Trata-se de relação
não linear ao longo do tempo. Se era forte na Antiguidade, conheceu a rutura no
início do Renascimento e modernidade, vindo a crise de valores da
contemporaneidade reclamar a reaproximação. Na cultura ocidental algumas
teorias da relação entre ética e política afirmam a compatibilidade, a
convergência ou mesmo a identidade substancial dos dois termos, enquanto outras
sustentam a divergência, a incompatibilidade e até o antagonismo.
A ética política é
a prática dos juízos éticos sobre a ação política e os agentes políticos.
Assume duas modalidades: a ética do processo (ou ética do cargo), que trata dos funcionários públicos e dos métodos que usam;
a ética da política (ou
ética e política pública),
atinente a julgamentos sobre políticas e leis. O conceito de ética política é
mais entendível se conhecermos a raiz do termo e o seu devir gradual. Os valores
e expectativas da ética política são derivados dos princípios de justiça. John
Rawls defende que a conceção política de justiça se baseia, não só nos valores
a seguir, mas sobretudo no bem comum dos indivíduos. Enquanto tentam fazer
julgamentos éticos sobre as questões políticas, as pessoas tentam perceber o
que é ético e o que não é. O próprio conceito de ética é derivado de vários
fundamentos éticos. Vista pelas lentes destes, a ética molda os julgamentos das
pessoas sobre as ações e agentes políticos.
****
Enquadramento histórico e epistemológico
Platão e
Aristóteles, seu discípulo, sustentam que a ideia de constituição da pólis é enformada pelo princípio de que
a cidade deve ser dirigida por governantes dotados de sabedoria, justiça e
virtude. Aristóteles, ao afirmar que o homem é um animal político (“zôon politikón”), quer dizer que é fundamentalmente destinado à vida
em comum na pólis e aí se realiza como ser racional. É um zôon
politikón por ser um zôon logikón, pelo que a vida ética e
a vida política são artes de viver de acordo com a razão. Assim, a pólis grega só
reconhece o cidadão (“políthês”) qua tali a
partir da sua incorporação na comunidade política; a razão prática que norteia
a ação do cidadão grego está umbilicalmente ligada ao éthos, entendido como um conjunto de tradições, costumes e valores
típicos da vida na pólis; para Aristóteles, as noções de ética e
política complementam-se na teoria da justiça. Por conseguinte, a pólis grega, lança as bases para o
comportamento justo do indivíduo e do cidadão são com o estudo da ética e o da
constituição da pólis. Assim, Platão considera a ideia de justiça,
no indivíduo e na sociedade, como a harmonia entre as partes, pelo que o homem
justo não difere da cidade justa, antes será semelhante a ela. Daqui resulta a
fusão entre norma moral e jurídica, política e ética e até a psicologia (vida
interior do indivíduo) e as
relações sociais. O liame entre o indivíduo e a pólis
radicaliza-se em Aristóteles com a
analogia entre a vida da pólis e a da família e entre os modos pelos
quais se podem governar famílias e Estados.
A conceção
de justiça relaciona diretamente ética e política tanto em Platão como em
Aristóteles, pois a justiça (“dikaiosýnê”) é também
virtude (“aretê”). Por isso, justiça é a ordem da comunidade dos cidadãos e a virtude individual
que discerne entre o justo e o injusto.
Para Aristóteles, a ética é condição de autorrealização
do indivíduo ou da vida virtuosa baseada na razão; e a política é a condição de
autorrealização da pólis, não estando uma e outra separadas, como
não o estão o indivíduo e o cidadão. Portanto, a ética atinge a plenitude no
mundo da política e pela ética o indivíduo torna-se bom cidadão. Assim, o Estagirita
vê indissolúvel vinculação entre ética e política, de modo que o homem só na pólis se pode realizar desenvolvendo as
virtudes éticas. Então a moral efetiva-se na vida política. O individualismo liberal moderno seria estranho ao pensamento grego que
tinha certa a premissa de que a liberdade se situa sobretudo na esfera
política, pois, como preconiza Aristóteles, quem for incapaz ou não sentir a
necessidade de se associar em comunidade ou é uma besta ou um deus. Só na pólis,
na vida em comunidade, se pode ser alcançar a felicidade (“eudaimonía”) e realizar o bem (“agathón”), fim último
da existência humana. Não existe agir ético ou virtuoso fora da pólis.
E, como, para Aristóteles, a finalidade
e o objetivo da cidade é a vida boa, e tais instituições propiciam esse fim,
é de concluir que a comunidade
política existe graças às boas ações, não à simples vida em comum.
Também Marco
Túlio Cícero, proeminente figura da política e do direito romano, estabelece
íntima conexão entre a ética e política. Este inquebrantável defensor da
República Romana defende que a República se deve fundamentar nos valores
tradicionais romanos, na reta razão e em valores morais a seguir com
determinação, autocontrolo e sentido do dever. Nestes termos, o cidadão (“civis”) cumpridor dos seus deveres é o que aplica tais princípios na República (“res publica” ou “civitas”). E, porque
o dever tem importância fundamental, o filósofo-político dedicou ao tema o
livro “De officiis” (Dos
Deveres) em que formula os valores políticos e éticos da
sociedade a partir do ponto de vista do homem de Estado. Tais deveres incluem
valores como honestidade, justiça, sabedoria, firmeza e moderação. A pari, o cidadão virtuoso prescinde do
luxo, das riquezas, da ganância, da inveja. E a justiça, importantíssima para a
vida em comunidade por determinar o comportamento social, modela, pelas suas implicações
civis e sociais, a organização da república.
Portanto,
gregos e romanos não possuíam a visão que separa a ética da política, a
primeira a pertencer à esfera individual e a outra exterior ao indivíduo, sendo
ambas tratadas separadamente. E, até ao início do século XVI, política e moral
eram tratadas de forma indistinta, sendo as avaliações dos factos políticos
afetadas por juízos de valor. Algumas obras revelam a redução total da política
à moral, como se pode observar em “A educação do príncipe cristão”, de Erasmo de Roterdão, publicada
em 1515, que traça o perfil do bom príncipe, enfatizando a relevância da
magnanimidade, temperança e honestidade, enfim, de atributos definidores da
retidão moral do soberano. Entretanto, o liberalismo moderno rompeu os
laços com a pólis, com a comunidade política, e enfatizou a dimensão
humana do individualismo. Porém, já antes fora promovida uma rutura ainda maior
entre ética e política com Nicolau Maquiavel, um dos maiores pensadores
italianos renascentistas e considerado o pai da ciência política.
Maquiavel
rompe com a subordinação da política aos ditames da moral convencional e afirma
que a política tem lógica própria e razões nem sempre compatíveis com princípios
consagrados pela tradição. Por consequência, promove certa rutura entre o
campo do “dever ser”, determinado
pela ética, e a realidade dos factos, objeto de estudo da política. A sua preocupação
é o Estado, não o Estado idealizado na “República”
(de Platão) ou nas utopias renascentistas (como as de
Thomas Morus ou Tommaso Campanella), mas o Estado
real, concreto, na trilha dos historiadores antigos como Tácito, Políbio,
Tucídides e Tito Lívio. Ao desvincular o Estado ideal do Estado real, defende a
autonomia da política em relação à religião e à moral cristã e promove a rutura
entre o que é e o
que deveria ser. Postula a
irredutibilidade e a autonomia da política. A política como campo específico do
saber exige enfoque específico, distinto da moral, da ética e da religião. E a análise
política deve ater-se à realidade concreta dos factos, pautar-se pelos aspetos
objetivos e reais que há na sociedade devendo desprender-se de considerações morais
e religiosas sobre como a sociedade devia ser e de critérios valorativos
expressos num plano ideal. Maquiavel aduz que a ótica do indivíduo e a ótica do
Estado são distintas e nem sempre o que é bom para o indivíduo é adequado para
o Estado. São dois sistemas de juízos não necessariamente coincidentes.
É, porém, de
ter em conta que Maquiavel não propõe a rejeição de princípios éticos; apenas
frisa a autonomia da política em relação a ética e que, se necessário, o
Príncipe deve aprender a saber usar de artifícios estratégicos conflituantes
com a moral cristã se, por exemplo, quiser manter-se no poder. A ética
maquiaveliana tem caraterísticas distintas da tradição cristã e, de alguma
forma, determina a conduta do príncipe, mas não é condição necessária da
organização política, pois, conforme a situação, o Príncipe deve saber agir
pela lei ou pela força, empregando adequadamente o homem e o animal. Assim,
recomenda aos príncipes que reúnam as qualidades do leão e da raposa, ou seja,
a força e a astúcia, se querem ter sucesso na condução dos negócios do Estado.
Para melhor
se compreender a relação entre a ética e a política em Maquiavel, é conveniente
levar em consideração “O Príncipe” e “Os Discursos
sobre a primeira década de Tito Lívio”,
já que a visão de Maquiavel, frio e analista, precetor de tiranos, que separou
a práxis política de qualquer moralidade, se baseia sobretudo na primeira obra,
enquanto a segunda revela um defensor de valores republicanos que parece
afastá-lo da imagem maquiavélica que persistiu.
Não está
propriamente em jogo a separação entre ética e política, mas a autonomia da
política em relação à ética e a ideia de que a política é portadora da sua
própria moralidade que pode não coincidir com os valores da tradição. Levanta-se
aqui o problema da compatibilização da ética religiosa cristã e dos princípios
éticos universais, com a política. Na ótica maquiavélica levada ao extremo, os
princípios morais universais e as avaliações éticas a priori não
podem determinar o agir político, pelo que o governante que se negue a tomar
decisões que contrarie a mora do cristianismo acaba por comprometer todo um bem
que precisava de atingir. Assim, Maquiavel desloca a atenção do agente moral
para o resultado das ações, sendo a medida correta para o julgamento da ação
política a busca do resultado. É neste sentido que se diz, embora o aforismo
não se encontre na obra de Maquiavel, que “os fins justificam os meios”. Com
efeito, nenhum homem sábio censurará o emprego dum procedimento extraordinário
para fundar um reino ou organizar uma república. Nestes temos, Maquiavel
recomenda ao príncipe que trate de vencer e manter o Estado, que “os meios
serão sempre julgados honrados e louvados por todos”.
Com a rutura
maquiaveliana, a ética distancia-se cada vez mais do campo da política e os
filósofos modernos e contemporâneos tratam cada vez mais a ética de forma autónoma
e independente da política, mas com exceções, como o filósofo iluminista
francês Jean-Jacques Rousseau ou dos filósofos Hegel e Habermas:
o primeiro em fins do século XVIII e início do século XIX e o segundo no século
XX.
Embora nem
sempre convirjam as práticas políticas e os princípios éticos, hoje a sociedade
em geral está cansada de tantas notícias de escândalos de corrupção e
posturas não condizentes com os representantes políticos, no âmbito do poder
executivo, do poder legislativo e até do poder judicial, e clama por uma
sociedade mais justa, tal como na antiguidade Platão e Aristóteles.
Não
obstante, enquanto uns teimam na incompatibilidade inelutável entre ética e
política na tentativa de as posicionar em campos opostos, outros exigem ética
na política e outros refugiam-se na designada ética republicana que consiste no
cumprimento da lei. Este último posicionamento é bem hipócrita, porquanto a
lei, apesar de se estribar na ética, muitas vezes defrauda a justiça e a
equidade, sobretudo quando é feita ad hoc
ou ad hominem, quando é feita de
ânimo leve, quando violenta as consciências ou quando fragiliza a ordem
pública, viola os direitos humanos e desprotege os vulneráveis. Há, pois, forte
expectativa, sobretudo em regimes democráticos, de que os governantes se
comportem segundo critérios de probidade e justiça na administração dos
negócios públicos. Porém, a esfera política não pode ser reduzida ao universo
da ética e da moral, pois os valores políticos transcendem os valores éticos e
o universo da política confunde-se com o da ética. Na verdade, muitas vezes as
normas são mais disciplinadoras e reguladoras da conduta humana, não tendo
sempre a ver com ética ou com moralidade.
Vale a pena
salientar que a sociedade contemporânea parece cansada de ouvir falar de tantos
escândalos na política e a apatia e a repulsa de muitos cidadãos pela política
são a consequência direta da forma como a política é conduzida pelos governantes.
Contudo, nem todos os cidadãos ficam passivos face aos problemas que envolvem a
classe política. Os escândalos merecem a justa censura pública e, se a justiça
não funciona, a opinião pública, embora mal, não hesita em condenar na ribalta
os autores os escândalos, sejam protagonizados por decisores políticos, sejam
protagonizados por grandes grupos empresariais. E não tem paciência para a
presunção de inocência. E há sempre nos corações e mentes dos homens e das mulheres
uma réstia de esperança de que é possível viver numa sociedade mais justa e
menos desigual.
***
Modalidades,
fundamentos e funções da ética política
No quadro da
ética do cargo, é de referir que Maquiavel, ao invés de Aristóteles, acreditava que o líder
político pode ser obrigado a comportar-se de forma maligna, se necessário, para
manter a autoridade. Nas democracias contemporâneas, uma variante dessa ideia
foi reformulada de modo mais influente por Michael Walzer, para quem o
problema cria um paradoxo: o político, às vezes, faz errado para fazer o certo;
usa de violência para prevenir violência maior, mas o ato é errado, embora
justificado. Alguns críticos objetam que ou o político é justificado ou
não. Se justificado, há nada de errado, embora possa criar sentimento de culpa;
outros alegam que alguns atos de violência que Walzer permitiria
nunca são justificados, independentemente do seu fim. Dennis Thompson alega que
em democracia os cidadãos deveriam responsabilizar o líder e, portanto, se o
ato for injustificado, terá as mãos sujas. Em grandes organizações, nem
sempre é possível dizer quem é o responsável pelos resultados – o problema de
muitas mãos.
A ética
política permite que os líderes façam coisas que seriam erradas na vida
privada, mas exige que atendam a padrões mais elevados do que seriam
necessários na vida privada. Por exemplo, têm menos direito à privacidade que
os cidadãos comuns e nenhum direito de usar o cargo para lucro pessoal. As
principais questões aqui dizem respeito ao conceito de conflito de interesses.
A ética pessoal
ou privada e a ética política são frequentemente vistas como conflito de
interesses. Porém, é importante saber que os dois conceitos de ética podem
manter relação positiva entre si. Esteja o indivíduo envolvido no domínio
político como autoridade ou esteja como participante cívico ativo, os valores propagam-se
para o setor pessoal da ética. O cidadão que aprendeu as habilidades dá área
política pode aplicá-las em ambiente fora da política, muitas vezes visto como ambiente
privado do quotidiano. Em contraste, quem entra no cenário político pode já ter
as qualidades e virtudes esperadas no cenário profissional. Assim, as habilidades
e valores adquiridos serão aplicados ao cenário político. Em termos recíprocos,
se as qualidades não foram adquiridas, a atividade em que o indivíduo se embrenha
corre o risco da mediocridade ou da inépcia. Ambos os conceitos de ética
incluem expectativas diferentes, mas há correlação entre si. As virtudes e valores,
adquiridos anteriormente ou só mantidos, aplicam-se a ambos ambientes. Os que
emergiram na esfera política, sabendo que virtudes e éticas podem ser uma
influência, mas construíram o seu próprio caráter, podem ter uma atuação política
eminentemente ética.
No quadro da ética da política ou
da política pública, é também considerada a ética pessoal. No entanto, a democracia liberal refere,
não raro, a ética pública como “formal”. Cumprir a ordem da lei e manter o
respeito são dois fatores críticos para atingir o conceito de ética pública. Tais
elementos são esperados quando um indivíduo participa ativamente da esfera
política e são necessários para o comportamento das autoridades políticas. Cada
cidadão tem a sua crença e ética em relação a tópicos polémicos específicos, mas
devem as autoridades respeitar a crença dos outros e defender as crenças dos
seus constituintes, enquanto seguem a Constituição e a Lei.
Na ética
política, as questões-chave não são o conflito entre meios e fins, bem como os
conflitos entre os fins. Assim, na justiça global, o conflito é entre as
reivindicações do Estado-nação e dos cidadãos dum lado e as
reivindicações de todos os cidadãos do mundo do outro. Tradicionalmente, a
prioridade é para as reivindicações das nações, mas nos últimos anos pensadores
conhecidos como cosmopolitas pressionaram as reivindicações de todos os
cidadãos do mundo. A ética política não lida propriamente com a justiça ideal, mas
com a realização de valores éticos em sociedades democráticas onde os cidadãos debatem
o alcance da justiça ideal. Numa sociedade pluralista, sobretudo se
conservadora, os governos têm dificuldade em justificar a política de
tributação progressiva, a ação afirmativa, o direito ao aborto, a
saúde universal e assim por diante. E a ética política preocupa-se com os
problemas morais levantados pela necessidade de compromisso político,
denúncias, desobediência civil e punição criminal.
Há duas classes amplas de fundamentos
éticos: os individualizantes e os vinculativos. Os fundamentos individualizantes
da ética são a equidade-reciprocidade (ética da justiça) e o dano e cuidado (ética do cuidado). O primeiro representa o desejo de justiça e reciprocidade duma
pessoa; o segundo diz respeito à atitude atenciosa de uma pessoa para com
outra.
As três bases
obrigatórias da ética são socialização e lealdade; autoridade e respeito; e pureza
e santidade. As duas primeiras correspondem à ética da comunidade e representam
a pertença e o apego da pessoa a uma dinâmica de grupo e cultivam sentimentos
como patriotismo, obediência, etc. A última corresponde à ética da
divindade e representa o desejo da pessoa de suprimir ou controlar a
natureza humana de luxúria, egoísmo, etc., por meio da espiritualidade.
Graham e
outros realizaram um estudo para determinar se os julgamentos éticos sobre
a política são afetados por identidades políticas explícitas ou implícitas. A
identidade política explícita é a fornecida pelo participante do estudo explicitamente
durante o estudo, ao passo que identidade política implícita é a do
participante, determinada pelos cientistas com base num teste IAT.
Para ambas as
identidades, os estudiosos descobriram que os liberais dão mais peso aos
fundamentos individuais que aos fundamentos vinculantes e fazem um juízo ético
sobre questões políticas e que conservadores atribuem peso aproximadamente
igual a ambas as classes de fundações. Contudo, observam que tal distinção não
é necessariamente verdadeira no tempo e no espaço. Assim, os liberais não raro
são associados ao desejo de socialismo e comunismo, que podem reverter as suas
prioridades relativas atribuídas em ambas as classes de fundamentos.
Os realistas políticos
sustentam que a ética não tem lugar na política. Para os políticos serem
eficazes no mundo real, não podem ser limitados por regras éticas; têm de
perseguir o interesse nacional. Porém, Walzer aponta que os realistas, instados
a justificar a sua posição, apelarão aos princípios éticos (por exemplo, para mostrar que a ética
é prejudicial ou contraproducente). Outra crítica vem de quem diz não se dever prestar tanta
atenção aos políticos e às políticas, mas olhar mais as estruturas mais amplas
da sociedade onde há problemas éticos mais sérios. Os defensores da ética
política aduzem que, embora não se deva ignorar a injustiça estrutural, a ênfase
nas estruturas negligencia que os agentes humanos são responsáveis por
mudá-las.
Muitos
prometem ética pública, mas não cumprem!
2022.02.10 – Louro de Carvalho
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