
sem substância. À fraca expressão da vontade do povo soberano corresponderá a
ocupação vazio do nicho cidadão pelos mais fortes – darwinismo social que
redundará na diminuição da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
***
O que
revelam alguns estudos
Um
estudo do Parlamento Europeu (PE) de 2012, através da
Direcção-Geral da Comunicação, unidade de acompanhamento da opinião pública, que
analisava a abstenção e os demais comportamentos eleitorais nas eleições
europeias de 2009, confirma que a abstenção na Europa é mais alta na faixa
etária dos 18 aos 24 anos (70,9%) e
mais baixa acima dos 54 (50%). Indica
também que os níveis mais altos de abstenção (60,1%) se topam entre quem estudou
entre os 16 e os 19 anos de idade e os mais baixos (48,1%) entre quem estudou mais de 20
anos, havendo, assim, uma ligação entre maiores percursos académicos e maior
participação eleitoral. Além disso, a maior razão para não votar (28%) vem da “falta de confiança
na política em geral“, com 17% a referir que “não se interessa com
política”, e com idêntica percentagem a dizer que “o voto não tem
consequência”. Outras justificações são as férias, o estar longe de casa e
a muita ocupação.
No
estudo “Abstenção e Participação Eleitoral
em Portugal” (de João Cancela & Marta Vicente), lê-se que “o governo
representativo está em crise” e “com a erosão da participação eleitoral, os
governos continuam a ser governos, mas representam cada vez menos cidadãos“.
As
eleições é que legitimam os regimes democráticos e se grande parte da população
(sobretudo
se for superior a metade da população com capacidade eleitoral) não votar, teremos um problema
de legitimação da governação e, de facto, quando a percentagem é muito alta,
estamos perante um sinal claro de que a maioria da população quer a mudança no
regime democrático. Os níveis de grande participação nas eleições fundadoras
da nossa democracia foram, à época, interpretados como um sinal de clara
adesão dos cidadãos ao regime. E essas eleições serviram para estabelecer em sólidos
alicerces a democracia, mercê duma forte (e jamais superada) taxa de participação eleitoral:
a muito baixa abstenção na eleição para a Assembleia Constituinte de 1975
indicou que o regime democrático colhia amplo apoio da população e serviu para
legitimar o regime e repelir qualquer desvio autoritário que poderia ter
surgido na fase da reimplantação da democracia. Mas o inverso também é
verdadeiro: as baixas taxas de participação atuais estão a pôr em causa a
legitimidade dos eleitos em governar e realizar eficientemente os programas de
governo nacionais ou locais.
O
tema da utilidade ou economia do voto joga também papel importante nos níveis
de abstenção: quando os eleitores – tidos como entidade coletiva – percecionam
a vitória antecipada duma lista ou candidato, a abstenção é mais alta e ocorre
o oposto quando a maioria crê que o resultado será marginal ou renhidamente
disputado.
A
distância e a simultaneidade dos atos eleitorais é outro fator que tem contribuído
para a taxa de abstenção e é localizável na distância física (local
das assembleias e sedes físicas da representação política) entre eleitores e eleitos. Isso
explica a grande participação nas autárquicas e a fraca nas europeias. Em
escala europeia, estas eleições são vistas pela maioria como de “segunda ordem”
(com
exceção da Bélgica, com o voto obrigatório, e da Suécia, com o índice de
participação a subir).
A explicação do fenómeno encontra as suas raízes no distanciamento físico e
operacional, com a observação da dificuldade de contacto com as instituições
europeias, com a inacessibilidade de alguns eurodeputados, os formalismos
vazios e ineficientes das petições ao PE e a quase impossível acessibilidade (em
números de assinaturas)
de mecanismos como as Iniciativas de Cidadania Europeias.
Todavia,
nas primeiras eleições em Portugal para o PE, em 1987, a taxa de participação
foi de 72%. Mas é de lembrar que foram realizadas em simultâneo com as
legislativas. Seja como for, o valor da participação, a decair desde então,
pode indicar ou um alheamento atual dos cidadãos em relação ao processo de
integração europeia (Portugal nunca referendou o processo de
integração), ou a perceção
de excessivo distanciamento entre as instituições e a vida quotidiana ou a
sugestão de concentrar no mesmo dia várias eleições, o que reduziria a
abstenção. João Cancela, um dos autores do citado estudo, regista que até nas
eleições mais participadas de todas, as autárquicas, se registam desde a década
de 1970 descidas nos níveis de participação em quase todos os países europeus e
que Portugal não é exceção. Todavia, o estudo confirma que, pelo menos neste
tipo de sufrágio, o aumento português da abstenção está dentro dos padrões
europeus, com exceção de Espanha, onde a participação é muito elevada (da
ordem dos 80%).
Alguns
autores chamam “abstenção técnica” à parcela da abstenção que é exagerada por efeito
da presença de inscrições espúrias no recenseamento eleitoral; e abstenção
“não-técnica” ou “real” à associada, não aos que não podiam votar, mas aos que,
podendo, optaram por não o fazer. Uma forma clássica de identificar o valor da
abstenção técnica passa por ligar a taxa de participação à taxa de população em
idade de voto. Com este mecanismo, estimava-se, em 2002, que este tipo de
abstenção tinha atingido os números mais altos em meados da década de 1990 (quando
o número de recenseados ultrapassava em cerca de 20% à população em idade de
voto). A atualização
dos cadernos eleitorais em 1997 e a criação dum ficheiro central informatizado
reduziu a taxa pela eliminação dos cadernos de muitos falecidos e de inscrições
duplas, mas não resolveu totalmente o problema. Só desde 2008, a
interoperabilidade entre o SIGRE (Sistema de Informação
e Gestão do Recenseamento Eleitoral)
e a plataforma de serviços do Cartão de Cidadão, com a consequente inscrição
automática dos eleitores e a atualização imediata dos dados de recenseamento, fez
cair significativamente a taxa de abstenção técnica. Contudo, isso levou à
inscrição automática de não recenseados, o que provocou aumento do número de
novas inscrições e, logo, da abstenção real.
Apesar
de tudo, o problema da abstenção técnica não desapareceu. Um estudo de 2013, de
Luís Humberto Teixeira e José António Bourdain, declarava que as legislativas
de 2011 teriam um milhão de inscrições a mais nos cadernos eleitorais e os
dados do IDEA (Instituto Internacional para a Democracia e
Assistência Eleitoral) apontavam
na mesma direção: comparando a população em idade de voto para as legislativas
de 2015, o IDEA chegou à taxa de participação eleitoral real de 61,8%, ou seja,
de 5 pontos acima dos 55,8% da taxa oficial. O problema subjacente à abstenção
técnica localizar-se-á na emigração e na forma como a administração lida com
esses eleitores. De facto, a saída definitiva do território nacional não
implica alteração da residência associada à base de dados de identificação
civil, o que leva pessoas emigradas a ter a sua inscrição no recenseamento
eleitoral mesmo sem estarem já em condições de participarem nos sufrágios.
Diz-se
que a abstenção é fenómeno corrente nas democracias consolidadas e que a sua
força pode refletir certa aceitação dos cidadãos sobre a natureza do regime. Em
democracia consolidada desde 1975, Portugal poderia encaixar nesta explicação.
Só que o estudo de 2012 desmente tal interpretação. Portugal está abaixo da
mediana europeia em todos os tipos de eleições. Isto significa que o aumento da
abstenção é um fenómeno global, mas que há fatores em Portugal que acentuam a
sua intensidade e isto embora o país não seja o caso mais grave na UE, já que
países como Roménia e Eslovénia exibem quedas da participação eleitoral
maiores.
O
facto de a abstenção ter atingido percentagem consistente de metade do
eleitorado merece a reflexão e ação por parte de todos. Contudo, não há mecanismos
de estímulo que levem os partidos que, juntos, reúnem 2/3 dos deputados a
alterar as leis eleitorais, que podiam reverter a situação e tal não é de
esperar nos próximos tempos. A abstenção é fenómeno complexo cuja solução não
se limita à revisão das leis eleitorais: quem opta por não participar nos
sufrágios fá-lo por várias razões e, por vezes, acumula motivações de vária
ordem, nem todas convergentes. Uns serão abstencionistas em qualquer quadro legal
e quaisquer circunstâncias; outros deixarão de o ser se o acesso ao voto for
mais fácil (por exemplo com o voto eletrónico e remoto) ou se surgir nova opção
eleitoral (partido ou candidatos) mais compatível com a sua
inclinação política.
***
Súmula
das causas da abstenção
-
A convicção de que “o voto não muda nada”, no pensamento de Emma Goldman,
segundo a qual, “se o voto mudasse alguma coisa, já o teriam tornado ilegal”,
será uma recusa em votar com base ideológica não só por se crer que o voto é
uma forma ineficaz de ação política, mas por o ato de votar ser encarado como
forma de aceitação do regime político democrático liberal. Assim, votar implica
aceitar o governo do candidato vencedor, mesmo discordando das suas políticas.
-
A existência dum sentimento de não representação em nenhuma das opções de voto
induz a convicção de que, seja qual for o resultado das eleições, haverá sempre
o governo de um de dois partidos e que nenhum destes resolverá os problemas da
população – “rotativismo democrático”.
-
A desmobilização do voto pelo facto de as sondagens indicarem de forma
consistente uma vitória folgada por parte do candidato favorito do eleitor faz
crescer a abstenção.
-
A crescente descredibilização da classe política devido à sucessão de escândalos
relacionados com a política constitui outra justificação para o abstencionismo.
-
O afastamento dos partidos das razões do descontentamento das populações e a
distância entre eleitos e eleitores levarão a abstenção mais baixa em
autárquicas que nas outras eleições.
-
O nível de satisfação com a qualidade da democracia e a confiança generalizada
nas instituições (eletivas e judiciais) também se prende com o da
participação eleitoral, o que explica porque é que os níveis de participação
nos países escandinavos tendem a ser superiores aos dos países do leste europeu
e da Europa do sul, pois é lá que sobressai a boa governança.
-
O nível socioeconómico parece relacionar-se muito com a abstenção eleitoral:
quanto mais alto este for, maior tenderá a ser a taxa de participação
eleitoral.
-
A abstenção é tradicionalmente maior nos escalões etários sub-30 – fenómeno
duradouro que resulta da perda de competitividade das eleições realizadas nas
décadas de 1980 e 1990, embora não se deva estigmatizar os mais jovens por
estes baixos níveis de participação eleitoral. Com efeito, a presença de jovens
é muito ativa e participativa em muitas estruturas e muitos não têm filiação partidária,
mas estão politizados. Participam em manifestações, petições (físicas
ou online) ou em
debates políticos (não necessariamente partidarizados) e em múltiplos fóruns online.
Tudo se passa como se os jovens não reconhecessem o voto como a forma principal
de participação política mas se empenhassem mais noutras formas não convencionais,
de participação, mostrando disponibilidade para formas de participação
pós-eleitorais ou para a democracia mais participativa que representativa – fenómeno
que explica também o declínio das juventudes partidárias e da
representatividade global dos partidos.
-
A perda de relevância social dos sindicatos e partidos políticos é associada
por alguns ao aumento da abstenção. Tidos desde o século XIX como principais representantes
dos interesses das classes trabalhadoras, o declínio em número de trabalhadores
sindicalizados e militantes levou à erosão da sua capacidade de influência e da
sua força para mobilizar o eleitorado.
Se
no contexto familiar ou do círculo de amigos existirem baixos níveis de
participação eleitoral isso tenderá a tornar esse cidadão num abstencionista.
-
A qualidade das campanhas eleitorais, com recurso à violência verbal, ataques
de caráter, assim como debates com descontextualização, no domínio estritamente
eleitoral tende a diminuir a participação, embora seja de frisar que a
competitividade eleitoral funciona como fator, na maioria dos países europeus,
para reduzir a abstenção, pelo que, existe uma perceção generalizada de que o
resultado final será mais disputado, a abstenção cai.
-
A abstenção pode ser moldada pelo protesto de militantes descontentes
com coligações pré-eleitorais ou com a elaboração das listas de deputados ou
com deputados que as compõem.
-
Por fim, a “fulanização” da política partidária liga os níveis de apreciação
dos líderes e os de abstenção, subalternizando a política geral, a ideologia ou
aos programas eleitorais.
***
Concluindo
É
de salientar que, nas recentes eleições legislativas, a abstenção não técnica,
mas real, ficou abaixo do 40%, já a soma da real e da técnica rondou os 42%,
talvez por força da campanha, com a clareza de ideias de quem venceu, do empate
técnico perfilado nas sondagens, da penalização de quem fez gorar o OE 2022 e
da ascensão de partidos assistémicos. Goste-se ou não dos resultados, não é
lícito a alguns observadores clamar que as eleições foram ganhas pela abstenção,
pois não é de comparar a sua taxa com a do partido ganhador, mas com as dos
votantes efetivos.
Não
obstante, devem evitar-se todos os fatores da abstenção: melhorando as
condições de acesso ao voto, bem como a clareza e combate das campanhas eleitorais
que devem ser diversificadas e qualificadas, nos meios de comunicação social,
nas redes sociais, no contacto pessoal, nas praças e ruas, nos salões (Os
eleitores não querem ser bombardeados, mas querem ver os candidatos); britando o aparelhismo
partidário na elaboração das listas; mantendo a proximidade com os eleitores,
mas a benéfica; desenvolvendo as boas práticas da governação; combatendo a
corrupção e outros anticorpos como o compadrio, o amiguismo; e explicando o não
cumprimento de objetivos.
Não
sei se vale a pena mexer nos mecanismos de representação: se muitos votos se
perdem por não convertidos em mandatos, com círculos eleitorais mais pequenos a
representação pode ficar inquinada, pois a proximidade entre eleitor e eleito
pode criar dependências e mesmo caciquismo. Porém, havia que dotar os círculos eleitorais
menos populosos de um mínimo de três deputados.
Por
fim, é de referir que, muito embora o voto seja um dever cívico e um direito
fundamental, ele está ligado umbilicalmente a uma das liberdades basilares. Assim,
tanto é um direito votar como não votar, pelo que o nosso ordenamento prevê a
possibilidade da abstenção mesmo à boca da urnas. O abstencionismo deve ser respeitado
e devem ser lidos os seus porquês e sinais, pelo que deve ser combatido com políticas,
medidas administrativas e formação política (nas instituições
partidárias, cívicas, culturais e escolares).
Por
outro lado, deve promover-se a vertente participativa da democracia, por
exemplo, instituindo foros de debate de ideias e de problemas (nomeadamente
com jovens) fazendo-os
chegar aos decisores e valorizando mais no Parlamento as petições de cidadãos,
prestando contas da sua discussão e resultados. São de ter em conta as duas vertentes
da democracia: a representativa e a participativa.
2022.01.05 – Louro de Carvalho
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