domingo, 13 de abril de 2025

A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo o Evangelho de Lucas

 

No início da Semana Santa, ou seja, em Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, no Ano C, a liturgia convida-nos a escutar o impressionante relato da Paixão e Morte de Jesus, segundo o Evangelho de Lucas (Lc 22,14-23,56), que, inegavelmente fundamentado em acontecimentos concretos, constitui uma catequese cujo objetivo é concitar a meditação sobre o modo como Jesus, oferecendo a sua vida até ao dom total, na cruz, concretiza o desígnio salvador do Pai.

Com a entrada triunfal de Jesus a Jerusalém e com os acontecimentos da Semana Santa, chegamos ao fim do caminho iniciado na Galileia. Tudo converge, no Evangelho de Lucas, para Jerusalém. Ali irromperá a salvação de Deus. Ali, Jesus vai realizar o último ato do programa enunciado em Nazaré: da sua entrega, do seu amor até à morte, vai nascer o Reino de homens novos, livres, salvos, onde todos serão irmãos. E dali partirão as testemunhas de Jesus, a fim de que a salvação de Deus chegue a todo o Mundo e seja acolhida por todos os homens e mulheres.

O cenário físico da paixão e morte de Jesus é, no texto lucano, o dos outros evangelhos sinóticos: o Cenáculo, edifício com “uma grande sala mobilada no andar de cima”, onde Jesus fez com os discípulos a inolvidável ceia de despedida; o Monte das Oliveiras, jardim para onde Jesus, após a ceia, Se retirou para rezar, e onde foi preso pelos guardas do Templo; o palácio do sumo-sacerdote Caifás, onde Jesus foi julgado, condenado pelo Sinédrio e ficou preso o resto da noite, antes de ser levado às autoridades romanas; o pretório romano da Torre Antónia, onde Jesus, na manhã de sexta-feira, foi torturado e coroado de espinhos e onde o governador Pilatos confirmou a sua condenação à morte; as ruas da cidade de Jerusalém, por onde Jesus passou, carregando com o braço transversal da cruz, segundo o ritual das crucifixões; o Calvário, colina fora da cidade onde Jesus, por volta das 9 horas de sexta-feira, foi crucificado; e o túmulo novo oferecido por José de Arimateia, onde o corpo morto de Jesus foi depositado, antes do pôr do sol de sexta-feira.

Todos os evangelistas concordam que Jesus celebrou uma ceia depois do pôr do sol de uma quinta-feira (quando, segundo o calendário religioso judaico, já era sexta-feira) e que morreu na cruz por volta das três horas da tarde dessa sexta-feira. Para Marcos, Mateus e Lucas, contudo, tal sexta-feira era o dia da celebração da festa judaica da Páscoa. Assim, a última ceia de Jesus com os discípulos terá sido uma Ceia Pascal. No entanto, João sustenta que a sexta-feira (dia em que Jesus morreu) não foi dia de Páscoa, mas o dia da preparação da Páscoa (o dia de Páscoa, nesse ano, começou na sexta-feira ao pôr do sol, quando Jesus já tinha morrido na cruz). Nesse caso, a última ceia de Jesus com os discípulos não teria sido Ceia Pascal, mas ceia de despedida, mas Jesus chama-lhe “páscoa”.

É difícil aceitar o calendário sinótico, pois não parece provável que, em pleno dia de Páscoa, os Judeus desenvolvessem o processo contra Jesus, O levassem pelas ruas de Jerusalém até ao Gólgota e O crucificassem. Assim, Jesus teria sido crucificado na véspera da celebração da Páscoa judaica, provavelmente, na primavera do ano 30, com a idade de 35-37 anos.

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O relato da paixão e morte de Jesus é de uma violência inaudita, perpetrada contra um homem que, na ótica dos que O conheceram bem e que O acompanharam da Galileia a Jerusalém, não fez nada para merecer a condenação decretada contra Ele.

A morte de Jesus tem de ser entendida no contexto do que foi a sua vida. Desde cedo, Jesus Se apercebeu de que o Pai O chamava a uma missão: anunciar um Mundo novo, de justiça, de paz e de amor para com todos. Esse Mundo novo é “o Reino de Deus”. Para concretizar tal projeto, Jesus passou pelos caminhos da Palestina, “fazendo o bem” e anunciando a proximidade do Reino de Deus. Ensinou que Deus é amor e que não exclui ninguém, nem mesmo os pecadores; ensinou que os leprosos, os paralíticos, os cegos não devem ser marginalizados, pois não são amaldiçoados por Deus; ensinou que são os pobres e os excluídos os preferidos de Deus e os que têm um coração mais disponível para acolher o Reino; e avisou os ricos (poderosos, prepotentes, instalados) de que o egoísmo, o orgulho, a autossuficiência e o fechamento só podem conduzir à morte.

O projeto libertador de Jesus entrou em choque – inevitável – com a atmosfera de egoísmo, de má vontade, de opressão que dominava o Mundo. As autoridades políticas e religiosas sentiram-se incomodadas com a denúncia de Jesus, dispostas a renunciar aos mecanismos de poder, de influência, de domínio, de privilégios. Não estavam dispostas a arriscar, a desinstalar-se e a aceitar a conversão suscitada por Jesus. Por isso, decidiram calá-Lo: prenderam-No, julgaram-No, condenaram-No e pregaram-No numa cruz.

A morte de Jesus, consequência do anúncio do Reino, resultou das tensões e das resistências que a proposta do Reino provocou entre os que dominavam o Mundo. É o culminar da sua vida, a afirmação última, porém mais radical e mais verdadeira (porque marcada com sangue), do que Jesus pregou com palavras e com gestos: o amor, o dom total, o serviço simples e humilde.

Foi por amor que Jesus lutou contra a injustiça, contra a prepotência, contra a opressão, contra a maldade nas suas mil e uma formas; foi por amor que Se deixou prender, condenar e matar; foi por amor que morreu na cruz. Quem olha para a cruz erguida numa colina fora das muralhas de Jerusalém e vê o testemunho que Jesus deixou, percebe como deve a vida ser vivida.

Na cruz, vemos aparecer o Homem Novo, o protótipo do homem que ama radicalmente e que faz da sua vida um dom para todos. Assim, a cruz encerra e propõe o dinamismo de um mundo novo, transformado pelo amor – o dinamismo do “Reino de Deus”. A cruz, instrumento vil de sofrimento e de morte, torna-se fonte de Vida e de esperança.

Além da reflexão geral sobre o sentido da paixão e morte de Jesus, convém anotar alguns dados exclusivos da versão lucana da Paixão.

Este evangelista procura destacar, em cada página do Evangelho, a misericórdia e o amor de Jesus. Isso aparece em vários passos do seu relato da paixão. Aquando da prisão de Jesus, no Monte das Oliveiras, os Sinóticos relatam que um dos que estavam com Jesus feriu um servo do sumo-sacerdote com uma espada, cortando-lhe uma orelha, mas apenas Lucas relata que Jesus, “tocando na orelha do servo, curou-a”. Os Sinóticos contam que, quando Jesus estava preso em casa do sumo-sacerdote, Pedro negou, repetidamente, conhecê-Lo, mas apenas Lucas conta que, após a terceira negação, Jesus “voltou-se e fitou os olhos em Pedro”, como a dizer-lhe que entendia a sua fragilidade e o seu medo e que não o condenava. Lucas é o único dos Sinóticos a referir que Jesus, pregado na cruz, esmagado e humilhado, Se dirige ao Pai, para Lhe pedir que perdoe aos seus assassinos: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. A exigência do perdão sem condições não é, para Jesus, apenas uma bela doutrina, mas a atitude que é preciso concretizar até às últimas consequências e que obriga todos os filhos e filhas de Deus.

No episódio da instituição da Eucaristia, só Lucas põe Jesus a dizer, depois de distribuir o pão aos discípulos que estavam à mesa: “Fazei isto em memória de Mim”. A expressão não quer apenas dizer que os discípulos devem celebrar, liturgicamente, o ritual da última ceia e repetir as palavras de Jesus sobre o pão e sobre o vinho, mas quer, sobretudo, indicar que os discípulos devem viver ao ritmo de Jesus: na entrega, no espírito de serviço, no amor pelos pequenos e pelos mais frágeis, na solicitude pelos que são tidos como pecadores e malditos, na paixão pelo Reino de Deus.

Só Lucas coloca no contexto da última ceia a discussão acerca de qual dos discípulos seria o maior. Jesus avisa os seus de que o maior é “aquele que serve” e apresenta o seu próprio exemplo de uma vida feita serviço e dom. Neste contexto, estas palavras de Jesus têm uma força especial: soam a testamento, pelo que se tornam inesquecíveis e marcantes para os discípulos de todas as épocas. Pelo tempo fora, os discípulos de Jesus devem zelar por que a Igreja, nascida de Jesus, seja uma comunidade de serviço simples e humilde e não uma comunidade de gente importante, que vive para as honras e para os triunfos humanos.

Os Sinóticos referem que Jesus, no jardim das Oliveiras, pouco antes de ser preso, orou ao Pai e Lhe pediu que afastasse aquele cálice de dor e morte que estava no seu horizonte próximo. A oração – que tem lugar especial no Evangelho de Lucas – é onde Jesus discerne a vontade do Pai e encontra força para a cumprir. Porém, apenas Lucas faz referência ao aparecimento de um anjo a confortar Jesus. Lucas indica que Deus escutou a oração de Jesus e que, embora não tenha modificado o seu projeto, estava ao lado de Jesus naquele momento de sofrimento e de desolação. Deus não abandona, nos momentos de prova, os que acolhem, na obediência, a sua vontade. Também apenas Lucas refere o “suor de sangue” de Jesus, fruto da sua angústia, pormenor que acentua a fragilidade humana de Jesus, valorizando, ainda mais, a sua total entrega ao Pai.

Os Sinóticos falam da requisição de Simão de Cirene para levar a cruz de Jesus. Porém, só Lucas refere que Simão transporta a cruz “atrás de Jesus”, expressão que designa o lugar do discípulo, que caminhava, habitualmente, atrás do seu mestre. Assim, Lucas sugere o modelo do discípulo: o que toma a cruz de Jesus e O segue, no seu caminho de entrega e de dom da vida (“Se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me”).

Apenas Lucas refere o encontro de Jesus com algumas mulheres, “filhas de Jerusalém”, que O esperavam no caminho. As mulheres têm, no Evangelho de Lucas, lugar especial. Estão entre as pessoas que, pela sua situação de fragilidade, mais necessitam de experimentar a bondade e a solicitude de Deus. Também aparecem como discípulas fiéis, que acompanham o Mestre da Galileia a Jerusalém. E, no caminho do calvário, aparecem na posição de discípulas que vão atrás de Jesus, enquanto Ele percorre o seu caminho de dor e de morte. Finalmente, voltamos a encontrar, quando Jesus já está na cruz, mulheres “que O tinham acompanhado desde a Galileia” e que se “mantinham à distância”, observando tudo. Assim, elas são o modelo do discípulo que nunca se afasta de Jesus e observa tudo o que Ele faz, quando os outros discípulos, com exceção de João, O tinham abandonado.

Os Sinóticos referem que Jesus foi crucificado com dois malfeitores. Contudo, apenas Lucas refere o diálogo que se estabelece entre os três crucificados. Um dos malfeitores insulta Jesus (“Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também”), mas o outro reconhece a inocência de Jesus e pede-Lhe: “Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza.” Jesus responde-lhe: “Em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso.” Como aconteceu durante toda a sua vida, também naquele momento final Jesus está rodeado pelos pecadores, pelos malditos, pelos que a sociedade rejeita. Por amor, Jesus envolveu-se com os pecadores e procurou libertá-los de todas as escravidões. No momento mais decisivo da sua vida, continua a concretizar o projeto do Pai e a oferecer a salvação de Deus a todos, até aos “malfeitores”. Dando testemunho da bondade e do amor de Deus por todos os seus filhos, garante a um maldito a vida definitiva e apresenta-o a todos nós como o primeiro santo canonizado da sua Igreja.

E, enquanto os outros Sinóticos referem que Jesus expirou (ou rendeu o espírito), o texto lucano relata que Jesus, antes de expirar, bradou: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito.” A expressão “o meu espírito (ruḥi) representa a totalidade da vida que se entrega nas mãos de Deus; não se associa, explicitamente, à respiração como acontece em Gn 2,7, se bem que esteja também associada com o vento, como em Gn 1,2. Esta parte do homem é algo de divino presente no homem vivo e entregue, de novo, a Deus com a morte. Jesus reza com o Sl 31,6, mas introduz a petição com a palavra Pai”, tanto do seu agrado. A misericórdia, que é intrínseca à pessoa de Jesus e de que Ele é portador, só se percebe na contínua união ao Pai misericordioso.   

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A leitura da Paixão é precedida das leituras de Is 50, 4-7 e de Fl 2,6-11.

O trecho veterotestamentário traz-nos a palavra e o drama de um profeta anónimo, chamado por Deus a testemunhar, no meio dos povos, a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, o desígnio de Deus. Os primeiros cristãos viram neste servo de Deus a figura de Jesus.

Quem toma a palavra é uma personagem anónima, a falar do seu chamamento por Deus à missão. Não se designa a si próprio como servo, mas assemelha-se ao servo de que se fala no primeiro cântico do servo de Javé; e não se intitula profeta, mas narra a sua vocação com os elementos típicos dos relatos proféticos de vocação.

A missão que este profeta/servo recebe de Deus tem a ver com o anúncio da Palavra. O profeta é o homem da Palavra, através de quem Deus fala. A redenção que Deus oferece a todos os que necessitam de salvação/libertação ecoa na palavra profética. O profeta é inteiramente modelado por Deus e não resiste ao chamamento, nem à Palavra que Deus lhe confia, mas terá de estar, continuamente, na atitude de escuta de Deus, para que possa apresentar, com fidelidade, a Palavra de Deus aos homens. A missão que Deus confia ao profeta/servo consiste em dizer uma palavra de alento a todos os que estão cansados e abatidos, magoados e injustiçados, sem a esperança. Essa missão não é fácil: concretiza-se no sofrimento e na dor. A palavra proclamada em nome de Deus incomoda e provoca resistências que, para o profeta, se consubstanciam, quase sempre, em dor e perseguição. Contudo, o profeta/servo de Deus não resiste às agressões e condenações e torna o rosto “duro como pedra”, face aos que o agridem e magoam, não por insensibilidade, mas por decisão de suportar tudo, para levar até ao fim a missão que Deus lhe confiou. O profeta não desiste, nem se demite: a paixão pela Palavra sobrepõe-se ao sofrimento e faz com que ponha à frente de tudo a missão que Deus lhe confiou.

O que leva o profeta/servo a resistir, corajosamente, aos que o agridem e querem silenciar é a sua confiança no Senhor, que não abandona aqueles a quem chama. A certeza de que não está só, mas de que tem a força de Deus, torna-o mais forte do que a dor, o sofrimento, a perseguição, o ódio dos inimigos. O profeta/servo tem absoluta confiança em Deus e sabe que Ele nunca o desiludirá.

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O trecho paulino é um hino onde ecoa a catequese primitiva sobre Jesus. Fiel ao desígnio do Pai, Ele desceu ao encontro dos homens, viveu a vida dos homens e sofreu morte atroz por amor aos homens. Mas a sua vida não foi malbaratada: Deus exaltou-O, mostrando que o caminho que seguiu é o que conduz à Vida. É esse caminho que somos desafiados a percorrer.

Cristo Jesus – nomeado no princípio, no meio e no fim – constitui o motivo do hino. Os Filipenses, como discípulos de Cristo, são convidados a olhar para Ele e a conformarem as suas vidas com o exemplo de Cristo. E o exemplo de Cristo é o inverso do de Adão.

O hino alude, subtilmente, ao contraste entre Adão e Cristo: Adão, o primeiro homem, pretendeu ser como Deus, assumiu, ante Deus, a atitude de arrogância e de autossuficiência e virou as costas às indicações de Deus; Cristo, o Homem Novo, assumiu a atitude de humildade e de obediência ante Deus. A atitude de Adão trouxe sofrimento e morte; a de Jesus trouxe exaltação e vida.

A atitude de Cristo é caraterizada, no hino, como “aniquilação” ou “despojamento” (“kénôsis”). Cristo era de condição divina, mas sem reivindicar, em razão do seu estatuto, quaisquer poderes ou privilégios, pôs-se totalmente ao serviço do desígnio salvador do Pai. Aceitou, conforme o plano do Pai, vestir a fragilidade dos seres humanos e tornou-se homem: experimentou as dores e os limites dos homens, conviveu com os dramas dos homens e caminhou com os homens para lhes indicar o caminho que leva à salvação, fez-se servo dos homens, lavou-lhes os pés. Como se tudo isso não bastasse, desceu mais: foi contestado, preso, condenado e sofreu a morte infame na cruz, reservada aos malditos e abandonados por Deus. A História de despojamento parece de fracasso e de morte, “pouco recomendável”. Porém, não termina assim a vida de quem obedece a Deus e põe a sua vida ao serviço do projeto salvador de Deus.

Exatamente porque cumpriu, plenamente, o plano do Pai, Deus ressuscitou-O e exaltou-O. Fê-lo vencedor da injustiça, do egoísmo e da violência que o tinham condenado a morte maldita. Apresentou-O como modelo para todos os homens. Fez dele o “Jesus” (significa “Deus salva”) e o “Kýrios” (“Senhor” – nome que, no Antigo Testamento, substituía o nome impronunciável de Deus); e a Humanidade inteira (“os céus, a terra e os infernos”) reconhece esse Senhor, o Cristo que Se despojou de tudo para obedecer ao Pai como “o Senhor” que reina sobre toda a Terra e que preside à História.

Aos Filipenses e aos crentes de todas as épocas e lugares Paulo exorta a que se libertem do orgulho, da autossuficiência, da arrogância, do fechamento a Deus e às suas propostas; que aprendam com Cristo a pôr a vida ao serviço do plano de Deus; que se tornem, com humildade e simplicidade, servos de todos; que amem sem medida, até ao dom total da vida. E Deus garante que o caminho que Jesus trilhou não conduz ao aniquilamento, mas à glória, à Vida plena.

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A Semana Santa inicia-se com a entrada triunfal na cidade de Jerusalém, triunfo que se eclipsa no sofrimento e na morte. Porém, tal como a transfiguração na glória do Tabor, para ser definitiva, teve de se esconder no caminho até ao sepulcro, também a Semana Santa desembocará na Páscoa da Ressurreição. Até lá, passamos pela meditação, pelo mistério em que a iniquidade será vencida pela bondade de Deus.

2025.04.13 – Louro de Carvalho

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