À luz da lógica humana, os caminhos que Deus nos
aponta parecerão estranhos e sem sentido, mas conduzem, sem dúvida, à vida
abundante, porque verdadeira e eterna.
Em tempo de Quaresma, os crentes são instados à
revitalização da sua fé, tendo como exemplos Abraão, o homem confiante em Deus,
e Jesus Cristo, o homem-Deus orante.
Só com estas predisposições se pode assumir uma ação apostólica
enformada pela doutrina, como foi apanágio da vida de Paulo de Tarso, após conversão
no caminho de Damasco.
Talvez seja este o rumo indicado pela liturgia do 2.º domingo da Quaresma, no Ano C.
***
Na primeira
leitura (Gn 15,5-12.17-18), surge
Abraão, o modelo do crente. Confiou em Deus, mesmo quando as promessas
de Deus pareciam inverosímeis; e não saiu desiludido.
O trecho em apreço integra o bloco de textos a que se
dá o nome de “tradições patriarcais”. São relatos singulares, originalmente
independentes uns dos outros, onde aparecem, de forma indiferenciada, mitos de
origem (descreviam a tomada de posse de um lugar pelo patriarca do clã), lendas
cultuais (narravam como um deus aparecera, nesse lugar, ao patriarca),
histórias sobre as vicissitudes diárias dos clãs nómadas que circularam pela
Palestina, no segundo milénio a.C., e reflexões teológicas posteriores, para
mostrar aos Israelitas modelos de vida e de fé.
Os clãs referenciados nas “tradições patriarcais”,
grupos vagamente aparentados que aparecem, mais tarde, ligados por laços
familiares”, viajavam, de lugar em lugar, à procura de pastos para os rebanhos,
transportando sonhos e expetativas. Sonhavam encontrar uma terra fértil e com
água abundante, onde se instalassem e descansassem, longe dos perigos e da
incerteza do nomadismo. Sonhavam ter forte e numerosa família que perpetuasse a
memória da tribo e se impusesse aos inimigos. É neste contexto de nomadismo em demanda da
estabilidade do sedentarismo que nos aparece Abraão. Desta feita, Deus
reitera-lhe a promessa que lhe fizera, ao convidá-lo a deixar a sua terra e a
sua família (“farei de ti um grande povo”): ele terá um filho, um descendente
que lhe continuará a linhagem. Convidando Abraão a sair da tenda (ou do
santuário onde ocorreu a visão descrita), Deus explicita: “Olha para o céu e
conta as estrelas, se as puderes contar. Assim será a tua descendência.”
Depois, Abraão contempla, em silêncio, o céu estrelado.
E o narrador comunica ao narratário o seu juízo teológico: Abraão “acreditou no
Senhor, o que lhe foi atribuído em conta de justiça”. Abraão, apesar da demora
na concretização da promessa de Deus, mantém a fé, a plena confiança em Deus. A
fé (a palavra usada no texto hebraico é o verbo “aman”, que significa “estar
firme”, “ser leal”, “acreditar plenamente”), aqui, traduz a atitude de
confiança total, de aceitação radical, de entrega plena ao desígnio de Deus. A
justiça é conceito relacional e exprime o comportamento na relação comunitária
existente. Assim, é o reconhecimento de que Abraão teve comportamento correto
com Javé, ao confiar totalmente em Deus e ao aceitar o seu plano sem qualquer
dúvida. E, vincada a qualidade da fé abraâmica, Deus acrescenta o elemento que,
nas tradições patriarcais, aparece incluído na promessa: a garantia de uma
terra. O Deus que mandou Abraão sair de Ur, dos Caldeus e o conduziu para a
terra de Canaã, concretizará, oportunamente, todos os sonhos do seu servo. Deus
é fiel, não dececiona quem nele confia.
Depois, os catequistas de Israel referem um misterioso
cerimonial, associado a compromissos entre duas pessoas ou entidades: a
celebração de um rito de “aliança”. Esse ritual, conhecido sob esta ou outra
forma similar, em muitos povos antigos, selava o compromisso entre os parceiros
ligados pela “aliança”. Sacrificavam-se animais (no caso, “uma novilha de três
anos, uma cabra de três anos, um carneiro de três anos, uma rola e um pombo
ainda novo”) cortavam-se os animais ao meio e colocavam-se as duas metades
frente a frente. Quem subscrevia a aliança passava entre as duas metades dos
animais imolados e pronunciava contra si a maldição, para o caso de ser
responsável pela quebra do pacto. Apresentando a “aliança” entre Deus e Abraão
segundo o modelo que, nos compromissos humanos, garantia a máxima firmeza
contratual, o catequista bíblico acentua a ideia de um compromisso solene e
irrevogável que Deus assume com Abraão.
A promessa de Deus fica totalmente garantida. Porém,
Deus não a Abraão exigiu nada em troca, nem Abraão teve de passar no meio dos
animais mortos (só Deus passou no “fogo ardente”), pois a promessa de Deus é gratuita
e incondicional. A fidelidade de Deus é irrevogável, seja qual for a atitude do
homem.
***
No Evangelho
(Lc 9,28b-36), Jesus pede aos discípulos
que confiem n’Ele e que O sigam no caminho de Jerusalém, que, embora passe pela
cruz, conduz à ressurreição, à vida nova. Aos discípulos, relutantes, Deus
confirma a verdade da postura de Jesus: “Este é o meu Filho, o meu Eleito.
Escutai-O”. Esta é a mensagem da Transfiguração que somos convidados a abraçar.
Estamos no final da etapa da Galileia, em que Jesus
anunciou a salvação aos pobres, proclamou a libertação aos cativos, fez os
cegos recobrar a vista, mandou em liberdade os oprimidos, proclamou o tempo da graça
do Senhor. À volta de Jesus formou-se grupo dos que acolheram a oferta da
salvação. Testemunhas das palavras e dos gestos libertadores de Jesus, descobriram
que Ele é o Messias de Deus.
Todavia, “uns oito dias antes” da Transfiguração, tinham
ficado perplexos, quando Jesus lhes falou do futuro próximo: “o Filho do Homem
tem de sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos-sacerdotes e
pelos doutores da Lei, tem de ser morto e, ao terceiro dia, ressuscitar”. Os
discípulos ficaram estupefactos: o caminho de Jesus passava pelo sofrimento e
pela morte (Ele falou em ressurreição, mas isso ter-lhes-á passado despercebido,
pois não sabiam bem o que isso queria dizer). Era o horizonte de Jesus, mas não
era com isso que contavam, quando se dispuseram a andar com Ele. Ora, Jesus
pedira-lhes que se negassem a si mesmos, tomassem a cruz e O seguissem no
caminho do dom da vida até à morte.
Jesus achou, então, face a esse estado de
perplexidade, que chegara a hora de lhes desvelar o sentido do caminho a seguir.
Chamou Pedro, Tiago e João – o núcleo duro do grupo – e convidou-os a subirem
com Ele a um monte, onde achariam algumas respostas para as perguntas que os
inquietavam. Não temos o nome do monte, mas a tradição fala do Tabor, uma
montanha com 588 metros de altura, situada no meio da planície de Jezreel,
coberta de carvalhos, pinheiros, ciprestes, aroeiras e plantas silvestres, que
fora lugar sagrado para os povos cananeus.
A narrativa da Transfiguração é uma teofania, isto é,
manifestação de Deus, em ambiente de oração da parte de Jesus, tal como no
episódio do Batismo no Jordão.
Portanto, o narrador constrói o quadro com os
ingredientes da teofania: monte, aparições, vestes “de uma brancura
refulgente”, nuvem, voz que vem do céu e medo dos que presenciam o encontro com
o divino. Assim, estamos diante de uma catequese (construída de acordo com o
imaginário judaico) destinada a confirmar a verdade da pessoa e da doutrina de
Jesus.
Jesus, acompanhado de Pedro, Tiago e João, subiu ao
monte. Lucas é o único evangelista a introduzir, no relato da subida ao monte,
o tema da oração: Jesus “subiu ao monte, para orar”. É um traço típico do
Evangelho de Lucas: Jesus, ao longo de toda a sua vida, mas, sobretudo, nos
momentos decisivos, sente necessidade de falar com o Pai. A partir desse
diálogo, percebia mais claramente a vontade do Pai e que achava a força para
cumprir a missão que o Pai lhe confiava.
A narração do que aconteceu, nesse dia, naquele monte,
é construída a partir de elementos simbólicos tirados do Antigo Testamento, em
contexto de revelação.
É num monte que Deus Se revela e, em especial, é no
monte do Sinai que faz aliança com o Povo e dá a Moisés as tábuas da Lei. Aqui,
também aparece Moisés.
A mudança do aspeto do rosto e as vestes “de uma
brancura refulgente” recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai,
depois de se encontrar com Deus e de receber as tábuas da Lei. Além disso, o branco
é a cor de Deus. Estamos, pois, no âmbito do divino.
Moisés e Elias, as duas figuras do Antigo Testamento
que aparecem no cenário da Transfiguração, representam a Lei e os Profetas (que
anunciam Jesus e que permitem entender Jesus). Além disso, são personagens que,
segundo a catequese judaica, deviam aparecer no “dia do Senhor”, quando se
manifestasse a salvação definitiva. Lucas é o único evangelista a referir que
Moisés e Elias “falavam da morte (“êxodo”) de Jesus, que ia consumar-se em
Jerusalém”. A palavra “êxodo” cumpre, aqui, duas funções: alude à saída dos Hebreus
do Egito, rumo à liberdade; e é eufemismo da morte. Assim, a mensagem do
ocorrido naquele monte ajudará os discípulos a entender que a morte de Jesus completará
o antigo êxodo e operará a libertação definitiva do Povo de Deus.
Há outros componentes do cenário da catequese da Transfiguração.
O “sono” dos discípulos é simbólico: “dormem”, porque não querem entender que a
“glória” do Messias terá de passar pela cruz e pela entrega da vida. As
“tendas” que Pedro se propõe construir (alusão à “festa das tendas”, em que se
celebrava o tempo do êxodo, quando o Povo de Deus habitou em “tendas, no
deserto) significam que os discípulos queriam deter-se nesse momento de
revelação gloriosa, de festa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus. O
“medo” dos discípulos é a reação habitual do homem ante da manifestação da
grandeza, da omnipotência e da majestade de Deus. A nuvem indica a presença de
Deus: era na nuvem que Deus se ocultava e era a partir da nuvem que Deus
conduzia o Povo, pelo deserto, rumo à Terra Prometida. Porém, o elemento mais
significativo é “a voz” que vem da “nuvem” (espaço onde Deus Se oculta). A voz
dirige-se aos discípulos e proclama: “Este é o meu Filho, o meu Eleito:
escutai-O”. É Deus quem apresenta Jesus e garante que Ele é “o Filho” que vem
ao encontro dos homens com mandato do Pai. E o seu testemunho sobre Jesus postula
o imperativo: “Escutai-o”. Os discípulos ficam, assim, avisados de que devem
escutar e acolher as indicações de Jesus, sem hesitações e medos, em cada passo
do caminho.
Sobre este cenário, iluminando-o, paira a luz da
ressurreição. A glória de Deus que se manifesta em Jesus, isto é, as “vestes de
uma brancura refulgente” (evocam as vestes resplandecentes dos dois homens que,
na manhã pascal, apareceram às mulheres que foram procurar Jesus ao túmulo)
aponta nesse sentido. Os discípulos são, assim, convidados a olhar para lá da
cruz e a descobrir que, no final do caminho, não está o fracasso, mas a
ressurreição, a vida, a vitória sobre a morte.
Lucas, na esteira de Marcos, pegou nestes elementos e
construiu uma catequese. Nela, Jesus é apresentado como o Filho, o Eleito, em
quem se manifesta a glória do Pai. Não é um visionário sem os pés assentes na
terra, nem um revolucionário com sede de protagonismo que se aproveita, em
benefício do seu projeto político, de um grupo de discípulos ingénuos. É, ao
invés, o Filho de Deus, enviado aos homens para lhes propor a salvação e a Vida
verdadeira. Tudo o que diz e propõe está de acordo com o desígnio salvador de
Deus. Os discípulos devem escutá-Lo, levar a sério as suas indicações, mesmo
quando propõe um caminho de morte, de dádiva da vida até às últimas
consequências. Jesus é o Messias libertador e salvador esperado por Israel,
anunciado pela Lei (Moisés) e pelos Profetas (Elias) para concretizar as
promessas de Deus ao seu Povo.
Finalmente, Jesus é o novo Moisés, Aquele através de
quem Deus dá ao Povo a nova lei e através de quem propõe aos homens a nova
Aliança. Da ação libertadora de Jesus, o novo Moisés, nascerá o novo Povo de
Deus, que, nas pegadas de Jesus, caminhará pelo deserto da cruz e da morte, até
chegar à Terra Prometida, onde encontrará Vida em abundância.
Lucas termina a dizer que os discípulos “guardaram
silêncio” e que, naqueles dias, não contaram a ninguém o que viram no monte. É
provável que, após a ressurreição de Jesus, tenha sido claro, para os
discípulos, o que tinham experimentado no monte da Transfiguração. Porém, aquele
momento com Jesus constituiu, para os discípulos, uma injeção de esperança,
conferindo-lhes o ânimo de que necessitavam para seguirem Jesus no caminho para
Jerusalém.
***
Na segunda
leitura (Fl 3,17-4,1), Paulo
exorta os cristãos de Filipos a não se dedicarem a uma vivência religiosa feita
de práticas externas e de gestos vazios. Os crentes são os que vivem de olhos
postos no Senhor Jesus, Aquele que “transformará o nosso corpo miserável, para
o tornar semelhante ao seu corpo glorioso”. Os Filipenses e os demais cristãos devem
caminhar para Ele sem hesitação, firmes na fé e guiados pela Boa Nova da
salvação.
A comunidade cristã de Filipos era entusiasta,
generosa, comprometida, atenta às necessidades de Paulo e do resto da Igreja
(como no caso da coleta em favor da Igreja de Jerusalém. O apóstolo nutria pelos
cristãos de Filipos afeto especial; e os Filipenses tinham Paulo em grande
apreço. Porém, a comunidade cristã não era perfeita: os altivos patrícios
romanos tinham dificuldade em assumir valores, como o desprendimento, a
humildade e a simplicidade.
Paulo escreve aos Filipenses a partir da prisão (em Cesareia,
em Roma ou em Éfeso). Os Filipenses tinham-lhe enviado, por Epafrodito, membro
da comunidade, uma quantia em dinheiro, a fim de o apóstolo prover às suas
necessidades. Na carta, agradecendo a preocupação dos Filipenses com a sua
pessoa, Paulo exorta-os a manterem-se fiéis a Cristo e a incarnarem os valores
que marcaram a vida de Cristo.
O trecho em referência faz parte dum longo
desenvolvimento, em que Paulo adverte os Filipenses para que tenham cuidado com
“os cães”, os “maus obreiros”, os “falsos circuncidados”. Tratar-se-á de
cristãos de origem judaica (judaizantes) que, apegados às suas tradições,
exigiam aos cristãos o cumprimento da Lei de Moisés. No tempo de Paulo, esses judeo-cristãos,
com as suas exigências e intolerância, criavam alarme e perplexidade nas
comunidades cristãs do mundo helénico. Confundiam os cristãos, criavam
conflitos e punham em causa o essencial da fé. As palavras de Paulo resultam da
sua revolta ao ver a ação dessa gente.
Passando pela cidade de Filipos, Paulo anunciou o
Evangelho de Jesus aos Filipenses. Foi para eles como um “treinador” que os
preparou para o desafio da vida cristã. Contudo, está cônscio de que ainda não
alcançou o seu objetivo e sabe que a sua corrida continua, em direção à meta
que é o encontro com o Senhor Jesus. Paralelamente e por consequência, convida os
Filipenses a terem os mesmos sentimentos que ele tem e a continuarem a correr
em direção a Cristo.
Paulo pede aos Filipenses que sigam as indicações que lhes
deixou (“sede meus imitadores e ponde os olhos naqueles que procedem segundo o
modelo que tendes em nós”). Há outros treinadores que apareceram em Filipos a
querer dirigir a corrida dos Filipenses: são os judaizantes que impõem as práticas
da Lei de Moisés. Arrogantes, garantem ter um conhecimento total de Cristo e da
sua proposta de salvação. Mas desprezam Paulo e acusam-no de ter anunciado um
Evangelho truncado. Paulo considera-os “inimigos da cruz de Cristo” e tem medo
que eles tragam bastante mal aos que acolherem as suas exigências (“o seu fim é
a perdição”).
Os judaizantes, apesar de se apresentarem como donos
da verdade, estão equivocados, vivem de olhos na terra. Paulo usa a ironia para
os caraterizar: “têm por deus o ventre, orgulham-se da sua vergonha e só
apreciam as coisas terrenas”. Com efeito, passam o tempo a discutir alimentos
puros e impuros, segundo o complicado código herdado de Moisés (“têm por deus o
ventre”) e fazem da circuncisão questão fundamental da fé (“orgulham-se da sua vergonha”
(“vergonha” é termo para designar “órgãos sexuais”). Vivem, portanto, de forma rasteira,
de olhos nas realidades deste Mundo. Já Paulo quer que os seus filhos de
Filipos vivam de olhos no céu, para onde todos são chamados a caminhar, a fim
de se encontrarem com o Senhor Jesus. É para tal realidade que Paulo, o
treinador dos filipenses, aponta.
Enfim, Filipenses e demais cristãos sabem que devem
permanecer “firmes no Senhor”, correndo, ao ritmo do Evangelho, ao encontro da
meta final, o seu destino definitivo.
***
Sobre o
Evangelho da Transfiguração de Jesus, o Papa Francisco, em texto que redigiu
para a recitação do Angelus, no 2.º domingo
da Quaresma, sublinha que o Mestre, “depois de ter subido ao cimo de um monte,
com Pedro, Tiago e João”, Se imerge “na oração” e Se torna “radiante de luz”,
mostrando “aos discípulos o que se esconde por detrás dos gestos que Ele
realiza no meio deles: a luz do seu amor infinito”.
Francisco
partilha connosco “estes pensamentos”, enquanto enfrenta “um período de
provação”, e une-se “a tantos irmãos e irmãs doentes: frágeis, neste momento”,
como ele. E considera: “O nosso físico é débil mas, mesmo assim, nada nos pode
impedir de amar, de rezar, de nos doarmos, de sermos uns pelos outros, na fé,
sinais luminosos de esperança. Quanta luz resplandece, neste sentido, nos
hospitais e nos centros de saúde! Quanta atenção amorosa ilumina os quartos, os
corredores, os consultórios, os lugares onde se realizam os serviços mais
humildes!”
Por isso, diz
gostar de nos convidar a louvar com ele “ao Senhor, que nunca nos abandona e
que, nos momentos de dor, coloca ao nosso lado pessoas que refletem um raio do
seu amor”.
Nesta
situação, agradece a todos as orações e agradece àqueles que o assistem com
tanta dedicação. Sabe que muitas crianças rezam ele e que algumas delas foram,
no domingo, ao ‘Gemelli’ “em sinal de proximidade”. O Papa agradece-lhes e diz
que gosta muito delas e “está sempre à espera de se encontrar convosco”.
Depois,
exorta-nos a continuarmos “a rezar pela paz, sobretudo, nos países feridos pela
guerra: na martirizada Ucrânia, na Palestina, Israel, Líbano, Myanmar, Sudão,
República Democrática do Congo”, bem como “pela Igreja, chamada a traduzir em
escolhas concretas o discernimento feito na recente Assembleia Sinodal”. E
agradece “à Secretaria Geral do Sínodo, que, nos próximos três anos,
acompanhará as Igrejas locais neste compromisso”. E termina: “A Virgem Maria
nos proteja e nos ajude a ser, como Ela, portadores da luz e da paz de Cristo.”
***
Enfim,
requer-se uma fé confiante, plasmada na oração e ativa em obras.
2025.03.18 – Louro de Carvalho
Sem comentários:
Enviar um comentário