sexta-feira, 18 de abril de 2014

De cor… Sexta-feira Santa

Assumindo as nossas culpas, Cristo pagou por nós – “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” – para que, a partir de “hoje”, nós, os filhos de Deus que andávamos dispersos, mesmo que “ladrões”, possamos estar com Ele no paraíso.
***
E o soldado romano, a quem a tradição atribuiu o nome de Longuinhos, vendo que Ele já estava morto, não feriu a sua unidade quebrando-lhe as pernas, mas com uma lança trespassou-lhe o lado, donde logo jorrou sangue e água – a água do novo Batismo e o sangue da Eucaristia, no dizer de São João Crisóstomo.
Do lado de Cristo adormecido no sono da morte terrena – tal como do lado de Adão dormente surgiu Eva e, carne de sua carne e osso de seus ossos, se tornou a sua esposa e a mãe de todos os viventes – também da chaga do lado de Cristo nasceu a Igreja, que, Corpo de Cristo e sangue do seu sangue, se tornou a esposa de Cristo e mãe dos novos viventes, o novo povo de Deus.
***
Após a Descida da Cruz e da entrega do corpo cadente de Cristo à mãe de Jesus, a agora tornada mãe e membro modelar da Igreja e do(s) seu(s) apóstolo(s) – João, o discípulo amado, as mulheres, as discípulas persistentes em volta da mãe de Jesus, e José de Arimateia, o discípulo oculto, vão colocá-lo como semente da Ressurreição no túmulo novo de pedra.

Estes “semeadores” do grão caído no ventre da terra esperam o fruto da sementeira a que generosamente procederam. E ele surgirá, como prometera, em outro em brevíssimo advento. É o “até já” do “hoje” cristão!

Sem comentários:

Enviar um comentário