A
terminar o ano litúrgico, no 34.º domingo do Tempo Comum no Ano C, a Igreja
Católica celebra a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo,
que resulta da “Festa de Cristo Rei”, instituída pela Carta Encíclica “Quas
Primas”, de 11 de dezembro de 1925, do Papa Pio XI, que propôs ao Mundo – saído
há pouco da tragédia da I Guerra Mundial e imerso em contradições que pareciam
insanáveis – o regresso a Cristo, o reconhecimento da soberania de Cristo sobre
a História e sobre a vida dos homens, o reencontro da Humanidade com os valores
cristãos e com a paz que só Cristo pode dar.
***
A primeira
leitura (2Sm 5,1-3) evidencia o momento em que David foi ungido
como rei de todo o Israel e se iniciou uma época de felicidade e de abundância
que ficou na memória do Povo de Deus. O seu reinado tornou-se símbolo e anúncio
do tempo novo, da era de justiça, de bem-aventurança e de paz infindas. E o povo
vivia dessa esperança e aguardava, ansiosamente, a sua concretização.
Os
Livros de Samuel (1Sm e 2Sm) situam-nos entre meados do século XI
a.C. e o final do reinado de David (972 a.C.). Depois de apresentarem diversas
tradições históricas relativas ao período pré-monárquico (o tempo da instalação
e da consolidação das tribos do Povo de Deus na terra de Canaã), narram-nos o
início da experiência monárquica (eleição do rei Saul, os seus feitos
militares, a derrota de Saul às mãos dos filisteus) e a ascensão de David ao
trono de Israel e de Judá. Na parte final, o autor deuteronomista oferece-nos
um conjunto de tradições sobre a realeza davídica, incluindo o processo de
sucessão de David.
O
episódio em referência – a presença dos anciãos das tribos do Norte e do Centro,
em Hebron, a solicitarem a David que assuma o governo dos territórios que
integravam o reino de Saul – é facto histórico, e o pedido dos representantes
das tribos a David é natural: além de ser guerreiro inteligente e corajoso,
David era bem conhecido das gentes do Norte, por ter passado algum tempo na
corte de Saul, pelo que parecia boa escolha para ocupar o trono de Saul.
Contudo,
os autores deuteronomistas, que são teólogos e catequistas, apresentam a
realeza de David, não só como desejo dos homens, mas sobretudo como decisão de
Deus. Por isso, colocam na boca dos anciãos a seguinte afirmação, dirigida a
David: “O Senhor disse-te: ‘tu apascentarás o meu povo, de Israel, tu serás o
rei de Israel’.” Assim, o rei que vai reunir as coroas de Israel e de Judá, é o
eleito de Javé para presidir aos destinos do Povo de Deus. A realeza de David é
uma extensão da realeza de Deus. Doravante, o rei David será considerado o
instrumento através do qual Deus apascenta o seu povo. É a primeira vez que as
doze tribos do povo de Deus estarão unidas sob uma autoridade comum.
O
reinado de David ficará na História do povo de Deus como tempo de prosperidade,
de justiça, de abundância e de paz. Não esteve imune a conflitos, a injustiças
e a lutas pelo poder, mas deixou marca indelével na memória do povo. David
conquistou Jerusalém aos jebuseus e fez da cidade a capital do reino: ampliou e
consolidou as fronteiras, submetendo os inimigos tradicionais do povo de Deus,
nomeadamente, os filisteus, os amonitas e os moabitas. A nível religioso, o seu
reinado foi a época em que todo o povo vivia unido à volta de Javé, na
fidelidade à Aliança. O próprio rei assegurava que o povo não se desviava dos
compromissos com Deus. Os teólogos de Israel dirão que Javé, agradado com o seu
servo David, lhe prometeu que haveria sempre um descendente da sua raça a
presidir aos destinos do povo de Deus.
No
futuro, o reinado de David constituirá como que uma miragem ideal para a qual
os israelitas voltam, continuamente, os olhos; e, nas alturas mais dramáticas
da sua História, o Povo de Deus sonhará com um descendente de David que restaure
o reino ideal de seu pai. A catequese judaica, explorando esse filão, falará,
com frequência, de um ungido de Deus que se sentará no trono de David, libertará
Israel dos inimigos e inaugurará a nova era de prosperidade e de paz.
***
O Evangelho (Lc
23,35-43) mostra a peculiar resposta de Deus à expetativa de Israel. Jesus é o ungido
de Deus, o Messias-Rei enviado pelo Pai para inaugurar o reinado de Deus. Porém,
a sua realeza soa estranha e paradoxal: as suas armas são o amor e a
misericórdia; a sua autoridade é a do serviço simples e humilde; o seu trono é a
cruz onde Ele derrama o seu sangue em prol de todos; os seus soldados são gente
desarmada, que Ele enviará pelo Mundo a anunciar o amor e a paz; os seus súbditos
são todos os que aceitam colocar as suas vidas ao serviço de Deus e dos irmãos.
Enfim, a realeza de Deus não funciona pela lógica dos grandes da Terra.
Jesus
foi preso no jardim das Oliveiras pelos soldados do templo, numa noite de
quinta-feira do mês de Nisan, do ano 30; foi conduzido pelos soldados ao
palácio do sumo sacerdote, onde foi maltratado e insultado, durante boa parte
da noite; de manhã, foi apresentado a um Conselho de notáveis, formado por
anciãos do povo, sumos sacerdotes e doutores da Lei; os membros do Conselho
interrogaram-No e procuraram definir a sua culpa; e, quando acharam que tinham
os dados necessários, levaram-No ao procurador romano Pôncio Pilatos, sob a
acusação de sublevar o povo contra César e de se apresentar como o Messias-Rei.
Pilatos
não ficou convencido da culpabilidade do réu. Tentou libertar Jesus; mas,
pressionado pelos dirigentes judeus, entregou-O à morte na cruz.
Jesus
está pregado na cruz, afogado em indizível sofrimento. À dor física soma-se o
sofrimento que resulta das zombarias e dos insultos dos chefes dos judeus que
estavam por ali, ufanos da sua vitória sobre o rabi galileu que tanto os tinha
incomodado com o projeto do Reino de Deus. Os soldados que vigiavam a execução
troçavam de Jesus e faziam alusões irónicas ao facto de um rei acabar os seus
dias na cruz, o suplício reservado à ralé da sociedade, aos malditos, aos últimos.
A presidir à cena, dominando-a de alto a baixo, está a inscrição que define
Jesus como “rei dos judeus”. Era uma pequena placa de madeira que se pendurava
ao pescoço dos sentenciados ou se pregava no alto da cruz, indicando o nome do
condenado e o motivo da condenação. Tanto os dirigentes judeus ali presentes, como
os soldados que acompanham a execução, captam a ironia das palavras escritas na
placa: Jesus, o “rei dos judeus” não está sentado em trono real, mas pendurado
num madeiro, fora das muralhas de Jerusalém; não rodeado de súbditos fiéis que
O aclamam, O incensam e O adulam, mas de gente medíocre e exaltada que o
insulta e escarnece; não exerce autoridade de vida ou de morte sobre milhões de
homens, mas está indefeso, abandonado dos amigos, condenado à morte infamante;
não está vestido com roupas de linho e púrpura, mas nu, pois até as suas pobres
vestes de camponês Lhe foram tiradas; não tem na cabeça a coroa de oiro e
pedras preciosas, mas a coroa de espinhos que os soldados O obrigaram a levar
como supremo insulto. Não há, neste cenário dramático, sinal que identifique
Jesus com poder, com autoridade, com realeza terrena. Porém, a inscrição da
cruz identifica, com precisão, a situação de Jesus, na ótica de Deus: Ele é o rei
que preside, do alto da cruz, a um Reino diferente dos reinos humanos, a um Reino
desenhado com as cores de Deus e assente nos valores de Deus.
Jesus
tinha proclamado esse Reino por toda a Galileia e por toda a Judeia em
parábolas e com gestos de misericórdia que trouxeram nova esperança ao coração
dos pobres, dos esquecidos, dos sem voz, dos abandonados da sociedade e da
religião. De acordo com Jesus, o Reino de Deus é o Mundo governado pelo amor
sem fronteiras, pelo serviço simples e humilde, pelo dom de si próprio, pelo
perdão sem limites; onde os pobres, os sofredores, os abandonados terão sempre
lugar à mesa abundante de Deus; onde os grandes, os mais importantes, não são
os que têm cargos de autoridade, mas os que estão sempre disponíveis para amar
e para cuidar dos irmãos frágeis; onde a força do amor substitui a da violência
e das armas; e onde o perdão fala mais alto do que rancor e o ódio.
Ora,
tudo isto está evidente na cruz erguida numa colina fora das muralhas de
Jerusalém. No homem que doa toda a vida por amor, que morre a pedir perdão para
os algozes, que se deixa matar, para libertar os irmãos prisioneiros do pecado,
da maldade e da morte, está evidente a realidade do Reino de Deus. A morte de
Jesus é a lição suprema pela qual Ele explica ao Mundo o que é, o que significa
e o que exige o Reino. Os chefes dos judeus, os soldados, o povo que contempla
o crucificado, não percebem o alcance de tudo aquilo; mas, com o passar do
tempo, o Mundo aprenderá a ver, no crucificado que deu a vida por amor, a
proposta dum novo modo de viver. A cruz onde está Jesus é o verdadeiro ícone do
Reino de Deus, do Mundo novo que Jesus veio anunciar e propor. Jesus é o rei
que preside a esse Mundo novo.
Depois,
Lucas convida-nos a dirigir o olhar para os dois malfeitores que foram
crucificados com Jesus. Um deles insultava-O, com palavras que expressavam a convicção
de que Jesus, enquanto Messias, era uma fraude, pois não conseguia salvar-se,
nem salvar os companheiros de infortúnio. Esse malfeitor contemplava Jesus com a
incompreensão dos dirigentes judeus e dos soldados romanos. Via Nele o
fracassado, o triturado pelo sistema, o insignificante que passaria sem deixar marca
na História. Esse malfeitor não via no companheiro de suplício o rei que propôs
ao Mundo e aos homens, em nome de Deus, a nova ordem. Esse malfeitor não estava
apto para entender a realidade do Reino de Deus que se manifestava naquela cruz
e naquele condenado. Ao invés, o outro malfeitor foi, aparentemente, o único a
entender o sentido da cruz e da entrega de Jesus. Percebeu que amar até ao
extremo e entregar-se em benefício de todos não significa perder a vida, mas
ganhá-la. Este malfeitor, capaz de ver além das aparências, entendeu que, na saga
do rei que morria sem culpa numa cruz, havia a inconfundível marca de Deus. Ao
ver Jesus entregar a vida por amor, entendeu a lógica do Reino de Deus e
desejou, ardentemente, abraçar tal projeto, fazer parte do Reino de que Jesus é
o rei. Por isso, dirigindo-se-Lhe, rogou: “Jesus, lembra-Te de Mim, quando
vieres com a tua realeza.” E a resposta de Jesus a este malfeitor condenado,
tornado “Bom Ladrão”, subverte todas as lógicas e entendimentos: “Em verdade te
digo: hoje, estarás comigo no Paraíso.”. Tudo isto é tão excecional que, em
dois mil anos de cristianismo, ainda é difícil entender este rei que Se entrega
a morte ignominiosa, para levar vida aos irmãos e que faz do malfeitor
condenado o primeiro santo canonizado da Igreja. Ao canonizá-lo, Jesus garante
que da cruz brota vida. Este malfeitor que descobriu o sentido da cruz vai ao
encontro da vida.
“Este
é o rei dos judeus” – dizia a inscrição feita na placa de madeira que encimava
a cruz de Jesus. O evangelista João informa que foi Pôncio Pilatos que escreveu
a súmula da sentença condenatória de Jesus à morte. Aqueles dizeres que, na
intenção de quem os redigiu, informavam sobre o motivo da condenação à morte do
rabi da Galileia, ajudam o Mundo a entender o mistério escondido por trás
daquela morte e daquela vida: o crucificado que ofereceu a vida, para
concretizar o desígnio de Deus, é o rei que veio concretizar as promessas de
Deus ao seu povo. Do seu testemunho, da sua entrega, do seu amor até ao
extremo, nasce o reino novo, sem fronteiras e sem limites, cuja lei é o amor. O
trono desse rei é a cruz; os seus soldados são todos os que, independentemente
do seu passado, entendem a lógica do amor e se dispõem a viver no serviço, na
misericórdia, no perdão, no dom da vida.
***
Na segunda
leitura (Cl 1,12-20), Paulo apresenta-nos um hino que celebra a grandeza
universal de Cristo, aquele que tem soberania sobre toda a criação e que é a
cabeça da Igreja. O hino exorta os crentes a fazerem de Cristo a sua referência
e a viverem em comunhão com Ele. Por Cristo passa o caminho que conduz à vida
eterna. O trecho em apreço começa com o convite à ação de graças, porque Deus
livrou os Colossenses “do poder das trevas” e os transferiu “para o Reino do
seu filho muito amado”. Ligados a Cristo, vivem um dinamismo novo. Em comunhão
com Ele, libertaram-se do pecado e da morte. Encontraram a salvação, a vida
verdadeira.
Assim,
o apóstolo apresenta um hino, prenhe de densidade e de beleza, que celebra a
supremacia absoluta de Cristo na criação e na redenção. É um hino que Paulo tomou
da liturgia cristã, mas que está integrado no discurso e na mensagem desta
carta. É nas duas estrofes deste hino que está a mensagem fundamental a
refletir na solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo.
A
primeira estrofe refere a soberania de Cristo sobre toda a criação. Começa por
afirmar que Cristo é, para todos os homens e mulheres, a “imagem de Deus
invisível”. Ora, dizer que Cristo é imagem de Deus significa que Ele é igual ao
Pai em tudo – no ser e no agir – e que n’Ele reside a plenitude da divindade.
Significa também que Deus, espiritual e transcendente, Se revela aos homens e
Se faz visível através da Humanidade de Cristo. Quem encontra Cristo, encontra
Deus; quem escuta Cristo, escuta Deus; quem experimenta o amor de Cristo,
experimenta o amor de Deus; quem está em comunhão com Cristo, está em comunhão
com Deus. Cristo, feito homem, torna-se, para os homens, epifania de Deus.
Depois,
o hino afirma que Cristo é o “primogénito de toda a criatura”. Na família
judaica, o primogénito era o herdeiro principal, com a primazia em dignidade e
em autoridade sobre os irmãos. Aplicado a Cristo, significa a supremacia e a
autoridade de Cristo sobre toda a criação. Dizer que Cristo é o “primogénito de
toda a criatura” não significa incluí-lo na classe das criaturas, apesar da sua
primazia em dignidade sobre as outras criaturas. Com efeito, o hino afirma que
“n’Ele foram criadas todas as coisas” e que “por Ele e para Ele tudo foi
criado”. Ou seja, Ele colaborou na obra da criação.
Dizer
que “n’Ele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas”, significa que
todas as coisas têm em Cristo o seu centro supremo de unidade, de coesão, de
harmonia (“n’Ele”); que é Ele que comunica a vida do Pai (“por Ele”); e que
Cristo é a finalidade de toda a criação (“para Ele”). Ao mencionar que os
“tronos, dominações, principados e potestades” estão incluídos na soberania de
Cristo, Paulo desmonta as especulações dos doutores colossenses acerca dos
poderes angélicos, tidos em paralelo com o poder de Cristo. Cristo é único e
tem a primazia da criação.
A
segunda estrofe celebra a soberania e o poder de Cristo na redenção. Apresenta
Cristo como a “cabeça do corpo” que é a Igreja. A expressão denota que Cristo
tem a primazia e a soberania sobre a comunidade cristã, que é Ele quem comunica
a vida aos membros desse corpo e que os une num conjunto vital e harmónico. Portanto,
Cristo é a referência absoluta para todos os que integram a comunidade cristã.
Não há outra referência.
Depois,
afirma-se que Cristo é o “princípio, o primogénito de entre os mortos”.
Significa que Ele foi o primeiro que ressuscitou e que é a fonte de graça e de
glória para os que vivem em comunhão com Ele e que fazem parte do corpo de que
Ele é a cabeça. Na sua ressurreição, está incluída a nossa; a sua vitória sobre
a morte tornou-se fonte perene de vida.
Por
fim, o hino afirma que em Cristo reside “toda a plenitude”. O termo grego
“plêrôma” refere-se à totalidade de Deus. Significa que em Cristo e só n’Ele
habita, efetiva e essencialmente, a divindade: tudo o que Deus nos quer
comunicar, a fim de nos inserir na sua família, está em Cristo. Por isso, este
hino pode dizer que, por Cristo, foram reconciliadas com Deus todas as
criaturas na Terra e nos Céus: por Cristo a criação inteira, marcada pelo
pecado, recebeu a oferta da salvação e pôde voltar a inserir-se na família de
Deus.
***
Sendo
tamanha a excelência da realeza de Jesus, pode questionar-se por que Lhe chamamos
rei e não imperador. Na verdade, o rei tem jurisdição sobre um território circunscrito
e sobre um número limitado de súbditos, ao passo que o imperador domina sobre
um território formado por muitos povos, que designa como províncias.
Não
chamamos a Jesus imperador, porque, apesar de “imperar”, não têm o domínio autocrático político militar dos imperadores anteriores, dos coevos ou dos seguintes, que
varriam tudo, mas não imperavam sobre o Mundo inteiro e se punham à distância
dos súbditos. Chamamos-Lhe rei, mas não
à laia dos reis que ouvem as cortes, mas dispõem da vida e da sorte dos súbditos;
nem à laia dos reis absolutos, que podem, querem e mandam, contra tudo e contra
todos; nem à laia dos reis constitucionais, cujo poder é pouco mais do que simbólico
e de representação.
É
o rei-pastor, à semelhança de David, próximo das suas ovelhas e dos seus
cordeiros (conhece cada uma e cada um pelo seu nome), sem limitação territorial,
de nação ou de etnia. O seu reinado, em perfeita união com o Pai, no Espírito,
estende-se a todo o Universo e a todos os povos e pessoas. Não tem armas
militares, nem palácios de pedra, nem cortes. O seu poder é servir e fazer o
bem. A sua força está e fazer com que todos reinem ou sirvam como Ele e com Ele;
a sua arma é o amor até ao extremo e quer que a dos seus seja igual; o seu instrumento
de trabalho é a Palavra e a Vida; o se estilo é a proximidade e ser companheiro.
Mais:
dos súbditos faz cidadãos livres, irmãos e filhos do mesmo pai, herdeiros do
futuro.
Ora,
como a sua força se estende a todo o homem, a todos os homens, a todo o Universo
e tem a capacidade de fazer nova realidade com todos e em tudo, Ele é verdadeiro
Pantocrátor (do grego "pantocrátôr", de: "pâs, pâssa, pân" – todo, tudo + "kratéô" –
posso, realizo, tenho força), ou seja, o que realiza tudo em todos, o que faz
novas realidades, o todo-poderoso. Habitualmente, o título remete-nos para a
sua última vinda, mas Ele já era assim, já é assim, como se tornou claro com a
sua ressurreição, pela qual Se tornou o único Salvador.
***
É,
pois, justo que nos alegremos por partirmos para a casa do Senhor, o Pantocrátor:
“Vamos
com alegria para a casa do Senhor.”
“Alegrei-me
quando me disseram: / ‘Vamos para a casa do Senhor.’ / Detiveram-se os nossos
passos / às tuas portas, Jerusalém.
“Jerusalém,
cidade bem edificada, / que forma tão belo conjunto! / Para lá sobem as tribos,
/ as tribos do Senhor.
“Para
celebrar o nome do Senhor, / segundo o costume de Israel; / ali estão os
tribunais da justiça, / os tribunais da casa de David.”
“Aleluia.
Aleluia. Bendito O que vem em nome do Senhor! Bendito o reino do nosso pai
David!”
2025.11.23
– Louro de Carvalho
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